Os Astros Não Mentem escrita por JC Forbes


Capítulo 15
Capítulo 15- Eclipse


Notas iniciais do capítulo

Olá, tudo bem?

ÚLTIMO CAPÍTULO!
Infelizmente a história chegou ao fim, maaaaas logo postarei a continuação, por tanto, mesmo estando concluída ainda terá um capítulo adicionado apenas para avisa-los da continuação.

Boa leitura.



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Aang mandava Appa ir o mais rápido possível, Katara precisava chegar a tempo. O monge até tinha uma paixãozinha pela morena, porém queria vê-la feliz e se para ela ser feliz teria que abrir mão de sua paixão faria. Ele era jovem, encontraria outras garotas interessantes e ainda tinha muito o que aprender com os monges.

— Vamos Appa — ela sussurrava para o bisão.

— Não será nada fácil. Azula e Mai estarão lá, e terá alguns soldados também. Teremos que lutar, ajudaremos uns aos outros. — Sokka dizia enquanto repassava o plano.

Appa pousou alguns minutos depois, Katara não esperou e saiu correndo em direção do casório, não sabia como, mas impediria aquele casamento de qualquer jeito.

 

 

Katara dominou o sangue do casamenteiro e fez com que o velho voasse, todos os olhares se voltaram a plebeia. Os olhos do príncipe brilharam e um pequeno sorriso se abriu no rosto. A medida que Katara se aproximava a princesa Yue se afastava, a menina de cabelos brancos ficou imóvel após encostar no pequeno altar. A dobradora ignorou a menina e foi direto em Zuko, antes de toma-lo com um beijo a garota sorriu, todos ficaram surpresos com o ato, até mesmo o príncipe que não esperava. O beijo começou de forma rápida e foi diminuindo a velocidade conforme ficavam confortáveis e os queixos da plateia iam caindo.

Azula logo foi avisada do acontecimento, juntamente com Zaoh e outros guardas se dirigiu até o local. Muitas pessoas corriam desesperadas, já havia começado a batalha dos soldados do reino do fogo contra os rebeldes e dobradores de água.

 — Você de novo?! Não se cansa de perder? — Azula disse assim que encontrou Sokka.

— Não irei perder. Você não me dá medo, princesa — proferiu o guerreiro.

A princesa sorriu e se aproximou, ele ergueu a cabeça e segurou a espada, porém não reagiu quando ela estava poucos centímetros da orelha dele e sussurrou “Deveria ter”, Azula se afastou e dominou o fogo tão azul e feroz quanto os olhos do rapaz.

— Cheguei a tempo — Katara disse, a menina não conseguia desfazer o enorme sorriso, nem mesmo quando viu Mai se aproximando com suas costumeiras facas.

— Sério isso? Como escapou? — perguntou irritada.

— Sua amiga Ty Lee, parece que ela mudou de lado...

— EU VOU MATAR A TY LEE! — esbravejou, descontou a raiva enquanto arremessava as facas.

Zuko utilizou a dobra de fogo para proteger ele e Katara, após dobrar o príncipe gemeu e colocou as mãos em cima do abdômen, era o local onde havia sido acertado pelo raio de Azula. A princesa não deixou o irmão se recuperar, proibiu qualquer curandeira tentasse cura-lo, assim ele não teria forças para lutar e se recusar a se casar com Yue.

— Zuko! — ambas gritaram e se aproximaram do príncipe.

— Você está bem meu amor? — Mai perguntou, ela estava tão preocupada que não se importou em largar todas as facas que possuía no chão.

— Fica deitado, eu vou te curar — Katara falou já preparando a água. Ele se deitou assim como a dobradora havia mandado.

— Vai ficar tudo bem — Mai se ajoelhou, os olhos negros brilhavam com as primeiras lagrimas querendo sair.

Yue que assistia tudo de perto saiu correndo desabando em choro, a princesa ignorou todo o cenário de batalha e percorreu um caminho sem rumo. Parou quando um raio desviado por Sokka a atingiu no peito, a menina caiu instantaneamente, o guerreiro correu para acudi-la.

 — Princesa! Me desculpa, eu-eu nã-não vi você — Sokka gaguejava e não sabia o que fazer, segurou ela nos braços e a carregou até um lugar mais seguro.

Azula ficou observando, uma de suas sobrancelhas estava erguida, controlava um fio de fogo passando entre os dedos e com passos curtos e calmos se aproximou dos outros dois. Analisou a cena do rapaz tentando de todas as formas reanimar a princesa Yue, ele estava tão concentrado e desesperado que nem percebeu a presença de Azula atrás de si. Ela estava pronta para atacar o guerreiro pelas costas, quando foi impedida por Suki, a líder das guerreiras Kyoshi mostrou que também é muito habilidosa com o bumerangue. A princesa não pensou duas vezes antes de ataca-la com um raio, sendo este defendido com o leque de metal que a guerreira utilizava como escudo.

Sokka se virou, gritou para Suki tomar cuidado e a avisou que levaria Yue até algum curandeiro, pois a princesa respirava fraco. A guerreira não teve tempo de responder, logo teve que desviar de mais raios. Azula ia se aproximando a cada ataque, resolveu lutar sem utilizar a dobra, confiava em suas habilidades. Foi difícil, Suki bloqueava todos os golpes diretos e até tentou imobilizar a princesa, porém no fim, Azula conseguiu jogar o leque para longe da guerreira. Toph apareceu para ajudar e com a ajuda de Momo conseguiu usara dobra de metal para proteger a amiga, tentou prender os pulsos da princesa, mas como não conseguia enxergar naquele terreno, errou. Isso deu vantagem a dobradora de raios, que percebeu quando os reforços estavam chegando e que não iria conseguira lutar contra todos, então fugiu, afinal seu tio Iroh não era apenas um velho que gostava de chá.

 

Do outro lado Katara ajudava Zuko a se levantar, Mai tentava se intrometer, mas os outros dois não davam espaço, com isso a garota se irritou e foi atrás das facas. Quando as recuperou atacou a dobradora novamente. Katara já estava sem paciência, então simplesmente congelou Mai por inteira, o príncipe deixou escapar uma leve risada. Mai parecia uma criança fazendo birra.

  — Katara! Preciso de ajuda! — Sokka corria em direção a irmã com a princesa nos braços.

Yue estava pálida e gélida, Sokka fechou as pálpebras da princesa que antes estava imóvel, a dobradora de água se assustou, mesmo sabendo que as chances de Yue continuar viva eram baixas, ela tinha esperança. Entretanto, por mais que se esforçasse nada seria possível. Logo foram cercadas por varias pessoas curiosas, entre elas algumas crianças que também treinavam a dobra para a cura, uma das meninas se pôs a frente e resolveu ajudar Katara tentar salvar a vida da princesa. A garotinha tinha uma técnica única e com isso conseguiram fazer com que o coração de Yue voltasse a bater aos poucos, a pele voltava lentamente a cor original.

Toph e Suki surgiram entre a multidão, chegaram com o sorriso estampado nos rostos cansados, trouxeram a notícia que os soldados do reino de Ozai haviam desistido e que Azula tinha conseguido fugir. Zhao havia sido derrotado facilmente por Aang, o novo Avatar já sabia utilizar a dobra de água e dominava o ar e o descontrole de Zhao fez com que ele perdesse rápido.

Após os agradecimentos e as desculpas o grupo voltou para o reino de Fogo, Zuko enfrentaria o pai mais uma vez e tomaria o trono. Chegando lá encontraram o palácio destruído, sem dúvidas era um local de batalha recente. Tudo foi explicado quando Ty Lee surgiu atrás de uma das portas, a menina explicou que havia soltado os dobradores e eles fizeram aquilo, o rei fugiu no meio da bagunça.

— Alguns dobradores querem mata-lo, dizem que ele tem que pagar pelo que fez — terminou de contar e jogou a longa trança para trás

 — Tenho que encontra-lo rápido — Zuko pensou alto. — Katara vem comigo! Sokka, leve Suki e Toph para casa, Ty Lee e Aang se vocês poderem tomar conta daqui até eu voltar, irei agradecer muito.

— Vá, nenhum homem merece ser julgado por seus crimes com a morte. — Aang repassou o que havia aprendido com os monges, Ty concordou e até avisou que chamaria as irmãs para arrumarem o palácio para quando o príncipe voltasse tudo estivem em ordem.

Zuko imaginava onde o pai poderia estar, então foi direto ao local onde sua mãe, Ursa, foi sepultada. Era difícil entrar naquele lugar, por isso pediu para que Katara o acompanhasse, sabia que com ela conseguiria dividir a dor. E ali estava rei Ozai, olhava fixamente a pequena foto sobre sepultura da esposa falecida, era um retrato da família, na foto Ozai segurava Azula no colo, enquanto a rainha segurava a mão de Zuko, todos sorriam felizes.

— Quando sua mãe se foi, levou a felicidade de todos com ela. — A voz do rei saia baixo, quase um sussurro.

— O que está dizendo? Você a matou! — Zuko respondeu mais alto do que pretendia — Na minha frente. — Terminou baixo e pausadamente.

— Foi a coisa mais difícil que tive que fazer em toda minha vida, mas ela era uma bruxa, controlava o fogo e passou isso para meus filhos. Meus dois herdeiros são aberrações.

 — CALA A BOCA! — O príncipe se preparou para atacar o pai, mas foi anteparado por Katara.

— Não faça isso. Não seja igual a ele. — Zuko voltou a pose inicial, uma das mãos segurava o cabo da espada e a outra posicionada a frente de Katara, para que pudesse proteger ela caso acontecesse algo.  

— A partir de hoje, você não será mais o rei do reino do fogo. Ozai, eu o condeno por escravizar seu povo, condeno por discriminação e preconceito, pai, você é um prisioneiro do reino desde já.

O homem não resistiu, rasgou a foto e de cabeça erguida passou pelo filho. Já mais abaixaria a cabeça para um dobrador. O antigo rei foi preso em uma cela separada, foi muito vaiado pelo povo, e por conta o ódio que haviam posto sobre ele, Zuko ordenou os alguns guardas para vigia-lo e protege-lo.

 

 

Dias se passaram, o céu estava limpo, o sol reinava sobre todo o inalcançável azul, nenhuma pobre nuvem tinha coragem de estragar a coroação do novo rei Zuko. Todos estavam lá, Sokka, Toph, Suki, Ty Lee... Em um canto estava Katara assistindo tudo de camarote, o Tio Iroh foi responsável em entregar a coroa para o novo rei.  Seu primeiro feito foi dar a liberdade para os dobradores viverem em paz. Anunciou que a irmã, princesa Azula, era uma fugitiva e que qualquer notícia deveria ser avisada ao rei. Além disso, juntamente com Yue ao seu lado, decretaram que os dois reinos eram aliados. E havia feito um tratado de paz a todos os reinos vizinhos. De agora em diante o reino do Fogo teria um novo alvorecer. 

 

 

Todos observaram a lua cobrir a luz do sol, o eclipse lunar era completo, o sol durante alguns minutos deixou a lua tomar conta dos seres humanos, deixou o astro prata fazer aquilo que mais gostava, iluminar os enamorados. Enquanto os humanos admiravam a beleza dos astros, esses aproveitavam o momento para se abraçarem. O eclipse marcava o dia em que tudo teria um novo início.

 

 

Fim.


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Notas finais do capítulo

Muito obrigada por ler e acompanhar, te agradeço imensamente por ter chegado até aqui e te espero na segunda temporada.

Bjss
Até ♥