Sweet Temptation escrita por Julie Kress


Capítulo 10
Inacreditável


Notas iniciais do capítulo

Heeey, meus amores!!!

Não vou poder atualizar amanhã, então, estou fazendo isso agora.

Espero que gostem desse capítulo tanto quanto eu.

Vocês vão se surpreender em relação a Sra. Benson...

Boa leitura!!!



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P.O.V Geral

A moça e o rapaz se entreolharam por alguns segundos, mas quem deu um passo à frente, respirou fundo e resolveu responder a mulher foi Sam Puckett. Não era intenção dela meter o garoto em encrenca com a mãe dele e não era justo ele levar uma bronca por causa dela. Afinal, foi ela quem pediu a ele para levá-la para a casa dele. E sinceramente, Sam nem sabia porque havia pedido aquilo, a garota não pensou, apenas fez o que fez e Freddie não negaria aquilo a ela. E no fundo, ela sabia que ele era incapaz de dizer 'Não' a ela, pois nenhum garoto era. Eles sempre faziam tudo que ela pedia ou ordenava.

— Por favor, não brigue com ele, eu posso explicar tudo, senhora. - Ela fez sua melhor cara de garota culpada e envergonhada, mas nem tudo era fingimento.

Sam jamais admitiria o constrangimento e o nervosismo que ela estava sentindo naquele momento. Marissa nada disse, apenas continuou calada e esperou que a garota continuasse.

— A gente não fez o que a senhora deve estar pensando, eu juro. Não quero que a senhora pense mal de mim... Seu filho e eu somos da mesma turma, e hoje acabei passando mal no colégio. O diretor nos deu permissão para a sair, foi o seu filho que me levou para a enfermaria. Nós viemos de ônibus porque hoje não fui para o colégio com o meu carro e sim de carona com uma amiga. Eu não queria voltar pra casa e eu perguntei para o Freddie se eu podia vir pra cá e ele disse que sim, mas eu acabei passando mal de novo e vomitei no ônibus. Vomitei em nós dois, mas eu não tive culpa... Aconteceu. Tomei banho no banheiro do final do corredor, o Freddie disse que eu poderia ficar à vontade. Mas nós não fizemos nada demais, eu juro, só entrei no quarto dele porque eu queria saber aonde ficava a área de serviço, eu preciso lavar as minhas roupas... E foi então, que a senhora chegou e me pegou saindo do quarto do seu filho. - Sam explicou com calma.

A garota estava sendo sincera e Marissa percebeu. Não havia com o quê se preocupar. Sam realmente parecia ser uma boa garota e a mulher ficou aliviada por saber que o filho não estava fazendo "coisas" com aquela garota no quarto dele. Era normal jovens na idade do filho fazer aquele tipo de 'coisa', e ela sabia perfeitamente que Freddie já estava com os hormônios aflorados. Uma hora ou outra ele iria querer experimentar ter relações sexuais. Marissa não iria impedí-lo, ele já tinha 17 anos e proibí-lo de fazer tal coisa seria injusto.

Eles já haviam tido 'aquela conversa esclarecedora e de extrema importância', Freddie tinha apenas 15 anos quando ela o chamou e teve aquela 'conversa' com ele. Marissa lhe deu um livro sobre orientação sexual e quando ele fez 16 anos, ela o presenteou com o primeiro pacote de camisinhas contendo 10 unidades e as camisinhas acabaram vencendo, o garoto apenas pegou um preservativo, Marissa o ensinou como colocar corretamente, fazendo-o usar um pepino na hora da detalhada e constrangedora explicação.

E para Freddie, aquele dia foi o mais constrangedor da vida dele. Conversar sobre sexo e colocar um preservativo em um pepino na frente da mãe foi tenso, ele estava tão nervoso que até se atrapalhou todo na hora de abrir a embalagem e quase rasgou a camisinha. Foi uma experiência vergonhosa e esquisita demais. Mas ele conseguiu "encapar" o pepino, pelo menos isso...

Olhou para a Sam, ela estava cabisbaixa e ele também estava corado. Se surpreendeu com a garota, não imaginava que ela fosse explicar toda a situação para a mãe dele...

— Tudo bem, então... - Marissa olhou para eles e Sam levantou o rosto. - Não precisa ter vergonha, querida. Fique à vontade. Se precisar de qualquer coisa, eu estarei lá na cozinha guardando as compras. - Marissa sorriu bondosa para a garota.

— Espero que não se importe, o Freddie pegou uma caixinha de absorvente da senhora... - A garota falou acanhada.

— Oh, sem problemas. - A mulher olhou para o filho que estava tão corado quanto a moça.

— Meu amor, leve ela até a área de serviço. Vou preparar um lanche para vocês. - Sorriu para o filho e deu as costas, saindo dali cantarolando.

— Gostei da sua mãe. - A loira se virou para o moreno e o puxou.

— Ufa! Eu pensei que... Que ela fosse surtar, mandar você ir embora e me colocar de castigo... - Ele disse ainda desconcertado, ele mal estava acreditando que havia se livrado de uma baita encrenca.

Sam praticamente o arrastou até o banheiro no final do corredor. As roupas dela estavam emboladas, e a calcinha suja de sangue estava bem escondidinha ali. Ela enterraria a cabeça se por acaso ele visse a calcinha dela naquele estado. E Sam não queria pagar mais um mico, ela já havia pagado micos demais aquele dia.

Minutos depois...

Eles estavam na área de serviço, a garota já havia colocado as roupas na máquina de lavar. Mas quem colocou sabão em pó na quantidade certa e ligou a máquina foi Freddie quando notou as dificuldades da garota.

Sam não fazia nada em casa, nunca precisou fazer. Tinha empregados na mansão, ela tinha uma verdadeira vida de princesa. Freddie havia percebido aquilo, mas não ligou. Não poderia julgá-la por ela ser rica e mimada.

— Você tem pêlinhos no peito. - A loira reparou, alisando o peitoral do rapaz.

Eram apenas alguns pêlinhos espalhados pelo peito dele. A loira gostou daquilo. Ela tinha queda por homens que se pareciam com homens de verdade. Aqueles caras adeptos à depilação exagerada, vaidosos demais e que usavam maquiagem não agravam a garota.

Se ela curtisse um cara todo depiladinho, aquilo seria um absurdo. Se fosse assim, ela ia preferir ficar com uma garota. Claro que ela já havia pegado uma ou duas garotas, mas foi apenas por curiosidade. Sam Puckett não era bi, mas gostava de brincar de flertar com outras garotas pelo simples fato de ser divertido.

Eles estavam perto, perto demais. Estavam ambos apenas de toalha e aquele cômodo não era muito espaçoso.

O garoto não tinha o corpo tão definido como os rapazes do time de futebol ou do basquete. Ele se olhava no espelho e não se achava atraente. Queria ter a barriga de tanquinho e mais músculos nos braços, e o peitoral mais definido também.

Praticar Esgrima o ajudava manter o corpo em forma, havia dado adeus a gordurinhas que tinha aos 13 anos. Tinha músculos nos braços sim, músculos na medida certa. Ainda não tinha tanquinho, mas dava para o gasto. Não era um magricela e tão pouco cheinho.

Sam o analisou cuidadosamente, primeiro alisou o peitoral do garoto e depois sentiu os músculos dos braços dele. Não podia negar, ela havia aprovado... O rapaz não era de se jogar fora.

— Gosto disso... - Mordeu o lábio inferior, deslizou o dedo indicador pela linha de pêlos embaixo do umbigo do rapaz, a fina trilha de pêlinhos sumiam por baixo da toalha.

Sam sorriu maliciosa, bateu uma louca vontade de arracar a toalha do Nerd. Mas se conteve.

Freddie estava todo tenso, havia ficado todo arrepiado também. A loira estava bem ali na frente dele apenas de toalha, o tocando e admitindo que havia gostado dos pêlinhos dele. Aquilo tudo parecia ser tão surreal.

Ele sentiu o corpo da loira colar ao dele, sentiu também que poderia enlouquecer e agarrá-la ali mesmo. As mãos dele suavam e tremiam, sua respiração já estava ficando descompassada e o 'companheiro' lá embaixo já estava dando sinais de vida.

Ficaram ali se encarando, as mãos dela estavam segurando firmes nos braços dele. Sam roçou o corpo contra o do rapaz, e roçou novamente fazendo com que ele sentisse o corpo dela apenas enrolado numa simples toalha ainda mais, pressionando-se contra ele.

As toalhas e a calcinha dela eram as únicas barreiras entre eles.

Um gemido involuntário escapou do moreno. Sam sorriu e se esfregou contra ele mais uma vez e se afastou, olhando para o volume aparente...

Freddie até tentou cobrir o volume e se virou mortificado. Ele acabou ficando de 'barraca armada' e aquela Diaba loira era a culpada.

— Porra, Nerd. Eu nem te toquei direito e você ficou de pau duro. - E para a piorar a situação, ela ainda começou a rir descontrolada.

— Isso não tem graça... - Freddie falou com a voz rouca.

— Ah, tem sim. Olha para você... Eu nunca vou esquecer disso. Uau! Parece ser grande... Só pelo volume...

— Saia daqui agora! - A voz dele soou ríspida.

Sam recuou após ser interrompida.

— Nossa! Não precisa ser grosso... Grosso... Ops! Você está sendo grosso agora ou sempre foi grosso mesmo? - Começou a rir de novo. Amava usar duplo sentido.

— Eu já disse para você sair! - O rapaz se virou para ela, o rosto dele estava muito vermelho.

A moça se calou. Percebeu que ele estava irritado e constrangido de verdade. Ela se virou sem falar nada, foi até a porta abrindo a mesma e foi embora dali com passos apressados.

'Poxa! Eu só estava brincando, ele não sabe nem brincar. Cruzes!'

[...]

— Sinto muito, eu fui rude com você, eu não devia ter...

— É normal as pessoas perderam a paciência comigo. - Sam o cortou rapidamente, e Freddie só queria se desculpar por tê-la mandado embora da área de serviço sendo ríspido com ela.

A garota estava no quarto dele, não estava mais de toalha. Ela estava usando uma das camisas dele, ficou grande e parecendo um vestido no corpo pequeno dela.

— Peguei um short seu também. - Levantou a blusa amarela e mostrou o short vermelho de tecido leve. Era um daqueles que tinha cordões brancos e ajustava na cintura.

Sam saiu do quarto, ele precisava se vestir ou acabaria levando uma bronca da mãe. O clima havia ficado estranho entre eles.

A garota foi para a cozinha, Marissa havia acabado de preparar o lanche. Sam se aproximou, o estômago dela estava implorando por comida. E quando Freddie chegou na cozinha, encontrou as duas ali conversando como se fossem amigas de longa data.

— Minha mãe nunca preparou um lanche para mim. Na verdade, ela não sabe nem fritar um ovo. E esse sanduíche de salame e a essa vitamina de morango estão uma delícia, tia! - Sam elogiou e mordeu um grande pedaço de sanduíche.

Tia? Freddie franziu o cenho, pelo visto a loira estava se sentindo em casa e tão íntima da mãe dele à ponto de chamá-la de tia. Marissa sorriu, e ele viu um brilho no olhar da mulher que parecia até emocionada.

— Sua casa é muito aconchegante, tia. Eu queria que a minha casa fosse assim também e que minha mãe cuidasse de mim do jeito que a senhora cuida do seu filho... - A loira admitiu e olhou para o prato com o sanduíche pela metade. - Desculpa, eu... - De repente se levantou e saiu da cozinha.

— Vá atrás dela, meu filho! - Marissa olhou para o garoto.

Freddie assentiu e correu indo atrás da garota. O rapaz a encontrou no banheiro no final do corredor, ele viu a porta entreaberta e foi logo entrando. Sam estava sentada na tampa da privada, com a cabeça baixa e as mãos cobrindo o rosto.

— Sam...

— Você é tão sortudo. - Ela disse com a voz abafada e embargada. - Tem uma casa que realmente se parece com um lar amoroso e aconchegante. E também tem uma mãe maravilhosa, uma mãe que se preocupa e cuida de você... - Ela fungou e levantou o rosto.

Não estava chorando, mas estava prestes a se desmanchar em lágrimas. Freddie viu o quanto ela lutava para segurar o choro.

— Que merda! - Sam levantou abruptamente. - Maldita TPM! Isso é tudo culpa da TPM! Vamos voltar para a cozinha, eu ainda estou faminta. - Ela começou a rir. Era bipolar e o garoto assentiu, voltando com ela para a cozinha.

Após lancharem, a garota ligou para o padrasto e disse que estava na casa da amiga Carly. Marissa não escutou a conversa, Sam havia ligado quando estava no quarto do Freddie.

O garoto contou a mãe sobre as dores de estômago que Sam estava sentindo. E Marissa preparou um chá caseiro, a garota tomou praticamente forçada, o chá era forte, tinha gosto de alho e algo com um horrível gosto amargo. E a loira pagou mais um mico ao arrotar na frente de Freddie, pelo visto o chá estava fazendo enfeito, segundo a mãe dele...

E Marissa permitiu que ela dormisse ali, ficou comovida e não teve coragem de dizer 'Não'. Sam contou que a mãe estava a obrigando a fazer dieta para poder entrar num vestido novo. E a mulher entendeu que a garota não queria voltar pra casa, pois estava evitando uma briga com a mãe... Não teria nenhum problema se ela ficasse apenas por aquela noite.

Minutos depois...

— Aqui está a minha surpresinha, querido! - Marissa levou o filho até a garagem e mostrou uma bicicleta azul novinha, ainda tinha um grande laço vermelho amarrado na mesma.

Uma bicicleta? Aquela era a tal surpresa?

Por uns míseros segundos, Freddie pensou que ela tinha comprado um carro para ele. O sorriso dele até murchou quando viu o presente. Ainda bem que Sam não estava ali para ver aquilo. Seria pagar mico na frente dela. A garota havia ficado na sala vendo TV.

— Que legal, mãe! - Rapidamente fingiu estar empolgado e muito feliz. - Eu queria uma exatamente assim! - Continuou forçando um sorriso.

— Que bom que gostou, meu bem. Eu comprei com tanto carinho! - Marissa o puxou para um abraço apertado e carinhoso que só ela sabia dar.

O rapaz logo se arrependeu por ter tido aqueles pensamentos sobre o presente, não era um carro, mas sua mãe tinha comprado aquela bicicleta com tanto amor e carinho.

— Obrigado, mãe! - E foi sincero. Não seria nada mal ter uma bicicleta novinha.

Eles voltaram para dentro de casa, jantaram uma sopa de carne e legumes. Sam acabou repetindo e elogiou muito a sopa de Marissa.

Sam até recebeu uma escova de dente nova, e Freddie sentiu uma pontada de ciúmes quando viu a mãe penteando os cabelos da garota e conversando com a moça, tratando-a como se fosse uma filha. Marissa sempre dizia que queria dar uma irmãzinha a ele, quando estava grávida dele, pensou que fosse uma menina, pois ele estava com as perninhas cruzadas e a médica disse que as meninas tinham o costume de cruzar as perninhas.

[...]

Freddie colocou um colchão perto da cama. Sam iria dormir na cama dele, era uma simples cama de solteiro. Ele não imaginava que aquilo estava mesmo acontecendo. Foi ideia da mãe dele... A própria Marissa havia permitido que Sam dormisse ali com ele. Era inacreditável...

Os minutos foram passando, ele não conseguia pregar os olhos. Ouvia a garota se virar na cama e bufar bem baixinho...

— Nerd? - Sam o chamou.

— Hum? - Ele sentou no colchão, também não conseguia dormir de jeito nenhum.

A loira desceu da cama e foi para o colchão macio, engatinhou até chegar no garoto.

— Eu não tô conseguindo dormir... - Sentou no colo dele, passando as pernas ao redor do rapaz.

— Nem eu... - Ele sentiu o coração disparar.

A luz do quarto estava apagada, somente a luz do abajur estava acesa, era fraca e azulada.

— O que vo...

— Shhh... - Sam o silenciou pondo um dedo sobre os lábios dele. - Me deixe ficar aqui. - Sussurrou. - Ou a gente poderia ir para a sua cama, é mais confortável... - Ela sorriu.

— Eu não sei... Você... Eu... Acho que não é uma boa ideia. - Ele disse com a voz fraca.

— Por quê não? - Sam fez bico e fechou os olhos por alguns segundos, outro sorrisinho brincava nos lábios dela. - Está com medo de mim, Nerd? - Abriu os olhos e Freddie enguliu um seco.

Tê-la ali no colo dele era um sonho se realizando. Lembrou da noite em que teve aquele sonho erótico com ela.

— Feche os olhos... - Sam pediu.

Ele obedeceu, a loira umedeceu os lábios e repousou uma das mãos na nuca dele. Se aproximou, as repirações deles começaram a se misturar. Faltava pouco para os lábios deles se tocarem.

— Filho? - Marissa bateu na porta.

Os dois sobressaltaram de susto, a garota se levantou do colo do rapaz depressa e subiu na cama o mais rápido possível se enfiando debaixo das cobertas.

— Já vou, mãe. - Freddie disse com a voz ainda mais rouca.

Ele levantou nervoso e correu para abrir a porta, acendeu a luz.

— Eu trouxe leitinho e alguns biscoitinhos! - Sra. Benson abriu a porta, ela entrou no quarto carregando uma bandeja com dois copos de leite e um prato cheio de biscoitos.

'Poxa, mãe. A senhora tinha mesmo que aparecer agora?'

Ele ficou frustrado, olhou para a cama e viu que a loira estava coberta até o pescoço, Sam estava fingindo que estava dormindo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram desse capítulo???

A Sra. Benson gostou da Sam hahaha

Chocante, não????

É, parece que a loira ganhou uma mãezona haha

O bobinho ficou até com ciúmes da mamãe...

O que acharam dos momentinhos Seddie???

Isso mesmo, a Diaba loira vai dormir na casa do Nerd... Tcs tcs

Quase rolou beijo... Hehehe

O primeiro beijo Seddie vai rolar na hora certa, não se preocupem...

Continuem comentando, isso me motiva muito! Bjs e até o próximo.



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