Proibido se apaixonar escrita por skammoon


Capítulo 32
Seu olhar, meu sorriso




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Megan sorriu tentando ameninar a tensão que Collin havia criado ao citar o nome de Justin.

—Você não poderia ter falado mais alto? – Megan diz sarcasticamente.

—O que rola entre vocês dois? Ele me contou a versão dele, eu quero saber a sua!

—Collin...

—Deve ter alguma coisa séria, já que está fugindo tanto de mim.

—Eu não estava fugindo. – ela deu de ombros. – você que não me encontrou.

—Você gosta dele?

—Esse não é lugar certo para falarmos sobre isso.

Collin suspira impacientemente, ele bate levemente no balcão com a palma da mão e a passa no cabelo tentando se acalmar.

—Eu não quero que se aproxime dele.

—Você não escolhe isso.

—Eu estou falando sério, sou capaz de fazer nossos pais vir te buscar e...

—O que? – Megan o interrompeu. – quantos anos acha que eu tenho? Deixe que dos meus problemas eu cuide.

—Pare de ser tão teimosa!

—Eu tive a quem puxar!

—Com licença. – Hanna, da sala de Megan disse. – você pode me trazer um suco de laranja?

—Copo pequeno, médio ou grande?

—Grande.

—Só um momento.

Megan foi á refresqueira sentindo o olhar furioso de Collin em seu ombro. Ela esperou pacientemente que o copo se enchesse de suco. Quem dera demorasse mais do que dois minutos. Ela queria evitar conversar com Collin sobre Justin. Não sabia se seu irmão estava ciente do jogo que Justin fazia com as mulheres, então preferia manter-se longe desse assunto.

—Pronto. – Megan sorriu entregando o suco e recebendo o dinheiro o colocando na caixa registradora.

Hanna agradeceu e foi se sentar junto á alguns amigos. O lugar estava ficando mais cheio, porém, grande parte só ia lá para conversar.

—Escuta. – Megan voltou-se para Collin. – desde o dia em que cheguei aqui, Justin tem me protegido de todas as formas possíveis. Sempre que me metia em uma mínima confusão, ele estava ao meu lado.

—Não foi o que pareceu quando ele me contou.

—Ele pode ter dito coisas que escondem o que ele fez por mim, porque não gosta de admitir que... – ela parou pensando no que dizer. – que é uma boa pessoa.

—Tem algo estranho nisso tudo, vocês estão escondendo alguma coisa.

 Megan suspirou, não queria estender a conversa. Era seu primeiro dia de trabalho, queria se concentrar apenas naquilo. Mas seria impossível com Collin a interrogando sobre seus sentimentos.

—Lembra quando se apaixonou por Edward? – Ele perguntou a pegando de surpresa.

—Eu não me apaixonei por ele. – ela respondeu firmemente.

—Você apenas não admite. Você fugiu de New York por ele.

—Ele não foi o único motivo. – ela parou para atender outros alunos.

Collin a olhava intensamente, ele não desistiria de conseguir respostas, seu irmão sempre queria a proteger demais.

—Você sofreu muito quando ele escolheu ficar ao lado de Lia. – ele continuou assim que Megan ficou livre novamente.

—Eu não quero falar sobre isso.

—Você vai sofrer daquela forma se ficar com Justin, só que um pouco pior. – Collin abaixou o tom de voz. – Eu não quero te ver daquele jeito novamente.

—Você tem que entender que eu preciso me arriscar, mesmo que talvez eu me machuque no final. – Megan pegou sua mão. – eu sei que você quer apenas me proteger, mas precisa me deixar aprender, e só vou conseguir isso se me arriscar.

—Está dizendo que vai atrás de Justin?

—Estou dizendo que preciso crescer.

Collin apertou mais sua mão, Megan sabia que ele não gostava dessa atitude dela, mas compreendia. Ela abriu um sorriso confortador, fazendo com que ele sorrisse também.

—Quando foi que você amadureceu tanto? – Collin soltou sua mão. – vou te deixar trabalhar.

—Vá se divertir. – Megan acenou voltando ao trabalho.

Provavelmente Collin não sabia sobre o jogo. Se soubesse não teria aceitado a resposta de Megan. Ele nunca a deixaria se envolver em algo assim.

❁❁❁

Justin estava caminhando no jardim refletindo sobre tudo que estava acontecendo. Mas foi interrompido por uma mensagem de sua mãe pedindo para lhe encontrar. Ela havia dito que precisava conversar seriamente com ele.

Justin vestiu sua jaqueta e foi buscar sua moto. Ele a encontraria em um restaurante coreano.

O transito estava um pouco mais calmo, o permitindo que corresse mais do que o necessário. Ao chegar, viu sua mãe sentada á uma mesa folheando o cardápio.

Justin caminhou lentamente em sua direção e a abraçou por trás.

—Filho! – ela sorriu.

—Disse que queria me dizer algo sério. – ele se sentou de frente para ela. – já escolheu o que vai jantar?

—Não, ainda não. – ela o olhou com seriedade.

—Por que está com esse olhar? Aconteceu alguma coisa? Foi o idiota que você está saindo?

—Não! O idiota que estou saindo é uma pessoa muito boa, estamos nos dando muito bem.

—Então o que é?

—É sobre seu pai.

Justin revirou os olhos. Sua mãe não falava sobre seu pai há muito tempo. E ele realmente não queria saber sobre o homem que os abandonara.

—Ele... – ela hesitou em dizer.

—Mãe, o que foi que esse homem fez?

—Ele está no hospital.

—No hospital?

—Sim, está muito mal. Ele vai passar por alguns exames para descobrir o que é.

—Por que está preocupada com isso?

—O que?

—Não temos motivos para nos preocupar com alguém como ele.

—Filho...

—Ele já tem a família dele. – sua voz era áspera. – por favor, mãe, quando quiser sair comigo não cite esse homem.

—Mas ele...

—Por favor! – ele pegou sua mão. – ou serei obrigado a ir embora.

—Tudo bem. – ela assentiu um pouco triste.

—Só mais uma pergunta. – Justin odiava ter que voltar no assunto, mas precisava saber. – quem contou sobre ele?

—Um grande amigo que conhece seu pai.

—Então diga a ele para não falar mais sobre esse homem.

Sua mãe sorriu desanimada e pegou o cardápio se recompondo.

—O que vai querer comer?

—Não sei. – Justin sorriu. – acho que vou querer apenas um Bibimbap. – ele adorava o arroz misto da Coreia.

—Vou querer o mesmo. – sua mãe sorriu. – estava com saudades de vir aqui com você.

Justin e sua mãe costumavam comer sempre naquele restaurante antes de ele começar a faculdade e se distanciar um pouco dela. Mas ele faria o possível para se manter mais próximo. Não a abandonaria como o seu pai fez.

—E sua namorada? – ela perguntou depois de fazer o pedido ao garçom.

—Ah. – ele pigarreou. – ela está muito bem.

—Eu gostei tanto dela, é uma menina tão doce.

—Ela é, não? – Justin sorriu.

—Sim, você parece realmente feliz por tê-la ao seu lado.

—Pareço? – ele franziu o cenho.

—Sim. – sua mãe riu. – seus olhos brilham quando fala dela.

—Mãe, pare com isso!

—Eu sei que é difícil para você admitir que está apaixonado. – ela riu. – nunca o vi gostar de uma garota antes.

—Achou que eu gostava de garotos?

—Por um breve tempo eu pensei que...

—Mãe! – Justin ergueu uma sobrancelha.

—Tudo bem. – ela riu. – na próxima vez a traga para comer conosco.

—Se você prometer que não mostrar fotos de quando eu era criança.

—Não posso prometer isso!

—Essa mulher viu! – Justin riu.

Sua mãe ria junto a ele. Mas Justin sabia que ela estava preocupada com seu pai. Estava obvio em seu olhar. E isso o irritava profundamente. Sua mãe não deveria sequer pensar naquele homem.

Talvez ele adoecer seja uma punição. Não é tão ruim desejar o mal a alguém que fez sua mãe chorar tanto, certo? Mesmo sendo seu próprio pai.

❁❁❁

Megan suspirou lentamente quando seu turno terminou. Spencer tinha razão, o lugar realmente era cheio aos fins de semana. Mas ela estava orgulhosa de si mesma, havia se saído muito bem.

Por sorte, não havia visto Bela ou Isac, estava extremamente feliz por não ter encontrado alguém que fosse ter como objetivo estragar sua noite.

—Olá. – Janet chegou sorrindo. – você já pode ir.

—Ok. – Megan acenou.

Ao sair do cooffe and books sentiu o vento gelado batendo em seu rosto. Estava realmente muito frio, ela abaixou a cabeça colocando as mãos nos bolsos de seu casaco e continuou caminhando em direção ao seu quarto.

Estava prestes a subir as escadas quando tombou em alguém.

—Megan? – ela ergueu a cabeça ao ouvir a voz de Justin.

—Oi. – ela sorriu corando.

—O que está fazendo a essa hora nesse frio?

—Meu turno acabou agora.

—Ah é mesmo, esqueci que você está trabalhando.

—Mas e você? – Megan ousou perguntar.

—Fui jantar com minha mãe.

—Ah, que bom. – ela sorriu.

—Ela perguntou sobre minha namorada. – Justin abriu um meio sorriso. – disse que na próxima vez quer que ela coma conosco.

—Sua namorada? – Megan engoliu seco. – você quer dizer...

—Sim, você que fingiu ser minha namorada no jantar, não?

—Você me obrigou a isso!

—Como se você não tivesse gostado! – ele riu.

Megan sorriu se embrulhando mais em seu casaco.

Justin a observou por alguns segundos e tirou sua jaqueta.

—Não está com frio? – Megan perguntou.

Ele sorriu a vestindo em volta dela.

—É bem quente, não? – Justin perguntou.

Megan ficou sem reação, não esperava aquele ato dele. Fazia parte do jogo ele a olhar com tanta doçura. Ou ela estava simplesmente delirando?

—Sim. – ela respondeu quase num sussurro.

—Fique com ela. – ele sorriu. – e durma bem.

Justin bagunçou seu cabelo e foi em direção a seu quarto.

Megan ficou parada por mais alguns minutos assimilando o que havia acabado de acontecer.

Por que ele havia sorrido daquele jeito? Por que ele havia a olhado daquele jeito? Justin e suas manias de confundi-la.

Ela finalmente subiu as escadas, ainda com seu coração acelerado. Ela pegou a jaqueta e sentiu seu cheiro encantador. Que a fazia lembrar-se dos abraços dele.

Ao entrar no quarto assustou-se com o grito de Ely.

—O que foi? – Megan perguntou.

—Eu estava me trocando. – Ely correu para o banheiro.

—E o que tem?

—Não gosto que me olhem.

Megan riu deitando-se em sua cama abraçada com a jaqueta de Justin. Seus olhos se fecharam e seus lábios se abriram em um sorriso. Já fazia um bom tempo em que não tinha um momento tão doce com ele, e por mais pouco que durasse, eram os melhores.

O olhar dele á fazia se sentir única no lugar em que estavam. Podiam estar rodeados de pessoas. Mas ele era o único em seu mundo, assim como Justin a fazia se sentir.

Talvez Megan estivesse apenas delirando. Seu coração poderia muito bem a enganar criando tantas expectativas. Mas poderia sua mente fazer o mesmo?

Ela já não se importava, não conseguia raciocinar que talvez fosse se machucar no final. A única coisa que desejava era poder ficar perto dele, era poder o tocar, ver seu sorriso e saber que é para ela, queria apenas ter o olhar doce dele sob si. Queria se sentir protegida e o mais importante, queria o proteger.

—Por que está sorrindo assim? – Ely perguntou.

—Eu não sei mais o que estou fazendo. – ela riu.

—E por que você está rindo?

—Porque ele sorriu para mim.

Ela mordeu o lábio inferior lembrando-se que já passara de meia noite, já era domingo. O dia em que o jogo começaria. Sentiu um frio percorrendo seu interior. Não fazia a menor ideia de como reagiria a esse jogo. Mas como ela disse a Collin, se arriscaria, principalmente por Justin.


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