A Floresta de Areia escrita por ShiroiChou


Capítulo 19
O segredo de Sting


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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A demora da loira para voltar preocupava Sting, sabia que ela estava atrás da casa, mas algo o dizia que deveria procurá-la para se certificar de que ela estava mesmo segura.

Lector encontrava-se dormindo em um dos quartos, Sting nem cogitou a ideia de o acordar, apenas saiu da casa fazendo o mínimo de barulho possível e seguiu para a parte de trás da casa. Chegando lá ele encontrou a loira deitara no chão como se estivesse dormindo abraçada nas suas chaves.

O Dragon Slayer pensou que, por conta do cansaço, Lucy apenas dormiu sem querer. Pegou a loira no colo e a levou para um dos quartos onde a deitou na cama, depois seguiu para o próprio quarto e dormiu.

—— // ——

Duas semanas depois.

Um nova manhã, um novo dia e lá estava Sting sentado ao lado de Lucy, colocando panos molhados em sua testa. A loira se remexia levemente, como se estivesse sentido alguma dor devido a febre. Fazia duas semanas que dormia sem acordar e remexia-se a noite toda fazendo os fantasmas ficarem agitados.

Lector passeava pela vila todas as manhã, buscando itens e ervas no meio do caminho para ajudar a maga. Durante seus trajetos ele via vários fantasmas, mas nenhum deles o incomodava, mesmo assim isso não diminuía seu medo.

Naquele dia, o gatinho decidiu voar para um pouco além da vila e acabou encontrando uma igreja abandonada, dentro da mesma ele achou um kit médico um pouco envelhecido, o qual ele levou para casa, talvez ajudasse em algo.

Infelizmente o dia passou-se sem mudanças, a loira não acordou e por mais que os dois tentassem acordá-la, era inútil.

Durante todo o tempo que passou, as chaves da loira brilhavam várias vezes durante o dia, porém ninguém aparecia. Com certeza elas também tinham sido afetadas por algo que Sting ainda desconhecia, por isso nenhum espírito conseguiu sair.

A noite chegou rapidamente, o escuro reinava do lado de fora, mesmo assim Sting viu que um fantasma se aproximava da casa com certa velocidade. O fantasma entrou na casa se cerimônias, encarando o loiro como se o conhecesse.

— Sting Eucliffe, finalmente nos reencontramos...

— Você... Quem é você?

— Eu? Não consegue reconhecer um velho amigo? — tirou o capuz revelando seu rosto.

— Você, o que pensa que está fazendo aqui?

— Eu? Eu disse que você se arrependeria do que me fez.

— Quantas vezes eu tenho que te falar que não tive culpa? Eu sou um mago, apenas faço as missões que me pedem.

— Você destruiu o meu templo, o Templo dos Fantasmas. Por sua culpa nós fomos jogados nesse fim de mundo e não conseguimos chegar na Floresta, por sua causa estamos condenados a vagar sem objetivo.

— Minha missão era expulsar aqueles Vulcans da floresta, como eu ia saber que aquele templo para onde eles correram era seu...

— Eu te alertei com uma carta, avisei o que aconteceria se você quebrasse algo de dentro do templo...

— Você não alertou, você ameaçou matar meu amigos e eu. Não sabia que fantasmas podiam escrever cartas.

— Não sou uma fantasma, sou uma mago que pode se transformar em um. Enfim, não importa.

— O que você quer?

— Eu sei a profecia, meu templo precisa ser reerguido e para isso é necessário uma vida, a vida de um dos três da profecia.

— Nunca.

— As vezes acho que você esquece que não pode negar nada, está amaldiçoado esqueceu? Eu avisei, ou você se entrega ou eu levarei um daqueles dois

— Nunca — retrucou convicto.

— Nunca? Você sabe com que está falando, rapaz? Não sou idiota, garoto, um de vocês três terá que se sacrificar, minhas maldições não falham. Preciso de uma vida para reerguer meu templo e eu irei conseguir. Tome cuidado com o escuro, estarei observando de longe — sorriu macabro e sumiu, derrubando uma garrafinha de plástico no processo.

Sting abaixou-se para pegar a garrafa e descobriu que era o antídoto para acordar Lucy, isso explicava porque ela não acordava, era uma maldição daquele homem. Na garrafa as instruções escritas no rótulo eram claras, uma pessoa do lado de fora precisava beber seu conteúdo para dormir e buscar a pessoa desacordada dentro de seu próprio sonho.

O loiro correu para seu quarto e deitou na cama, bebendo todo o conteúdo da garrafa. Poucos minutos depois o sono chegou.

—— // ——

Lucy andava sem rumo, não fazia ideia de quanto tempo tinha se passado. A grama verde brilhava onde ela pisava e o céu não mudava de cor. O clima da região parecia estável, o calor leve e a ventania faziam-se presente na maior parte do tempo.

Durante todo seu trajeto ninguém apareceu, nem humano e nem animal. Estava sozinha em um lugar desconhecido, longe de tudo e de todos, isolada no meio do nada. A visão que tinha era a mesma fazia tempo, as vezes chegava a pensar que seu pés estavam presos no chão.

Estranhamente não sentia fome, sede, cansaço ou qualquer outra necessidade. A sensação de andar era de certa forma acolhedora, pois permanecer sentada não lhe parecia uma boa escolha.

O tempo continuou passando, para a surpresa da loira o cenário mudou. Tudo ficou preto de repente e ela sentiu um peso em cima de si, fazendo com que caísse no chão. Pouco tempo depois o lugar iluminou-se novamente e a loira viu Sting com a mão na cabeça.

— STING! — Lucy o abraçou com todas as forças.

— Ai, Loira. Você está me esmagando.

— Desculpa...

— Tudo bem. Então é aqui que você está, achei que demoraria mais para te achar.

— Você sabe que lugar é esse?

— Você está presa em um sonho já faz duas semanas...

— DUAS SEMANAS? Tenho certeza que foi culpa daquele fantasma estranho.

— Você viu aquele cara?

— Como assim “aquele cara”? Desembucha, eu sei que você está escondendo algo.

— Não estou escondendo nada — virou o rosto.

— Sting.

— É verdade!

— Sting...

— Por que você acha que eu esconderia algo importante?

— Fala logo.

— Ok, você venceu. Eu vou contar o que eu sei. Anos atrás fiz uma missão para expulsar Vulcans, recebi uma carta dizendo que eu não deveria quebrar nada de um tal templo, ou sofreria as consequências.

— E você quebrou algo?

— Quase o templo inteiro... Agora ele quer a vida de um de nós para sacrificar e usar para reconstruir o templo.

— Entendi... O que mais?

— Como assim o que mais? Eu contei o que sei.

— Desculpa, Sting, mas não acredito. Você me parece tenso já faz um bom tempo, não perguntei nada para não te magoar, mas agora que sei que isso tem a ver com a profecia eu não posso permanecer calada...

— Eu não...

— Sting, por favor. O que tanto te incomoda?

— Lucy, eu... — suspirou. — Realizei uma magia proibida.

— O quê? — arregalou os olhos.

— Quando eu quebrei o templo daquele homem, ele jogou uma maldição em mim.

— O que essa maldição faz?

— Bem, ela é um pouco parecida com a do Zeref, a diferença é que ele mata as pessoas que se aproximarem lentamente. A pessoa vai apresentando diversos problemas de saúde em um curto período de tempo.

— Espera... Ninguém morreu, então a maldição deu errado? — perguntou esperançosa.

— Quem dera. Lector foi o primeiro afetado, lembra da época em que ele ficou doente?

— Era por causa disso?

— Sim. Eu pesquisei sobre a maldição, mas não achei nada, então busquei um livro de Magias Proibidas. Rogue tentou me impedir assim que descobriu, mas consegui me livrar de suas sombras e realizei a magia, por estar comigo na hora ele não sofreu os efeitos dela.

— Que efeit...? — tentou perguntar, mas a tontura foi mais forte do que as últimas vezes, fazendo com que tombasse para o lado.

— LUCY! — apressou-se em segurá-la. — Lucy? — chamou, mas ela já tinha desmaiado. 


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