A Floresta de Areia escrita por ShiroiChou


Capítulo 4
Plano montado


Notas iniciais do capítulo

Olá o/
Promessa é dívida, sábado chegou e o capítulo também.

Boa leitura!



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Os três seguiram para a guilda apenas fazendo uma pequena pausa para deixar a bolsa de Lucy na casa do loiro. A guilda continuava a mesma bagunça, então apenas seguiram para a sala do Mestre, tomando cuidado para não levarem uma cadeirada.

Com todos acomodados, Lucy contou tudo o que sabia e o que tinha acontecido, também mostrou a carta e o bilhete que recebeu na noite anterior. Depois falou sua teoria sobre as duas pedras e seu plano de sair em busca da mesma.

— Isso é... estranho — Jones olhava para a carta com dúvida.

— Essas pedras... Eu já ouvi algo sobre elas... — Sting falou de repente.

— Sério? — Lucy animou-se

— Sim... Elas fazem parte de uma lenda, a Lenda das Dez Pedras Mágicas. Pelo que eu sei, cada pedra tem uma função e poder: água, fogo, terra, ar, olfato, audição, tato, visão e as duas mais importantes, vida e morte. Elas são separadas em três categorias: elementos, sentidos e divindades.

— Tem como nós sabermos onde elas estão?

— Não exatamente, existem alguns boatos, mas nada confirmado... A carta fala algo de uma pedra preta, mas e também cita uma branca. Eu acho que está se referindo as duas pedras das divindades.

— A profecia também fala sobre branco e preto... Lucy tem razão quando diz que as pedras tem alguma ligação — lembrou-se Jones.

— Então só nos resta ir atrás dessas pedras, torcendo para que nos ajudem — Sting passou a mão nos cabelos.

— Exatamente.

— Quem mandou a carta também pode estar atrás das pedras, temos que nos “camuflar” — o gatinho sugeriu.

— Lector tem razão. Preparem-se crianças, vocês vão atrás dessas pedras — o Mestre ordenou. — Tenham cuidado!

— Sim, senhor. Pode contar com a gente — a loira sorriu.

Saíram da sala determinados para partir em busca de respostas. Tudo o que tinham em mão eram suposições e uma carta suspeita que serviria de guia, mesmo assim não se abalaram.

—— // ——

O resto do dia passou-se lentamente. Os três tinham ido até a biblioteca de Crocus, que era enorme, para poder traduzir o livro de Lucy.

A biblioteca er bem normal com a pequena diferença de ter um tipo de altar em uma sala lateral. O altar era de mármore branco e parecia inofensivo, ao seu lado tinha uma pequena impressora.

Não tinha nenhuma instrução, então a loira apenas colocou o livro em cima e esperou. No começo nada aconteceu, mas cerca de dois minutos depois o livro começou a flutuar e a impressora a tremer. Logo a primeira página traduzida tinha sido imprimida.

Os três ficaram admirados com aquele tradutor, mas tinha um pequeno problema: demorava muito. Cada página demorava de cinco a dez minutos para ser traduzida e, por ser um livro consideravelmente grande, eles tiveram que ficar esperando a tarde toda. Não podiam correr o risco de alguém aparecer e tirar o livro de lá para usar o tradutor.

Como ninguém é de ferro, eles se revezavam para ir até algum restaurante ou mercado para comprar comida e bebida. E assim ficaram até a tradução finalmente acabar.

—— // ——

— Eu não achei que fosse demorar tanto — disse Lucy largada no sofá da casa do loiro. 

— Nem eu — Sting estava no mesmo estado.

— Então, quando saímos? — perguntou.

— Hoje mesmo. Não estou com um bom pressentimento...

— Você não consegue sentir algum cheiro estranho vindo da carta? Eu sei que já passou por muitas mãos, mas talvez...

— Infelizmente não, na verdade não sinto o cheiro de ninguém. Essa carta parece ter algo que camufla qualquer cheiro...

— Droga...

— Sting-kun, as malas já estão prontas! — Lector desceu a escada com uma pequena mochila nas mãos.

— Tão rápido assim?

— Não tínhamos deixado tudo pronto caso tivesse alguma emergência? Eu só peguei mais algumas coisinhas.

— Ah, é mesmo... Eu tinha esquecido — coçou a cabeça envergonhado.

— É um idiota mesmo — a loira riu.

— Não sou não, agora vamos logo. Quanto antes enfrentarmos aquele monstro enlatado antes nós saímos dele...

— Para qual cidade vamos?

— Hum... A maioria dos relatos falam algo sobre a Cidade Solar e a Cidade Lunar, a última não fica tão é longe, mas também não é perto.

— Que coincidência, eu conheço uma curandeira de lá, apesar de eu nunca ter ido nessa cidade... A curandeira sempre visita Magnólia, talvez ela venda algo para seus enjoos.

— Então vamos logo — disse animado, puxando-a para fora da casa.

Sting saiu correndo segurando a mão da loira, enquanto eram seguidos por um Lector risonho. Chegaram na estação em questão de minutos e logo compraram as passagens. Entraram e sentaram-se, rapidamente o trem deu partida fazendo o loiro ser “derrotado”.

— Esquecemos as malas — Lector arregalou os olhos.

— Eu pedi para a Virgo ir até lá buscar.

— Quando?

— Agora, consigo me comunicar com ela através da chave — sorriu.

— Loira, socorro — Sting reclamava com a cabeça deitada no colo dela.

— Se você ficar quieto daqui a pouco passa.

Em poucos minutos o loiro dormiu com Lector também adormecido em cima da sua barriga. Lucy aproveitou para começar a ler o livro já traduzido, mas também não aguentou o sono e dormiu com a cabeça encostada na janela.

—— // ——

Lucy acordou de supetão quando ouviu um barulho no lado de fora do trem. Olhou pela janela e já era de madrugada, ainda não tinham chegado ao destino, mas o trem estava parado no meio do nada e não tinha nenhum sinal de cidade, pelo menos não visível.

— Sting, acorda — Lucy balançou o loiro. 

— Mais cinco minutinhos — resmungou sonolento.

— Tem alguma coisa errada, o trem está parado.

— Parado? — levantou-se rapidamente. — LIBERDADE! — abriu a porta da cabine e saiu correndo.

— STING! — a loira o seguiu com Lector no colo.

Os dois loiros saíram do trem e viram que quase todos os passageiros estavam do lado de fora, enquanto recebiam instruções de pegar suas malas e esperar o próximo trem que já estava a caminho.

— O trem quebrou? — perguntou Lucy para ninguém em específico.

— Não — respondeu Sting. — Esse é um procedimento padrão. Esse trem que vem até aqui é pequeno demais, além daquela montanha tem um povoado um pouco grande e as pessoas de lá usam esse trem para irem trabalhar ou estudar — apontou para sua direita. — O trem tem que ser trocado para suportar o número de passageiros.

— Não era mais fácil já vir da estação com um trem grande? — perguntou com uma gota na cabeça.

— Verdade, né? Eu nunca tinha pensado nisso, vai saber o porquê de fazerem isso — deu de ombros.

O trem menor saiu da plataforma, seguindo uma rota diferente para fazer o retorno por alguma outra cidade. Menos de vinte minutos depois um trem com o dobro do tamanho chegou e quase ao mesmo tempo as pessoas do povoado também chegaram.

Os dois loiros logo voltaram para seus assentos para dormir por mais algumas horas. Mal sabiam eles que entre aqueles trabalhadores e estudantes que tinham acabado de entrar estava alguém apenas esperando a hora certa de se revelar.


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Notas finais do capítulo

Nos vemos no próximo :3



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