Correspondência anônima - Tomione escrita por DudaMaluca


Capítulo 13
Treasures




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No parapeito da janela havia uma coruja cinza. O cômodo estranhamente vazio assombrava Violet. Tornando-se na forma humana, deu passos sorrateiros até um criado mudo entalhado de madeira. Cuidadosamente abriu a gaveta e de lá tirou um baú. Segurando por uma cordinha que estava presa ao baú, se transformou em coruja novamente e se foi.
 
Porém seu plano havia falhado. Olhos arregalados olhavam a janela com surpresa e curiosidade.
 
*** 
 
— Mi!— Gritava uma pequena menina pulando em Hermione Granger.
— Jô.— Falou pegando-a no colo.— Como está indo na escola?
 
A pequena torceu o nariz.
 
— A primeira coisa que pergunta para sua irmãzinha quando chega de Hogwarts é como ela está indo na escola?
— Você continua a mesma fofura de sempre. — E tocou o na ponta do nariz dela.
— E você a mesma sabe-tudo. — E começou a rir junto à irmã mais velha.
 
— Você não se esqueceu de nós, né? — Falou uma voz grave.
— Claro que não, pai! — Soltou Jô e se jogou no pai.—Estava morrendo de saudades!
— Cadê o abraço de sua mãe? — Falou uma voz um pouco mais aguda.
— Mãe! — E a abraçou. — Não te esqueci, viu.
— Vamos querida. Eu fiz aquela torta de maçã que você adora.
 
E saíram da estação. O que a garota não percebeu foi um par de olhos verde escuros a observando discretamente.
 
*** 
 
— E então, como foi o seu ano?
— Agitado. — Falou Hermione sinceramente. — Com os N.O.M’s, a megera como era minha professora de D.C.A.T, nem conseguimos aprender alguma coisa com ela, mas, como disse nas cartas, Harry nos deu algumas aulas.
 
— Filha. — Falou a Jean Granger. — Depois que você...
— Invadiu o Ministério da Magia. — Jô interrompeu a mãe. — Um monte de carta de um tal de Tom Riddle chegou.
— Como?
 
A voz da garota não passou de um sussurro. Seus olhos demonstravam um leve desespero.
— Eu já disse, umas cartas chegaram desse tal de Tom Riddle. — E adicionou.— Pelo que li, vocês se gostam, e muito.
 
Hermione saltou da cadeira e subiu rapidamente.
— Por que você fez isso, Josephine Anne Granger?
 
A mais velha dos Granger entrou em seu quarto e trancou-se no cômodo. Sentou ajoelhada pressionando as costas na porta e as mãos em sua face.
— O que foi que fiz? — Sussurrou retoricamente. — O que eu fiz?
 
A garota levantou o rosto e viu um baú não muito grande, mais ou menos do tamanho de uma caixa de cereal, em cima de seu criado mudo. Levantou-se cuidadosamente e deu passos largos até o local e pegou o objeto. Destrancou-o e sentiu o cheiro de menta e frutas vermelhas. Um sorriso involuntário surgiu no rosto da garota. Pegou a primeira carta que viu.
 
À T.
 
Lembra da vaca-rosa que eu havia te contado? Os irmãos do meu melhor amigo, Rony, criaram um pântano na sala dela e fugiram logo depois. Foi impressionante (desculpa, ainda preciso manter a minha pose!).
 
E como está aí? 
 
Até mais,
Jean.

 
E começou a viajar pelos pensamentos. T, o garoto que conversou por um ano. O garoto fofo e engraçado que a fazia feliz. O garoto que ela podia contar suas confidências e aventuras. O garoto que a fez passar noites em claro apenas conversando. O garoto que... não era o que esperava. T não era bom. T não era confiável. T era Tom Riddle, o jovem Lord Voldemort. O inimigo número 1 de seu melhor amigo.
 
— O que eu fiz?


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