O que a vida nós reservou escrita por StarMagic


Capítulo 14
Capitulo 14


Notas iniciais do capítulo

Oieeee *-*

Espero que gostem e boa leitura!



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— Bella... - Christian colocou sobre a mesa uma folha A4,logo notei que se tratava de um demonstrativo de transação bancaria. - ...como prometido,a divida está quitada.
     Meu olhar fixou-se por alguns instantes na folha e um sorriso triste espalhou-se pelo meus lábios. Por um lado eu me sentia aliviada e por outro me sentia suja por vender minha dignidade daquela forma. Se Jacob desconfiasse do que fiz, jamais me perdoaria. Mesmo que não intencionalmente, eu o arrastei para o meu sofrimento e ele me acolheu da melhor maneira possível. Agora,mais uma vez,eu estava permitindo que todos aqueles sentimentos conflitantes que me assombraram por anos retornassem novamente.Porem, dessa vez estava sozinha e não teria ninguém para me amparar quando tudo desmoronasse.
        - Obrigada... 
       - Trato é trato. - Respondeu Christian ao sentar-se na cadeira de frente a mim. - Então...me conte a sua relação com o Edward.
      Engoli em seco,enquanto ouvia o sonoro "não" que ecoava dentro da minha mente. Christian até poderia ter uma aparência amigável, mas o seu olhar provava o contrario.Ele era um homem perigoso e o seu ódio pelo Edward,era muito maior que o meu. Suspirei,buscando o pouco de coragem que ainda existia dentro de mim. Agora era um pouco tarde para fugir.
      - Eu amava o Edward... - Fiz uma breve pausa,absorvendo as palavras que tinha acabado de dizer. A muitos anos que eu as não dizia em voz alta e a forma abrupta que elas sairão dos meus lábios,causou uma estranha nostalgia. -...na época,eu tinha dezoito anos. A tolice e a imaturidade me fizeram acreditar que ele era o amor da minha vida, então me entreguei das piores formas possíveis. Porém, o coração dele já pertencia a outra pessoa. Até mesmo disse que não me importava com isso e que era capaz de amar por nós dois. - Sorri amargurada.
     - Então era você,o motivo que enlouquecia minha irmã de ciumes. - Christian riu irônico. - Lembro de uma certa vez que o Edward precisou viajar, não sei ao certo para onde foi, mas até posso deduzir. Leyla ficou tão furiosa,que foi capaz de destruir o apartamento dela...
      - Sem fundamento o ciumes dela. - Respondi secamente. - Edward a amava e deixou bem claro antes de ir embora. Mesmo sofrendo estava disposta a tentar esquece-lo, mas por ironia do destino descobri que estava gravida...
     - Gravida? -Christian me interrompeu bruscamente.Seu olhar perplexo fixou-se nos meus. - E onde está esse filho?
    Meus olhos marejaram de lágrimas. A dor da perda prematura me assombrava todos os dias,apenas lembrar era o suficiente para reabrir a ferida profunda em minha alma.
     - Quando contei que estava gravida, Edward não recebeu a noticia muito bem. Nós brigamos e ao tentar fugir,sofri um acidente...bom...o resto você pode deduzir...
     - Bella...meu Deus...eu sinto muito. - Christian ergueu as mãos e as colocou sobre as minhas, envolvendo-as com o seu toque quente.
      - Não sinta. - Funguei chorosa, puxando minhas mãos das suas. - Isso foi a muito tempo. Agora você sabe minha relação com o Edward, então senão se importa,meu expediente acabou...
   - Ah claro. - Christian levantou e antes de sair,seus olhos fitaram meu rosto.- Obrigado por me ajudar, pode ter certeza que irei recompensa-lá muito bem. - Depois virou-se e saiu da sala.
    Observei ele sair e no instante que a porta fechou,desabei em lágrimas. Céus, no que eu fui me meter. Meu psicológico já estava o suficientemente danificado e me submeter aquela vingança descabida a altura daquele campeonato ,era loucura. Não podia continuar com aquilo, pelo meu próprio bem. Limpei as lágrimas e apos certificar de que meus olhos não estavam mais vermelhos, sai da sala e caminhei até o elevador. Apertei o botão para descer e logo a porta abriu,surpreendendo-me desagradavelmente com a visão de Edward Cullen.
     - Não vai entrar? - Perguntou ele,enquanto segurava a porta do elevador.
     - Prefiro ir pelas escadas.
    Estava prestes a me virar,quando senti sua mão envolver meu braço. No mesmo instante meu corpo reagiu,mas não da maneira como gostaria. Virei a cabeça e mais uma vez me vi presa em seu olhar. Edward puxou-me para dentro do elevador,encostando-me contra o espelho. Ele ergueu minhas mãos acima da minha cabeça,depois inclinou ligeiramente a cabeça para frente,olhando-me por baixo dos cílios . Uma pequena fresta de ar nós separava,impedindo que nossos lábios se tocassem.
    - Me solta - Tentei protestar,mas minha voz saiu quase como um sussurro.Eu podia ver os sinais de alerta piscarem por todos os lados, enquanto sentia as batidas descompassadas do meu coração. O mais correto seria fugir dali, mas a súbita falta de oxigenação do cérebro,impediu-me de agir racionalmente. Permaneci pateticamente imóvel,apenas encarando-o.
      - Eu não vou soltar... - Sussurrou Edward. - ...não vou soltar nunca mais...
     Aquelas palavras foram como um estralo dentro da minha mente e um lampejo de sanidade me fez soltar-se das suas mãos e empurra-ló.
     - Francamente, Edward...acha mesmo que vou acreditar nisso? -Desdenhei com um sorriso debochado nos lábios. - O melhor a se fazer é ficar longe...
    - Não ficarei...- Retrucou ele, aproximando-se novamente. -...não até você ouvir o que tenho a dizer.
     Suspirei ao revirar os olhos.
    - Então diga! Diga de uma vez as merdas que você tem a dizer... - Alterei a voz,irritada. Porém, antes que ele pudesse responder a porta do elevador abriu e algumas pessoas entraram. Aproveitei a distração para afastar-me ainda mais dele. Senti a todo instante seu olhar sobre mim, mas fui capaz de ignora-ló graças a minha enorme e esforçada concentração.
     A porta do elevador abriu novamente no saguão e todos saíram. Aguardei Edward sai e depois sai logo atrás dele. Notei um garotinho loiro correr em direção a ele. Tentei ignorar, mas me vi presa naquela cena.
     - Papai! - Exclamou o garotinho ao abraça-ló. - Saudades...
Papai? Parei bruscamente alguns centímetros atrás de Edward. Perplexa,eu não consegui me mover. Um filme passou diante dos meus olhos, levando-me até o fatídico dia em que perdi o meu filho. O mesmo dia em que Edward recusou-se a me amparar.
     - Isabella Swan... - A pronuncia do meu nome me trouxe de volta a realidade,fazendo-me encarar o meu pior pesadelo...Leyla, a arrogante esposa de Edward. - O que está fazendo na minha empresa?
    Minha boca abriu e eu torci para que algo inteligente saísse dela.
    - O mesmo que todos aqui estão fazendo...trabalhando. - Respondi, dando lhe um sorriso cínico. - Ou acha que estou aqui atrás de maridos alheios -Provoquei, sentindo-me excitada com minha ousadia.
    Os olhos de Leyla fuzilaram-me, enquanto Edward observava sem dizer qualquer palavra.
     - Não brinque comigo, Isabella. - Alertou ela. - Você não sabe do que sou capaz.
     Um sorriso curvou-se no canto do meus lábios.
     - Então me mostre, mas lembre-se que você também não sabe do que sou capaz. - Retruquei,desafiando-a.
     Leyla sorrio e antes de virar-se,aproximou-se de mim e sussurrou.- Apenas cuide-se, querida. - Disse ela, depois virou-se para o Edward e o beijou. Senti nojo por ter que presenciar aquela cena ridícula de marcação territorial, mas também senti pena do garotinho que observava a mãe e o pai em uma situação tão constrangedora. Enfim, aquilo não era problema meu. Afastei-me deles e fui embora.
      No caminho de volta para casa,coloquei meus pensamentos em ordem e cheguei a conclusão de que não era apenas do Edward que precisava me vingar , mas também de Leyla. Os dois mereciam pagar por todo mal que me causaram e pode ter certeza que irão.

(...)


       De longe, Christian observou a cena que a irmã causará. Observou também o olhar de Edward direcionado a Bella. Era nítida a paixão que queimava em seus olhos.Por mais que Bella afirma-se que o cunhado amava Leyla, sabia que não era bem assim. A anos os observava e a cada dia chegava a conclusão de que nunca existiu amor naquele casamento,e se um dia existiu,foi a muito tempo. Agora a unica coisa que predominava era a conveniência. Afinal, o seu pai estava prestes a escolher o novo presidente da empresa e Edward era um dos favoritos. Seria uma pena se algo mudasse isso, pensou irônico. Sorrindo, dirigiu-se a saída do prédio.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram?

Até a próxima!