Um Deus entre os Mortais escrita por Pandora


Capítulo 6
Encontro entre Guerreiras


Notas iniciais do capítulo

Volteeiii!!!
Desculpem a demora, mas aqui esta mais um capitulo!! Qualquer erro, peço desculpas.... Tento ser atencioso, mas sempre a algo que pode passar, não é mesmo ;)
Bom... boa leitura e até as notas finais!! LEIAM PQ VAI SER IMPORTANTE!!!!



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            A pequena cidade de Sedro-Woolley não possuía nada mais que alguns quarteirões. Bem arborizada, as poucas construções que ali existiam, se erguiam sem muito grande importância pelas espaçosas ruas. Como típico de uma cidade daquele porte, os únicos atrativos eram as poucas lojas de conveniência e restaurantes que margeavam a avenida principal.

O grupo que para parâmetros normais seria considerado fora do normal, caminhava pelas largas calçadas chamando muita atenção. Como se quarenta garotas entre idade de oito a dezesseis anos, andando sozinhas fosse algo comum de se ver por ali.... Desinteressadas e entediadas, as caçadoras mal olhavam para os muitos habitantes que as fitavam com diferentes reações. Algumas senhoras curiosas até mesmo pararam duas das meninas, perguntando se estavam participando de alguma espécie de excursão.

Em meio aquele alvoroço, despercebido pela maioria, um único garoto acompanhava o gigantesco grupo que atravessava a cidade. Possuidor de cabelos negros e olhos verdes claros brilhantes, o menino parava de instante a instante, sempre perguntando para a caçadora mais próxima sobre os muitos objetos estranhos e interessantes que acabavam por cruzar. Zoe no começo explicava pacientemente o nome e a importância de cada objeto, mas depois do quadragésimo nono, a tenente das caçadoras não aguentou e acabou por socar o menino quando ele estava para perguntar mais uma vez... O deus depois disso, acabou por observar tudo a sua volta em completo silencio...

Depois de pedirem informações em uma das muitas lojas, o grupo passou a decidir como chegariam a Siatlle. Havia duas opções disponíveis, uma delas era ir margeando a estrada, sentido sul e a outra pegar uma balsa que os deixaria no porto, ao longo de uma das docas da cidade.... Passado o almoço, onde as caçadoras acabaram por lotar um restaurante inteiro, o grupo optou por pegar umas das balsas.

O caminho escolhido levaria um pouco mais de tempo, mas a tranquilidade seria maior do que se fossem por terra. Enquanto pela estrada correriam perigo de serem emboscados, a balsa só faria uma breve parada em umas das ilhas próximas a Siatlle e depois não demoraria muito aportarem na cidade.

Tendo conhecimento de onde ficava o ancoradouro de Sedro-Woolley, o grupo não demorou para alcançar o rio que cruzava as terras da pequena cidade. O lugar simples, nada mais era do que uma pequena bilheteria a beira d’agua. Malcuidada e em péssimas condições de higiene. Era de se surpreender que o prédio ainda estivesse de pé.

O que antes eram paredes brancas e telhados vermelhos lustrosos, hoje não passavam de pedaços de taboas úmidas cuja tinta quase não mais existia, agora somente prevalecia o mofo e o bolor que de longe era possível serem vistos consumindo aos poucos aquela velha construção. A placa pendurava que um dia chegou a estar escrito “Bem-vindo“, encontrava-se sem algumas das letras, sinal que ninguém as repintava já tinham algum tempo...

Quando as caçadoras chegaram perto do que poderiam chamar de “estabelecimento“, observaram um velho corriqueiro, atrás do vidro que separa a rua e o balcão. O homem de aspecto tão semelhante ao seu ambiente de trabalho, permanecia com os pés para cima apoiado totalmente na cadeira, de modo a manter-se entretido com uma revista que pela distância, todos poderão identificar se tratando sobre golfe. Sem ao menos possuir o menor conhecimento do que ocorria a sua volta...

’Pelo jeito não são muitos que utilizam este meio de transporte’ Pensou Perseu, sentindo que muitas das caçadoras pensavam o mesmo que ele.

Quando Zoe e Febe se aproximaram e bateram no vidro. O senhor sentado na cadeira, não conseguiu esconder o susto e a surpresa ao ver as duas meninas, e ficou ainda mais surpreso quando seus olhos deram de encontro com o grupo logo atrás.

Como se fosse em um desenho animado, os olhos do balconista até saltaram em ver tantas pessoas paradas ali. E quando soube que todas queriam comprar passagens, se fosse como no desenho, dois cifrões dourados e reluzentes poderiam ter sido vistos estampados no lugar de suas pupilas castanhas caramelizadas.

Um tempo depois, já com as passagens em mãos, o grupo se afastou do senhor que permaneceu contando um maço de notas com demasiada alegria. Por um instante, Percy jurou ter visto um olhar diferente surgir no rosto do velho mortal enquanto acompanhava a tenente das caçadoras se afastar em direção a suas irmãs. Ao olhar para o homem, uma sensação estranha foi sentida pelo menino, mas tal reação não desapareceu, mesmo quando o senhor não mais voltou a encarar a jovem caçadora...

Enquanto esperavam o horário de embarque, as caçadoras se permitiram conferir seus muitos equipamentos e suprimentos para ver se não lhes faltavam nada. Vestidas com roupas modernas, mas ao toque da caçada, usavam em sua maioria calças camufladas brancas, e camisetas prateadas em honra a deusa da lua. Seus arcos presos as suas costas se mostravam muito bem escondidos graças a névoa, ou se não muitos mortais já teriam percebido as armas que portavam. E por último, pendurado por uma única alça, as bolças laterais brancas eram mais do que os olhos poderiam observar. Equipadas com magia, possuíam um espaço ampliado capaz de incluir tudo que precisavam sem ter que sofrerem com o incomodo peso.

Próximo ao horário em que a balsa sairia, dois funcionários tão simplórios quanto o vendedor das passagens, permitiram acesso ao navio para aqueles que iriam navegar. A balsa de aspecto rustico, encontrava-se em condições semelhantes ou até mais inferiores que a bilheteria. Com sua manutenção negligenciada pelo que parecia anos, sua pintura se mostrava ausente em muitas localidades, sendo substituída pela ferrugem que consumia boa parte do casco. O grupo caminhou por uma plataforma que ligava o barco a terra, e cada passada, o rangido se tornava mais sôfrego, tornando-se mais alto a cada nova pessoa que subia sobre a pequena estrutura de ferro.

Embarcados, a balsa de aparência abandonada, levaria cerca de cinco horas até aportar em Siatlle, contando com a parada de uma hora na ilha próxima a cidade. E acredite, seria uma longa viagem...

— Não precisava ter batido daquele jeito, Zoe. — Falou sentado Percy, massageando sua bochecha direita que ainda latejava.

— Você já estava me irritando Perseu, e não foi você mesmo que disse para que o tratássemos como alguém comum... — Respondeu a tenente das caçadoras em sua seriedade tão costumeira.

A volta do jovem deus, estavam sentadas a tenente das caçadoras junto com sua segunda no comando Febe, assim como Agatha, Kate e Lucy. Lucy é uma menina de aproximadamente nove anos, que desde que fora acolhida na caçada não saia do lado de Kate de jeito nenhum, encontrando na caçadora uma espécie de irmã mais velha. As demais meninas se espalhavam entre vários outros grupos pelo navio.

— Se Zoe não tivesse batido, eu mesma já teria te socado. — Soltou Febe, encarando risonha o único menino sentado na roda.

— Quando falei isso, não esperava que seria agredido na primeira oportunidade... — Sussurrou o deus a si mesmo.

— O que disse? — A caçadora lançou lhe um olhar mortal.

— Nada não! — Apressou-se o deus dos heróis, erguendo as mãos de um jeito apaziguador.

— Estou com saudades da Akira. — Falou Lucy, interrompendo a provável discussão que ameaçava surgir.

As duas caçadoras, juntamente com o deus, voltaram seus olhares para a pequena caçadora. Lucy que não havia reparado no olhar dos mais velhos ou fingiu não reparar, soltou um leve muxoxo pensando em sua até então inseparável companheira.

— Sabe que ela está no acampamento, Lucy. — Falou Kate para a jovem menina. — Será bem tratada lá!

— E se não for... — Interrompeu Febe sorridente, batendo uma das mãos fechada na palma da outra. — Quando chegarmos lá, nós daremos uma lembrança aqueles campistas que eles jamais iram esquecer.

— Eu sei... — Falou a menina cabisbaixa. — Mas ela nunca ficou longe de mim por tanto tempo... — Uma lagrima sofrida escorreu do rosto angelical da jovem caçadora.

Ao olhar para a pequena a sua frente, fleches de memorias longínquas irromperam na mente do deus. Conforme passavam, as cenas que antes se mostravam borradas em preto e branco, aos poucos ganhavam junto das cores, nitidez.

Em passadas calmas e despreocupadas, um exímio ser corria por entre a relva verdejante. Sua agilidade e rapidez, mesclavam-se com sua respiração forte e cheia de vida, mostrando a força e resistência de seus músculos. Sua pelagem branca e lustrosa, iluminava-se de modo a comparar-se com o gracioso brilho que emanava da própria lua. Como se fossem feitos de um único ser...

A loba exuberante, percorria os bosques na companhia de uma menina que a seguia sem o menor esforço. Lucy ostentava um sorriso único que somente quem possui a verdadeira felicidade poderia esboçar. Uma felicidade que não se resumia na conquista de bens materiais ou ganhos monetários, mas uma felicidade cujo sentimento provinha da amizade única e pura que somente poucos chagavam de fato a possuir. Esta relação harmoniosa entre humano e animal, sendo dúvida, era uma união que dificilmente surgia com tamanho límpido.

O deus que acabou por sentir tal sentimento, lembrou-se dos animais que até aquele dia acompanhavam a caçada. Soube mais cedo que foram mandados pela deusa Ártemis direto para o acampamento meio-sangue, visto que poderiam ser um peso para suas meninas...

Quando Percy voltou a si, novamente junto ao grupo de caçadoras, tomou sua decisão. Uma decisão simples, porém, mal ele sabia que essa simples escolha poderia trazer para si grandes surpresas...

— Como você conheceu Akira? — Perguntou o deus, quebrando o gelo que havia surgido entre as meninas.

— Quando entramos na caçada, Lady Ártemis nos presenteia com um animal para ser nossos companheiros. — Começou a jovem. Perseu por um instante, pode ver um olhar carregado de tristeza passar pelo rosto das meninas mais velhas e em Kate. — A maioria das caçadoras preferem um falcão, mas eu a escolhi, porque assim que eu a encontrei soube que seriamos melhores amigas... — A vida por mais que rápido que possa ter passado, cruzou o olhar triste de Lucy. — Não gosto de ter minha amiga separada de mim.

Mesmo com a pouca idade, Lucy falava com a mesma intensidade de uma mulher madura. O que atiçou a curiosidade do deus em saber qual a verdadeira idade da jovem caçadora.

— Eu prometi a alguém que não usaria isso... — Falou Perseu, chamando atenção do grupo. — Mas pela sua bela amizade, darei há você, Lucy, um presente para que nunca se esqueça da sua amiga Akira.

Com simples abrir de mãos no meio da roda, uma pequena loba feita em chamas surgiu de lugar nenhum. Flutuando animadamente sobre a palma do deus, a loba flamejante corria feliz por entre os dedos de Perseu até parar encarando a pequena calçadora. Por um instante, a menina e loba se encaram, e o pequeno animal acabou por se curvar para a semideusa. Neste instante, uma jovem caçadora de fogo se materializou junto ao animal, passando a acompanha-la em sua dança eterna...

— Como...? — Soltou a jovem.

Enquanto observavam a cena, as caçadoras que estavam na roda, pela primeira vez naquele dia ficaram sem palavras. A visão das chamas era maravilhosa. Até mesmo Zoe que tentava escondeu seus sentimentos, falhou ao faze-los, deixando que um pequeno sorriso escapasse por entre seus lábios. Lucy que antes se encontrava triste, deixava que suas últimas lagrimas escorrerem marcando suas bochechas como forma de lavarem a angustia que havia se agarrado fortemente a si.

As pupilas do deus que antes eram de um negro profundo, acabaram por darem lugar à vermelhidão das chamas.

Mesmo tendo tratado Perseu como se fosse um simples semideus, até mesmo a pedido do próprio, a tenente e demais caçadoras acabavam por esquecer que ele ainda era um deus...

Com uma das mãos estendidas mantando o lobo e a caçadora de chamas vivos. Percy levou a mão restante em direção ao próprio pescoço tirando dê-la um simples porem lindo medalhão. O objeto que havia sido um presente de Hera ao deus para que ele pudesse guardar algo de estremo valor, nunca havia sido usado. Perseu nunca havia encontrado uma utilidade para ele até aquele momento. Em um simples movimento com as mãos, lobo e caçadora viraram jatos de chamas e entraram no medalhão. Percy não compreendeu de início, mas aquele simples feito o desgastou bastante, de um jeito que nunca havia acontecido antes... “O que você acabou por fazer mamãe?“

Ao tirar o objeto do próprio pescoço, o deus se aproximou da pequena menina, que sem movimentos bruscos, aceitou de bom grado o objeto ser colocado em seu pescoço.

— Pronto! — Disse com um sorrio o deus. — Sempre que sentir falta de sua amiga, basta abrir a trava do medalhão e ela aparecera para você. E não se esqueça, eles sempre estarão prontos para protege-la...

Sem que tivesse tempo de reação, o deus foi abraçado pela pequena menina, fazendo com que olhares de espanto surgisse entre as caçadoras. Não só daquela pequena roda, mas como das meninas próximas que acabaram por observar o ocorrido.

— Obrigada, Lorde Perseu ou devo disser Percy. — Falou com um sorriso por entre o abraço.

— Percy está de bom tamanho. — Respondeu o deus, retribuindo o brilhante sorriso.

Depois disso, o boato entre as caçadoras a respeito do presente dado por Perseu, voou mais rápido entre as garotas imortais do que uma fecha disparada por Ártemis. Como as únicas passageiras no navio, as meninas não precisavam se preocupar caso alguém estivesse escutando a conversa.... Por todo restante da viagem, Percy recebia olhares curiosos ou raivosos das meninas. Enquanto algumas achavam que não passava de uma forma de comprar a simpatia das caçadoras, outras passaram a observar o deus de um jeito diferente.

Passados três horas naquele cansativo e deplorável barco, as caçadoras não aguentavam mais observar a reclusa paisagem as margens daquelas aguas calmas, esquecidas pelos deuses. O alivio só veio quando o capitão anunciou a parada na ilha Whidbey. Cuja pausa na viagem duraria exatos uma hora, até que o barco voltasse a navegar rumo a Siatlle.

O lugar onde aportaram nada mais era que uma pequena vila de pescadores, composta por praias rochosas e casas simplistas, em contraste com paisagens de tirar o folego. De vez em quando, barcos de pescadores e outras balsas maiores era possível ser observadas cruzarem a baia.

Assim que o capitão se certificou que as amarras do barco se mantinham bem presas, as meninas não perderam tempo e saíram do lugar que consideravam como uma prisão flutuante.

As quarenta garotas se amontoaram perto de um mirante ao lado do ancoradouro. Mesmo sendo um lugar muito bonito, era mais simples que a cidade de Sedro-Woolley. Os únicos elementos que se destacavam era a pequena floricultura a beira da estrada e as muitas gaivotas que indicavam que a vida se mantinha presente ali. Para as caçadoras aquele lugar não passava de mais uma cidade portuária qualquer, mas para o deus que viveu em uma floresta fechada por toda sua vida, era um ótimo lugar para aprender um pouco mais do mundo mortal.

Sete caçadoras se ofereceram para irem em uma cafeteria para o grupo. O lugar em questão era tão pequeno, que muitos que passavam por ali, acabariam não percebendo o pequeno estabelecimento. O que o deus não esperava foi que quando voltaram, um copo extragrande de cappuccino o esperava junto com os das meninas. O deus surpreso agradeceu a caçadora, que apenas retribuiu com rápido sorriso. O sorriso do deus alargou-se assim que experimento a bebida.

— Bem que eu senti cheiro desagradável. — Uma voz sobressaltou atrás do grupo.

As quarenta caçadoras se voltaram em direção a voz, e em questão de segundos, mais da metade das meninas já estava com arcos preparados apontados para quem quer que fosse o dono das palavras...

—Amazonas! — Quase cuspi-o a palavras, Zoe. Indo em frente ao grupo com seu arco preparado.

A dona da voz, uma jovem de longos cabelos ruivos, vestida em um terno preto estava parada a poucos metros das caçadoras mais próximas. Junto a ela, trinta meninas de iguais vestimentas portando espadas estavam em posição de combate esperando as ordens de sua líder. A amazona que mostrava estar à frente do grupo, possuía um crachá escrito Kinzie.

— Já esqueceram o que aconteceu a três anos... — Falou Kinzie, pegando sua própria espada. — Se nos vicemos de novo, haveria guerra! E não só nos vimos, como invadiram uma de nossas bases de operações caçadoras. — Falou a amazona, falando “caçadoras“ com igual desprezo.

— Não esquecemos e também não sabíamos que aqui era uma de suas bases. — Apresou-se a responder a tenente e líder da caça. — Estávamos só de passagem...

— Está com medo caçadora! — Retrucou a jovem. — Zoe Doce-amarga, este é seu nome, não é mesmo?! Deixa-me adivinhar. Daqui pegaram um barco e iram até Siatlle? — Zoe nada disse, a não ser acenar de leve com a cabeça. — Então vocês preendem sair de uma de nossas bases e invadir outra delas. Não uma qualquer, mas a cede de nossas operações!

— Não tínhamos conhecimento de que aqui era território das amazonas. Se soubéssemos, nem teríamos dado ao trabalho de vir parar neste fim de mundo. — Respondeu Febe, postando-se ao lado de sua amiga de séculos.

— Olha como fala caçadora. — Respondeu Kinzie, desviando os olhos por um instante para a segunda no comando, mas do mesmo jeito que desviou, voltou a fitar a líder das garotas que odeia os homens. — Entreguem-se, a maioria das que estão entre vocês não possuem idade ou experiência para lutar conosco.

— Preferimos lutar a nos entregarmos a vocês. — Gritou uma das caçadoras com o arco estendido.

A amazona passou a olhar os rostos das meninas determinadas e com um suspiro final, lançou um olhar para a tenente a sua frente.

— Se é assim que desejam. Amazonas podem...

— Esperem! — Falou uma voz, interrompendo Kinzie.

Do meio das caçadoras, um único menino apareceu. As garotas surpresas por um instante não souberam reagir a não ser observar o “semideus“ se aproximar lentamente até se postar entre os dois grupos.

— Não haverá combate nenhum!

— Perseu o que está fazendo? — Questionou Zoe, com sua pose de líder da caçada.

— O significa isso caçadora? Porque há um homem está entre vocês. — Kinzie em choque, desviava os olhos ora para garotas, ora para o jovem deus.

— Isso não vem ao caso agora. — Apresou-se o deus, interrompendo o que quer que Zoe começaria a falar. — Não deixarei que um mal-entendido leve as caçadoras e amazonas a morte.

— Primeira regra: Homens não falam sem permissão. Segunda regra: Invadir nosso território é punível com a morte. — Falou Kinzie, estendendo sua espada para atacar Perseu.

Em baque chato, a lamina da amazona colidiu com a do “semideus“. A jovem impressionada olhou para sua lamina a poucos centímetros acima da cabeça do menino.

— Até hoje ninguém havia parado este golpe... — Falou a amazona surpresa.

— Será que agora podemos conversar? — Perguntou Percy.

Quando o deus dos heróis havia acreditado que acabara por controlar a situação. Duas laminas extremamente afiadas surgiram, cruzando pelos dois lados da amazona incapacitada. A única solução encontrada pelo garoto, fora recuar. Perseu enquanto afastava, observou as duas garotas que haviam ajudado Kinzie correrem em sua direção.  O deus só teve tempo de a baixa antes que novamente as laminas o atingissem. Com uma agilidade sem igual, afastou a lamina da primeira atacante, enquanto investia sobre a segunda. As caçadoras que observavam paradas fizeram menção de entrarem no combate, mas foram prontamente impedidas com um rápido sinal vindo do deus.

— Kinzie, vamos conversar, chega de lutas desnecessárias. — Chamou a razão Zoe, que permanecia com seu arco estendido em direção a líder das amazonas.

— Ainda estou esperando uma resposta caçadora. O que este “semideus“ faz entre vocês? — Perguntou a ruiva de terno, observando a luta que se desenrolava entre suas meninas e o semideus.

— Este garoto está viajando com a gente, por ordens da minha própria deusa Ártemis. — Respondeu a tenente das caçadoras. — Vos peço que deixe-nos continuar nosso caminho.

Um levantar de sobrancelhas foi tudo que Kinzie expressou ao escutar as palavras da caçadora. “O que um homem como você, teria de importante para atrair o interesse da deusa que odeia os homens.“

— Desculpe-me caçadora, mas vocês só saíram daqui se morrem ou se forem julgadas pela nossa rainha. — Falou por fim a líder das amazonas.

— Nós aceitamos! — O único garoto em meio a enorme contingente de garotas falou.

— Perseu! — Repreendeu Zoe furiosa.

— Aceitam o que? — Perguntou Kinzie pouco ligando para a repreensão da tenente das caçadoras.

— Aceitamos sermos julgados por sua rainha!

Tanto as caçadoras como as amazonas se surpreenderam com o comentário. De um lado amazonas desacreditadas olhavam para o deus, enquanto do outro, era difícil descrever as muitas reações expressadas pelas garotas que odeia os homens, mas a maior parte delas poderia se disser, raiva....

— VOCÊ ESTÁ LOUCO SEU IDIOTA! — Gritou Febe. Fazendo a luta que ocorria parar... — Tem ideia do que está falando! Temos um juramento de que se nos víssemos de novo, entraríamos em guerra e você quer que sejamos levadas para julgamento perante a líder dessas amantes de homens...

Por um instante, quase que foi Febe a atacar Percy e não as amazonas. Só não o fez, porque Zoe a impediu, tirando-lhe o arco de última hora de suas mãos.

Zoe que estava muito furiosa olhou para o deus que a encarava suplicante. Ela sabia que não seriam libertadas do modo que queriam, mas entrar em uma batalha contra trinta amazonas bem treinadas contra quais muitas de suas caçadoras ainda eram crianças seria um massacre.... Raramente a caçadora era obrigada a fazer escolhas daquele tipo e era nessas horas que a fazia pensar no porquê de ter aceitado o cargo de tenente. Zoe olhando para Perseu, falou.

— Nós aceitamos em sermos julgadas pela rainha das Amazonas!


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Notas finais do capítulo

Eu sei... Prometi mas ação e acabou não acontecendo. Mas o que vira depois sera bem agitado kkk Dessa vez falo a verdade.
Ps: Venho perguntar quais casais Ou qual casal querem que se juntem na fic. Já recebi alguns comentários, mas agora estou perguntando oficialmente hahah Não deixem de responder porque o resultado influenciara diretamente na história! ! !
Para aqueles que só leem e não comentam é rapidinho ;) Demora nada...



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