A Floresta de Areia escrita por ShiroiChou


Capítulo 13
Girassóis


Notas iniciais do capítulo

Olá, capítulo descontraído para vocês (sem sair da história).

Boa leitura!



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Andar pela cidade era um desafio e tanto, como todos os lugares eram iguais se perder fazia parte de qualquer planejamento de passeio. Sting parecia conhecer a cidade como a palma de sua mão, guiou o grupo para um restaurante onde comeram e depois para uma rua só de lojas com itens mágicos.

No meio do caminho descobriram outra magia do Xadrez: ele conseguia mudar de cor quando espirrava, de início ele não conseguiu controlar, mas com o passar do tempo ele dominou a própria magia. Para não levantar suspeitas ele decidiu ficar em uma cor amarelada.

O quarteto dividiu-se em duas duplas, enquanto Sting e Lector entraram nas lojas da esquerda, Lucy e Xadrez entraram nas lojas da direita, e assim prosseguiram até olhar em todas. O resultado da busca foi mais satisfatória do que esperavam, a primeira dupla conseguiu encontrar facilmente a pedra verde e a segunda conseguiu o ponteiro de magia.

Decidiram por guardar os objetos com eles mesmos, Kaile não sabia da existência deles então não teria problema, pelo menos era o que eles esperavam.

Na volta para a pousada o céu já estava escuro e Sting quase se perdeu, mas logo ligou sua falta de atenção ao sono. Lucy desconfiou, mas não falou nada. Todos tinham seus problemas e se ele não quisesse não precisava contar, ela também não insistiria.

Quando finalmente chegaram na pousada a loira sentou-se na cama e, junto com os dois gatinhos, ela tentou unir de alguma forma as duas peças, mas não obteve sucesso.

— Não faz sentido — Lector olhou as peças tentando entender como funcionavam.

— Eu acho que não é assim que se monta, talvez precisemos de todas as cinco juntas — opinou Xadrez.

— Tantas lojas e não achei o perfume para não sermos rastreados — Lucy deitou-se na cama dando-se por vencida. — Para qual cidade vamos amanhã?

— Tem uma cidade aqui perto, mas não sei o nome... É o que diz um flash de memória que eu tive.

— Hum, é uma boa ideia.

— O que é uma boa ideia? — perguntou Sting saindo do banheiro enquanto enxugava o cabelo.

— Vamos para a cidade vizinha.

— Agora?

— Claro que não, né. Amanhã de manhã. 

— Então beleza, boa noite — deitou e dormiu quase que instantaneamente.

— Boa noite... Vamos dormir também — Lucy levantou-se e apagou a luz, depois voltou para cama. — Boa noite, meus pequenos.

— Boa noite — falaram em uníssono.

—— // ——

— Loira, acorda. Nos acharam — Sting sacudia a loira.

— De novo? — perguntou sonolenta. — Não dá tempo de eu mudar de roupa?

— Está de madrugada, ninguém vai reparar. Pega o Lector e vamos.

— Sim — tentou levantar, mas acabou tombando para trás ao sentir tontura.

— Lucy? Está tudo bem?

— Sim, foi só uma tontura. Vamos logo.

A rua estava escura, mas os dois andavam rápido, passaram por lugares diferentes apenas para despistar e logo saíram da cidade por uma estrada de terra. Continuaram andando por mais algum tempo até se aproximaram de uma floresta onde montaram um acampamento improvisado com a ajuda de Virgo. Os dois loiros não dormiram novamente, preferiram ficar de guarda para agir rapidamente caso alguém aparecesse.

O dia amanheceu sem maiores problemas para a felicidade deles, aproveitaram-se das barracas para trocar de roupa e saíram da floresta direto para a cidade vizinha assim que os dois gatos acordaram.

Durante o percurso ninguém falou nada, não tinham nenhum assunto e o medo de um novo ataque deixava o ar mais tenso. Quando avistaram a cidade, Xadrez lembrou de uma loja escondida dentro da cidade, ele disse que uma das peças para a bússola só vendia ali.

Dessa vez não procuraram por uma pousada, apenas seguiram para uma lanchonete, comeram e procuraram a tal loja. Quanto menos tempo passassem em uma cidade, mais chances teriam de não serem encontrados.

A loja mágica só podia ser encontrada uma única vez no dia, exatamente as dez da manhã, o problema era achar ela a tempo. Caminharam pela direita, caminharam pela esquerda e nada da loja. Assim que desistiram de olhar naquela rua em específico, o sino da igreja bateu e uma porta apareceu no meio da rua.

Os moradores continuaram andando sem nem estranhar, mas os quatro olhavam admirados para aquilo. Sting foi o primeiro a se aproximar, abriu a porta e entrou, sendo seguido pelos demais. O interior da loja parecia bem semelhante ao de qualquer outra, porém com uma simples diferente: os únicos itens vendidos eram lácrimas de ouro.

— Bom dia, meus jovens. Em que posso ajudá-los? — um senhor simpático perguntou.

— Nós precisamos de uma lácrima de ouro — respondeu Lucy.

— Ah, que burrice a minha — riu de forma escandalosa. — Essa é a única coisa que eu vendo. Muito bem, eu não sou fã de dinheiro... Preciso de duas coisinhas, então darei a lácrima para vocês.

— Do que o senhor precisa?

— Nada demais...

—— // ——

— Nada demais, ele disse — Lucy reclamava.

O senhor da loja pediu para os dois loiros pegarem dois girassóis, de acordo com o mesmo eles cresciam ao redor da cidade. Os quatro saíram em busca das duas flores como se fossem fazer um passeio, estavam seguros de que conseguiriam facilmente.

Quando chegaram no lugar logo se arrependeram. Os girassóis tinham o tamanho de uma árvore, além de suas raízes serem profundas. Lucy até tentou chamar Virgo, mas sua magia estava bloqueada assim como a de todos ali, isso indicava que as flores eram mágicas.

Sem alternativa os dois loiros apenas começaram a cavar com duas pás que acharam largadas ao redor. O maior problema não foi cavar. Quando faziam um buraco e conseguiam expor todas as raízes, os girassóis corriam, literalmente, e enterravam-se novamente em outro lugar.

— Girassóis que correm, agora posso dizer que já vi de tudo nessa vida — Sting ria sem se importar em estar perdendo tempo.

— Eles são chamados de Girassóis Maratonistas, pois adoram correr. Vocês estão tendo sorte de eles ficarem parados para cavarem — explicou Xadrez.

— Como levamos eles? — perguntou Lucy.

— Não sei, não lembro...

— Isso é hilário — Lector juntou-se ao loiro para rir.

— Eu vou bater com essa pá na cabeça de vocês, seus palhaços — a loira ameaçou.

— Mas é engraçado, Loira.

— Eu sei, mas precisamos continuar tentando...

— Vocês não vão conseguir nada com essas pás, deixem comigo — Lector voou até alguma girassóis. — Ei, amigões. Que tal dois de vocês apostarem corrida comigo até a loja de lácrimas de ouro?

O resultado foi melhor do que o esperado, foi só Lector terminar de falar que os dois maiores girassóis do grupo saíram da terra e começaram a correr. O exceed não perdeu tempo, abriu suas asas e “correu” junto deles, sempre prestando atenção para que não desviarem o caminho.

Os três que ficaram para trás continuaram parados olhando para o nada, principalmente os dois “escavadores” que viram seus esforços serem desbancados por uma simples aposta de corrida.

Depois que voltaram para a realidade e seguiram para a loja, que permanecia aberta apenas para esperar eles, encontraram os dois girassóis plantados no chão recebendo uma bela chuveirada, a qual eles aproveitavam animados.

— Oh, vejo que voltaram. Muito obrigada por trazerem esses dois, agora não viverei mais sozinho. Fiquem com isso, vocês merecem — entregou uma sacolinha de papel com a lácrima dentro. — Junto da lácrima eu coloquei um papel com instruções para a montagem da bússola.

— Como o senhor sabe que precisamos dela para uma bússola? — Lucy olhou desconfiava para a sacola.

— Lector me contou — apontou para o exceed que apenas acenou em concordância. — O vidro vocês podem encontrar na Vila do Sal, eles são especialistas em trabalhar com sal, obviamente. A magia enlatada infelizmente eu não sei.

— Tudo bem, o senhor já ajudou muito. Muito obrigada.

— Eu quem agradeço. Tenham cuidado — despediu-se enquanto a porta sumia.

— Vila do Sal, eu sei onde é — Lector animou-se. — Temos que pegar um navio até lá, estava escrito em um pôster de dentro da loja.

— Muito esperto, Lector — elogiou Xadrez. — Vamos seguir para essa Vila ou ficaremos na cidade?

— A vila — responderam os loiros em uníssono.

— Para onde fica o porto? — Sting cheirou o ar em busca de pistas.

— Nos seus sonhos — Kaile aproximou-se com mais seis pessoas, todas com capa. — Hoje vocês não escapam!


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Notas finais do capítulo

Até mais o/



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