Hermione Granger estava deitada numa cama no canto de seu quarto. Era ali que estava passando as férias, na própria casa.

Mesmo amando o lugar, começou a o achar desinteressante, por existia um lugar muito mais mágico, Hogwarts. Ah, sim, a melhor escola de magia e bruxaria, segundo a garota, mesmo que não tenha frequentado as outras.

Revirando-se para todos os lados, tentava ler o seu livro favorito, Hogwarts: Uma História. Mas sua cabeça estava focada em outra coisa, uma coisa terrível.

Lembrava de tudo que tinha acontecido no ano anterior. Copa Mundial, Torneio tri-bruxo e o pior, a morte de Cedrico Diggory, um lufano.

E então espiou a janela. Viu uma pequena coruja da cor cinza. Os olhos eram uma mistura de azul e roxo, dando a impressão que aquela ave é especial.

Levantou-se lentamente e colocou suas pantufas brancas. Caminhou até a janela e estendeu o braço. A coruja saltitou para a garota, que sorriu brevemente para o pássaro. Lembrou se de Harry e Rony, seus melhores amigos. Ela, antigamente, era apaixonada por Rony, porém, ano passado, percebeu que isso nunca daria certo, já que o ciúmes de Rony era demais. 

Olhou para um pergaminho na escrivaninha ao lado da janela e foi instintivamente a ela. Pegou a pena e hesitou. Lembrou-se do acordo que tinha feito com a Ordem para não mandar nenhuma carta à Harry, mesmo sabendo quase a mesma coisa que o garoto. Já para Rony não tinha mais assunto. Ela mandava praticamente uma carta a cada duas horas. 

A coruja piou e Hermione decidiu desabafar para a alguém que não conhecia.

Á algum correspondente,

Sei que provavelmente vai achar essa carta desinteressante, mas eu acho que isso é o certo a fazer.

Eu sinto que as coisas estão indo de mal a pior. Ano passado, aconteceram muitas tragédias em minha vida. Um conhecido morreu e o mal se reergueu. 

Não posso conversar com meu melhor amigo por alguns detalhes.

Mas como alguns dizes, se está ruim não pode piorar.

Mas acho que essa regra não vale para mim.

Atenciosamente,
           H. G.

— Violet.— Falou a garota nomeando o animal.— Leve-a, leve-a para outro lugar.
E então envelopou a carta e deu-a para a coruja, que saiu logo voando. A garota observou a coruja se afastar pelo horizonte até não a enxergar, voltando assim para o seu livro.

Mas a garota não tinha percebido a coruja havia se tornado um fumaça negra que logo de dissolveu.