A Floresta de Areia escrita por ShiroiChou


Capítulo 9
Mudança de planos


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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— Sua maluca, solta o Lector agora — falou Sting saindo de um buraco recém feito na parede.

— E quem você acha que é para me impedir, mago? Se gostasse mesmo desse gato você teria o protegido quando teve chance, não acha?

— Como se a senhora tivesse alguma moral para ficar julgando os outros.

— É, você tem razão, minha moral é péssima igual a sua escolha para sapato. Não sabia que usar dois sapatos de pares diferentes tinha virado moda.

— Meus sapatos? — olhou para baixo encontrando tudo normal. — O que tem de errado com eles? — perguntou olhando para frente e se dando conta que estava falando sozinho. — DROGA, CAI EM UM TRUQUE BARATO!

— O que está barato? Se for regata eu quero duas... Ah, Sting, encontrou algo? — Lucy saiu do mesmo buraco que o loiro.

— Fui enganado por aquela bruxa...

— É a sua cara isso — riu. — Para onde ela foi?

— Provavelmente subiu aquelas escadas no final do corredor, ela não tem cara de que atravessa paredes.

— E o que está esperando, homem? Anda logo — puxou-o escada acima.

A escada era estreita tendo o espaço suficiente para apenas uma pessoa subir de cada vez. A iluminação era fraca demais para iluminar todo o caminho, então os dois loiros andaram devagar para que nada acontecesse. 

No topo tinha uma porta de vidro que estava trancada, mas isso não impediu nada. Sting chutou a porta sem dó nem piedade fazendo o vidro se despedaçar e milhões de pedacinhos e entrou na sala. O lugar era pequeno e muito bem iluminado por uma luz azul que vinha de detrás de uma cortina preta, assim que ele puxou a cortina seus olhos “faiscaram” de raiva.

Guta concentrava-se em conversar com alguém em uma lácrima enquanto Lector encontrava-se preso de cabeça para baixo por algumas cordas em sua cintura.

Lucy percebeu a raiva de Sting e decidiu agir antes dele. Seguiu a passos lentos até o gatinho e o soltou das cordas com o auxílio de um canivete que estava no seu bolso. Olhou para o loiro que já estava com seu Dragon Force ativado e afastou-se rapidamente descendo metade da escada.

O barulho foi ensurdecedor, a loira teve vontade de deixar Lector deitado na escada e subir para ver se poderia impedir o loiro de destruir o prédio todo, mas não foi necessário já que ele logo desceu a escada e parou ao lado dela com cara de poucos amigos.

— Ela fugiu pouco antes do ataque, aquele troço é um teletransportador, ou melhor, era. Duvido ela voltar para cá com ele todo destruído.

— Pensei que fosse destruir o prédio inteiro.

— Eu até cogitei a ideia, mas agora sem aquela velha maluca nos vigiando o prédio é todo nosso para descansarmos. Estou com sono e com fome.

— Não faz bem uma hora que comemos — retrucou.

— Saber disso não diminui minha fome, Loira.

— Ok, então dessa vez você se vira. Vou dar uma olhada no Lector para ver se ela não fez algo com ele.

— Malvada.

— Fominha.

— Chata.

— Se continuar me xingando eu vou fazer questão de comer tudo o que tem na cozinha só para te deixar com fome — ameaçou nervosa.

— Não precisa ser tão radical, você sabe o quanto é linda e maravilhosa.

— Claro, idiota...

As provocações continuaram até chegarem ao quarto onde se separaram. A loira deitou o exceed da cama com cuidado e o virou para todos os lados procurando algum arranhão ou machucado e felizmente não encontrou nada, também mediu a temperatura e descobriu que a mesma estava normal. Só restava esperar ele acordar.

—— // ——

Lector acordou assustado no começo da noite achando que ainda estava com Guta, Lucy e Sting estavam sentados na cama olhando para a profecia e para a carta e, assim que o viram acordar, acalmaram o gatinho e explicaram o acontecido.

A carta continuava do mesmo jeito, nenhuma palavra a mais e nenhuma palavra a menos, dificultando para os três que, apesar das últimas informações, continuavam presos no mesmo lugar.

— Essa profecia parece mais uma pegadinha, ela é muito sem sentido e nem cara de profecia tem — Lector foi o primeiro a falar.

— Concordo, onde já se viu uma profecia com uma bacia? — Sting riu.

— Talvez não seja literalmente uma bacia — Lucy colocou a mão no queixo. — Essa parte acho que devemos deixar mais para frente, normalmente as profecias apresentam os fatos em ordem cronológica.

— Então temos que realmente encontrar primeiro as pedras depois esse quadro que falam.

— Exatamente.

— Já fomos na cidade Lunar, falta a Solar...

— Acho que não vai estar lá.

— Por que?

— A pedra preta deveria estar na cidade em que estávamos, assim como a branca na cidade Solar. Não faz sentido em uma estar e na outra não, com certeza os boatos são falsos e só vamos perder tempo..

— Faz sentido... Eu não sabia que você conseguia pensar tanto assim sem fritar o cérebro, Sting — zombou, fazendo Lector rir.

— Isso, vão rindo do Deus da Sabedoria aqui. Um dias vocês vão precisar dos meus sábios conselhos e eu ficarei calado.

— Lembrarei disso. Agora é sério, se não vamos para a cidade Solar o que faremos?

— Procuraremos nessa cidade onde estamos. A velha disse que a carta só muda se a gente precisar de ajuda, como não mudou é porque estamos o caminho certo, ou seja, essa cidade.

— Certo, vou procurar uma biblioteca dentro dessa pousada, pelo tamanho deve ter — Lucy levantou-se pegando sua bolsa.

— E nós vamos fazer o jantar!

— Você só pensa em comida, pelo amor de Deus.

— Loira, comida é vida, me deixa — retrucou com os olhos brilhando.

— Então tá... Lector?

— Não estou com muita vontade de sair daqui...

— Entendo, não deixe que o Sting coloque fogo na cozinha.

— Sim, senhora!

— Ei, eu sou o Rei da cozinha.

— Claro, da comida queimada também — saiu pela porta ouvindo o loiro reclamar.

Lucy não conhecia a pousada, mas arriscou que talvez encontrasse uma biblioteca no andar de baixo, por isso desceu a escada e começou a vasculhar o local. O lugar era grande, mesmo assim não foi difícil achar a biblioteca indicada por uma grande placa.

A biblioteca não tinha muitos livros o que facilitou o trabalho, as duas únicas estantes de livros que estavam com algo ficavam posicionadas no centro da sala. Todos os livros foram organizafos em ordem alfabética, o que a loira procurava era o menor de todos.

Folheou o livro rapidamente procurando algo de diferente, viu uma páginas que listava todas as cavernas, pontos turísticos e comércios da cidade, porém nada a interessou. Continuou olhando por cima enquanto voltava para o quarto, aquele lugar a arrepiava além de não ter a mínima vontade de continuar ali.

No meio do caminho uma página em especial chamou sua atenção, a imagem de uma casa localizada em cima de uma pedra enorme tinha sido colada em cima das palavras, impossibilitando de ler. O que quer que estivesse escrito ali alguém não queria mostrar.

A loira bem que tentou separar a imagem da página, mas o máximo que conseguiu foi fazer um rasgo na “orelha” da folha. Frustrada ela desistiu, acabar com uma possível pista não era sua intenção.

— Sting? Lector? Achei algo interessante — entrou no quarto não vendo ninguém. — Ué, cadê esses dois? — olhou ao redor encontrando um papel grudado na porta da geladeira.

 

Saímos para comprar algo decente para comer, cuidado para a casa não te atacar enquanto não voltamos.

Ass. Sting.

 

— Idiota, ainda zomba de mim — revirou os olhos.

Sem muita alternativa, Lucy pegou o livro e sentou-se no sofá para esperar os dois voltarem. Esperou por horas e horas até o sono chegar a fazendo deitar-se para descansar.

A madrugada chegou rapidamente. A loira acordou e, ainda sonolenta, vasculhou o local e constatou que Lector e Sting não tinham chegado. Preocupada, pegou a chave do apartamento e correu para a porta, pretendia sair para procurar os dois, mas algo a interrompeu: a lácrima de comunicação dentro da sua bolsa.

— Olá? — perguntou receosa.

— Lucy, vem logo aqui, achamos o lugar certo — Sting sorriu animado.

— Sting? Onde vocês se meteram? Eu já estava saindo para procurar vocês...

— Estamos na frente de um lago, é só você seguir até o final da rua, virar na direita depois na esquerda. Estamos te esperando — desligou sem esperar resposta.

— Esses dois só me dão trabalho — guardou a bolsa e saiu desligando a luz, mal sabia que alguém a observava.


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