Vários meses se passaram, mas Tom Riddle e Hermione Granger continuaram mandando cartas. Ele até criaram um pergaminho para conversar mais rapidamente, mas nunca perderam o velho costume de conversar por Violet.

***

A pequena coruja estava voando até uma casa no meio de um campo florido. Um pouco antes de chegar, pousou no banco ao lado de uma garota com mais ou menos 13 anos, que levou um pequeno susto quando viu o animal.
— Por que você continua fazendo isso, Vi?— Exclamou ela.— Eu deveria ter falado para mamãe e Papai sobre sua habilidade de animagia.

A coruja se transformou em uma garota de 20 anos com os cabelos castanhos trançados e olhos verdes com um brilho inegável.

— Minha cara Rose.— Falou a garota com um sorriso brincalhão.— Eu ainda faço isso por que eu quero. E pode contar, eu não ligo.
— Mas o que você faz quando está fora?— Questionou Rose.— Trabalhar como tesoureira do Ministério não precisa passar o tempo todo fora.
— Minha cara botão de rosa.— Falou ela se levantando.— Não te interessa o que eu faço.

— Mas me interessa.— Disseram duas vozes sincronizadas.
— O que você faz enquanto está fora, Violet Merope Riddle?— Falou uma mulher com cabelos castanhos arrumados num rabo de cavalo. Violet estremeceu e virou-se para a mãe.
— Mãezinha querida do meu coração.— Falou ela.— Vou passar na casa de Teddy (o homem torceu o rosto quando a filha disse sobre o namorado), eu esqueci o meu casaco lá, se me der licença...
— Você não vai para lugar nenhum.— Falou um homem ao lado de Hermione Riddle. Era o marido da mulher, Tom Riddle. — Violet, nos conte o por quê de ficar longo períodos fora, se não vai ficar sem celular.
— O QUE?!— Garotou a garota.— EU SOU MAIOR DE IDADE!
— Mas ainda mora conosco.— Falou Hermione.— Vamos, conte.
— Ah...— Falou Violet sem saída.— Eu tenho um trabalho extra.
— Como assim?— Perguntou Tom. — Aonde?
— Ele não é remunerado.— Fala a garota, contando meias verdades.— Ele é tipo um correio.
— Mas nós temos corujas para isso.— Disse Hermione.
— E ela é uma coruja.— Disse Rose ganhando atenção dos pais.— Ela é uma animaga.
— OQUE?!— Gritaram os pais da garota. 
— O que você tem na cabeça?
— Pelo menos podia ter falado para mim e sua mãe...

— VOU TE MATAR ROSE JEAN RIDDLE!

*** 

Tom Riddle estava fazendo seu N.O.M. de Poções. Pensava em tudo que havia estudado (com algumas ajudas de Jean, claro) e viu que já havia feito toda prova, perfeitamente.

Virou a folha ao contrário e ela parou na mão do professor.
— Já Sr. Riddle? Não quer conferir?
— Não senhor.— Falou o garoto, com um leve sorriso.— Posso me retirar?
— Sim, sim.

Tom se levantou e todos os alunos seguiram o garoto com o olhar. Como poderia ter feito os N.O.M.’s na metade do tempo previsto?

Tom saiu da sala e foi diretamente para a biblioteca, onde gostava de escrever para Jean. Pegou o pergaminho encantado que havia feito um feitiço para falar mais rapidamente com a garota.

T: Acabei de fazer os meus N.O.M’s. Obrigado por ter me ajudado.

O garoto esperou alguns minutos e a garota respondeu.

Jean: Parabéns! Eu acabei de sair da minha entrevista para a minha futura carreira.

T: O que vai escolher?

Jean: Acho que professora, seria legal... ou acho que vou trabalhar aí, no Ministério Britânico. Mas eu queria mesmo é poder defender os direitos de seres incapacitados.

T: Eu estou pensando em ser professor também.

Jean: Boa ideia T. Tenho de ir, Harry se meteu novamente em encrenca...

T: Srtª. Jean, você precisa arrumar amigos melhores.

Jean: Não vou achar, eles são os melhores do mundo. Tchau T.

T: Tchau Jean.

Tom já havia admitido para si mesmo que se apaixonou pela garota do outro lado do oceano, como ele a chamava. Todas as conversas pela madrugada, confidências e experiências compartilhadas o fez se encantar por H.J.G. O garoto sentia que podia contar até os seus sentimentos mais profundos. Mas ele não tinha coragem para admitir seus sentimentos. 

Pegou um pergaminho e pôs a se escrever:

Á Jean.

Meu amigo Abraxas me contou uma piada: O que a banana suicida falou? Macacos me mordam. (Sei, essa piada é horrível, mas eu não quis acabar com a moral dele) 

Você não deveria se meter em tantas encrencas. Mas do jeito que você me conta suas aventuras, até eu gostaria de participar. (N/A: Você participa, indiretamente, mas participa...)

A cara-de-sapo é pior que o morcegão das masmorras? Ilvermorny parece um zoológico. 

Até mais ver,
Tom Marvolo Riddle.

“Coloquei meu nome” pensou Tom um pouco hesitante. Mas, num momento de coragem, suspirou confiante e sussurrou chamando Violet, que no mesmo segundo apareceu. O garoto amarrou a carta na perna da coruja, que logo partiu.

Tom, sem saber o que fez, se levantou para almoçar.