Proibido se apaixonar escrita por skammoon


Capítulo 43
Encurralados




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Megan se afastou lentamente de Edward. Observando a expressão dele, que demonstrava surpresa e preocupação. Ela suspirou e abriu um sorriso.

—Você é alguém realmente importante para mim. – Megan disse. – alguém que me fez aprender muitas coisas, entre elas ser corajosa e que nunca é tarde demais para dizer a verdade. Mas eu não posso corresponder a esse sentimento, sinto muito.

—Mas... – ele deu dois passos olhando para a cidade e depois voltou para ela. – por quê?

 -Você sabe o que é o amor? Eu não sabia até um tempo atrás, demorou um pouco para eu poder compreender. E a pessoa que me ensinou isso está ocupando todo o espaço que há em meu coração. Mesmo que ela tenha me machucado. – Megan estava dizendo mais para si mesma do que para Edward. – eu também a machuquei, ela passou por muitas coisas enquanto tentava deixar seus sentimentos a guiarem. E agora que essa pessoa finalmente conseguiu superar seus medos, sinto que preciso estar ao lado dela.

—É o Justin, não é? – Edward respondeu quase num sussurro.

—Perdão. – ela o olhou fundo nos olhos. – eu não quero que se sinta mal por minha causa. Quero que você finalmente tente viver em um mundo fora do que os seus pais te fizeram viver até agora. Conheça lugares e pessoas novas.

—Você não acredita que realmente a amo, não é?

—Eu não sou a pessoa certa para você, sua garota ainda está em algum lugar desse mundo. E quando a encontrar, vai perceber o que realmente é amar alguém.

—Tudo bem. – ele desviou o olhar. – eu não estive com você no momento certo, essas são as consequências.

 -Não se culpe, não há motivos para isso. Só aconteceu o que tinha que acontecer.

—Não irei insistir mais. – ele sussurrou. – eu a compreendo.

—Realmente?

—Sim. Mas isso não quer dizer que você não vai continuar sendo especial para mim, eu nunca conheci alguém como você. A melhor coisa que me aconteceu foi te conhecer. Os momentos que passamos juntos estarão sempre guardados no meu coração. Mesmo que me doa, eu sei que esse é o momento em que preciso desistir de você.

—Edward...

—Você encontrou a pessoa que realmente te faz feliz, ela se tornou seu mundo assim como você foi o meu. E se você está sorrindo enquanto está ao lado dela, eu fico feliz por você.

Megan enxugou uma lagrima que escapou de seus olhos. Então Edward a puxou para um abraço, a surpreendendo.

—Só por alguns segundos. – ele sorriu. – me deixe te abraçar por alguns segundos.

Megan assentiu. Ela se sentia aliviada por finalmente ter resolvido seus problemas com Edward. Ela sabia que havia feito a escolha certa. Amava Justin, mesmo que ele tivesse feito muitas coisas erradas, nada era capaz de tirar esse sentimento dela. Ele não saiu de seus pensamentos enquanto conversava com Edward. Tudo que Megan queria era correr para ele e o abraçar fortemente.

—Vamos? – Edward a soltou. – você vai precisar da minha ajuda para pular aquele muro.

—Tenho certeza que sim.

Eles desceram as escadas que pareciam infinitas. Edward precisou erguer Megan para que ela conseguisse pular o muro. Por sorte havia o tambor do outro lado. Não machucaria mais suas mãos.

—Para onde você vai? – Edward perguntou. – meu carro está aqui perto, posso te dar uma carona.

—Ah...

Megan foi interrompida por uma mensagem de Melody.

“Nathaniel me fez perguntas hoje, perguntou se eu realmente poderia ajudar ele.”

—Você pode ir. – Megan respondeu a Edward. – tenho algumas coisas a fazer.

—Tudo bem.

Ele forçou um sorriso e se afastou lentamente. Megan sabia que ele estava chateado. Mas ela não poderia aceitá-lo amando outra pessoa.

Megan começou a digitar uma mensagem para Melody. Ela queria encontrar Justin, mas antes resolveria o problema de Nathaniel. Não podia deixar de lado novamente.

“Já estou cuidando disso, fique tranquila.”

Megan discou o número de sua casa torcendo para que Olga atendesse.

—Residência Waldorf. – ela atendeu.

—Olga sou eu, Megan.

—Ah, minha menina! O que foi?

—Eu preciso de um favor. É muito importante.

—Sinto cheiro de confusão. Do que precisa?

—Meus pais estão ai?

—Não, foram em uma reunião.

—Ótimo! Preciso que vá ao escritório do meu pai e procure o número do advogado dele em sua agenda.

—Ah, do Pablo?

—O conhece? Por que falou seu nome de forma informal? – Megan riu.

—Ah... – Olga soltou um riso sem graça. – eu quis dizer senhor Julians.

—Tanto faz, pode me passar o número dele?

—Sim, só um momento.

Pablo era advogado da família desde que Megan nasceu. Ele era praticamente parte da família, assim como Olga. Sempre resolvia todos os problemas e compartilhava momentos importantes com eles. Megan sabia que poderia confiar nele e ele não a deduraria para seus pais.

Após Olga passar o número dele, Megan ligou.

—Alô? – ele atendeu.

—Sr. Julians? Sou eu, Megan.

—Ah! Megan, como está?

—Estou bem. Preciso da sua ajuda, urgente!

—Algum problema?

—Mais o menos. Mas meus pais não podem saber.

—Ah, senhorita Megan...

—Por favor! Eu realmente preciso resolver isso.

—Tudo bem. Onde podemos nos encontrar?

—Mandarei o endereço de um café.

—Tudo bem.

Megan mandou o endereço para Sr. Julians. Não havia outra forma de resolver isso. Se Megan apenas entregasse o dinheiro, essas pessoas continuariam roubando os lugares. Eram criminosos. Tudo precisava ser feito com cuidado.

❁❁❁

Justin estava a caminho do apartamento de Megan após ter andado pelas ruas movimentadas de New York. Ele analisou cada canto do lugar em que Megan tanto amou um dia. Não era a primeira vez que visitava aquela cidade, já havia ido a eventos que a família de Edward tinha convidado.

Edward, nunca foi muito com a cara de seu primo. Ao seu ponto de vista, ele parecia arrogante, esnobe. Quem diria que seria seu principal rival para entrar no coração da única garota capaz de fazê-lo se entregar por inteiro.

De repente Justin é interrompido de suas reflexões por uma mensagem de sua mãe.

“Olá, querido. Não sei exatamente como dizer isso, mas seu pai está em Miami, ele acabou de sair do hospital e quer conversar com você. Eu já conversei com ele e peço que você também o ouça. Se não quiser fazer isso por ele, faça por mim e por você mesmo. Te amo.”

Justin grunhiu entre dentes e se segurou para não jogar seu celular no chão e ignorar por completo aquela mensagem. Por que seu pai estava o procurando? Droga! Quando ele finalmente conseguiu superar seus medos, esse homem aparece? Não pode ser possível. As coisas não podem ser menos complicadas por pelo menos uma vez?

Ele encostou-se na vitrine de uma loja. Precisava pensar no que fazer.

Seu celular começou a tocar, era sua mãe.

—Oi? – ele atendeu.

—Não finja que não leu minha mensagem.

—Eu não quero ver esse homem.

—Esse homem é seu pai! E ele quase morreu no hospital, sabia?

—Eu sinceramente não me importo.

—Justin, até quando vai guardar esse rancor? Acha que conseguirá viver em paz com isso?

—Mãe, eu...

—Exatamente, sou sua mãe! – ela o interrompeu. – eu tentei pedir de forma gentil, mas você é muito teimoso quando se trata de seu pai.

—Não acha que tenho motivos?

—Eu sei que você tem. Mas precisa ouvi-lo, ao menos isso.

—Eu não dou a mínima para o que ele tem a dizer.

—Fale isso depois de escutá-lo.

—Mãe...

—Se você não vir nesse momento para Miami, eu mando seu pai ir até New York e acredite, ele irá.

—Como sabe onde estou?

—Liguei para Joe, eu ia pedir para ele me ajudar a te convencer a se encontrar com seu pai.

—Vai realmente me obrigar a fazer isso? Eu estou ocupado em New York.

—Eu já dei meu aviso. Faço isso para o seu próprio bem. Venha imediatamente ou ele irá até você.

Antes que Justin pudesse responder sua mãe desligou.

Ele passou a mão no cabelo impaciente. Sabia que sua mãe era capaz de mandar seu pai ir atrás dele. Mas por que seu pai faria isso? Era tão importante o que ele tinha a dizer? Já haviam se passado anos, se ele queria pedir perdão, estava tarde demais.

Não haveria como fugir, Justin teria que voltar para Miami. Não queria que seu pai fosse até New York. Não o deixaria jogar na cara de Justin que teve um caminho longo para chegar até ele e por isso ele deveria se sentir obrigado a valorizar.

Seus planos teriam que mudar naquele momento, graças aquele homem. Mas Justin usaria esse encontro para dizer o que sempre guardou para ele mesmo. Com palavras, faria seu pai sentir a dor que ele tanto suportou.

❁❁❁

Megan havia escolhido uma mesa próxima a porta. Aquele café não era movimentado, era o lugar perfeito para se tratar de um assunto tão delicado.

Pablo chegou ao local, roçando os dedos em seu queixo que continha uma barba muito bem feita. Quando ele avistou Megan abriu um enorme sorriso. Ele caminhou até a ela e colocou sua maleta encima da mesa, em seguida se sentou.

—Há quanto tempo! – ele disse.

—Muito. – Megan sorriu. – obrigada por ter vindo.

—O assunto que precisa resolver parece ser importante.

—Sim. Trata-se da segurança da família de um amigo.

—Me explique o que está acontecendo.

Megan explicou sobre Nathaniel ser hacker e o que ele havia feito para ganhar dinheiro para ajudar sua família. Ela explicou que a gangue que ele havia se envolvido tinha o ameaçado se Nathaniel não entregasse uma grande quantia de dinheiro.

—Isso é realmente sério, Megan. – Pablo disse com seu olhar preocupado. – ele se envolveu com criminosos.

—Nathaniel hackeou alguns lugares que eles pediram. Receio que sejam lugares em que eles assaltaram de uma forma muito sábia.

—Você sabe que seu amigo corre o risco de ir preso, ele agiu ilegalmente.

—Eu sei, mas ele fez isso porque estava desesperado. Sei que talvez vá contra seus princípios o ajudar. Mas ele realmente precisa de mim nesse momento. Ele quer sair disso e acredite em mim, ele não é alguém que mereça ser preso.

—Está sugerindo que façamos algo que não pareça que ele está envolvido?

—Posso pedir uma lista de todos os lugares que eles pediram a Nathaniel. Com essa lista, os policias poderiam fazer uma investigação em alguns locais, eles descobririam que houve um assalto e por consequência descobririam os criminosos. 

—Não funcionaria bem assim. Primeiramente, eles precisariam saber como descobrimos cada lugar assaltado. Não foi um assalto qualquer, eles usaram números de contas e coisas do tipo. Não foi algo em que o ladrão entre e aponte um revolver na cabeça de um funcionário. Eles agiram de forma inteligente.

—Então, o que podemos fazer? – Megan perguntou exasperada. – preciso ajudá-lo.

—Só há uma maneira.

Megan observou a expressão de Pablo. Com certeza a maneira como teriam que agir era arriscada.

Mas por alguém que se tornara importante em sua vida, ela correria riscos.


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