Garoto dos Meus Sonhos escrita por gabis


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Maais um capítulo... E ta quase alcançando os que eu tenho no pc... haha
Boa leitura =D



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Capítulo 17.

 

As 15:30, mais ou menos, fui embora da casa dos garotos. Minha sorte colaborou minimamente, já que os pais deles ainda não tinham voltado.

 

Lippe, óbvio, me acompanhou até meu prédio.

 

_Me deseja sorte...

 

_Sorte? Por quê?

 

_Por que eu não sei o que minha mãe vai falar... Ela pode ter reagido bem ontem, só conversando com seu irmão... Mas na prática pode ser diferente.

 

_Que isso, calma. O Di disse que ela tava super tranquila.... Mas caso ela esteja... sei lá, brava ou algo do tipo, tenta não ficar nervosa. Até porque, não tem motivo pra ficar nervosa, tem?

 

_Em relação a nós, não.

 

_Então relaxa. Mais tarde eu te ligo...

 

_Ta bom.

 

_Não sabe que horas vai voltar?

 

_Não sei, mas provavelmente não muito tarde.

 

_Te ligo lá pelas 21:00, pode ser?

 

_Pode.

 

_Até mais então. Te amo.

 

_Eu também.

 

Ele me deu um beijo rápido, seguido de um beijo na testa.

 

_Se cuida, Lippe.

 

_Você também.

 

Ele saiu e eu ainda fiquei um tempo o observando antes de andar até a porta do prédio e tomar coragem pra chamar minha mãe. Ela me dissera pra nem subir, que era só chamá-la que ela descia e nós saíamos.

 

Encontrar minha mãe não foi problema nenhum. Ela me cumprimentou normalmente. Estava até mais feliz que de costume. É... realmente não havia motivos pra ficar nervosa. Mas a tranquilidade da minha mãe não é motivo pra minha tranquilidade. Assim que chegamos onde ela queria ir, no shopping – oh novidade – ela tocou no assunto constrangedor – que não foi nem um pouco constrangedor no quarto do Lippe... mas enfim.

 

_Seja lá como tenha sido na casa do Felippe, eu sei que você não vai querer me contar e eu nem faço questão de saber, por que é assunto de vocês...

 

_Mãe, desenrola.

 

_Ok, desculpa. Enfim. Sejá lá como tenha sido, você é responsável pelo que faz. Sabe que existem consequências...

 

_Eu sei... Por favor, não fala mais nada, tá me deixando constrangida.

 

_Imagino... Bom, tá avisada. Depois não adianta chorar, você sabe.

 

_Sei.

 

_Bem, então... vamos tomar um sorvete?

 

Pela rapidez com que ela mudou de assunto, deu pra ver que estava tão constrangida em falar naquilo quanto eu.

 

_Vamos!

 

 

Demos mais algumas voltas pelo shopping e não tocamos mais no assunto ‘noite com o Lippe’. Chegamos em casa por volta das 20:30.

 

21:00 em ponto o telefone tocou. Finalmente! Nunca esperei tanto que meia hora passasse.

 

_Alô!

 

Babi?

 

_Ah... Di. Oi. Tudo bem?

 

Quanta felicidade por falar comigo! To bem sim, e você?

 

_Desculpa, é que eu pensei que fosse o Lippe... Ele ficou de ligar essa hora.

 

Ah! Então me liga depois que falar com ele.

 

_Não, que isso. Eu ligo pra ele depois.

 

Não não. Não me importo. Juro.

 

_Tem certeza?

 

Claro! Até depois. Beijos.

 

_Obrigada. Beijos.

 

Assim que desliguei o telefone, ele tocou de novo. Atendi no segundo toque pra não ficar óbvio que eu estava parada ao lado do telefone esperando que ele ligasse.

 

_Alô!!

 

Sabe aquele lance de não dar na cara? Pois é, ele se foi. O meu tom de voz denunciou meu desespero em falar com ele.

 

Oi meu amor... como foi com a sua mãe?

 

_Oi, Lippe! Foi... estranho.

 

Como assim? Ela te xingou, ou...

 

_Não, justamente o contrário. Quis tanto quanto eu evitar o assunto... Conversou numa boa.

 

Que ótimo, então!

 

_É sim.

 

Eu sei que você já ficou bastante comigo esse fim de semana, mas... E que eu bem me lembre você tá de férias... Então... quer ir ao cinema na terça?Prometo te deixar ver o filme!

 

Eu sorri maliciosamente antes de voltar a falar.

 

_Se for pra ver o filme, eu não quero...

 

Ufa... Eu não sei se sou realmente capaz de cumprir essa promessa...

 

Senti que ele também sorria de forma maliciosa. O tom de sua voz demonstrava isso.

 

Nos falamos por cerca de mais vinte minutos. Depois que desliguei, fui tomar banho e dormir. – Eu estava cansada depois... do dia no shopping, haha. Minha mãe me fez dar umas três voltas completas naquele lugar. Quando eu pensei que ela estivesse cansada, fomos no supermercado. Ainda tivemos que voltar cheias de sacolas e a pé. Isso realmente me cansou. – Estava tão cansada e tão concentrada no meu dia, que esqueci de retornar pro Diego. Quando desliguei talvez ele já estivesse dormindo até...

 

Além do mais... do que mais eu estaria cansada? Dormi feito uma criança nos braços do Lippe... E olha... foi melhor que em qualquer outro lugar. Bem que ele disse que aquela cama era boa... Ok, parei.

 

Fui dormir e, inevitavelmente, sonhei com meu amor. Ooo, sonho bom... Sonhar com Lippe sempre fora bom, mesmo antes de conhecê-lo. Agora eu o conhecia um pouco melhor, sonhar com ele era melhor ainda.

 

 

O domingo passou voando, nem notei. Acordei, almocei, mexi no computador, tomei banho e dormi de novo.

 

 

A segunda-feira foi um dia tedioso. Choveu muito e, por um momento, pensei que isso estragaria os planos para terça. Porém, ao que parecia, as coisas estavam dando mais certo pra mim. A chuva parou e a terça-feira não poderia ter chegado mais bonita.

Ou talvez eu é que estivesse vendo as coisas de uma forma melhor...

 

 

Por volta das 14:00, Lippe chegou lá em casa. Como sempre, ele estava de tirar o fôlego. Fomos andando até o shopping.

Nossa sessão era só às 15:00, então fomos comprar algumas coisas pra comer durante o filme, assim teríamos alguma distração além do outro...

 

 

As 16:57, quando saímos da sala de cinema, eu não lembrava mais nem o nome do filme que tinha ido ver, que dirá sobre o que era. Acho que já deu pra entender que nós ficamos nos agarrando o tempo todo, né? Eu sei que não é uma atitude lá muito exemplar... Mas experimente ter um namorado gostoso que nem o meu falando no seu ouvido que você é mais interessante que o filme...

 

_Lippe... eu juro que nunca mais te deixo escolher o filme...

 

_Por... Por que?

 

Caso não tenha dado pra perceber, estávamos ofegantes.

 

_Por que você escolhe filmes... que não quer ver pra... pra depois me enlouquecer dizendo que eu sou mais interessante, que dá pra tornar tudo melhor... se a gente esquecer o filme...

 

Ele sorriu aquele sorrisinho que me tira ainda mais o ar.

 

_Mas... vai dizer que você não gosta?

 

_Justamente por eu gostar é que eu te digo pra não fazer mais... A gente ainda vai fazer loucura...

 

_Ok, tudo bem. Eu tento escolher um bom filme da próxima vez.

 

Se a gente saía do cinema naquele estado, não quero nem imaginar no que daria se víssemos um filme na casa dele... Aliás... isso não seria má ideia... Sua louca, para de pensar besteira! Chega!

 

 

 

Enquanto me levava pra casa, Lippe estava inquieto. Quase não falou comigo e parecia nervoso. Quando chegamos, ele não se despediu; pelo contrário. Pediu algo surpreendente.

 

_Eer... Falar com a minha mãe? Tem certeza?

 

_Tenho sim. Tem algo que eu queria... Mas seria indelicadeza minha pedir simplesmente que você pedisse a ela, entende?

 

_Nããão...

 

_Então chama ela, ou me deixa subir, que você entende._ ele sorriu largamente quando acabou de falar.

 

_Tá bom... você sobe.

 

_Ok, é até melhor mesmo, caso ela concorde.

 

_Você tem o dom de me deixar curiosa..._ minha voz saiu extremamente fina quando eu disse isso. Lippe riu, eu me envergonhei.

 

 

 

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_Mãe, não que eu ache que você não tem que deixar, entende...? Mas tem certeza que você ouviu bem o que o Lippe pediu?

 

_Claro que eu ouvi. Só acho que não tem porque não deixar. Afinal... bem, você já dormiu lá uma vez...

 

É, isso mesmo. Lippe pediu à minha mãe que deixasse eu ficar na sua casa por três dias. TRÊS DIAS. Quando ele falou meus olhos quase saltaram do meu rosto. Sério, sem exagero. Eu me afoguei com a água que estava tomando e foi preciso que eles (Lippe e minha mãe) me ajudassem a me sentar e ficassem me abanando.

 

Depois que a surpresa passou, veio a conversa e todos sabemos que minha mãe deixou.

Quando finalmente estávamos fora da minha casa, resolvi falar com o Lippe.

 

_Que história é essa de viagem dos seus pais e quase viagem do seu irmão?

 

_Não é história, é verdade. Meus pais foram viajar. Eles sempre o fazem nas férias. Vão ficar três dias fora. O Diego vai ver o melhor amigo dele, que mora perdo de onde a gente morava antes. Vai ficar por lá durante esses três dias... Então eu resolvi convidar minha linda namorada pra dormir comigo nesses três dias. Mas parece que ela não gostou muito da ideia...

 

_Ei, claro que eu gostei! Eu só acho que você é meio louco... Três dias? Eu nunca imaginei que minha mãe fosse deixar.

 

_É, mas deixou... Impressão minha ou você queria que ela não tivesse deixado?

 

_Bom, não. Eu não queria. Até porque eu não sabia de nada. Aliás, não tinha problema algum você falar comigo antes... Como você sabe que eu viria?

 

_Primeiro: você acabou de dizer que gostou do convite... Então, supõe-se que você viria. Segundo: você deixaria mesmo o seu namorado que tanto te ama sozinho e desamparado por três dias?

 

Aquela carinha de vítima e o sorriso malicioso que Lippe exibia me deixaram sem reação. Sem saber o que responder, apenas neguei devagar.

 

_Ufa... por um momento pensei que deixaria.

 

Abri a boca pra falar, mas tudo o que consegui foi murmurar ‘idiota’, revirar os olhos e sorrir.

 

Ele sorriu e pegou novamente a minha mão – enquanto falávamos ele andava de costas.

 

Quando chegamos na casa do Lippe ele insistiu pra levar minhas coisas pro seu quarto, mas eu não podia ir junto. Estranhei, mas preferi não falar nada.

 

Ele desceu com cara de criança quando apronta. Totalmente sexy.

 

_E então, tá com fome?

 

_Um pouco..._ admiti.

 

_Se quiser, preparo um jantar que nem o daquele dia...

 

Entendeu o sentido oculto?

 

_Quero... claro que sim.

 

_Ótimo.

 

Ele preparou o jantar, nós jantamos e depois ficamos um tempo assistindo TV. Estava tão aconchegante ali, deitada nos braços do meu Lippe, que quase dormi. Sim, quase... Ele me puxou delicadamente para mais perto e me beijou. De repente eu estava tão alerta...

 

Mas ao contrário do que eu pensava, ele não deixou a coisa fluir... Nos separou gentilmente e disse:

 

_Eu vou tomar banho... Se quiser tomar antes, ou depois...

 

_Pode ser depois...

 

_Tá bom. Vem comigo. Enquanto eu tomo banho você separa suas coisas...

 

_Uhum.

 

Lá em cima, ele pegou pra mim uma toalha, pegou uma pra ele, sua roupa – que não era muita, devo ressaltar... – e foi pro seu banheiro.

 

_Prometo que não demoro... E que essa promessa eu cumpro.

 

Ele piscou um olho e eu ri.

 

_Aah, Lippe!

 

_Oi!

 

_Onde tão as minhas coisas?

 

Ele ergueu uma sobrancelha e olhou sugestivamente pra mim. Fiquei confusa. Ele revirou os olhos e disse:

 

_Em cima da cama, meu amor.

 

_Aaaah...

 

Explicado o olhar sugestivo... Mas também, ninguém mandou ele não me deixar vir guardar minhas coisas.

 

_Mas você pode colocá-las no meu guarda-roupa... Tipo, não precisa tirar nada da mochila... Pode colocar ela dentro do guarda-roupa...

 

_Eu entendi, Lippe!

 

_Tudo bem, to indo.

 

Enquanto ele tomava banho, separei meu pijama, que tinha sido minunciosamente escolhido pra eu dormir na casa dele... Enfim. Assim que guardei a mochila no guarda-roupa, Lippe saiu do banheiro. Olhei na sua direção e tive que me segurar no puxador de uma gaveta pra não cair.

 

Du-vi-do que qualquer pessoa fosse capaz de adivinhar o que meu namorado fez.

Ele simplesmente saiu do banheiro enrolado na toalha. Tá, talvez qualquer um acertasse, mas... isso não vem ao caso. O que vem ao caso é que algumas gotas de água ainda estavam no seu peito e ele estava absolutamente gostoso. Caralho, como faz pra respirar?

 

_Eer... Desculpa, eu esqueci minha roupa aqui no quarto...

 

Olhei pra cama e realmente sua roupa estava lá... Engoli em seco, olhando pro seu peito bem definido, e agora molhado, na minha frente. Eu não sabia o que dizer... Continuei o encarando. Ele corou. Que amooor!

Agarrei minha roupa com toda a força e saí praticamente correndo pro banheiro. Quando passei ao seu lado, murmurei:

 

_Vou tomar banho...

 

Entrei rapidamente no banheiro, arfando. Porra, por que eu fiz isso? Eu já tinha até passado a noite com ele, se é que me entende, não tinha motivo pra ficar com vergonha... Mas fazer o que se eu fico assim toda vez que vejo ele sem camisa ou perto disso?

 

 

Tomei um banho não muito demorado, mas bem tomado... er. Me vesti sem muita pressa e quando saí, Lippe estava... Eu não sabia ao certo se ele estava dormindo. Ele estava deitado de barriga pra baixo e com a cabeça virada pro lado oposto à porta do banheiro. Cheguei bem perto da cama e o analisei. Sua respiração estava calma... Dei a volta na cama... Seus olhos estavam fechados. É, ele estava dormindo. Sorri. Lippe parecia um anjo dormindo.

 

Fui até o guarda-roupa, ajeitei as roupas que tinha tirado ao lado da mochila e depois, silenciosamente, fui até a cama. Levantei devagar o lençol pra que Lippe não acordasse, mas quando fui me deitar, o rádio ligou, fazendo com que eu me assustasse e gritasse. Lippe começou a rir e me mostrou o controle do rádio na sua mão. Eu teria ficado brava se a música não fosse a mesma que ele colocara como meu toque no seu telefone. A nossa música.

 

Ele se virou pro outro lado, largou o controle, virou novamente pra mim e me puxou, fazendo, sei lá eu como, com que eu ficasse debaixo dele, presa entre seus braços. Pensei que ele fosse me beijar e me preparei pra isso, mas não. Quando ele chegou bem perto, me mordeu levemente no pescoço, me fazendo cócegas em seguida.

 

Eu tentava de todas as formas tirá-lo de cima de mim, mas ele era forte. Eu já não aguentava mais rir. Nem falar eu conseguia. Mais algum tempo e quem cansou foi ele. Ele saiu de cima de mim e se deitou ao meu lado, ainda rindo de mim. Aproveitei que ele estava distraído e pulei em cima dele, fazendo cócegas na sua barriga, como ele tinha feito comigo.

Mas eu não era tão forte quanto o Lippe, então ele conseguiu se livrar dos meus braços e deitar por cima de mim novamente. Mas dessa vez, ao invés de cócegas, ganhei beijos na testa, que desceram pelo meu rosto, passando pela boca e chegando ao pescoço.

 


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Notas finais do capítulo

Bem... é isso. Amanhã eu posto o 18.
Seria legal uns coments, mas só comentem se quiserem ;)

Como dizem por aí... nunca subestime o poder de um review, hihi



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