Através do Tempo - Entre Vidas escrita por Biax


Capítulo 10
X - Perseguição no Baile de Carnaval


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas. Eu parei de postar já faz bastante tempo, e como não recebi nenhuma mensagem ou comentário sobre essa demora de atualização, perdi a vontade de postar. Apenas a Ester deixava seus lindos comentários (obrigada, Ester, sua linda :*)
Só que um ser iluminado chamado Sophia chegou deixando vários comentários nos capítulos e me deu ânimo de voltar ♥

Então, você que veio continuar sua leitura e não está com vontade de ler tudo de novo, aqui vai um resumo bem resumido:

Cap. 1 - Mostra como Rebequita e Gabriel estão, e no final, o Guardião aparece.
Cap.2 - Ele avisa que o livro foi roubado e que o trará de volta de qualquer jeito. Rebeca quer ir junto, e ela e Gabs vão.
Cap.3 - Chegam na casa do Guardião, que é maravilhosa.
Cap.4 - Comem bolinhos, Rebeca toma banho iluminada pelo pôr do sol e conversa com Ethan (para quem não lembra é o nome do Guardião), e Anne e Felix aparecem, eles se transformam nos personagens principais para ficar no lugar deles em casa.
Cap. 5 - Ethan explica que o Tempo (guardião dos portais) está de folga.
Cap. 6 - Eles fazem pizza no jantar e Ethan leva uma bronca dos superiores por "deixar" roubarem o livro.
Cap. 7 - Ethan vê a imagem de flores que Rebeca deixou em seu computador e se sente levemente alguma coisa. Rebeca e Gabs têm uma pequena discussão que logo se resolve.
Cap. 8 - Eles vão para o Ponto Nulo e conhecem o Tempo (que está em forma de criança). Depois vão para o Equador.
Cap. 9 - Vão para a França, em 1940. Viram a cena da Segunda Guerra Mundial, onde Rebeca morre com um tiro na barriga, e depois Gabriel (que era um soldado alemão) surge. Depois vão para Veneza, em 1752 e colocam as roupas da época.

Ufa, pronto. Agora podemos voltar à programação normal. E ah, eu aproveitei o embalo para revisar todos os capítulos.

Boa leitura!



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— Aqui... — Ethan entregou uma máscara para cada um.

Diferente da máscara que ele usava, aquelas eram de rosto inteiro, com um cabo fino de madeira, para poder segurá-la na frente do rosto.

Diversas pessoas estavam indo para a festa, já com as máscaras na cara.

Rebeca olhou para Ethan e estranhou uma coisa. Ele não estava de peruca, mas seu cabelo estava grande e preso por uma fita preta, formando um rabo de cavalo baixo.

Um pouco de sua franja ficava caída nas laterais do rosto, dando um charme diferente dos outros homens. Não que ele fosse “comum”. Ethan era extremamente bonito, e acabava chamando a atenção das moças por perto.

Não havia uma que não o olhava quando eles passavam.

Em pouco tempo, chegaram em uma mansão com um vasto jardim na frente. Estava lotado de gente, todos vestidos elegantemente. Havia uma pequena fila para entrar. Eles tomaram seus lugares, por últimos.

— Não falem nada. — Ethan cochichou para eles.

— Por que não?

— Porque vocês não sabem falar italiano. Se ficarem conversando, quem estiver ouvindo poderá puxar assunto. E não demorará para eles saberem que vocês não são daqui. Vocês têm que evitar qualquer tipo de aproximação. Entenderam?

— Sim — responderam juntos.

Rebeca virou para trás e olhou para Gabriel. — Que vontade de tacar essa peruca longe. — Riu.

— E esses seus peitos falsos aí? — brincou.

— Ah, pode ter certeza que não sou a única.

As pessoas iam entrando aos poucos, e logo entraram em um hall grande. Rebeca viu que próximo à entrada do lugar onde estava sendo a festa, haviam algumas pessoas e um homem sentado em uma poltrona.

Um outro estava mais à frente, e quem estava na fila falava com ele. Então ele dizia os nomes em voz alta, e o cara da poltrona sorria e falava algo para eles.

Era assim com todos os convidados.

Misericórdia. Coitado.

Logo chegaram a vez deles. Ethan se adiantou e cochichou algo para o cara, olhou para nós e fez sinal para darmos um passo para frente.

Assim o fizeram, ficando os três de frente para o homem da poltrona. Ethan fez uma reverência, Gabriel o imitou e Rebeca segurou a saia do vestido e se abaixou um pouco, fazendo igual o que as mulheres faziam nos filmes de época.

Ethan Barberine. — O homem disse com um sotaque forte italiano. — Rebeca Barberine e Gabriel Barberine.

Benvenuto! Godetevi la festa! — O homem da poltrona disse com um sorriso, como se não tivesse dito aquilo pela quinquagésima vez aquela noite.

Ethan colocou as mãos nas costas de Rebeca e Gabriel e os puxou para a próxima ala, onde haviam muitas, mas muitas pessoas.

— O que aquele cara disse? — Gabriel olhou para Ethan.

— “Bem-vindos! Apreciem a festa!” — disse sério, parando e olhando ao redor.

Rebeca analisou as pessoas, que usavam suas máscaras coloridas no rosto, então lembrou que estava segurando a sua. A colocou na frente do rosto, mas mal conseguia enxergar alguma coisa pelos buracos dos olhos.

— Como esse povo enxerga alguma coisa?

— Eles devem ter alguma técnica... — Gabriel também tentou ver pelas frestas dos olhos de sua máscara, mas logo a tirou da frente. — É, também não sei.

— E agora? — Rebeca perguntou, vendo as pessoas animadas e começando a ficar também.

— Precisamos achar a pessoa. De uma forma discreta, é claro. Para que ela não nos veja. Vamos caminhar pela casa. — Saiu na frente.

Gabriel e Rebeca andaram logo atrás dele, mas ao contrário de Ethan, eles estavam sempre olhando tudo. As pessoas, a arquitetura do lugar, prestando atenção nas músicas...

Ethan parou, olhando ao redor com seu semblante sério, e os dois ficaram ao seu lado.

Rebeca começou a balançar o corpo de um lado para o outro com a música. Em algum lugar havia uma orquestra tocando.

— Cadê sua discrição? — Gabriel riu.

— Não sou a única que está dançando aqui. — Pegou as mãos dele e começou a tentar movê-lo também.

Enquanto se mexia, Rebeca continuou observando tudo, e percebeu que haviam alguns grupinhos de garotas que olhavam para eles. Mais precisamente para Ethan.

— Alguém está sendo paquerado — cantarolou, olhando para ele.

Ethan nem a ouviu, pois estava concentrado.

— Eu estou ficando com fome, Ethan. Vou procurar comida. Vai ficar aqui?

— Sim... Não vão muito longe.

— Okay. — E puxou Gabriel pela mão.

— Onde vamos? — Ele questionou, enquanto ficavam de braços cruzados.

— Caçar o que comer.

No salão ao lado, havia uma grande mesa com diversos tipos de comidas. Rapidamente foram até lá, e Rebeca olhou os pratos. Haviam plaquinhas indicando as comidas, mas como estava escrito em italiano, ela não entendeu nada.

— Caramba, como vou saber se tem carne nessas coisas? Toma, come isso. — Pegou uma tortinha e deu para Gabriel.

Ele a comeu sem protestar. — Tem sim.

Então eles começaram a jornada de achar algo sem carne. Rebeca pegava as comidas e enfiava na guela de Gabriel, e ele sempre dizia que tinha carne. Mas uma luz se ascendeu quando a garota viu uma cristaleira cheia de frutas cortadas. Uvas, maçãs inteiras, algo que parecia ser pêssego...

Correu para lá, deixando Gabriel comendo para trás. Pegou logo três uvas e colocou uma na boca, enquanto deixava sua máscara na mesa. Eestavam bem doces, e Rebeca comeu várias, sem se importar com os olhares que estavam dando a ela. Parecia que apenas ela estava interessada em comer frutas.

Sono dolci, vero? — Ouviu alguém dizer em tom de pergunta e olhou para o lado.

Uma garota havia pego um pêssego e deu uma boa mordida, toda contente. Olhou para Rebeca enquanto mastigava.

A outra forçou a uva pela garganta quando olhou para a garota. Era ela bem ali... Bem diferente.

Aquela garota tinha cabelos louros claros e olhos verdes, mas o rosto era exatamente igual, porém, ela não parecia perceber a semelhança.

Sem saber o que dizer, Rebeca apenas sorriu, que é o que se faz quando você não entende o que a outra pessoa fala.

Qual è il tuo nome? — perguntou, com um olhar curioso.

— Rebeca? — Ouviu Gabriel logo atrás dela. — Ah, você achou frutas... — E olhou para a garota, ficando meio... confuso.

Rebeca? — Ela disse e olhou para Gabriel. — E la tua? — perguntou de novo, parecendo mais interessada nele.

Eita meu Deus...

Pardon! — Rebeca disse na primeira língua que veio na cabeça, tentando fazer um sotaque, e puxou Gabriel dali, indo para outro cômodo.

— Era você, não era? — Gabriel indagou com os olhos arregalados.

— Era... só que bem mais bonita. — Olhou ao redor, procurando por Ethan. — Onde ele está?

Gabriel também procurou, só que Ethan não estava mais no mesmo lugar.

— Ai não, ela está vindo... — Gabriel puxou Rebeca.

A outra Rebeca havia entrado no cômodo, e parecia procurar alguém. Eles andaram rápido para o próximo salão. Era ali que estava acontecendo a orquestra e as danças. O lugar era três vezes maior que os outros salões.

— Droga Gabriel. É culpa sua. — Rebeca resmungou, enquanto andavam por entre as pessoas que assistiam as danças.

— Culpa minha por quê?!

— Se você não tivesse aparecido ela não estaria nos seguindo. Não lembra que nas minhas vidas eu estava sempre procurando por você? Agora ela encontrou você, mas o você errado!

— Eu não tenho culpa!

Se enfiaram no meio das pessoas, esperando estar camuflados, e Rebeca continuou de olho em todos os lados, e logo viu aquela garota de novo.

Maldito senso de achar Gabriel!

Puxou o braço dele, e acharam uma outra porta, que dava para um cômodo menor, lotado da mesma forma. Ali havia outras passagens para outros cômodos, e eles seguiram em frente, onde saíram em um salão com uma escada gigantesca para o segundo andar. Haviam outras portas nas paredes laterais à escada, e Rebeca abriu a primeira que viu e entraram, fechando a porta atrás de si.

— Ela vai ficar seguindo a gente. Temos que achar Ethan para ele dar um jeito!

— E como vamos achar ele se temos que ficar fugindo dela? — Gabriel interrogou, indo até a janela.

— Sei lá, tenta pensar nele. Isso sempre funciona...

Ethan, cadê você? Precisamos de você! Minha outra versão viu o Gabriel e está seguindo ele e...

A porta se abriu com um impulso, e um casal entrou aos beijos.

Rebeca tapou a boca com as mãos para não rir e olhou para Gabriel.

O casal se encostou na parede ao lado da porta e continuaram a se beijar. Gabriel ficou com as bochechas vermelhas, e então pigarreou.

No mesmo instante o casal parou e olhou para trás. A mulher, envergonhada, rapidinho abriu a porta e saiu. Já o cara...

Espantado, encarou Rebeca como se a conhecesse.

Ai não...

Agora era a versão de Gabriel ali, parado, encarando Rebeca como se não acreditasse no que estava vendo.

Ele riu e se aproximou. — Chi sei? — perguntou, parecendo interessado.

De novo isso?!

Gabriel pegou Rebeca pelo braço e a puxou para longe dele mesmo. — Ela não é sua.

E rapidinho a puxou para fora da sala. Mas claro que a versão daquela vida os seguiu. Então começaram a correr de volta para o salão de danças.

— A gente precisa dar um jeito de juntar aqueles dois, assim eles largam do nosso pé! — Rebeca sugeriu, enquanto corriam.

Acabaram entrando no meio do espaço de dança, e aproveitando o embalo, se misturaram e começaram a “dançar”. Mas Rebeca sentiu seu braço ser pego e olhou para o lado.

Non scappare! Io...

De novo, Gabriel soltou o braço dela e eles voltaram a correr, atropelando os casais que estavam dançando e conseguindo alguns xingamentos.

Correram para o salão, entraram em outra passagem, indo para uma sala com alguns móveis, dando de cara com a Rebeca daquela vida.

Ela sorriu ao ver Gabriel e correu na direção dele.


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Notas finais do capítulo

Sim, eu usei o google tradutor porque não manjo de italiano, e ainda teremos outras línguas pesquisadas da mesma forma shaushas

Até mais o/



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