Prometida - Tekila escrita por Débora Silva


Capítulo 30
#Prometida - 30


Notas iniciais do capítulo

Boa noite meninas, eu nem sei que palavras usar aqui para agradecer todo carinho que vocês tiveram comigo e com minha Cuquita, somente em dizer que é uma despedida me arranca a alma. Quando comecei a escrever não sabia onde daria (como sempre) Mas aos poucos ela foi ganhando vida e formas que hoje eu tenho orgulho de dizer que fiz direito... Eu me sinto tão feliz e abençoada por ter cada uma de vocês em minha vida e hoje encerro essa historia com 6 Mil visualização de muito amor e superação e espero que chegue a cada mulher que um dia teve seu algoz e que possa ver em Refúgio um ponto de luz e uma esperança de que a vida nem sempre é só maldade que podemos ter amor também!!!! Beijos e até a próxima!!!!



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— Ela sabe que aí contem toda a vida dela e a minha que vou morrer de fome por meses! - falou brincando e ela sorriu mostrando o outro para ele. - Refúgio...

— Se continuar cheio desse modo, você nem vai chegar perto! - o beijou na boca. - Eu te amo tanto!!!

— Não mais que eu te amo!!! - arrumou o cabelo dela para trás da sua orelha e a beijou mais uma vez selando aquele momento que era mais um recomeço com sua prometida...

(...)

TRÊS DIAS DEPOIS...

Dionísio abriu a porta de casa para que Refúgio passasse com a pequena Diana nos braços e sorriu porque tinha uma pequena surpresa para elas duas montada na sala e Patrício estava eufórico por ver a irmã e quando a porta se abriu e ela entrou ele correu até eles com um lindo sorriso largando até o balão que era para elas e Refúgio sorriu abaixando para que ele visse a irmã. Ele parou perto delas e observou a irmã enrolada em uma manta branca e a roupinha da mesma cor.

— Oi meu filho!!!! - ela falou emocionada e ele sorriu. - Essa é sua irmãzinha Diana. - falou emocionada por ver os olhos dele na irmã.

Ele parecia perdido no mundo dele, mas sorria largado porque queria tanto a chegada dela que nem conseguia falar, apenas tocou a mãozinha dela que como se o reconhecesse apertou seu dedo e ele arregalou os olhos e olhou a mãe que sorria para ele já querendo chorar.

— Ela mim ama né? - gargalhou e agarrou a bebê beijando, mas fazia tudo com tamanha perfeição que a pequena nem se quer reclamou pelo carinho que recebia dele. - Oi Diana.

Refúgio não aguentou mais e deixou que suas lágrimas rolassem por seu rosto, o filho era tão perfeito que ela somente sabia agradecer, tinha tudo ali dentro daquela casa e olhou sua pequena Camilly que se debatia no colo da mãe para descer e vir até eles, ela apenas assentiu e a mãe a soltou estava caminhando já e com um pouco de dificuldade chegou a eles também com os olhos curiosos e olhou a bebê. Dionísio com aquela cena se sentia o homem mais afortunado do mundo, tinha sua família ali, a família que ele tinha lutado e conquistado com seu amor.

Refúgio puxou os dois para ela e os beijou muito estava com saudades de seus amores e Dionísio veio até ela ou ela cairia no chão com os três e os sustentou em seu corpo sorrindo com o amor sentindo por eles, eram tão pequenos mais tinham tanto amor um pelo outro que eles nem sabiam explicar. Eram completos e puros, tinham ensinado a eles que o amor é à base de tudo e eles viviam em plenitude aquele amor que era tão intenso e verdadeiro.

Foram mais alguns minutos ali e eles ficaram de pé e foram se sentar depois de Refúgio beijar a mãe que estava ao lado de Pedro, Patrício sentou e pediu a irmã no colo e ela deu a ele o ajudando a segurar em seus braços, Dionísio sentou Camilly ao lado dele e esperou a reação deles com a neném. Patrício sorria e balançava os pés enquanto tocava o rosto da irmã que dormia serena como se nada a abalasse, era tão perfeita e dona de uma personalidade que os deixavam inquietos por ser tão pequena ainda.

— Eu podo da minha peito pala ela? - olhou a mãe rindo e eles acompanharam.

— Meu amor, você não pode dar seu peito a ela não!!! - Dionísio falou todo amoroso. - Só a mamãe.

Renata se aproximou de sua menina e a beijou nos cabelos e Refúgio se acomodou em seus braços sentindo todo aquele amor que tanto gostava.

— Teu pai deixou um presente para a neném e foi embora, disse que voltaria outro dia!!! - falou com cuidado e Refúgio a olhou.

— Por que ele não ficou? - falou natural.

— Não sei, apenas disse que voltaria em outra hora!!!

Refúgio suspirou e assentiu sem dizer mais nada, a campainha tocou e logo a empregada veio com a fotógrafa, Dionísio sorriu e pegou a pequena Diana nos braços e se levantou Refúgio desceu o filho no chão e pegou Camilly nos braços mesmo não podendo, ela a pegou e caminharam para o estúdio que tinham montado para fazer as fotos em família. Foram alguns minutos de arrumação e eles começaram a tirar as fotos com as crianças.

Refúgio tinha seu coração de mãe aos saltos e Dionísio a abraçou por trás compartindo daquela felicidade que era exclusivamente deles e seria para sempre...

(...)

E O TEMPO SE FOI...

Dizem que o tempo cura tudo e é a maior verdade que existe no mundo, as dores ficam para trás e da o lugar a felicidade ao momento e a tudo que seja mais importante do que a ferida que um dia existiu em nossas vidas. Refúgio aos trinta se tornou uma mulher muito mais confiante e para o desespero de Dionísio começou a trabalhar com o Juiz Alejandro em sua ONG, tratava os corações que um dia foi como o dela e dava suporte e esperança a todas e o mais importante coragem para seguir em frente e lutar contra seus medos e seus algozes.

Renata casou-se com Pedro e eles viviam em plena harmonia e felicidade era um do outro e faziam de tudo para ser felizes, amavam as crianças e quase não tinham brigas a não ser quando ele a via próximo a Romeu e os netos, não tinha como não estar perto já que ele se fazia presente sempre e os dois no mesmo ambiente faziam com que Pedro sentisse muito ciúmes de seu amor. Renata se sentia afortunada pelo homem que tinha a seu lado e não o largaria por nada, o convívio com Romeu era somente pelos netos e nada mais, pois mesmo que Refúgio o tivesse perdoado ela ainda sentia muita magoa dele.

Romeu por mais que fosse apaixonado ainda por Renata sempre a respeitou principalmente por ver como ela estava feliz com seu novo relacionamento e entendia que quem tinha errado era ele e não tinha como voltar atrás já que o que ele tinha feito não tinha perdão, ele não se perdoava e acha que nunca o faria mesmo tendo o amor de sua filha e de seus netos. Ele remoia todos os dias seus erros, mas seguia dia a dia sendo uma pessoa melhor para aqueles que ele amava.

Refúgio se dedicava entre seu trabalho na ONG e sua família, era uma mulher realizada e muito mais muito feliz, seus filhos cresciam cada dia mais lindos e cheio de amor para dar, tinha tanto orgulho de sua família e se olhar no espelho virou motivo de orgulho para ela. Não se via nem sombra da mulher que um dia tinha sofrido tanto por um maldito que nunca mais foi recordado a ela, apenas o mencionava quando dava alguma palestra para encorajar outras mulheres, sofria naqueles momentos, mas sempre mantinha a cabeça erguida para que as que precisassem vissem nela a força e a garra de seguir em frente.

Naquela tarde que acabava de começar, Refúgio estava na ONG tinha chegado a pouco tempo com os filhos que corriam por todos os lados no parquinho que ali tinha, algumas crianças também estavam ali brincando com eles enquanto ela atendia algumas mulheres. Dionísio quando soube que ela tinha levado os filhos sentiu ciúmes e nem pensou apenas correu para lá para estar perto e observar mais uma vez aquele homem que era cheio de sorrisos para sua mulher, ela sabia que o marido tinha um ciúme descontrolado de Alejandro, mas ela sente o respeitou e não via motivos.

Quando ele apontou no pátio as crianças os viram e saíram correndo para o pai, Diana quase caiu no chão por ser a menor e suas perninhas curtas ainda não a ajudavam a correr tanto, Patrício a pegou nos braços e foi com ela até o pai e ele os beijou muito amando aquele chamego todo deles e os olhou.

— Papai, toma, ela que pesa!!! - Patrício falou rindo e ele pegou Diana nos braços. - Mamãe esta trabalhando e eu vou brincar!!! - virou para voltar ao parquinho, tinha apenas dez anos e adorava brincar em todo canto.

— Eu vou junto, irmão. - Milly falou indo junto com ele estava pra completar seis anos e era tão linda.

— Eu tamém vo... - Diana se jogou dos braços do pai, tinha a personalidade mais difícil dos três e quase tocava fogo na casa se não estivessem sempre de olho nela.

Dionísio a apertou beijando muito e ela gritou com ele rindo do jeito dela e a colocou no chão para que ela fosse com os irmãos e ficou ali observando os dois e logo Alejandro se aproximou parando ao lado dele. Dionísio o olhou e logo voltou os olhos aos filhos se tratavam apenas por educação.

— Você tem muita sorte... - iniciou a conversa e ele o olhou. - Tem uma bela família.

— Obrigada!!!! - deu um meio sorriso. - Você também deveria construir uma para você!!! - o tom era normal mais era uma alfinetada de seu ciúmes.

Ele riu e olhou mais uma vez para frente e viu Refúgio sair junto a Helena de uma das salas.

— É o que eu pretendo fazer com aquela mulher ali!!! - mostrou com a cabeça onde as duas estavam e Dionísio estremeceu pensando errado.

— O que? - a voz até saiu mais alto que o normal.

— Mas não sei como conversar com ela sem ficar nervoso. - ignorou o jeito dele e seguiu falando. - Helena tem um jeito mais rude que me deixa sem saber como chegar nela e posso dizer que mulher nenhuma nunca me deixou assim... - o olhou.

Dionísio respirou fundo percebendo que se sentir inseguro com aquele homem era uma besteira sem tamanha da parte dele, sabia que Refúgio era sua e seria para sempre e ele não tinha o que temer porque a tinha ganhado a muito tempo atrás e nunca a perderia porque aquele amor construído dia a dia era mais forte que tudo. Ele sabia muito bem como era sua amiga e que ela não era fácil com os homens e se ele queria algo com ela tinha que ser direto ou ela não o olharia nunca.

— Helena é uma mulher acima da media e se você quer algo com ela tem que ser direto e não gaguejar porque ela precisa se sentir segura para se entregar!!! - falou com calma. - A chame para jantar e não leve flores porque ela tem alergia.

— O que posso levar então? - falou nervoso.

— Chocolates e que sejam meio amargos. - riu a amiga era toda ao contrario. - Ela gosta de um bom papo e vinho, comida indiana é uma boa pedida e depois disso você vai saber o que fazer!!! - tocou o ombro dele e depois olhou para as duas.

— Ela é a mãe dos meus filhos!!! - falou com certeza e ele riu.

— Boa sorte!!! - riu mais e naquele momento teve uma ideia. - Preciso de sua ajuda, você pode conversar comigo em particular?

Ele assentiu e os dois saíram dali sob os olhares das duas que se olharam logo em seguida.

— Dionísio vai matar esse homem!!!! - Helena falou brincando e Refúgio riu.

— Acha que devo ir atrás? - fechou a pasta em sua mão.

— Não!!! - a puxou dali para ir resolver outra coisa deixando que a tarde se fosse...

(...)

DOIS DIAS DEPOIS...

Foi difícil mais ele conseguiu fazer com que Refúgio não fosse a ONG, tinha uma surpresa para ela e queria que fosse ali o momento mais importante de suas vidas. Quando ela despertou apenas se deparou com um bilhete e uma rosa que a fez sorrir e pular daquela cama rapidamente, saiu do quarto e buscou por sua mãe que a esperava com a equipe toda que a ajudaria a se maquiar e se vestir para aquele momento que era mais que especial para ela.

Não foi difícil para aprontá-la já que tudo era de uma simplicidade que a encantava a cada momento mais, Dionísio era um homem maravilhoso e renovar os votos de casamento seria um dos melhores presente que ele daria a ela depois de todos aqueles anos de casados. O vestido era perfeito e ela se perguntou como ele tinha conseguido arranjar tudo tão rápido e a cada novo detalhe ela sorria ainda mais querendo encontrá-lo logo, vestiu-se e se olhou no espelho e como se voltasse no tempo viu sua mãe pelo espelho.

Os olhos se encheram de lágrimas e ela segurou para não chorar e como um filme tudo se passou em seus olhos, tinha sofrido tanto em sua primeira cerimônia que estar ali novamente era mais que um sonho era um recomeçou e um final feliz para toda dor que um tinha sentido. Renata se aproximou de sua menina e a segurou pelos ombros sentindo tudo que a filha sentia, era uma nova mulher e deixou que suas lágrimas rolassem por seu rosto.

— Hoje eu posso dizer que você nos salvou, nos fez melhor e até mesmo seu pai você conseguiu salvar e você aprendeu amar mesmo sendo obrigada a casa...

Refúgio virou para sua mãe e deixou que suas lágrimas rolassem também.

— Eu sou a prometida dele né mamãe!!! - os lábios tremeram recordando a frase que sempre guardou dela no momento em que se atava aquele homem que hoje era tudo em sua vida.

— Você é sim!!! - abraçou sua menina com o coração rasgado de sentimento e logo se olharam de novo. - Vamos para que você renove seus votos.

Refúgio e saiu junto a sua mãe e no final da escada lá estava Romeu com seu buquê entre as mãos, era um filme de sua vida e ela não conseguia parar de chorar, desceu e parou frente a ele soluçando e tentando controlar seu choro.

— Eu queria saber se eu posso te entregar para o homem certo? - deixou que suas lágrimas rolassem também.

Refúgio o abraçou forte deixando que aquele momento ficasse ainda mais intenso e perfeito e o soltou dando o braço a ele estava tudo tão perfeito que ela sentiu que nunca mais derramaria lágrimas que não fossem de felicidade e eles se foram para a ONG. Foram minutos ali dentro daquele carro e quando pararam frente a ONG ela sentiu seu corpo todo tremer, ele estava se superando a cada segundo, desceu do carro e olhou para seu pai que sorriu beijando sua testa.

Caminharam para dentro e tinha um lindo caminho feito no chão de pétalas brancas e ao lado de Alejandro estava ele o seu amor o dono de sua vida e de todas as suas ilusões como mulher, ele sabia o que aquele lugar significava para ela e ver todas aquelas mulheres ali sentadas com um sorriso no rosto por acreditar que sim era possível ser feliz a fez amá-lo ainda mais. Caminhou a passos curtos e ele quase enfartou sentindo que parecia uma eternidade para que ela estivesse em seus novamente.

Romeu a entregou a ele e sentou em seu lugar, ela o olhou e sorriu lindamente para ele querendo mais uma vez chorar, mas se segurou, ele também não estava diferente e respirou fundo se controlando. Alejandro iniciou aquela cerimônia com um lindo sorriso no rosto e sabia ali olhando para aquela mulher que tudo que tinha planejado em sua vida para mudar a vida de outras daria mais que certo porque Refúgio era vida, era pilar e era superação e exemplo a todas que ali estavam prestigiando aquele momento. Foram muitas lágrimas até a troca de aliança que ele tomou a palavra para falar de seu amor.

— Como um déjá-vu eu revivo esse momento que pra mim foi especial as duas vezes, você sempre foi a minha prometida, mas não estava feliz no nosso primeiro casamento e diante de um juiz eu te prometi que te faria feliz para sempre e eu estou aqui diante de todas essas pessoas que eu sei que são importantes para você.. - ela não controlou as lágrimas enquanto o ouvia falar. - E posso afirmar que eu consegui te fazer feliz e vou continuar a fazer enquanto meu coração bater. Eu te amo Refúgio e vou amar para todo sempre!!! - se aproximou e beijou seu rosto e ela tocou seu rosto quase não conseguia respirar pelas lágrimas.

— Eu te amo!!! - falou num suspiro tomando ar para conseguir falar e depois de alguns minutos começou. - Quando me prometeram a você, eu pensei que nunca poderia ser feliz nessa vida, não depois do que aconteceu comigo... Mas você me provou de todas as formas que eu podia ser sim feliz mesmo sendo maltratada, judiada e perdendo a esperanças pela vida, me deu lindos filhos e me renasceu para a vida na primeira vez que me tomou como mulher... - um coro foi ouvido pelos convidados e eles riram. - Eu percebo que você foi o melhor negocio que poderia ter feito na vida. - brincou rindo e ele riu junto a ela. - Tivemos altos e baixos, mas você sempre esteve ali segurando minha mão e não me deixou em momento algum fraquejar ou desistir e é por isso que eu te amo tanto, Dionísio Ferrer.

Ele sorriu emocionado era a vida dele toda ali nas palavras e nas lágrimas, ela se aproximou dele que beijou sua testa e depois seus lábios com uma ternura que a fez arfar em seus braços o prendendo pelo pescoço e todos aplaudiram aquele momento que sem duvida era um exemplo de amor e superação. Era assim que todas aquelas mulheres olhavam aquele momento e em cada uma delas nascia a chama da esperança e de que um dia poderiam sim encontrar o amor em um homem...

Refúgio era a prometida para muitos corações como a chama da vida e do amor que todos devemos ter mesmo depois de passar por momentos ruins em nossas vidas... A dor não pode ser maior que a vontade de viver e seguir em frente...

FIM DE PROMETIDA... 

 

 


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