— Por que você nos convocou para uma reunião?

Perguntavam-se todos os integrantes do A.S.A. Uma organização secreta para salvar a existência da civilização.

Você deve estar achando que isso é tipo a C.I.A bruxa. Porém, é uma associação para jovens adultos em busca de construir o presente a partir do passado, não que isso seja menos importante que a própria C.I.A.

A sua sede é um antigo (e fechado) departamento: o de viajem no tempo.

Nos tempos de ouro no ministério, o departamento recebia pessoas de todas as décadas. Porém, um dia, uma das máquinas deu um enorme problema: se auto reconfigurou, assim fazendo um furo na memória de toda população, fazendo todos esquecerem desse local.

Porém, no tempo de escola, um grupo de jovens de diferentes idades estudou sobre isso. E esses eram os Pássaros. Pesquisaram toda a história, a localização e principalmente, como fazer a grande máquina funcionar.

Violet, a presidente da associação, estava sentada em uma poltrona. Sua unha fazia barulho na sua pequena agenda.

— É o seguinte, precisamos juntar os meus pais.

E assim vieram um pouco de reclamações. Mas eu nem ao menos consegui juntar os meus, como vou lhe ajudar?
— Gente.— Falou o namorado da garota.— A ouçam, ela tem mais coisa.
— Mas...
— Isso é muito sério.— Falou a garota da mecha roxa.— Se não juntarmos os meus pais, não vai adiantar nada juntar os seus.
— Ela tem razão.— Disse Calvin Thomas.
— Concordo.— Disse Emma Creevey.
— Unânime?— Perguntou Alya.
— Acho que...

É um alarme começou a soar.
— Pássaros, hora de voar!

E todos se transformaram em algum tipo de ave. Corujas, beija-flores, águias, urubus...

Todos passaram pelo portal antes que o buraco se fechasse.

/.-|-.

O barulho do salto de Mary Potter ressoava na espera do St. Mungus para acidentes mágicos. Seu coração batia tão rapidamente por causa de um antigo amor. Sirius Black. Seu amor se chamava Sirius Black. 

James e Sirius eram inseparáveis. Mary sempre teve uma queda (mas estava mais para um penhasco) no garoto de olhos cinzas. 

Não aguentando mais esperar, cortou a fila. Até recebeu uns xingamentos, mas nem ao menos ligou. 

— Com licença...
— Você é o número 2005?— Perguntou uma jovem moça.
— Não, mas...— Tentou responder a mulher, porém foi cortada no meio de frase.
— Então, pode voltar a fila?
— Mas é urgente...
— Para todo mundo também é.
— Moça, você não está entendendo...
— Eu entendo muito bem, adeus.

A mulher bufou de frustração. Olhou para os lados, procurando o elevador. A porta dele se abriu. Saiu correndo até ele e apertou para o quinto andar.
— Peguem-na!— Gritou a secretaria.

A porta se fechou num instante. Suspirou com um sorriso no rosto e ouviu a música no elevador. “Everything Has Changed” e ela cantarolava. Seu coração estava na mão. O estômago cheio de borboletas.

A porta novamente se abriu. Deu passos rápidos até a mesa das enfermeiras. 507, esse era o número do quarto. 

A mulher, a cada passo, seu coração dava um salto. Quando chegou na porta viu o seu amado conversando e rindo com o seu melhor amigo. Já tinha planejado tudo o que falar, porém tudo foi água a baixo. Sirius havia a visto.
— Poppy?
— Idiota!— Exclamou ela avançando até o homem, demonstrando toda a sua raiva.— Eu fui para o Brasil ensinar magia curativas em Castelobruxo depois que você foi estupidamente preso! Sonho com o idiota que chamo de Sirius todas as noites, e logo me repreendia por causa disso. Eu amo o seu sorriso bobo, sua risada estranha e todas as piadas que você fazia! Eu tentei te esquecer, mas nada ajudava...

A garota estava quase batendo em Sirius. 
— Ei...— Falou ele segurando as mãos dela.— Calma...
— Idiota!— Falava ela se debatendo.— Você não sabe o que eu passei durante esses 14 anos...
— Calma Poppy.

E ele a abraçou. A garota cedeu e soltou algumas lágrimas na roupa de hospital do homem. Sem perceber, havia deitado na maca e os dois haviam adormecido abraçado.

Porém, o que ninguém viu, uma coruja observava a cena alegremente.