A Floresta de Areia escrita por ShiroiChou


Capítulo 12
Xadrez e um segredo


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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— Fada-san, não se mexa.

— Estou paradinha, Lector, mas ele é muito fofo e eu quero abraçar.

— Loira, só espera ele chegar bem perto. É o gato do meu sonho.

O gato depois de avistar o trio começou a se aproximar lentamente, depois de dar uma boa olhada em cada um ele passou a olhar fixamente para a loira. Quando Lucy o olhou de volta ele começou a se aproximar devagar, sempre mantendo seus grande olhos fixos ao dela.

Assim como no sonho de Sting o gato tinha um olho de cada cor, como se fossem as duas pedras. Aos poucos ele chegou pouco a pouco na frente da loira, miou e pulou no colo dela se aconchegando.

— Oh, você é tão fofinho — Lucy não se segurou e abraçou o bichano.

— Olá, qual seu nome? O meu é Lector — o exceed começou a conversar animadamente com o gato.

— Você entende o que ele diz?

— Sim, o nome dele é Xadrez por causa de suas duas cores. Ele está aqui apenas para esperar o trio da profecia, destinados a levá-lo para casa. Foi o que ele disse.

— Então temos que te levar para casa, Xadrezinho? Onde fica sua casa? — perguntou recebendo um miado como resposta.

— Ele não lembra — Lector traduziu o miado.

— Então vamos ter que ficar com você por um tempo, não que eu ache ruim e... Ah, o que raios é isso? — Lucy colocou a mão dentro do bolso, estava quente.

— O que foi? — perguntou Sting preocupado.

— A carta, eu coloquei ela no meu bolso e está queimando — tirou o envelope do bolso, agora ele brilhava em um vermelho intenso.

— Deve ser uma nova dica — Sting quase pulou de alegria. — Finalmente algo de útil.

— Deixa eu ver o que tá escrito — tirou a carta do envelope, o papel também brilhava em vermelho.

O gato nasceu na Floresta de Areia e é para lá que ele deve ir.

— Floresta de Areia... Eu já ouvi falar, mas não lembro onde...

— Acho melhor pensarmos nisso depois, estou sentido alguns cheiros e o que quer que seja está se aproximando — Sting não esperou resposta, pegou a loira no colo e saiu correndo.

— Eu posso correr, Sting — reclamou corada.

— Até você guardar a carta nós seríamos pegos. Lector, pousa na minha cabeça que vou na velocidade máxima.

— Sim!

Sting correu o mais rápido que conseguiu, desviando de árvores e galhos até avistar uma cidade que já conhecia, isso com certeza facilitava as coisas. Adentrou uma rua menos movimentada e continuou correndo, sempre tomando cuidado para não bater em alguém.

A pousada escolhida por ele era a mesma onde ficou quando fez uma missão, ficava em uma parte afastara da cidade. Todas as construções eram exatamente iguais por fora, só mudava o nome na placa. Os prédios exatamente retangulares, as paredes cinzas e uma porta dupla na entrada. O fato de tudo ser igual e padronizado fazia jus ao nome da cidade: Idêntica.

Adentrou a pousada correndo, mas logo parou quando avistou Rogue parado na recepção. Colocou Lucy no chão seguiu até o moreno, tentando o assustar.

— Eu sei que é você, Sting — Rogue virou-se rapidamente.

— Droga, você tem que deixar de ser tão sem graça...

— Tá.

— Que seco...

— Olá, Rogue — Lucy sorriu.

— Olá, Lucy-san. Como anda a missão?

— Apesar dos problemas nós estamos indo muito bem.

— Isso é ótimo.

— Cadê o Frosh?

— Ficou com a Yukino, ele não gosta dessa cidade...

— Entendo...

— Pronto, já arrumei um quarto — Sting mostrou a chave.

— Eu fico com ela — Lucy pegou a chave e tirou Lector da cabeça do loiro. — Vou subir na frente com os dois. Até, Rogue.

— Até.

— Por que está na cidade, Rogue? Não adianta tentar me enganar, sei que você não está em missão nenhuma — perguntou Sting com um expressão séria.

— Você precisa falar para ela sobre tudo o que está acontecendo. Agora!

— Por quê?

— Vem comigo — guiou-o até seu quarto, trancando a porta. — Chegou isso na sua casa — mostrou um envelope normal na cor branca.

— E isso seria?

— Mais uma ameaça para sua coleção, é uma continuação da última que você recebeu — entregou o envelope vendo o loiro abrir e ler.

— Quais as chances de isso ser verdade?

— Cem por cento de chances.

— Como pode ter certeza.

— Seus exames chegaram. Kaile pediu que eu te localizasse para trazer — tirou uma pasta branca de uma mochila apoiada na cama.

— Isso não é possível, os exames tem que estar errados. Eu não posso escolher entre isso ou o que diz na carta...

— Estou aqui principalmente para buscar mais informações nos dois assuntos.

— Entendi... Cara, eu estou muito ferrado. O que eu faço?

— Sendo sincero, eu não sei, mas pensei direito no assunto. Lembre-se que dependendo do que você escolher, um de vocês três vai morrer.

 

—— // ——

— Floresta de Areia, é para lá que devemos ir, Mestre — explicou Lucy para Makarov, a loira tinha ligado para ele.

— Eu já ouvi falar, dizem que é um lugar macabro que fica escondido dentro de nosso mundo, protegido por uma barreira escondida. Não existem relatos sobre esse local, os boatos dizem que quem entra nunca mais sai.

— Então é um lugar perigoso, eu queria saber o que aquele cara quer nele...

— Qual cara, minha filha?

— Kaile, ele é o Mestre de alguma guilda que não sei o nome.

— Kaile? Ele tem os cabelos castanhos?

— Sim.

— Entendo... Kaile é o Mestre de uma guilda das trevas, chama-se Death and Dark.

— Só o nome já me assusta — comentou Lector, Xadrez apenas concordou com a cabeça.

— Tenham cuidado, as intenções desse homem com certeza não são boas. Não entreguem as pedras para ele de forma alguma, vocês precisam investigar sobre elas. Cuidem-se e avisem se precisarem de algo.

— Certo, vamos ficar atentos. Tchau, Mestre — despediu-se e desligou a lácrima.

— Lucy? Abre, sou eu — Sting bateu na porta.

— Já vou.

Lucy abriu a porta do quarto e deu passagem para o loiro, ele entrou e se jogou na cama. O silêncio reinou no local, cada um preso em seus próprios pensamentos. Ninguém sabia exatamente o que deveriam fazer ou qual caminho seguir, a dica da carta tinha sim ajudado, mas não o bastante para obterem respostas, muito pelo contrário, surgiram ainda mais perguntas.

A carta começou a esquentar novamente dentro do bolso da loira, dessa vez ela não se assustou, pois sabia o que significava. Abriu o envelope e leu o conteúdo.

 

Nessa cidade não tem nada de importante, o gato tem várias magias. Descubram.

A loira deixou a carta de lado e encarou o gato como se ele fosse falar algo para ela, olhou de um lado para o outro, pegou ele no colo e virou de cabeça para baixo procurando algo e quase levou uma unhada. Não tinha nada de diferente nele fora as cores que “separavam” seu corpo ao meio.

— O que você está procurando no gato? — Sting a olhou divertido. — Ele está vivo, não é uma estátua para você revirar o coitado assim.

— Olha isso — entregou a carta na mão do loiro. — Essa fofura sabe fazer algo que não sabemos.

— Oh, deixa eu revirar ele também então! 

— Nem ouse me virar de cabeça para baixo, uma vez só já está ótimo — falou o gato enquanto se afastava.

— VOCÊ FALA! — gritaram os dois loiros surpresos.

— Claro que eu falo.

— Por que não falou antes? — perguntou Lucy embasbacada.

— Eu falei, na língua dos gatos. Vocês nunca me perguntaram e nem pediram para eu usar a língua de vocês — defendeu-se.

— Maravilha, temos dois gatos falantes. Somos demais — Sting vangloriou-se.

— Vocês humanos são engraçados — Xadrez riu.

— Você disse antes que não se lembra de onde veio, faz muito tempo que vive por aqui? — Lucy foi a primeira a falar sua dúvida.

— Uma semana. Infelizmente minha memória antes disso é inexistente, apenas sei meu nome e que deveria esperar por vocês.

— Qual sua magia oculta? — perguntou Sting “na lata”.

— Não faço ideia, deve ser por isso que é oculta...

— Droga...

— Espera, estou sentido algo... — fechou os olhos. — Eu vejo uma bússola sendo construída, ela utiliza materiais mágicos. É uma bússola mágica.

— Quais os materiais? — perguntou Lector que até então estava em silêncio.

— Uma lácrima de ouro, um ponteiro de pura magia, uma pedra verde, vidro de sal e um pouco de magia enlatada.

— Cada coisa estranha...

— Ótimo, temos um novo objetivo! Vamos procurar esses objetos — o loiro levantou-se animado já seguindo para a saída.

— E onde vamos encontrar tudo, Sting-kun?

— Sigam-me e vejam!


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Notas finais do capítulo

Caso boiem em alguma parte é só me avisar ;)

Até mais!



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