Sweet Temptation escrita por Julie Kress


Capítulo 39
Perdoada


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoal!!!

E agora é pra valer, já vou encerrar a Fic e esse é o penútimo capítulo. Ainda teremos epílogo depois do próximo capítulo, não se preocupem.

E esse capítulo que é tão Seddie, estou dedicado à Giups, amei sua recomendação. Obrigada, significa muito.

Espero que gostem!!!

Boa leitura!!!



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P.O.V Da Sam

— Vou ficar com cicatriz? - Perguntei à enfermeira que havia limpado e suturado o meu corte.

Meu ódio pelo Boots só havia aumentado, nunca pensei que ele fosse capaz de me ferir de tal forma, mas aquele infeliz ia pagar. Passei as pontas dos dedos levemente pelo curativo bem feito e relembrei o ocorrido, na hora senti uma dor e um ardor horrível e quando o corte foi suturado eu estava sob efeito de anestesia, fiz careta ao tentar levantar e senti o formigamento local. O que eu mais queria era dar o fora dali. As paredes brancas, o cheiro de álcool e produtos de limpeza me deixavam nauseada.

— Felizmente não, você teve sorte de ter sido um corte superficial, a cicatriz pode desaparecer mais rápido com o uso de uma boa pomada cicatrizante. - A enfermeira cujo o nome era Cassandra Solmers respondeu para o meu alívio.

— Graças à Deus! - Carly exclamou feliz ao meu lado.

Freddie estava sentado bem perto de mim, com a mão esquerda repousada em minha coxa. Carly estava ao lado do namorado, Gibby, e Wendy mexia no celular distraída. Pelo menos eu não estava sozinha na sala de atendimento do pronto-socorro. Aquela maca era desconfortável demais para o meu gosto, eu só queria descansar na minha cama confortável com os meus lencóis limpinhos e macios. 

Era querer muito? Claro que não.

— Já posso ir embora, enfermeira? - Perguntei para Cassandra, ela devia ter em torno de 30 anos. Era alta, tinha pele morena e cabelos encaracolados, sua cor bonita fazia um belo contraste com a cor dos olhos claros num tom caramelado.

— Só quando um de seus responsáveis chegar. Infelizmente não posso te liberar, você é menor de idade. É contra as normas, mocinha. - Explicou com calma e educação.

Pelo menos ela era gentil e não carrancuda. Suspirei e assenti frustrada, olhei para o meu moreno e ele segurou minha mão, me dando força. Eu estava feliz por tê-lo ali, lhe dei meu melhor sorriso, não tinha sido nada grave e eu estava bem. Nós estávamos bem e era o que importava. Freddie sorriu e beijou minha mão.

Seu sorriso torto era perfeito demais e sempre me fazia derreter.

— Já liguei para a sua mãe. - Avisou Carly interrompendo o nosso momentinho de troca de sorrisos e olhares.

— Ela já está à caminho? - Indaguei.

— Já deve estar chegando. - Respondeu a morena.

A Shay fez questão de dizer que o Gibson se prontificou ao me levar com urgência ao hospital. O agradeci, sinceramente grata por sua atitude, não íamos com a cara um do outro, mas ele tinha me socorrido junto com o Freddie de bom grado, e eu reconhecia a sua bela ação. Carly era muito sortuda de tê-lo como namorado, o Gibson tinha um bom coração e era um cara responsável, assumir a namorada grávida já mostrava o seu bom caráter, poucos jovens da idade dele fariam o mesmo.

— Como é estar com esses pontos, amiga? - Wendy resolveu guardar o celular e me olhou curiosa.

— Desconfortante, e está pinicando agora... - Senti vontade de arrancar o curativo e coçar.

O corte havia levado 7 pontos. Realmente tive sorte de não ter sofrido um corte profundo ou grande demais. Foi pequeno até, e superficialmente, logo iria cicatrizar. O meu desmaio foi causado por tamanho susto e nervosismo, e a anestesia local estava passando, por isso eu sentia minha pele pinicar de leve. Os pontos só foram necessários para manter o ferimento fechado, evitando qualquer risco de infecção.

— Sam! - Levamos um susto quando minha mãe invadiu a sala de atendimento feito um raio. - Ah, minha filha, eu quase morri de susto! - Veio até à mim desesperada e me abraçou com força e eu gemi. - Como você está? Me desculpe, querida. - Se afastou para me analisar.

— Estou bem, mãe. Só assina logo o que tiver para assinar, quero ir embora, preciso de um banho. - Falei manhosa.

Ela estava péssima. Descabelada, com a maquiagem borrada e os olhos vermelhos denunciando o quanto tinha chorado.

— Seu pai passou mal. - Disse triste e senti meus olhos marejarem.

— Contou para ele? - Minha voz embargou.

— Sim, não podia esconder de Will, mas não se preocupe, ele já foi medicado e está em casa descansando, e te esperando. - Me tranquilizou.

— Oh, mãe, ele não pode passar nervoso, o papai é cardíaco e não podemos preocupá-lo. - Segurei o choro, angustiada.

— Ele é forte, Sam. Ainda vai viver muito. - Disse acariciando meu cabelo.

— Sim, ele é... - Concordei ainda temerosa, ele não era mais o homem saudável que costumava ser e eu morria de medo de perdê-lo.

— Entrei em contato com os pais do Boots, e eles me informaram que o mini-projeto de marginal vai pagar 120 horas de Trabalho Comunitário e vai ficar 3 meses no Reformatório em Sacramento. Quando terminar a penitência, ele vai ser transferido para um colégio militar e vai se alistar quando terminar os estudos. - Mamãe disse e aquilo me deu um certo alívio.

— Ainda é pouco, por um triz não a atingiu gravemente. Esse infeliz deveria ir para a cadeia. - Freddie me surpreendeu com sua revolta e indignação.

— Concordo. - Gibby cruzou os braços.

— Mas isto vai ter que servir de lição, tomara que esse rapaz tome jeito. Eu deveria entrar com o processo de lesão corporal, ameaças e desmoralização em público com o conteúdo sexual que ele vazou, ele a expôs da forma mais constrangedora e cruel, isso não deixa de ser uma violação. - Ela disse para o Benson que assentiu.

Se minha mãe soubesse da tentativa de estupro com certeza iria mudar de ideia sobre não processá-lo. Ela e meu pai tinham os melhores advogados de Seattle.

[...]

P.O.V Do Freddie

— Até agora você não saiu do meu lado, se isso for um sonho, não quero acordar. - Ela sorriu boba e eu senti minhas bochechas esquentarem.

Estávamos em sua casa, no seu quarto. Tinha quase o dobro do tamanho do meu. Sua cama era de casal com a colcha lilás com listras amarelas, os travesseiros eram bem grandes e pareciam confortáveis. As paredes eram roxas, onde tinha um mural de colagem de fotos com suas amigas, fotos de viagens e fotos com a irmã gêmea. Tinha poucos pôsteres de bandas, e havia uma única janela ali com uma cortina cor de creme. E tapetes coloridos espalhados pelo piso claro.

Era um quarto bonito e normal de adolescente, de uma adolescente mimada. Com penteadeira repleta de cremes e perfumes. E no lugar do guarda-roupa, ela tinha um closet e também um banheiro só para ela. Seu notebook estava sobre uma mesinha redonda.

— Reparando nas minhas coisas, bebê? - Perguntou me fazendo desviar o olhar de um quadro com uma pintura familiar.

— Ah, me desculpe, eu só...

Sua risada gostosa e contagiante me interrompeu.

— Sem problemas. Pode olhar à vontade. - Disse ainda risonha e devo ter corado mais.

— Okay, então, tá... - Me aproximei do quadro e analisei cada traço pintado com precisão. - Esse...

— Sim, é você. Ai, desculpa, é minha droga de mania de ficar interrompendo. - Riu de novo.

— Uau! Você têm talento, ficou legal. - Sorri encarando o meu retrato que ela havia pintado.

Era o meu rosto, e ela me pintou de uma forma simples e bonita, destacando o meu olhar e a cor dos meus olhos, era uma pintura quase realista.

— Que bom que gostou, amor. - Me abraçou por trás. - Mas ainda prefiro o desenho que você fez para mim. É ainda mais íntimo e especial. - Beijou minhas costas por cima da camisa.

Me virei devagar e seus olhos azuis me fitaram, e lá estava de volta o brilho que há tanto tempo eu não via...

— Você precisa repousar, é melhor eu ir, amanhã venho te visitar. - Acariciei seu rosto e Sam fechou os olhos, alisou minha mão e sorriu.

— Não, eu só preciso de você. Fica mais um pouco. - Pediu.

Minha mãe sabia do ocorrido após eu ter ligado e sabia onde eu estava. Já se passava das 17:00h. E ela só chegaria em casa de noite mesmo, eu poderia ficar mais um pouco, sem problemas. Por isso concordei, Sam me fez deitar na cama e repousou a cabeça no meu peito, se aconchegando em mim.

— Quero que conheça meu pai. Minha mãe adorou você e sei que ele vai gostar de você também, e você vai querer fazer da maneira mais brega, né? - Ela riu me fazendo sorrir.

— Sim, é o correto. Vou pedir permissão para que seja minha namorada. - E seria pra valer, não íamos mais nos esconder e nem perder mais tempo.

— Só não vai gaguejar muito, não sei se consigo controlar o riso. - Falou brincalhona.

— Vou tentar. - Acariciei seus cachos ainda úmidos.

Após o banho ela vestiu um moletom azul-claro e um short branco com tecido fino, parecia de pijama. Repousei a mão em sua fina e delineada cintura, fazendo leve carícia com as pontas dos dedos. Sam fazia desenhos invisíveis em meu peito coberto, havia cansado de brincar com os botões.

— Obrigada. - Se acomodou ficando deitada sobre mim, seus lindos olhos me encararam. - Obrigada por me perdoar e por me dar uma chance, juro que vou fazer valer à pena e você não vai se arrepender. - Prometeu.

— Você errou e se arrependeu, se redimiu e pediu perdão. E fez por merecer e além de tudo, percebi que não vivo sem você, somos jovens e somos imaturos, erramos e aprendemos com os nossos erros. E todos merecem uma segunda chance, certo? Aquilo já é passado, vamos deixar pra lá... Recomeçaremos do zero, só Deus sabe se daremos certo ou não. Não vamos nos preocupar com isso agora, a única coisa da qual eu tenho certeza, é que quero que seja minha namorada, Princesa Puckett! Falei e seus olhos encheram de lágrimas de emoção.

— É o que eu mais quero, Príncipe Nerd. - Disse feliz e selamos aquele momento com um beijo que ambos tanto ansiavam desde que ficamos à sós.

Havia sido um dia e tanto, e tudo terminou bem. Fui embora antes do sol se pôr, feliz e aliviado. Em breve eu teria que levar minha mãe para conhecer os pais da minha loirinha e fazer o pedido oficial, conversamos bastante e ela sugeriu um jantar em sua casa num final de semana.


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Notas finais do capítulo

E aí??? O que acharam???

Gostaram do momento Seddie no quarto da Sammy???

Ela pintou o lindo rosto do nosso moreno. Tem coisa mais fofa?

O Boots pelo visto vai ter uma bela lição, ainda é pouco, e ele vai aprender que não se deve dar sustos por vingança, era para ser apenas um susto e deu no que deu....

Já estão preparados para o último capítulo e para o epílogo???

Freddie pedirá a Diaba loira em namoro para os pais dela. Que fofura haha

Bjs e até logo. Bjs



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