Peste Negra escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 1
Pandemia


Notas iniciais do capítulo

De repente fiquei vendo reportagens sobre doenças e me bateu a vontade de escrever um conto. :)



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Ano: 2018

Mês: Março

Situação: Pandemia mundial

Doença: NPN (Nova Peste Negra)

Transmissor: Ratos

Incidência: Intermediária pra comum

Países infectados: 44 países

Estados Unidos

Canadá

México

Brasil

Reino Unido

Espanha

França

Alemanha

Itália

Bielorrússia

Ucrânia

Rússia

Tunísia

Turquia

Argentina

Bolívia

Colômbia

Venezuela

Paraguai

Guatemala

Cuba

África do Sul

Ínfia

Paquistão

China

Coréia do Sul

Japão

Vietnã

Tailândia

Filipinas

Indonésia

Papua Nova-Guiné

Timor Leste

Libéria

Nigéria

Sudão do Sul

Egito

Iêmen

Austrália

Irã

Síria

Federação da Micronésia

Cazaquistão

Mongólia

 

Número de infectados por continente:

Europa: 990 mil casos

Ásia: 678 mil casos

África: 670 mil casos

América: 234 mil casos

Oceania: 44 mil casos

 

Número de mortes por continente:

África: 123 mil mortes

Ásia: 87 mil mortes

Europa: 41 mil mortes

América: 17 mil mortes

Oceania: 2 mil mortes

 

País que teve mais casos: Estados Unidos da América - 89 mil casos

País que teve menos casos: Bielorrússia - 123 casos

País que teve mais mortes: Nigéria - 33 mil mortes

País que teve menos mortes: Bielorrússia - 22 mortes

 

BRASIL, SÃO PAULO

Aqui no país já há um registro confirmado com mais de trinta mil casos da doença. Cerca de dez mil só no estado de São Paulo e oito mil na capital. As autoridades do governo estadual já disseram que a doença é a mesma peste bulbônica, porém há alguns agravantes que devem ser levados em conta.

O médico patologista que trabalha no Sírio Libanês disse, em entrevista, que essa doença mata mais de 60% dos infectados em até dez dias. Os sintomas são: febre alta, vômitos, convulsões, manchas pretas pelo corpo ou erupções. Muitos pacientes relataram paralisia na fala, nos membros, gangrena que tiveram que amputar, hemorragia interna. Poucos, cerca de menos de 2% dos infectados, tiveram paranoias e queriam atacar os enfermeiros, mas foram contidos nas macas especiais. O país está numa quarentena...

Perdão, trouxemos mais dados. Cerca de duas mil novas infecções ocorreram no Brasil em menos de vinte e quatro horas. A OMS relatou que mais vinte mil se infectaram só hoje. Os dados são alarmantes.

O governo federal junto do Ministério da saúde pediu para que ninguém se aglomere sem proteção...

 

A moça desligou a televisão e foi se arrumar para ir ao trabalho. A doutora Sandra Benini trabalha no hospital geral da cidade e era encarregada dos enfermos pobres — maioria dos infectados. Saiu do apartamento, entrou no carro e foi para mais uma batalha árdua.

Ao chegar no hospital, a médica foi ao centro de quarentena. Uma sala era reservada para por luvas, roupas especiais, máscaras protetoras, etc. O pavilhão da morte era apavorante. Muitos enfermeiros cuidando de enfermos em estágios avançados da doença. Como leprosos, os doentes avançados não podiam ter contato com o exterior nem mesmo com os infectados em fase de melhora. A doutora Sandra pegou a sua prancha e foi até um alojamento com uma assistente de enfermagem.

— Nossa. Ela praticamente está em carne viva.

— O nome dela é Maria Helena da Silva. Uma prostituta e drogada que vivia fazendo ponto na zona norte. Ela foi infectada um mês, mas escapou do alojamento. Ontem a encontramos no centro, perto de uma igreja e num parque. Crianças relataram ter visto um zumbi sem pernas e quando a polícia foi ver, era ela.

— Nossa. E os policiais? Não tocaram, não é?

— Infelizmente tocaram nela. Eles foram para o pavilhão dos que foram recentemente infectados.

— Isso é um problema. As pessoas estão se infectando sem saberem dos riscos da doença.

— Doutora, quero que venha dar uma olhada — disse um enfermeiro.

Sandra se ausentou daquela ala e foi para uma outra. Um dos doentes se levantou da maca e começou a agredir os enfermeiros. O "Batalhão Médico de Contenção" ou BMC foi chamado. Mais um novo sintoma da nova peste negra: paranoia e agressividade. Cerca de 4 pacientes tentaram morder os enfermeiros. Foi preocupante pois a doença passa por meio de contato direto, e um dos enfermeiros teve a roupa rasgada e foi infectado.

A doutora Sandra estava exausta por receber tantos pacientes e a maioria morrer em leitos precários.

 

1 MÊS DEPOIS

O número de infectados pela doença, no Brasil, triplicou em apenas um mês. Essa doença mata a maioria e a minoria que sobrevive fica com sequelas. Governos mundiais estão preparando planos para erradicar a doença por meio de quarentena total dos enfermos. Grupos dos direitos humanos reclamam, mas as cortes supremas dos países autorizaram.

Cerca de vinte milhões de pessoas estão infectadas no mundo inteiro. Agora são mais de setenta países infectados. Uma parcela dos doentes agem como "zumbis", tentando agredir os médicos e enfermeiros. A peste não tem cura.

 

5 MESES DEPOIS

Sem nenhum precedente para que a peste acabe, o governo dos Estados Unidos e mais dez governos autorizaram a eutanásia opcional aos pacientes que estão há mais de dez dias. Países já criaram cidades-quarentenas que servem para alojar exclusivamente os enfermos. Houve muita confusão por parte dos direitos humanos e até uma batalha na cidade de San Francisco, com dez mortos. O presidente brasileiro autorizou a eutanásia opcional para os casos mais avançados, porém quem foi infectado recentemente terá que deixar suas famílias e ir numa viagem praticamente sem retorno para a quarentena.

A polícia e o esquadrão anti-peste têm a permissão legal de invadirem as casas e barracos, levarem me.digos, drogas e prostitutas. Pessoas de classe média ou alta que foram infectadas também poderão ser levadas facultativamente. Pedimos a compreensão.

 

A doutora Sandra teve uma grave depressão por ter falhado em 90% dos seus diagnósticos. Em sua casa, sozinha, a doutora terminou de beber o seu último copo de cachaça, pegou um revólver e deu um tiro na boca.

Crianças, idosos, mulheres, qualquer um que fosse pego com a doença era levado para uma espécie de campo de concentração nas cidades-quarentena. Um comboio levava e transportava. Uma criança de nove anos, com manchas pretas no rosto — uma menina — foi levada para o banho de praxe. A mocinha ficou nua numa câmara de vidro e concreto, recebeu uma ducha fria por mais de trinta minutos. Cerca de três enfermeiros esferagavam seu corpo com escovões, o que causava uma irritação na pele da menina. Depois do banho, e com a pele em sangramento, a criança foi enxugada com goma e talco, depois envolveram ataduras nas feridas e manchas pretas. Levaram-na para o pavilhão das crianças.

 

Um mendigo de rua dormia tranquilamente numa rua de Belo Horizonte quando um carro golf preto parou na frente da calçada. Um dos que estavam no veículo abriu a janela e jogou um coquetel molotov no homem, que morreu em chamas.

Acharam um cadáver carbonizado de uma prostituta na Avenida Brasil, no Rio. A moça, com algumas manchas pretas, foi morta a tiros. Cerca de dez tiros em sua cabeça. Depois o ou os assassinos resolveram queimar o seu corpo. Depois o legista descobriu que a mancha preta era um sinal de nascença da vítima.

 

10 MESES DEPOIS

PLANTÃO INÉDITO!!! 

O atual presidente dos Estados Unidos autorizou, sob o aval do Congresso e da Suprema Corte, a lei do extermínio compulsório. Depois que as vítimas começaram um quadro violento de "zumbificação", qualquer um que passar de dez dias com a doença terá a pena de morte aplicada.


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