Caçadora de Recompensas. escrita por Jeongguk2


Capítulo 2
Capítulo II — O passado reflete a dor do presente.




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Capítulo II. 

Localização desconhecida.

Fortune caminhava lentamente pela trilha da floresta. Já caminhou diversas vezes por ali, era como uma experiente em explorar o local. 

Atualmente, ela estava loira. Uma pessoa tinha a reconhecido no bar e acabou contatando a polícia, o que acabou em uma chacina de marmanjos, assassinos nem tão experientes, e policias. 

Ela iria sentir saudades do cabelo preto, mas, atualmente, a única coisa que lhe importa, é na sua sobrevivência e sede de vingança.

Quando chegou em frente ao mar, ela sorriu e tirou seus sapatos cheios de terra, logo após se sentou no chão e fechou os olhos, sentindo o vento bater em seu rosto e o som do mar. 

Era como antes, como anos atrás, quando ela ia para o mar e seu pai lhe contava as histórias do passado da família Fortune. Cada uma era a mais interessante, mas ela tinha uma em predileta.

Anos atrás. 

‘’— Sua vó era a pirata mais conhecida dos mares. Temida por muitos, ela tinha todos os tesouros mais ricos e beneficiados de Águas de Sentina. Porém, a sua hora chegou.

— O que aconteceu com a vovó, pai? — Sarah perguntou, enquanto se acolhia nos braços do homem.

— Ela foi pega por um marujo muito mau, filha. Ela não teve tempo de escapar, não teve tempo de implorar por sua vida. Foi apenas um tiro que levou a vida de sua vó. Mas, ela deixou algo importante para a família Fortune além da riqueza.

Sarah assentiu, esperando seu pai continuar a história.

— Sua avó, Lisa, deixou um lema. Nunca se abaixe para alguém, nunca se humilhe por alguém. Não sinta ódio, mas também não sinta amor. Você faz seu próprio caminho, não dos outros.’’

 

Fortune não entendia muito bem o lema que sua avó havia deixado, mas, com o tempo, foi se tornando seu próprio lema. Deu mais um gole na cerveja e sorriu, abrindo os olhos. 

Escutou barulho no mato e encarou o local pelo canto dos olhos, com desdém. Ela não ligava de quem fosse, independente, a pessoa morreria de uma forma ou outra.

Era um garoto loiro, ele parecia com nojo das teias de aranha que estavam grudadas por seu corpo. Ele passou pela caverna de Or'k, uma das mais perigosas, e que contém um diamante escondido. 

Fortune nunca se interessou por tal diamante, sabia que o valor não passava de milhares, ela queria algo que lhe tirasse a atenção e fôlego. Porém, se o garoto arriscou sua vida, talvez ele estivesse realmente com problemas.

Voltou a encarar o mar e terminou seu uísque, jogando ele no mar. Ouviu o garoto xingar algum palavrão, e quando percebeu a presença da mais velha, forçou um sorriso. 

— Olá? — O garoto mais indagou do que disse, se aproximando da mesma. Fortune pegou seu punhal e o escondeu, virando o rosto e sorrindo. 

— O que um garoto tão jovem faz por aqui? 

— Eu... estava procurando uma nova aventura. É chato ficar em casa jogando jogos... — Coçou a cabeça tentando disfarçar a vergonha. 

— Qual seu nome? 

— Ezreal. E o seu? — Se aproximou mais um pouco da mulher, estava encantado com sua beleza. 

— Sarah. É a única coisa que você precisa saber sobre mim. — Guardou seu punhal no bolso da calça, pegando sua bolsa com algum dinheiro que roubou e passou reto pelo garoto. Não iria perder mais ainda seu tempo com uma criança.

— E-Espera! Você... 

— O que foi, pirralho? Perdeu alguma coisa comigo? 

— O que tem de beleza tem de grosseria... — Ezreal murmurou, fazendo um bico nos lábios. Fortune arqueou a sobrancelha, rindo leve um pouco tempo depois.

— Olha essa boca garoto, se não te você ressurgir direto pra casa! — Disse por fim, se virando novamente e caminhando para a floresta novamente. Quem sabe encontraria uma fruta por ali e matasse um pouco sua fome. 

~ ~ ~ 

Se jogou na cadeira, jogando sua bolsa na cama. Ela vivia em um apartamento, junto com uma amiga, que por coincidência, também era uma assassina, mas de aluguel. 

Katarina era uma mulher séria, porém que adorava fazer piadas, independente do momento. Algumas vezes, elas se pegavam por ali e outrora, mas não sentiam nada demais além de carinho e afeto. 

— Então quer dizer que você encontrou um pirralho bonito? Qual era o nome dele? — Katarina perguntou, se jogando na cama de Fortune e acendendo um cigarro. 

— Ezreal. Ele era bonitinho, dava pro gasto. Mas, aparentava ser muito novo. 

— E vai me dizer que você não gosta de pessoas mais novas? Não minta pra mim, Loirinha. — E mais uma vez, Katarina fez piada com algo. Fortune riu baixo e encarou o teto, enquanto cheirava a fumaça do cigarro da amiga.

— Me pergunto porque tudo acabou assim... 

— Assim como? 

— Assim. Minha família foi morta por alguém quando eu iria conseguir o perdão deles, mas no final, não fui eu quem matei o assassino de meus pais. — Desabafou a mulher, enquanto virava o rosto para limpar as lágrimas. Era sempre assim quando ela se lembrava de sua família.

Apesar de Katarina não entender a dor de perder os pais, tampouco de não matar quem queria, ela apenas queria ver sua amiga sorrir e rir consigo. 

— Não entendo sua dor, e nunca entenderei. Mas, sempre saiba, que a dor do passado, reflete na dor do presente

 


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