Os Astros Não Mentem escrita por JC Forbes


Capítulo 3
Capítulo 3- Dobradores


Notas iniciais do capítulo

Olá, tudo bem?

Muito obrigada a todos que estão acompanhando OANM ♥
Quero agradecer pela linda recomendação de Angel Deamon ❤❤
Desculpe qualquer erro.



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Zhao ordenou mais uma vez para os guardas atacarem sem piedade, desta vez os guardas atacaram sem hesitar. As pessoas se afastaram correndo e gritando, o fogo se chocava com o metal dos leques, e em movimentos rápidos das guerreiras imobilizavam os guardas um por um, porém o líder dos guardas não se rendia, continuava a atacar as garotas que desviavam com agilidade dos ataques, o fogo queimava as barracas que estavam ao redor, alguns desesperados jogavam água para amenizar as chamas e a nuvem negra de fumaça ia se formando em cima da batalha.  

Zuko se desculpou com o dono do carrinho de repolhos, dizendo que iria pagar por todos os estragos e os repolhos esmagados, o príncipe partiu até o local da luta e pediu para que os guardas parassem de atacar, exceto Zhao não obedeceu a ordem. O homem continuou a disparar fogo em direção das guerreiras, que mais uma vez fizeram um enorme escudo de leques e se defendendo do ataque.  

— Eu disse pra parar! — Zuko exclamou segurando o punho do homem. 

— Elas deixaram a dominadora fugir, eu tenho que captura-la! — o guarda respondeu alto e se soltando do rapaz. 

— Não! Você tem que me obedecer por que EU sou o príncipe — retrucou com autoridade, todos ao redor olharam perplexos, Zhao abriu a boca para responder, mas o jovem voltou a falar com o mesmo tom de autoridade — e eu mandei parar de atacar, a menos que queira ser punido você irá obedecer. 

Zhao abaixou os punhos e virou de costas, as guerreiras Kyoshi se afastaram, ainda encarando os guardas. Suki deu o comando e elas se separaram em alta velocidade, a líder partiu para a casa de Katara, para conferir se a garota estava bem. Quando as pessoas se acalmaram e voltaram o que estava fazendo antes do acidente, Zuko voltou ao castelo, o príncipe mandou um dos empregados entregar o dinheiro pelo estrago causado pelos guardas.  

 

 

 

Katara chegou em casa ofegante agradecia aos mares por Suki ter aparecido. Sokka a encarou confuso, o rapaz levava uma grande bacia de água até a mesa. 

— Tudo bem? — Toph surgiu atrás de Sokka segurando uma cesta com frutas. 

— Sim — respondeu ainda recuperando o folego, a morena abriu um pequeno sorriso. 

— E cadê o repolho? — Sokka perguntou levantando uma das sobrancelhas.  

Katara se embaralhou toda para tentar explicar o ocorrido, os três que ouviram a explicação ficaram de boca aberta.  

— Você não trouxe o repolho?! — Sokka falou sua observação óbvia. 

— Você caiu em cima do príncipe Zuko!? — Toph exclamou animada. 

— Eles viram você usar a dobra! — Kanna disse alto, sua voz era rouca e preocupada. 

Ambos responderam juntos, mas a avó se sobrepôs e continuou o sermão até Suki entrar na sala onde os quatro se encontravam. 

— O príncipe fez com que eles parassem de atacar e conseguimos escapar — a guerreira explicava entre os goles de água o que havia acontecido depois de Katara ter saído, disse com detalhes como foram atacadas e como o local havia ficado. 

Toph ouviu cada palavra como se estivessem contando a melhor história de ação de sua vida, enquanto Kanna ouvia atentamente enquanto cozinhava.  

— Então quer dizer que o príncipe mandou os guardas pararem de atacar? Pensei que o reino odiasse as Guerreiras Kyoshi?  

— Eu também pensava isso, mas parece que nem todos nos odeiam — Suki respondeu e depois tomou o último gole de água. 

— Será que ele não disse isso para te seguir? — Sokka sussurrou — Andam! Apareçam soldados do reino, não tenho medo de vocês! — O garoto gritou se levantando e pegando o bumerangue que estava na mesa do lado do sofá, apontou o bumerangue em todos as direções. 

— Não seja ridículo Sokka, a Suki não foi seguida. — Toph puxou o rapaz para baixo. 

Kanna voltou a falar como era perigoso se acaso as duas tivessem sido pegas e após uma longa conversa, Sokka acompanhou Suki até a casa dela e depois levou Toph para casa. Quando estavam sozinhas a avó se aproximou da neta. 

— Katara, você tem que parar de dobrar água — Kanna disse passando os dedos pelo cabelo da menina — Não dobre mais água, por favor tente agir como uma pessoa normal. 

— Eu sou normal — Katara se afastou — sou uma dobradora de água e não irei me esconder. Minha mãe era uma dobradora e eu dobro para ficar perto dela. Estou cansada de seguir ordens, eu quero aprender mais sobre a dobra, quero ajudar as pessoas com a água. 

— Katara, não é se esconder, é se proteger. Não quero que te levem, não quero perder minha neta. 

— O fato da mamãe ter morrido em um ataque, não significa que também irei morrer. Vó eu sei me cuidar. 

— Você ainda é muito nova, você não sabe se cuidar — Katara não respondeu, apenas encarou a vó e foi para o quarto. A garota estava cansada dos sermões da avó, sabia que era perigoso, mas não iria parar de dobrar.  

Kanna  seguiu a neta pouco depois, entrou no quarto sem pedir permissão e viu a menina arrumando as roupas dentro de uma bolsa. 

— Aonde que você vai? — a velha perguntou, ainda na porta. 

— Vou ir embora, se eu tiver que parar de dobrar para ficar, então prefiro ir.  

A menina fechou a bolsa e passou pela avó sem olhar, bateu a porta da frente com força e sem virar as costas saiu andado sem algum rumo. 

 

 

 

Azula ao saber do acontecimento foi até o quarto do irmão. 

— O papai não vai gostar de saber que você deixou uma dobradora escapar. — disse assim que entrou. 

Zuko continuou olhando o horizonte pela janela, prestava atenção em uma garota saindo de casa e outra pessoa parada na porta encarando-a partir.  

— Zuzu você ouviu o que eu disse? — a princesa aumentou o tom da voz ao ser ignorada. 

— Azula, deixe-me em paz — pediu calmo, ainda sem olhar a irmã. 

— Ok, já que você não se importa então irei contar para ele. — respondeu e saiu do quarto com um sorriso no rosto. 

Não demorou muito para que o rei pedisse para que chamasse o filho para a sala do trono. O príncipe, pela segunda vez do dia, estava sentado em frente ao trono onde o pai estava sentado, o rosto de Ozai não estava nada amigável.  

— Como você permitiu que um dobrador escapasse? Você sabe das regras. — falou sério. 

— Era só uma garota inofensiva — Zuko respondeu de maneira serena. 

— Uma garota inofensiva? — Ozai repetiu as palavras do filho em tom de sarcasmo — Uma garota que pode muito bem planejar uma rebelião e tomar o trono. 

— Se os dobradores quisessem se rebelar já teriam feito. Seus soldados não podem detê-los. 

— Cale a boca! — Ozai se levantou do trono. 

— Não irei me calar. Eles são pessoas normais, não aberrações. Eles não têm culpa se você tem medo de perder o trono. 

— Porque defende tanto eles? Por acaso eles são seus amigos? 

— Estou cansado disso tudo, prende-los por medo não irá fazer com que eles parem de ser o que são: Dobradores.   

Ozai desceu e ficou de frente ao filho, ambos se encararam com raiva nos olhos. 

— Você é um deles?! — rei disse com desprezo. — Você é como seu tio. Uma aberração. Você nunca será rei. Nunca subirá ao trono, nunca! 

— Então acho melhor arranjar outros sucessores. — Zuko retrucou. 

Sem esperar a resposta do pai, virou as costas e saiu, ouviu o pai gritar, porém ignorou e foi para o quarto. O príncipe pegou uma mala e começou a colocar seus pertences, escreveu uma carta para o tio dizendo que estava a caminho. Quando estava de saída, Azula o parou. 

— Porque disse ao pai que eu era dobradora? —a princesa estava descabela, os olhos arregalados e gritava histérica — Tudo bem Zuzu, isso não vai ficar assim. EU SEREI RAINHA. 

— Faça bom aproveito. — O rapaz respondeu e voltou a caminhar na direção da saída do castelo. 

Azula deu um sorriso, seus olhos refletiam as chamas azuis das pontas dos dedos que em um instante, foi arremessado em direção ao príncipe. Zuko dobrou o fogo para se defender, com o choque o local se iluminou com o fogo azul de um lado e vermelho do outro. Azula continuou a atacar fogo intercalado com raio azul até a imagem de Zuko sumir na escuridão das ruas. 


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Notas finais do capítulo

Zuko e Katara tão parecidos e tão diferentes ao mesmo tempo... Ah, Zutara ♥
Azula, sendo Azula... ♥

Deixe sua opinião, qualquer dúvida, sugestão, criticas construtivas ou o clássico "amei, continua" tudo é bem vindo, desde que não desrespeite ninguém.

Obrigada por ler, semana que vem tem outro capítulo.

Bjss
Até ♥