Através do Tempo - Entre Vidas escrita por Biax


Capítulo 1
I - Visita


Notas iniciais do capítulo

Aaaaaaaaaaaaaaaaaaa finalmente eu vou começar a postar!

Eu sei que vocês estavam esperando pela continuação e podem ter certeza que não vão se arrepender pela demora u.u

Espero MUITO que vocês gostem, pois foi escrito com todo amor, carinho e pesquisas hsagsahs

Boa leitura! ♥



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— Não, empurra mais para lá. — Rebeca pediu.

— Mais ainda? Eu empurrei isso cinquenta vezes e nunca está bom — reclamou Gabriel.

— Porque você empurra de pouquinho! Parece que está com medo. Empurra logo isso de uma vez.

Gabriel suspirou, revirando os olhos. Então, empurrou o móvel de uma vez, o batendo contra a parede, fazendo um barulho alto.

— Quebra tudo — provocou ela.

Ele lançou um olhar feio para Rebeca, que riu. — Vem empurrar você então. Isso é pesado.

— Eu não, estou de boa. — Andou até ele e sentou no sofá recém jogado na parede.

— Conseguiram?

Olharam para a porta e viram Cecília entrando no celeiro.

— Conseguimos sim. — Rebeca sorriu.

— Você quer dizer que eu consegui. — Gabriel também se jogou no sofá.

— Não, se não fosse eu você não ia saber onde colocar.

— E se não fosse você eu nem ia precisar colocar isso aqui.

Rebeca levantou uma sobrancelha para ele. — Está muito mal-educado, hein.

— Com quem será que aprendi? — Imitou a cara dela, exageradamente.

Ela revirou os olhos e Cecília riu, se aproximando dos dois. — Até que ficou legal aqui. Mas achei que vocês fossem terminar de pintar primeiro.

— Ainda não conhece a Rebeca direito, vó? — Gabriel perguntou. — Não sabe que ela quer colocar a carroça na frente dos bois?

— Nossa, onde você aprendeu isso? — Rebeca tirou sarro. — Que frase de velho.

— Velha é você....

— Então, Ceci... — O interrompeu. — Eu queria ver se o sofá ia combinar com a cor da parede.

— Ah, sim... Bom, o almoço está pronto. Vão lavar as mãos — disse saindo.

— Ai, graças a Deus, estou morrendo de fome. — Gabriel levantou.

— Quando você não está? — Rebeca levantou e começou a andar para fora.

— Boa pergunta.

Os dois estavam “ajeitando” o celeiro. Rebeca cismou que queria dar uma cara mais aconchegante ao lugar, então teve a ideia de pintar metade da parede de azul-bebê. Aquele sofá estava na loja de Cecília e estava querendo trocá-lo, pois estava enjoando da cor amarela. Então Rebeca a convenceu a vender o sofá para ela.

Claro que a princípio ela não quis vender. Mas mais nova não quis que fosse de outra forma, então Cecília pediu pouquinho dinheiro em troca do móvel.

Rebeca até fez um desenho do celeiro, dando uma de designer de interiores. Ela queria que a parte de baixo fosse como uma sala.

Junto de Gabriel, empurrou todos os fenos para a parte debaixo do mezanino, deixando o resto livre. O sofá ficou na parede da esquerda, mais ou menos centralizado. Ela ainda queria arranjar um tapete para colocar ali, uma TV e algum videogame.

No mezanino, ainda não tinham mexido em nada. Rebeca não queria mudar nada lá, pois ali era seu lugar especial.

Entrando na casa, os dois foram lavar as mãos, e depois se juntaram na mesa da cozinha com Maristela, Roberto, Cecília e Anthony, seu marido.

Era um almoço de domingo. Desde que Rebeca “aceitou” Gabriel, ele e seus avós vinham quase todos os domingos, e as famílias passavam o dia juntos.

Naquele dia, fazia um mês que Gabriel aparecera na vida de Rebeca.

Quando Maristela descobriu que Gabriel era neto de Cecília, ficou bem confusa. Então até Cecília entrou na onda para inventar alguma história convincente.

Contaram que Gabriel fora para lá de surpresa, e conheceu Rebeca antes de ter contato com Cecília. E o resto da história, foi usado parte da verdadeira. Que Cecília não tinha contato com ele desde os cinco anos, e por isso não o reconheceu. E Gabriel não sabia dela, já que seus pais não o avisaram.

Foi o máximo que conseguiram inventar, mas o importante é que Maristela acreditou.

Eles almoçaram, felizes, e depois os mais novos voltaram ao celeiro. Começaram a pintar o restante das paredes até o sol se pôr. Depois, os visitantes voltaram para casa.

Agora não tinha mais como Rebeca ficar com Gabriel no celeiro. Agora ele tinha uma casa. Mas não que isso impedisse deles ficarem o dia inteiro juntos.

Todos os dias após a escola, Gabriel ia com Rebeca para a casa dela e faziam as lições no celeiro.

Mas com a chegada das férias, ele ia para lá logo depois de tomar café, e como já era de casa, já entrava e ia direto para o celeiro.

Agora pelo menos tinha o sofá para eles ficarem sentados.

— Definitivamente temos que arranjar uma mesa. — Gabriel falou, ajeitando o caderno nas pernas, em uma segunda-feira.

— O difícil é arranjar a mesa. — Rebeca comentou, ao lado dele, escrevendo em seu caderno. — Tudo bem, não vamos precisar nos preocupar com isso por enquanto.

— Felizmente... Vamos no lago depois? Está ficando quente.

— Depois de terminar, vamos.

— Eu estou de férias, é injusto ter lição para fazer.

— Eu também acho injusto, mas o que podemos fazer? Protesto?

— Abaixo as lições nas férias! — Levantou o caderno. — Ai! — reclamou quando o caderno de Rebeca se encontrou com sua cabeça.

— Termina logo isso, para de enrolar.

— Me deixa enrolar em paz.

— E ainda quer ir no lago depois que acabar — zombou. — Sete horas da noite estamos chegando lá.

Gabriel lançou um olhar feio para ela e voltou sua atenção ao seu caderno.

Mais ou menos meia hora depois, foram para a floresta abafada. O barulho das cigarras estava alto. Era o som do verão. As cigarras, os pássaros... As cores vibrantes das árvores. Tudo aquilo era o que Rebeca mais amava.

Ela não sentia mais medo da floresta, agora sentia-se em casa ali. Sua terceira casa.

Todas as vezes que passava por aquele lugar, olhava a árvore “deles”. E sempre via uma coruja dentro da toca, o que a fazia se sentir feliz.

— Por que você sempre olha para cima quando passamos aqui? — Gabriel perguntou.

Ela o olhou. — Digamos que a minha história com essa árvore é bem antiga.

— Como assim?

— Aloys me contou que eu costumava subir nessa árvore para alimentar filhotes de corujas.

— Você ou Amice? — Sorriu, querendo provocá-la.

Revirou os olhos. — Eu, Amice, tanto faz... Eu fiquei pensando em como a Cecília deve ter te contato sobre essa história toda. Como foi?

— Hm... Depois que eu já estava “instalado”, ela veio com um papo que queria me apresentar para você. Disse que você ia ficar surpresa por eu ser igual a Aloys, e que queria muito ver suas reações. Eu não tinha entendido o porquê ela estava tão animada com aquilo, então ela me explicou que fez aquele esquema de ver as vidas passadas de vocês... Quando ela disse que o Aloys surgiu daquele jeito, eu não acreditei muito.

— E quando você acreditou?

— Não sei bem, mas eu fiquei assustado quando te vi a primeira vez. Você ficou tão chocada que achei que fosse meio louca... e depois começou a chorar feito sei lá o quê.

Rebeca riu. — Eu fiquei muito assustada. Achei que estava ficando louca mesmo. Se imagina no meu lugar... Eu estou aqui, de boa e começo a sumir aos poucos... E sumo. Depois aparece alguém exatamente igual a mim na sua casa...

— É, eu ia ficar meio em choque também.

Chegaram no lago e deixaram parte de suas roupas e chinelos próximo as árvores. Entraram na água, que estava morna no começo do lago.

— Apesar de ter ficado com um pouco de medo de você, eu senti que precisava me aproximar — continuou Gabriel. — Apesar de você querer me evitar a todo custo.

— Eu achava que você só queria se passar pelo Aloys... Na verdade não queria aceitar que você era ele.

— Eu sei. Mas eu acabei te conquistando, não é? — Deu risada.

— Não se acha não, tá? Você fez o trabalho fácil. Quem me conquistou foi o Aloys.

Gabriel fez bico e tacou água nela, começando uma guerra.

Um bom tempo depois, resolveram voltar, já que estavam ficando com fome. Antes de irem para casa, Rebeca quis passar no celeiro pois havia esquecido seu celular. Entraram e ela seguiu para a escada do mezanino.

— Não senta no sofá, hein — avisou.

— Você acha que eu não sei? — Ele retrucou.

— Ah, não sei... — Subiu as escadas, andou até a cama e pegou seu celular, olhando as horas e se virando.

Mas então, parou bruscamente quando percebeu que havia alguém na sua frente.

Seus olhos varreram de baixo para cima, já não reconhecendo aquelas roupas escuras e olhou para o rosto da pessoa. O homem ali a encarava seriamente, parecendo ver até através de sua alma.

Rebeca deu alguns passos para trás, o encarando de forma assustada.

De onde esse cara surgiu?

— Quem é você? — perguntou com a voz trêmula.

— Beca? — Ouviu Gabriel a chamando. A voz dele vinha dali de cima.

O cara estranho olhou para trás, e Rebeca viu que Gabriel havia subido e estava encarando o visitante.

— Eu disse. — O cara falou, olhando de volta para Rebeca e abrindo um pequeno sorriso.


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Notas finais do capítulo

Quem será o nosso visitante? Já imaginam?

Ai, eu tô muito animada com isso!

Espero que vocês estejam tanto quanto eu xD

Não deixem de comentar, hein? Quero ver vocês aqui interagindo, dando opiniões, surtando e tudo o que essa história tem direito.

Nos vemos no próximo! ♥



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