Iceburns escrita por The Siren


Capítulo 6
Prince Charmless


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas! Sei que faz muito tempo que não posto nada aqui, minha inspiração tinha sumido, e o pior, meu word bugou, não sei bem o que aconteceu, mas agora vou ter que instalar de novo... Todo esse capítulo eu escrevi no gmail! KKKK

Mais uma vez, mil desculpas, agora vou voltar a atualizar a fanfic com mais frequência. ♥

O link da música do capítulo se encontra no final do mesmo!

Boa leitura! ♥



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Se você quer a imagem de um príncipe encantado
Eu levo o prêmio
Mas agora você me acha mais alarmante já que
Eu sou encantado como uma cascavel
Minha personalidade gentil e deslumbrante
Era como um sonho
Mas agora que você acordou, a dura realidade é que
As coisas nem sempre são o que parecem

Foi pega pelo meu sorriso corajoso
Você falhou, não notou os dentes afiados
Eu não sou uma fraude, mas sob essa fachada quente
Eu sou o príncipe não-encantado por baixo
— Prince Charmless

 

No final, tudo foi fácil demais. Houveram complicações no caminho, mas Hans vencera a guerra a qual travara com as irmãs de Arendelle. E afinal, nada que vem fácil vale a pena, os desafios foram o que transformaram sua jornada em algo mais, uma completa aventura, e ele era o vencedor, o herói. Ao menos em sua própria mente doente...

Anna era uma tola por acreditar nele e em suas falsas promessas de um amor barato, afinal, sua personalidade vil e sua fome por poder eram o que mais gritavam em seu ser no momento. Um grito doloroso e libertador, quase como seu próprio hino, sua própria forma de dizer que estava finalmente livre. Estava longe de ser um príncipe encantado.

— Não vai ficar impune! — Anna disse choramingando, caída ao chão com seu coração e corpo lentamente transformando-se em gelo.

— Oh... É claro que vou ficar. — Hans respondeu sarcasticamente e bateu a porta, trancando Anna naquele quarto, saindo daquele local e agora andando pelos corredores com seu sorriso maléfico estampado nos lábios finos.

Estava livre do inferno que era sua antiga vida. Agora seria rei, nunca mais o décimo terceiro, o inútil, o sobressalente... Estava liberto! Deixou Anna para morrer na Sala dos Segredos, logo logo o frio a consumiria e ela se transformaria em puro gelo. E em pouco tempo Elsa morreria por suas mãos, ele mesmo a decaptaria para mostrar seu poder e salvaria à todos do Inverno Interminável.

Não havia percebido que tinha ido longe demais, que a loucura havia o cegado. Para o príncipe traidor, nada mais importava, apenas a maravilhosa sensação de ter uma coroa em sua cabeça. Afinal, era o herói que Arendelle precisava.

    

 

— Bom saber que agora vocês confiam em mim. — Lars comentou enquanto andava pelas masmorras apenas sendo guiado por uma tocha em sua mão e as coordenadas que possuía em sua própria mente. Seus passos ecoavam pelo local escuro e sem vida, sem esperança nenhuma.

— Espera aí, eu não confio. — Anna respondeu, o acompanhando cuidadosamente. Vestia roupas simples e confortáveis, preferíveis para uma fuga, também usava a mesma capa quentinha que usara no Inverno Interminável para procurar por sua irmã mais velha.

— Só estamos aqui para impedir que um ato terrível e bárbaro aconteça. — Continuou Elsa, sua voz calma agora estava tensa e mais séria do que nunca. Finalmente estava usando seu vestido de gelo, agora sendo ela mesma e se sentindo um pouco mais confortável em sua própria natureza congelante. Apesar de que todo o conforto não poderia ajudá-la neste momento de tensão.

— De qualquer forma... — Lars continuou, um tanto quanto acuado. — Obrigado por me ajudarem. Hans é uma das pessoas de mais valor para mim e eu não suportaria mais aguentar as crueldades que estão sendo feitas com ele. Este foi o limite. — O príncipe pegou um ramo de chaves douradas de sua cintura, procurando pela chave da cela de Hans. Havia as roubado momentos antes, enganando os guardas sozinho, por sua própria conta e risco.

Estavam cada vez mais perto e Elsa podia sentir o coração palpitando cada vez mais rápido, como se quisesse se libertar e acabaria por sair abruptamente de sua boca. O medo e a angústia cada vez tomavam mais conta, era como anos atrás, quando estava perdida e somente Hans estava lá para ampará-la, mas ao invés disso, ele a enganou e tentou matá-la. Tentava bloquear aquelas lembranças da mente por pelo menos aqueles breves momentos, pois precisava fazer um bem maior e o medo só iria a atrapalhar.

O passado pode ser estático, mas muitas vezes ele é capaz de magoar e de mudar o futuro. Nossa percepção pode ser mudada, porém o passado continuará o mesmo. A cada passo dado era como se uma pequena parte de sua alma estivesse morrendo de pouco a pouco. Era inútil tentar lutar, sair do abismo e pular diretamente à superfície, afinal, a rainha já estava no fundo do poço.

— É aqui. — Lars avisou, mas a cela parecia vazia e a escuridão não os ajudava a visualizar, nem mesmo a tocha parecia iluminar todo o local mórbido. Apesar disso, Elsa pôde observar uma silhueta levantar-se das sombras, sentindo seu sangue gelar e seu corpo paralisar. — Hans, você está aí?

Hans não respondera. A rainha pôde ver a sombra aproximando-se, mesmo sem conseguir observá-lo, sabia que seus olhos verdes estavam pousados sobre si, o que era bastante assustador. Como se já não bastasse, o clima começou a esfriar naquele momento importuno.

"O medo será seu inimigo."

Aquela frase ecoava em sua mente como em um turbilhão de sensações diferentes e terrivelmente desconfortantes. Não queria estar ali, mas era preciso, para salvar uma vida. Vida esta que tentou assassiná-la a sangue frio.

O príncipe traidor finalmente aproximou-se por completo, estava acabado. Seu cheiro não era agradável e suas olheiras demonstravam seu cansaço e total exaustão. Ele olhava fixamente para Elsa, como em um transe interminável e indescritível, mas saber o que estava pensando verdadeiramente era impossível. Hans era um mistério para Elsa, assim como ela era um mistério para ele também.

Encontrar-se depois do ocorrido era um choque imenso que a rainha não pensou que sofreria, mas ele estava ali, bem em frente à ela, seu passado, príncipe Hans das Ilhas do Sul.

Elsa o encarava de volta, mas o medo que sentia por aquele homem não a deixava enxergar a situação como um todo, sendo assim rapidamente começou a nevar nas masmorras.

— Elsa, está tudo bem... — Confortou Anna, acariciando o braço da rainha como uma tentativa de acalmá-la. Anna não parecia tão abalada com a situação, ela parecia manter-se firme e forte, apesar de sua raiva aparente pelo príncipe ilhéu. Mas aí está a questão, as aparências enganam.

Se Elsa sentia-se no fundo do poço, agora havia caído completamente no abismo sem chances de retorno. Não sabia ao certo o que estava sentindo, mas sabia que não era nada agradável.

Era como se a rainha da neve tivesse uma conexão com o príncipe traidor. Não uma conexão boa, mas sim, uma conexão forçada e que levaria todos à ruína. Algo que só era capaz de trazer morte e dor. Era como se os olhos dele pudessem ler sua alma, enxergar nas profundezas de seu ser e isso a atormentava profundamente. Ela tinha plena consciência de que Hans podia lê-la como um livro aberto, de que sabia o que ela estava sentindo e poderia usar isso como uma vantagem para se vingar.

— Quanto tempo... — Hans começou a falar, ainda encarando a rainha, Lars pôs-se a abrir a cela usando uma das chaves.

Elsa não aguentou tamanha pressão, virando-se de costas para que assim não pudesse observar os terríveis olhos daquele monstro a encarando. Sentia a voz dele como mil navalhas a cortando, era uma tortura sem fim.

— Está com medo de mim? — perguntou Hans, mas o príncipe não obteve resposta, assim abrindo um sorriso sarcástico, sentindo-se vitorioso por assustar a rainha. Apesar de tudo, a encarava não para assustá-la, ele não sabia o porquê, mas tirar os olhos daquela mulher que era sua inimiga parecia impossível.

— Você deveria estar agradecido por nós. — Disse Anna com certa irritação em suas palavras amargas. — Se não fosse por Elsa e eu, você com certeza morreria. Então eu sugiro que feche a boca se for para falar bobagens.

— Olha só, ela late mas não morde. — Brincou Hans, tão petulante quanto maldoso.

— Já chega, Hans. — Pediu Lars, dirigindo-lhe um olhar de repreensão, Hans obedeceu, saindo da cela calmamente quando o irmão mais velho a abriu. — Não quero que faça nenhuma gracinha, entendeu? Estamos nos arriscando por você. — Hans assentiu com um olhar vazio e a expressão um tanto quanto pensativa.

— Você está certo, faz muito tempo. — Elsa finalmente respondera, como em uma conversa paralela, virando-se para também encarar Hans. Seus olhos azuis-gelo encontraram-se com os olhos verde-esmeralda do ruivo petulante. — E mesmo depois desse tempo, você continua o mesmo canalha. Não estou te libertando porque te perdoei, estou te libertando porque não quero que alguém morra por minha culpa.

— E quem disse que eu quero seu perdão?

— De qualquer forma, você nunca o terá. — A rainha respondeu friamente, Anna e Lars já percebiam a tamanha tensão crescendo no ar, então Lars logo começou:

— Acho melhor discutirmos o plano antes de fazer qualquer coisa precipitada...

— Shiu! — Hans interrompeu prontamente, deixando Lars confuso e um tanto quanto ofendido.

— Ei! Não faz "shiu" pra mim!

— Fica quieto, eu estou ouvindo passos. — Hans revelou atentamente, estava em estado de alerta. Havia algo errado. — Têm alguém nos seguindo. — Sussurrou, parecendo espantado e um tanto surpreso. — E esse alguém é...

Ora, ora, ora. — Os passos que Hans estava escutando se intensificaram quando Caleb surgiu nas masmorras, o mesmo sorria triunfantemente. — Acharam que seria tão fácil escapar? Que pena, pois é impossível enganar um Westergaard.

— Você é um mentiroso! Assim como toda a sua família! — Anna exclamou.

— Nossa, assim você até me magoa. — O príncipe Caleb respondeu com uma falsa tristeza de puro deboche. — Pensei que Arendelle concordaria em manter negócios conosco, mas não, Lars tinha que estragar meus planos. Obrigado, irmãozinho.

— Nós nunca manteríamos negócios com você, seu... seu... Seu babaca! — Anna falou com raiva, porém ao mesmo tempo comicamente.

— Bem, se não posso dominar Arendelle do jeito fácil, então acho que vou ter que ser um pouco cruel e dominar do jeito difícil. — Ele estalou os dedos prontamente. — Guardas!

Imediatamente, vários guardas surgiram das sombras, estavam escondidos o tempo todo aos arredores, como um pequeno exército em meio às trincheiras.

— São traidores, matem todos eles!

 

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 Música do Capítulo (Prince Charmless)


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não gostaram? Comentem suas opiniões, assim posso saber o que estão gostando e o que eu posso melhorar. ♥ Mais uma coisa, gostaria de convidar vocês a lerem o meu blog, Quero Café.

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