O que a vida nós reservou escrita por StarMagic


Capítulo 7
Capitulo 7


Notas iniciais do capítulo

Olá, tudobom? Espero que sim.

Tenham um boa leitura!



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A mulher que abrirá a porta era a personificação da beleza. . Ela era esguia e alta. A pele levemente bronzeada contrastava intensamente com os olhos verdes e os cabelos loiros, que caiam como cascata sobre seus ombros delicados.  Talvez eu tivesse me enganado e batido na porta errada, mas não, ela sabia o meu nome e a maneira arrogante  como me encarava indicava que sabia muito mais do que eu gostaria.

— O Edward está?  - Perguntei com firmeza. 

— Confesso que imaginei que você fosse mais... - Ela fez uma breve pausa e me encarou dos pés a cabeça. - ...talvez mais alta, não sei.

Arqueei a sobrancelha ligeiramente irritada pelo comentário, mas ignorando-o tornei a perguntar.

— O Edward está ou não? 

— Entre, Isabella... - Ela afastou-se para dar passagem. - Será mais conveniente conversamos dentro do apartamento.

Franzi o cenho, entrando em estado de alerta. Os perigos eram evidentes demais para não serem vistos, mas eu estava tão desesperada para encerrar aquele assunto que entrei no apartamento sem questionar. Meus olhos rapidamente buscaram pela figura de Edward, mas não existia vestígios da sua presença naquele lugar.

— Finalmente nos encontramos, sempre tive uma certa curiosidade de conhece-la pessoalmente... - Disse a mulher no instante que fechou a porta e voltou-se para mim. - Edward sempre falou muito de você...céus, como era irritante. - Desdenhou ela. - Enfim, deixe me apresentar. Sou Leyla...a noiva de Edward.

 De todas as pessoas que eu poderia encontrar, imaginei que ela seria a ultima. Pelo visto a conversa seria bem mais difícil do que pensei que seria.

— Onde está o Edward?

— Chega! - Vociferou Leyla, abandonando completamente a compostura. - Ele não está aqui e mesmo que estivesse não iria querer vê - lá. Será que não ficou obvio isso no e-mail ?

— C-como sabe do e-mail ? -Aquela pergunta não foi muito inteligente, era obvio que ela sabia. Edward com certeza tinha se lamentado em seus braços.

— Entenda de uma vez por todas que ele não quer esse filho. - Disse Leyla. - Iremos nos casar daqui a dois meses e  não precisamos de um escândalo...

— E a minha vida? - Eu a questionei furiosa, enquanto a encarava. - Antes de engravidar eu tinha sonhos, entraria na faculdade e...

— Espera mesmo que isso o fará mudar de ideia? - Perguntou Leyla, secamente. - Claro que não! - Respondeu ela antes mesmo que eu conseguisse reformular uma resposta plausível. - Se quer dinheiro eu darei para você...faça uma intervenção ou sei lá, desapareça das nossas vidas.

Boquiaberta, eu a encarei horrorizada. Será que ouvi direito o que aquela vadia estava propondo? 

— Você quer que eu faça um aborto? 

Leyla arqueou a sobrancelha e sorrio com sarcasmo.

— Pense o quanto isso seria vantajoso para todos nós. - Disse ela. - Você viveria o seu futuro brilhante e Edward e eu viveríamos o nosso...

— Sua vagabunda! - Ergui a mão para a esbofetear, mas a parei no ar.  Apesar de todo ódio que me corroía por dentro não vali a pena.  Foi então que me dei conta que Leyla e Edward se mereciam. 

Leyla estreitou os olhos, um sorriso debochado brincava em seus lábios.

— Não vai me bater?  - Provocou ela.

— Não sujaria minhas mãos em você. - Disse secamente. 

—  Então faça um favor para o Edward...desapareça da vida dele. - Disse ela. - Ele não quer você e muito menos essa criança, até por que não houve nenhum telefonema...não é mesmo? Acho que não procura-la é a maior prova que não existe nenhum interesse...

As lagrimas queimavam o fundo dos olhos, ameaçando comprometer minha postura firme. Aquelas palavras tinham me quebrado por dentro e por mais que estivesse doendo não podia deixar ela percebesse.

— Espero que vocês sejam muito felizes...mais muito mesmo. 

Leyla sorrio irônica.

— Nós seremos. - Ela dirigiu-se a porta e a abriu. - Não nos procure mais ou serei obrigada a tomar medidas que eu não gostaria de tomar.

Caminhei em direção a ela e a encarei.

— Isso é uma ameaça?

— Entenda como quiser.

— Não os procurarei mais...até por que vocês se merecem. - Disse friamente. - Meu bebê não precisa de pessoas como vocês próximo a ele...

— Fico feliz que pense assim.

Sai e Leyla bateu a porta em minhas costas. Entrei no elevador e desci ao encontro de Jacob, que me esperava impaciente no hall do prédio.

— Bella... - Disse ele a me ver saindo do elevador.

Corri até Jacob  e o abracei fortemente, enquanto as lágrimas que tanto lutei para segurar molhavam sua camisa. Ele retribuiu o abraço, acariciando meus cabelos.

— Me tira daqui...por favor... - Disse com a voz abafada.

— Vamos... - Ele passou o braço envolta da minha cintura e juntos entramos no primeiro táxi que parou para nós. 

O trajeto foi silencioso, as lagrimas não caiam mais. O pouco de amor que ainda existiam por Edward foi extinguido hoje, restando apenas a raiva e a dor que predominariam por algum tempo, até que eu finalmente o apagasse da memoria por completo.

 

(...)

 

Forks, Washington

 

Edward  Cullen estava de frente a porta da casa de Isabella Swan. Conflitantes sentimentos o impediam de bater na porta. Talvez tivesse sido uma má ideia ter ido até lá. Depois de todo mal que a causará com aquelas palavras não acreditava que ela quisesse vê -ló tão cedo, mas o sentia que precisava vê - lá mesmo que fosse por alguns segundos antes que ela batesse a porta em sua cara.

Ele bateu na porta e depois de longos minutos foi recepcionado por Charlie. O homem exibia uma expressão preocupada e ao vê -ló a expressão dele mudou drasticamente para furiosa.

— Onde está, Bella? - Questionou ele impaciente. 

— Bella?  - Edward franziu as sobrancelhas confuso. - Eu não sei, estou aqui para conversar com ela...

— Escuta aqui seu moleque... - Charlie o pegou pelo colarinho da camisa. - ...a Bella deixou uma carta dizendo que estava com você e agora você diz que não sabe onde ela está?

— Solte ele, Charlie. - Disse Renée aflita ao surgir atrás de Charlie. - É obvio que a Bella mentiu. Edward parece não saber de nada tanto quanto nós.
Charlie o soltou e Edward o encarou aturdido.

— A Bella está em Nova Iorque? 

— Sim...ela disse que estaria com você. - Explicou Renée.- Mas agora você surge em nossa porta e diz não saber dela... - As lagrimas marejaram os olhos da mulher. - ...tentamos ligar, mas o celular está fora de área.

Céus, pensou Edward. Bella estava em Nova Iorque e sozinha, com certeza a sua procura. O sentimento de culpa o esmurrou sem piedade. Precisava encontra-la e faria isso o mais rápido possível.

— Charlie...Renée, eu a encontrei...

— Bom mesmo... - Ameaçou Charlie. -...e é melhor que ela esteja bem.

Edward assentiu, ignorando a ameaça de Charlie e correu de volta para o carro. Bella não era uma garota inconsequente e viajar sozinha para Nova Iorque não parecia ser algo que ela faria tão precipitadamente, a não ser que tivesse motivos para isso. Seu coração apertou pela culpa e um sentimento de alarde o preencheu. Suspeitava de que havia bem mais do que a simples motivação de vê-lo e estava disposto a descobrir isso.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e até a próxima!