Garoto dos Meus Sonhos escrita por gabis


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Bem, não sei se alguém ainda vai ler isso, but... eu gosto de escrever/postar GDMS =)

Aí vai outro capítulo e, boas notícias ou não, resolvi postar mais um ou dois. Beijinhos, até lá embaixo.



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Capítulo 13.

 

Depois que Felippe foi embora, ainda conversei com Diego por algum tempo. Aliás... tentei conversar com Diego, já que chorava cada vez que abria a boca pra falar. Ou seja: a conversa foi uma tentativa totalemnte frustrada da parte do Diego de me acalmar.

 

_Se eu ver aquele desgraçado na minha frente de novo, eu...

 

_Diiiiiiiii... aaaaa, não fala nele. Não piora a minha situação!

 

_Desculpa...

 

_Vai embora...

 

_Ei, porque?

 

_Por que... por que... Você não ta servindo pra nada aqui. E você tem quase tanta culpa quanto... quanto... você sabe quem.

 

_Louca.

 

_Idiota.

 

_Também te amo.

 

_Que legal... Agora VAI.

 

_Tchau pra você também.

 

_...

 

 

 

Subi pro meu apartamento e fui direto tomar banho. Nem ao menos falei com a minha mãe. Ela deve ter notado que o motivo do inchaço nos meus olhos era o meu namoro... ou o que ainda restava dele.

 

Estava perdida em pensamentos, durante o banho, quando o telefone tocou. Não dei bola, minha mãe atenderia. Ele tocou mais algumas vezes, até que ela atendeu. Em seguida, três batidas na porta do banheiro e minha mãe entra.

 

_Telefone pra você. Urgente. Diego... seu cunhado.

 

Mesmo debaixo da água quente, estremeci. Pra Diego me ligar e ser urgente, só podia ter a ver com Lippe.

Desliguei o chuveiro, me enrolei na toalha e, aflita, peguei o telefone.

 

_Diego? O que houve?

 

Eu que te pergunto... Porque diabos o meu irmão chegou me xingando, chutando a porta e chorando?Ele nunca chora... Não na frente do pai e da mãe...

 

_Ele tava chorando? Poxa... É que... a gente brigou. Ele ficou com ciúme do meu melhor amigo e perdeu a cabeça... Disse coisas péssimas pra mim... Eu disse umas outras coisas pra ele e... Deu nisso.

 

Nossa... Acho que ele tá arrependido, sei lá. Ele nunca chora assim. Não mesmo. O que foi que aconteceu, exatamente?

 

Contei tudo a ele. Desde a primeira vez que Felippe conheceu meu amigo até o momento em que ele saiu da frente do meu prédio, totalmente alterado. Diego ouviu com muita atenção. De repente...

 

Ah, claro. Combinado, cara. Sábado então? Ok... tchau tchau!

 

_Diego, o que...?

 

Tu tu tu tu tu tu tu tu...

 

Ao que parecia, Felippe estava por perto.

 

Me vesti e, com o coração apertado, fui dormir. Nem liguei para o fato de ainda serem 19:43.

Fiquei pelo que pareceram horas tentando dormir. Olhei no relógio: 23:47. Não sabia se realmente estava sem dormir por todo esse tempo desde que deitara, mas me sentia cansada como se nem ao menos estivesse deitada.

 

 

 

Quando estava, finalmente, conseguindo dormir, meu celular tocou, me fazendo pular.

 

_Alô...

 

Babi? É o Diego...

 

_Diego? Ah, meu Deus! Ele já voltou? Como ele tá?

 

Calma, calma. Ele já voltou sim. Tá bem, na medida do possível. Chorou mais... Brigou com o pai... E depois a gente conversou...

 

_Ah... Ele já ta dormindo?

 

Aham.

 

_Ah... Aquela hora... quando você desligou...

 

Ele chegou do meu lado... Não ia ser legal ele saber que eu te liguei pra saber dele antes de falar com ele, entende?

 

_É claro.

 

Mas então... Não quer saber o que a gente conversou?

 

Mas que pergunta! É claro que eu queria... Sói não seria tão indelicada a ponto de perguntar...

 

_Hã... Sim...

 

Ok... Bem, ele disse que... Estava terrivelmente arrependido de tudo o que tinha dito...

 

Ele então começou a falar mais baixo.

 

Disse também que se eu te contasse algo sobre isso, tava morto...

 

_Quanto carinho...

 

Pois é... Enfim. Ele disse que só age dessa forma porque tem muito medo de te perder... Disse que perde o controle e que não pensa no que fala quando seu amigo tá perto.

 

_Hm. Mesmo que isso de fato aconteça, não justifica o que ele me disse. Ele me ofendeu...

 

Eu sei, ele me contou... Disse com essas palavras: “Mano, eu não queria que isso acontecesse... mas aquele cara me tira do sério. Toda vez que eu to com a Babi ele chega. TODA VEZ. Dessa vez eu exagerei... Acabei descontando nela... Mas também! O cara tá sempre enchendo e ela não fala nada... Mesmo que ela se irrite, fica quietinha. Isso ME irrita...”

 

_Ei, como assim?! Ele quer o que, que eu dispense meu melhor amigo porque as vezes ele é inconveniente? Por favor...

 

Pois é... Eu disse isso pra ele. Daí ele disse: “Eu sei que eu exagero um pouco... mas é que eu tenho medo de perdê-la... Eu acho que amo aquela garota! Fico com medo só de pensar que ela pode se apaixonar por aquele amigo... Se cansar de mim... E terminar nosso namoro...”

 

_Para tudo. Ele disse o que? Que acha que me ama? Claro... Se é sinal de amor ter crise de ciúme, eu não quero nem saber o que é sinal de raiva...

 

Ah, Babi... Da um desconto. Ele sempre foi assim.

 

_Acontece que eu não o conheço desde sempre. Duvido que ele me ame mesmo. Acho que ele nem acredita que eu seja apaixonada por ele...

 

Ele acredita sim!

 

_Mas não confia em mim!

 

É claro que confia... Ele só...

 

_Só...?

 

Eu não sei.

 

_Imaginei.

 

Então... vou te deixar dormir... Pensa bem em tudo que eu te disse... Acho que meu irmão merece uma chance de se explicar.

 

_Como é? Primeiro você diz que ele não quer que eu saiba disso... Depois você me diz pra eu dar chance de ele se explicar? Pelo que eu vi, ele é orgulhoso. Já se desculpou uma vez, não vai fazer de novo.

 

É... pois é. Eu não sei o que ele vai fazer. Ele só disse o que eu te disse.

 

_Então tá, Diego. Boa noite.

 

Boa noite... Beijo.

 

_Beijo.

 

Antes de desligar o celular, olhei a hora: 00:17. Deliguei, coloquei-o na mesinha ao lado da minha cama e me ajeitei novamente para domir.

 

01:00.

 

02:13.

 

02:48.

 

03:16.

 

Eu não conseguia dormir de jeito nenhum. Ficava o tempo todo ligando o celular pra ver a hora, ansiosa para que amanhecesse e eu pudesse sair da cama.

 

03:59.

 

04:11.

 

Me virava de um lado pro outro, querendo dormir. Afinal, se eu dormisse, o tempo passaria mais rápido, não é? Comecei a refletir sobre o tempo. Pensei tanto que, finalmente, as 04:39, consegui dormir.

 

Acordei morrendo de sono. Olhei o celular: 05:46. Ótimo.

 

Quando consegui realmente pegar no sono, faltavam duas horas pra levantar. Eram 08:30.

 

Adivinha o que foi que eu pensei a madrugada toda? Começa com Fe, termina com lippe, tem olhos verde-azulados, cabelos castanhos pro lado e até ontem eu tinha certeza de que era meu namorado. Ainda não sabe quem é? É, foi no Felippe que eu pensei a madrugada toda. Legal, não? Perder seu precioso sono por causa do seu namorado ciumento que até ontem era a pessoa mais fofa e calma que você conhecia. É, conhecia. Depois do que aconteceu, já não tinha mais certeza se o conhecia realmente.

 

 

 

______________________________________________________________________

 

 

As aulas daquela semana estavam conseguindo ficar piores do que as de qualquer outra semana. Primeiro porque eu não conseguia me concentrar, o que fazia os professores chamarem minha atenção. Segundo porque essa falta de concentração tinha nome: Felippe. Eu não aguentava mais ficar sem falar com ele. Precisava ouvir sua voz. Sentir seu cheiro. Beijá-lo...

 

Toda vez que saía do colégio, esperava, inutilmente, que ele estivesse lá me esperando com uma flor na mão e um sorriso no rosto, como sempre fazia depois que começamos a namorar.

 

Como se não bastasse isso tudo, ele sempre estava no MSN... Mas nunca vinha falar comigo. Seu status estava sempre como ocupado, ausente ou inativo. Certas vezes até abri uma janela de conversa, querendo ter algum assunto. Mas o orgulho e o medo que eu sentia me impediam de dizer qualquer coisa.

 

Hoje, quinta, era um dia desses. Estava lá... sentada na frente do computador com a janela de conversa aberta... Olhando seu rosto sorridente na foto, querendo dar qualquer desculpa para falar com ele... Até mesmo a de “oops, janela errada”... Mas eu não tinha coragem.

 

Fiquei pensando nisso por certo tempo, até que resolvi dizer qualquer coisa. Quando fui digitar, porém, algo chamou minha atenção. Estava escrito Felippe está digitando...

Aguardei, ansiosa, o que quer que fosse o que ele diria. Mesmo que me xingasse, ao menos falaria comigo. Oh meu Deus, não! O que eu to pensando? Não posso ser assim... Eu não mereço que ele me xingue. Não fiz absolutamente nada.

 

De repente ele parou de digitar. Mas não me mandou nada. Em seguida, digitou de novo... e parou. Isso se repetiu por mais umas três vezes, até que em sua mensagem pessoal ele escreveu o seguinte: So, maybe is true... that I can’t live without you...

 

Traduzi imediatamente o trecho de uma de minhas músicas favoritas. Dizia: Então, talvez seja verdade... que eu não posso viver sem você...

 

As palavras de Diego voltaram a minha mente e eu me perguntei se ele estava realmente se sentindo culpado. Se ele estava tão triste quanto eu por estarmos afastados. Fiquei pensando nisso e cheguei a conclusão de que se ele estivesse arrependido, me pediria desculpas. Só cheguei a essa conclusão pra lembrar que ele era extremamente orgulhoso. E que, diferente do que pensei, também tinha culpa. A menor parte de toda ela, sim. Mas ainda assim, culpa. Afinal eu também disse coisas grosseiras a ele.

 

Totalmente sem pensar, escrevi na minha mensagem pessoal: ...and maybe two is better than one. A continuação do trecho de Felippe... Dizia: e talvez dois seja melhor que um.

 

Fechei a janela de conversa e fui beber água. Estava colocando a garrafa de volta na geladeira, quando ouvi o barulinho que indica que tem alguém chamando. Saí praticamente correndo, com esperança de que fosse Felippe.

 

Era Diego.

 

*Babi... Tudo bem?

 

*Claro... e com você?

 

*Também...

 

*E ele, como tá?

 

*Abatido. Trancado no quarto...

 

*Hmm...

*Ele não falou com você?

 

*Claro que não... E nem eu com ele.

 

*Aff. Quanto orgulho... tsc tsc.

 

*Humpf.

 

*Mas então, quer dar uma volta sábado?

 

*Hã... sei lá...

 

*Eu digo, pra gente conversar sobre o Lippe...

 

*Ah... Claro. Pode ser... Que hora?

 

*15:00 tá bom pra você?

 

*Aham.

 

*Então eu passo aí. 301 o seu apartamento, né?

 

*É...

 

*Então tá. 15:00 eu to aí.  Vou sair, antes que o Felippe entre no meu quarto e veja essa conversa...

 

*Você tem tanto medo dele... E depois diz que ele não é bravo!

 

*E ele não é. É só que... Sei lá. Se ele vê isso é capaz de ficar com ciúme de mim também.

 

*Ok... Até outra hora... E se você não entrar, ou eu, até sábado.

 

*Até... Fui.

 

E ele saiu.

 

A sexta passou tão devagar quanto os outro dias da semana. Eu estava ansiosíssima para sábado, mas não sabia bem porque. Eu nem ia vê-lo...

 

O sábado chegou e, ao entrar no MSN de manhã para ver se Diego iria mesmo, ele logo veio me chamar.

 

*Babi, vou me atrasar um pouco... E não vou poder passar aí... Tem como você estar na frente do cinema as 15:45 mais ou menos?

 

*Hã... tem sim...

 

*Então tá. Até mais, tenho que ir.

 

Ele nem me deu tempo pra responder.

 

 

Saí de casa as 15:15. Não aguentava mais esperar sentada, literalmente. E também, sair mais cedo me dava o direito de caminhar devagar.

 

Cheguei na frente do cinema as 15:30. Ótimo. Eu tinha 15 minutos pra pensar em tudo o que queria contar ao Diego. E pra preparar meus argumentos, claro.

 

Sentei em um banco próximo a entrada do cinema, de onde eu poderia ver qualquer um que se aproximasse da mesma. No tempo que me restava, fiz exatamente o que planejara. Elaborei vários tipos de conversa com Diego na minha mente, imaginando cada argumento meu, cada réplica dele... Depois do que me pareceu um bom tempo, olhei para a tal entrada, procurando por Diego.

 

Mas quem eu encontrei foi Felippe. Ele estava realmente muito abatido. Tinha olheiras, não olhava pra ninguém e muito menos sorria. Estava impaciente... Muito impaciente. Olhava pra todos os lados. Por impulso olhei no relógio. 16:00. Era pra Diego ter chegado... Será que ele tinha marcado com Felippe também? Só pra que saíssemos os três juntos e, por um milagre, meu namorado (ou seja lá o que ele fosse agora) voltasse a falar comigo?

 

Olhei novamente para Felippe e, para minha surpresa, ele também me olhava. Seu olhar era um misto de surpresa, confusão e talvez até felicidade. Ficamos nos encarando por cerca de 2 minutos, até que, mais uma vez por impulso, levantei.

 

Uma vez em pé, não posso me sentar de novo, ou me chamarão de louca... mas também não posso ir atá lá... Ou não quero... Na verdade, quero... Quero muito. Mas...

 

Parei de pensar e simplesmente andei em sua direção.

 

_Oi...

 

_Oi. O que faz aqui?

 

_Eu que pergunto.

 

_Meu irmão queria ir no cinema... Marcou comigo as 15:45.

 

_Engraçado... Ele marcou comigo aqui também, no mesmo horário.

 

_Não vejo a graça.

 

Só então percebi a estranha coincidência. Diego marcara algo com duas pessoas, no mesmo horário e no mesmo lugar. Claro que não tinha graça. Eu mesma tinha feito isso e por tal motivo que disse oi ao meu namorado e não ganhei um beijo.

 

_Desculpa.

 

_Pelo que?

 

_Pelo que disse agora, ué. Pelo que seria?

 

_Claro. Por nada. Mas então... o que meu irmão te convidou pra fazer?

 

_Dar uma volta... Conversar.

 

_Hm.

 

_Pois é.

 

O silêncio que se seguiu foi perturbador.

Ficamos aproximadamente 10 minutos encarando tudo a nossa volta, exceto um ao outro.

 

De repente, ele quebrou o silêncio:

 

_Então... já que a gente tá aqui... Podíamos ver um filme... Ou andar. Se você quiser.

 

_Melhor não.

 

_Tá. Mas se mudar de ideia...

 

_Não é não.

 

_Foi mal.

 

_Acho que eu vou embora.

 

_Eu também.

 

_Tá falando sério?

 

_Claro... por quê?

 

_Porque a gente mora pro mesmo lado. Andar perto um do outro vai ser inevitável... e doloroso.

 

_Ah... é mesmo. Vou pra praça... aquela. Sabe?

 

_Aham. Tchau.

 

_Tchau... Se cuida. Eu...

 

_O que?

 

_Nada.

 

_Tá.

 

Saí andando pelo shopping querendo matar o Diego. Estava óbvio que ele fizera aquilo de prpósito. Marcara comigo e com Felippe e faltara. Tudo pra que nos encontrássemos e fossemos forçados a conversar. Ou quase isso.

 

 

 

Me senti mal por ter sido tão fria com Felippe, mas não consegui evitar.

Cheguei em casa e fui tomar banho, mesmo que já o tivesse feito antes de sair.

Saí do banho bem na hora que meu celular começou a tocar. Olhei no visor: Lippe. Apertei o botão rejeitar. Não queria falar com ele. É, não queria. Antes pensava que queria, mas descobri que não.

 


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Notas finais do capítulo

Não sei bem o que falar sobre o capítulo porque não lembro bem dele... eu o passei há algum tempo, hihi.
Só sei que ele é bem importante... e muita coisa ainda vai acontecer...

Eles ainda... bem, vão viver muita coisa até o fim. E quando falo em fim, não se trata só da fic e... Me calei. Até o próximo...

Se quiserem comentar... oaisjdiosajdi



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