Em Minha Pele escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

PENÚLTIMO CAPÍTULO



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Cansada de tocar o interfone da clínica, Solange pegou um grampo no bolso da sua calça e começou a tentar arrombar a porta de vidro sem causar o mínimo barulho. Entrou na surdina, driblando o sistema de alarme. Sua atenção era em uma possível armadilha.

Dentro da sala de Marta, do lado esquerdo da recepção, sequer havia alguém. Tentou procurar brevemente alguma prova que incriminasse a psicóloga, mas sem sucesso. Retornando ao lado de fora, foi para os corredores da clínica onde havia as demais salas. Ivan apontou a pistola na direção da cabeça da policial. Esta se virou, viu uma porta entreaberta no final do corredor e se atirou para uma outra sala. Ivan deu um tiro — ele escondera-se na sala com a porta entreaberta. Solange caiu no banheiro feminino, com um ferimento de raspão no pescoço.

Ivan, pensando ter acertado a policial, entrou com tudo no banheiro. Ele se surpreendeu por ter errado o alvo.

— Chegou o seu fim, putinha de farda. — Ele começou a arrombar as portas uma por uma.

Solange saiu de um pulo e começou a atirar várias contra o homem. Ele se protegeu na porta e também deu vários tiros às cegas. A arma dos dois acabaram.

Solange correu pra cima dele, empurrando-o contra a porta para o corredor. Ivan conseguiu imobilizá-la, dar um soco na cara dela e a empurrar para o balcão da recepção. Solange pegou um canivete escondida na sua bota e enfiou na perna dele. Uma sequência de socos e chutes. Ivan retirou o objeto, teve força suficiente para segurar Solange e jogá-la contra a porta de vidro. Ela o agarrou e ambos caíram fora da clínica sob os estilhaços.

Ivan não conseguiu se mexer por causa de um caco de vidro ter entrado nas suas costas. O moreno levou um chute da policial.

— Maldito. Filho da puta. Cachorro. Vagabundo — falava enquanto chutava ele.

— Vadia.

— Quê? — ela pisou em suas partes íntimas. — Que tal eu esmagar suas bolas? Vai ser fácil pra mim porque não gosto de homens. Pra mim os homens só servem pra me servir cerveja. Tá ouvindo, negão?

— Tô...

— O quê? Eu não escutei.

— Tô... ouvindo... senhora... por favor, pare de esmagar minhas bolas.

— Bandido bom é bandido com as bolas amassadas. Agora levanta!

Solange pegou as algemas e prendeu Ivan ali mesmo. Chamou reforços pois também estava ferida.

 

O carro Gol preto foi reconhecido pelas autoridades da polícia. Através do rádio, todos os policiais foram avisados.

Marta e Duda já se distanciaram e muito do centro da cidade. Passaram pela zona rural, local em que havia muitas fábricas e fazendas.

— Marta, eu te suplico. É melhor se entregar de uma vez. Sei que seu ex-marido foi culpado por ter batido em você, mas esse desejo de vingança deturpou o seu bom senso.

— Não quero lição de moral de alguém como você.

— O Iran era um ladrão. Por Deus, ele sequestrou a mim e a meu marido. Abusou de mim e por culpa dele fiquei com depressão. Ele era tão montro como o pai.

— Ta certo. Podia ter apenas esfaqueado uma vez, mas decidiu tirar a vida do meu filho. Agora comigo é olho por olho, dente por dente. Não sabe a felicidade que fiquei quando fui ao enterro do seu pai. Encosta ali.

— Onde?

— Ali.

Duda parou o carro na lateral da pista. Marta pediu para ela descer do carro.

— O que quer que eu faça?

— Retira a película. O carro tem uma película preta pra disfarçar a verdadeira cor.

Duda puxou a película preta de todo o carro, revelando a cor vermelha do veículo. Depois disso, as duas voltaram para a estrada.

...

Hospital Municipal

Uma enfermeira ajudou Rafael a sair da cama e ir para a cadeira de rodas. O moço saiu empurrando a cadeira pelo corredor à espera de Duda. Olhou no relógio, achou estranho o atraso da mulher.

— Por favor, poderia me dizer se a minha mulher chegou?

— Tenho que saber na recepção, senhor.

— Pode me ajudar a ir até lá?

A enfermeira segurou a cadeira e guiou Rafael pelo elevador até o térreo do hospital. Ao chegarem lá, a recepcionista negou a presença da moça.

— O que será que aconteceu?

Numa televisão, um jornal local informou sobre o desaparecimento de Duda. Rafael pediu para uma pessoa aumentar o volume.

— Duda...

 

Uma blitz parou numa parte de uma importante rodovia que dava para outra cidade. A polícia rodoviária estadual estava de campana pois recebera o chamado da polícia militar sobre o veículo foragido.

As duas pararam numa parte da blitz. A mais velha encostou a arma perto da cintura da mais nova e a ameaçou. Um policial rodoviário estadual estava prestes a chegar até ela.

— O que eu faço? Os meus documentos ficaram no meu carro.

— Fica tranquila que eu pensei do plano A ao Z. Vai no porta-luvas.

Duda retirou uma carteira de motorista falsificada com a sua foto e um nome falso.

— Lá vem ele. Sua vez de fazer o teatro.

— Encostem aqui, senhoras. Desculpa o transtorno, mas estamos em busca de um Gol preto.

— Senhor policial, há tantos carros assim. — disse Marta.

— Sim. Infelizmente não temos a placa do carro por isso o pente fino nas estradas. Moça, pode me dar sua carta de motorista.

— Sim...

O policial ficou analisando o documento. A falsificação era tão perfeita que o oficial sequer precisou olhar no sistema.

— Gutierrez? Seus pais são imigrantes?

— Hã?

— Que foi, amor? Responde pro policial. — disse Marta bem perto de Duda e se fazendo de lésbica.

— Sim, eles são...

— Boa viagem, queridinhas.

Duda dirigiu além da blitz e seguiu viagem. Marta Simone parabenizou a mais jovem pela brilhante atuação.

— Aonde vamos?

— Num local bem especial onde uma pessoa bem especial te aguarda. Seria muito mais fácil ter colocado meu plano em prática, mas a tal Solange atrapalhou. Agora esse meu conhecido vai dar um fim tão definitivo em você que seu corpo jamais será achado.

Marta pegou um celular a fim de ligar para o tal comparsa. Duda aproveitou o momento de distração para jogar o carro contra a encosta da estrada. Havia um declive de uns vintes metros.

— Sua idiota! O que fez?

O carro foi desgovernado no matagal até atingir uma árvore.


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