Season of the Witch escrita por Nightshade


Capítulo 12
Coisas de Bruxas


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, Feliz Páscoa meus amores!

Agora, respondam:

* O que acham que aconteceu com a família de Miranda para que ela tivesse que ir para Forks? Alguém tem alguma teoria?

Esse capítulo foi um pouco mais voltado as duas primas e suas vidas, mas os próximos serão com nossas bruxinhas já em La Push!!! Uhulll!!!!

Caso queiram saber, eu imagino a Mina como a atriz Skyler Samuels, e a Ana como a Karen Gillan!

Espero que gostem do capítulo!! ❤



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Mina

 

No dia seguinte, a escola estava tranquila, bem, tirando os veteranos, que estavam preocupados com a formatura e discursos. Ana e eu nos unimos para a aula de Educação Física e jogamos vôlei, o que foi bom e serviu como distração.

No intervalo, seguimos com nossa rotina de nos sentarmos sozinhas e evitarmos todos ao nosso redor. Me perguntava que tipo de fofoca a escola e a cidade já estava espalhando sobre nós. Alice Cullen sorriu e acenou de longe, ao que retribuímos gentilmente... ela parecia ser uma boa pessoa, mas parecer ser uma boa pessoa não era o suficiente para me fazer confiar em alguém. 

Ao meu lado, Anastácia olhava seu celular e dava risadinhas. Com certeza era mais uma mensagem do “Jake”. Me segurei para não revirar os olhos, mas esse comportamento já estava me irritando. Não era o tipo de garota que gostava de me sentir apaixonada. Na verdade, não gostava de nada que pudesse ser capaz de me controlar, nublar meus julgamentos ou ocupar minha mente.

— Por que você ainda guarda aquele livro velho? – a voz de Ana me fez ter um sobressalto e a encaro levemente surpresa.

— Que livro? – me esquivo.

— Aquele que você estava lendo quando eu cheguei de La Push. – ela insiste – A Tempestade, eu acho. Mal consegui ler o título. 

— O livro era do meu pai, Ana. – respondi, girando o anel em meu dedo.

— Oh. – por um momento, ela pareceu sem palavras, mas em seguida sorriu triste – Você deve estar sentindo muita falta dele, assim como eu também sinto do meu pai.

— Sinto todos os dias, todas as horas e todos os minutos, Lestrange. – minha resposta saiu seca, mas eu tentei assumir um olhar brando – Ficar sem saber o que anda acontecendo com ele é como um castigo que não posso suportar.

— Logo iremos poder voltar para Salem, Mina. – ela apertou minha mão – E você voltará a viver com seu pai.

— Eu lamento que você e tia Cassandra tenham que passar por tudo isso por minha causa. – me calei para respirar fundo. Eu não estava me sentindo muito confortável em conversar aquele assunto na escola, e estava ciente dos olhares que estava recebendo da mesa dos vampiros. Pelo menos não citamos nada de magia.

— Ei, nada disso é sua culpa. – ela franziu o cenho.

A lancei um olhar triste.

— É sim.

*** 

 

ERVAS E FUNÇÕES 

 

ABACATE – amor;

AÇAFRÃO – usado para a purificação, saúde e felicidade;

ACÁCIA – perfeita para a proteção do sono e contra pesadelos; 

AGRIMÔNIA – age na dissolução de influências negativas, proteção;

AIPO – clareação psíquica e ampliação dos poderes mentais;

ALECRIM – limpeza interior e concentração  da mente, efeito calmante, ajuda a libertar a memória, ajuda em estudos, purificação;

ALFAZEMA – calmante, purificação;

ALMÍSCAR – amor;

AMÊNDOAS – sabedoria, prosperidade;

AMORA – proteção;

ANETO – sorte;

ARNICA – clarividência;

ARTEMÍSIA – alteração da consciência;

BAUNILHA – amor, ajuda na sedução;

CALÊNDULA – proteção;

 

Aproveitando o silêncio na casa (já que Ana estava no andar de cima ao telefone com Jacob e tia Cassandra estava fazendo compras em Portland), tirei a tarde para me apossar da bancada da cozinha e separar algumas ervas enquanto anotava e checava cada uma de acordo com meu caderno. Cada uma delas, sejam seus aromas ou chás ou até mesmo misturadas em poções, poderiam ser tão fortes quanto  feitiço, e também mais difíceis de serem detectadas.

Por exemplo, uma dose de chá de alecrim todos os dias estimulava a memória, e nos fazia recordar acontecimentos já esquecidos e até considerados sem importância. Enquanto essa mesma planta, preparada em poção com arnica e aipo, era o suficiente para que nos lembrássemos de todos os sonhos que já tivemos. Claro, desde que fosse preparada da seguinte forma: água fervente, aipo para clareação psíquica, arnica para clarividência e por último o alecrim. Se a ordem fosse invertida, teria o efeito contrário e quem tomasse perderia a memória.

Um pouco confuso, mas isso era coisa de bruxa.

Inspirei o vapor da água fervendo, e joguei a acácia ali dentro, deixando ferver mais um pouco dentro do bule. Ana andava tendo o sono agitado por conta de suas visões, embora não acorde mais a noite; o chá a fará bem.

Enquanto levava o alecrim até o rosto e sentia o aroma maravilhoso, me debrucei novamente em meu caderno de couro.

 

CAMOMILA – purificação, calmante;

CÂNFORA – desenvolvimento psíquico;

CRAVO – energia, força, limpeza;

DAMASCO – feitiços de amor;

ERVA DOCE – proteção;

EUCALIPTO – limpeza, encantos, saúde, proteção;

FIGUEIRA – clarividência, fertilidade;

FLOR DE MAÇÃ – calmante;

GIRASSOL – fertilidade;

HORTELÃ – cura;

JASMIN – melhorar o humor, calmante, cura;

LOURO – proteção, força, saúde;

 

— Brincando com magia das trevas, Mina? – a voz de Anastácia me faz revirar os olhos, e ela entra na cozinha – Cassandra não vai gostar disso! – ela estende o dedo em riste, e pega algumas das pequenas folhas de alecrim na mão.

— Não é magia das trevas, são apenas ervas. – virei e apaguei o fogo, tirando o bule do fogão e despejando o chá fervente em uma xícara – Aliás, esse chá é para você. – jogo um pouco de mel para adoçar e com um gesto o esfrio o suficiente para que ela possa bebe-lo sem se queimar.

Ana fez uma careta.

— Por que preciso tomar chá. Não sou britânica como você. – ela diz, mas pega a xícara mesmo assim.

— É de acácia com três pétalas de flor de maçã. – fecho o caderno – Vai aliviar suas visões enquanto você dormir e impedir que você sinta muita dor. Eu adocei com mel, o açúcar poderia interferir no efeito.

Minha prima engoliu todo o chá em apenas um gole.

— Até que não é tão ruim. – disse, embora tenha feito uma careta.

— É porque você não está acostumada a tomar chá. – falei, sentando novamente na bancada.

— Ah! – ela exclamou e eu a olhei – Jake me falou quem é a tal da Bella Swan. Ela namora um dos Cullen, Edward se não me engano, ela é aquela humana de cabelos castanhos que se senta na mesa deles.

— Nossa. – ergo as sobrancelhas – Essa é mesmo uma cidade pequena.

— Salem também era. – acrescenta.

— Mas era quase totalmente formada por seres mágicos. – retruco.

— Lembra daquele Samhain em que você fez as vestes de Derfel Gallagain pegar fogo? – ela riu, erguendo uma sobrancelha.

— Claro que eu lembro, e a culpa foi sua! – exclamou indignada, mas rio mesmo assim – Você estava me desconcentrando e eu acabei descendo a tocha para a esquerda!

Logo estávamos relembrando eventos antigos, e quase esquecidos. Isso me fez bem, me mostrou que minha infância também tinha tido a sua parte feliz.

Suspirei quando nossas risadas morreram.

— Gostaria de voltar a ter um Samhain como aqueles que tínhamos em Salem ou na Grã Bretanha... – murmurei.

— Podemos fazer um aqui em Forks! – Ana se serviu de mais chá – Tradicional, como os organizados pelo Conselho! E temos meses para organizar, eu você e Cassandra.

— Isso seria bom. – sorri – Enfim, quando será a fogueira mesmo?

— Amanhã a noite. – ela respondeu – Cassandra pode nos levar, Jake vai estar nos esperando lá.

— Será uma boa distração. – franzo o nariz.

— Ele disse que histórias antigas dos Quileutes são contadas ao redor da fogueira. Você provavelmente gostará mais do que eu.

— Isso é verdade. – começo a guardar as ervas em seus lugares – Lendas dizem muito a respeito de um povo. Vamos ver o que descobriremos sobre os Quileutes.

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

* Samhain - ano novo Celta. Marca a entrada de um novo ano e também uma nova época. Essa é uma época de meditação e reflexão, sobre os ciclos da natureza, da vida e da morte. O Samhaim também era época em que acreditava-se que as almas dos mortos retornavam a suas casas para visitar os familiares, para buscar alimento e se aquecerem no fogo da lareira. Era a época em que se acreditava que o véu que separava o mundo dos vivos e o Outro Mundo se tornava quase inexistente, e se permitia que os humanos tivessem visões fantásticas, sejam de seres mágicos ou de espíritos.

Sim, eu amo a cultura Celta! Kkkkkkk

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Beijos pessoal, até o próximo capítulo! ❤