A Floresta de Areia escrita por ShiroiChou
Notas iniciais do capítulo
Olá o/
Não se enganem com o título, é reta final, mas ainda não acabou.
Boa leitura!
Lucy, Lector e Dona Mikori corriam o mais rápido que podiam por entre as árvores. Achar o templo não era uma tarefa muito difícil, mas ficava longe e o único jeito de chegar até lá era correndo.
Dona Mikori podia sim levá-los até lá em um portal, mas depois que ela usou essa tática para tirar os dois do templo, ela usou o mesmo para evitar que as criaturas da floresta os seguissem. O resultado foi satisfatório até certo ponto, agora precisavam correr se quisessem impedir o “Trio de irresponsáveis”, como ela mesma apelidou no meio do trajeto.
— Olha, Fada-san. Um fantasma — Lector apontou para a direita, onde um fantasma estava parado olhando para baixo.
— Isso significa que estamos perto, apesar de eu não ter visto nenhum fantasma no templo...
— Eu também não vi.
— Estão sentido isso? É magia. Só espero que não tenhamos chegado atrasados — Mikori olhou para os lados procurando o templo. — Ali, aquilo é uma gaiola?
— Parece que tem algo dentro — escondeu-se atrás da loira.
— Temos que nos aproximar, Lector. Vem, vamos até lá calmamente — a loira o encorajou.
Os três chegaram passo a passo perto da gaiola, vendo quem estava lá dentro transformar-se em um gatinho e tentar sair de lá sem sucesso.
— Droga de gaiola, eles acham que sou o quê? Eu quem deveria ter prendido ele aqui, aquele...
— Com licença — Lucy o interrompeu.
— Hum? Espera... Essa é a minha chave — apontou com a pata para a mão da loira. — Então era você quem estava tentando me invocar.
— Você é o Espírito da Floresta? — perguntou surpresa.
— Sim. Desculpa não ter atendido seu chamado, eu estava tentando pegar a Placa de Pedra daqueles três...
— Então eles escaparam... Devem estar no Reino dos Gatos...
— Infelizmente, desculpem-me por isso...
— Sem problemas, agora precisamos tirar você daqui — pegou que molho de chaves. — Abra-te, Portão do Caranguejo. Câncer!
— Olá, Lucy-san. Em que posso ajudá-la? Ebi.
— Você pode cortar essas grades, por favor — pediu, vendo as grades serem cortadas como folhas de papel, libertando o espírito rapidamente.
— Obrigado, minha jovem. Aliás, podem me chamar de Tom.
— De nada, Tom. Então, você sabe como chegar até o Reino dos Gatos?
— Sim. A Placa de Pedra é a chave para entrar lá, eu consigo usá-la sem realizar os desafios, mas parece que eles foram mais rápidos... — respondeu tristonho. — Venham, vou levá-los até a entrada.
Tom correu para dentro do templo em sua forma de gato, sempre verificando se estava sendo seguido. Parou no corredor e transformou-se em um cachorro, cheirando o ar e logo voltando a correr escada acima, virando à direita.
A terceira porta foi a escolhida, ele entrou e começou a cheirar novamente, seguindo até o único móvel do quarto: um guarda-roupa.
— Foi aqui que eles escolheram para ser a entrada da sala das árvores.
— Eu nunca procuraria ali — sussurrou Lucy.
— Vocês saberão o que fazer quando chegarem lá.
— Você não vai com a gente?
— Não, mas me chame sempre que precisar.
— Espera, o contrato...
— Eu gostei de você, garota. O contrato já está feito, pode me chamar a qualquer hora — despediu-se desaparecendo.
— Parece que não tem jeito...
— Levem isso — Dona Mikori fez uma mochila surgir. — Pode ser útil. Tenham cuidado ali dentro. Irei ficar aqui para impedir que alguma criatura tente entrar.
— Obrigada — sorriu agradecida. — Vamos, Lector.
— Sim!
As portas do guarda-roupa foram abertas, revelando uma porta falsa logo atrás. Assim que entraram, depararam-se com a sala onde estiveram antes quando chegaram, dessa vez as árvores brilhavam fracamente. Mais para frente eles viram a Placa de Pedra, ela estava dentro da parede e ao seu lado uma porta em forma de gato brilhava hora em preto, hora em branco.
— É ali, está pronto?
— Sim.
Aproximaram-se da porta e abriram, revelando o escuro. Respiraram fundo, tomaram coragem e entraram.
—— // ——
Sting olhou ao redor, estava desnorteado. O lugar onde estava resumia-se apenas a uma casa vazia completamente marrom, com apenas um sofá. A porta estava trancada, assim como as janelas. Do lado de fora ele podia ver visões de como Lucy e Lector estavam se saindo.
Durante o tempo em que ficou preso, o loiro tentou sair várias vezes, usou todos os ataques que sabia, nada adiantou, tudo parecia inquebrável.
— Droga, preciso sair daqui rápido! Porcaria — socou a parece, vendo um pequeno rachão se formar. — É brincadeira, né? — tentou novamente, vendo o mesmo acontecer. — É isso! Eu já estou indo, pessoal.
—— // ——
Lucy abriu os olhos e olhou admirada para o lugar. Eles tinham parado em um campo florido, com flores coloridas por todos os lados. Filhotes de gatos brincavam rolando na grama e perseguiam borboletas. Um mundo muito agradável, até ouvirem um barulho.
Todos os gatinhos correram em uma mesma direção, escondendo-se em algumas pequenas cavernas à direita do campo. Do lado esquerdo Lucy viu algo que a desesperou: fumaça.
— Fada-san...
— Temos que ver de onde vem isso, certo? — sorriu carinhosa, pegando-o no colo.
Alguns passos para frente foi o suficiente para descobrirem que estavam em cima de uma pequena colina. A visão deveria ser muito bonita, mas naquele o caos reinava. Casas em chamas, gatos de várias cores correndo, um castelo metade em pé e metade destruído.
Dentro da parte intacta do castelo, eles conseguiram ver luzes de cores diferentes, isso indicava que estavam usando magia ali. Isso apenas os preocupava mais, afinal a estrutura poderia cair completamente por causa da luta.
— Vocês são amigos do Rei Xadrez, né? — um gato de pelos amarelos perguntou um pouco desesperado.
— Rei Xadrez? O Xadrezinho é um Rei? — perguntou Lucy não acreditando no que ouviu.
— Sim. No mundo humano ele é apenas um gato preto e branco, aqui ele significa a união da luz e das trevas. Todos aqui o admiram muito, ele é um bom Rei para nós.
— Entendo, mas como você sabe que somos amigos dele?
— Ele nos disse sobre vocês quando voltou, somos eternamente gratos por trazê-lo de volta — sorriu. — Infelizmente sua volta foi marcada por notícias ruins...
— Notícias ruins?
— Sim. Três magos estão aqui atrás das pedras da vida e da morte.
— Então elas estão realmente aqui — sussurrou Lector.
— Elas são ao olhos de nosso Rei — disse orgulhoso.
— O QUÊ? — gritaram surpresos.
—— // ——
— Você é muito irritante — Kaile jogava correntes de um lado para o outro, tentando acertar o gato.
— Você também, irritante e idiota — alfinetou. — Que tal desistir dessa ideia e deixar meu reino em paz?
— Agora que descobri que as pedras estão na sua cara, nada me impedirá de alcançar meu objetivo final.
— Nada? Agora também é convencido — revirou os olhos, desviando do ataque e arranhando a perna do adversário.
— Ora, seu...
— Não sabe nem acertar um gato e é Mestre de uma guilda das Trevas — zombou John.
— Gatos são ágeis, queria o quê? Aliás, porque ao invés de ficar parado você não me ajuda?
— Destrui metade do castelo sozinho, queria mais o quê?
— E como você fez isso?
— Tenho meus segredos.
Xadrez olhava para os dois conversando pensando no melhor jeito de derrotá-los. Ele estava no castelo quando a confusão começou. Criaturas da floresta invadiram o local por todos os lugares, elas quebraram tudo o que encontraram, além de terem derrubado inúmeras paredes.
A confusão foi armada rapidamente, gatos correndo por todos os lados, uns atrás de esconderijos e outros partindo para a luta. A situação não era muito normal, mas estavam com fé de que tudo seria amenizado rapidamente.
O problema foi justamente o objetivo dos inimigos. As pedras da vida e da morte eram um símbolo de paz para o Reino dos Gatos, um equilíbrio entre a luz e as trevas assim como o Rei, por conta disso que ele ficava com elas. Ameaçar o Rei significava ameaçar todo o Reino e isso era imperdoável.
A discussão entre os dois homens continuou firme e forte, mesmo depois de vários minutos, dando a Xadrez a chance de bolar um plano e ele sabia exatamente o que fazer, apenas torcia para dar certo.
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