So far away from where you are escrita por Brave


Capítulo 5
Dores de amor


Notas iniciais do capítulo

Recheado de Calzona! Espero que curtam e comentem. Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/756946/chapter/5

Todo cirurgião sabe que as células do nosso corpo precisam de oxigênio para viver e que é papel do coração enviar sangue rico em oxigênio a todas as células que compõe o nosso organismo. Entendemos a importância vital desse órgão para o funcionamento e sobrevivência de nossos corpos. Todavia as pessoas adoram lhe dar outra função, o culpam pelas dores de amor...

Torres sente a cabeça de Arizona pesar sobre seu peito. Ela abre os olhos e se depara com aquela mulher linda debruçada sobre seu corpo. Sua mão desliza entre aqueles fios loiros, inúmeras vezes. Ela respira devagar para evitar que Arizona acorde e aquele momento acabe.

O que eu devo dizer? Me perdoa, vamos começar do zero? Ou devo falar “Hey amor eu quase te deixei morrer na cama de um hospital, mas meus sentimentos por você são verdadeiros”. Que tolice. Estou querendo enganar quem? Nada disso vai durar, somos muito frágeis. Tenho que pensar no bem da minha filha, nos anos que estão por chegar e focar menos nos meus desejos, porém fica meio impossível com ela dormindo desse jeito perto de mim, esse rosto, essa paz que sua presença me faz sentir. Não posso negar que amo essa mulher! Que droga!
Callie: - Arizona...
Arizona: - Hmm...
Robbins boceja, aconchegando seu rosto no peito de Callie.
Arizona: - Só mais um minuto, prometo acordar animada e menos rabugenta
Callie: - Sei que é cedo, mas eu quero muito te confessar uma coisa
Arizona: - Dez minutos e escuto tudo o que você tem para dizer
Callie: - Eu não posso esperar
Arizona: - Calliope... Cinco minutos
Callie: - Ok. Você quer evitar, porém eu vou falar mesmo assim
A pediatra revira os olhos, encostando o queixo no peito de Torres.
Arizona: - Entendo que na noite passada tivemos outra discussão, que foi uma bobagem. Só que hoje temos coisas novas para fazer, podemos somente por um dia acordar em paz e agir como uma família
Callie: - Eu não salvei sua vida, eu não permiti a ressuscitação. O Alex que fez tudo por conta própria, é ele que merece seu agradecimentos
Arizona: - Eu...
Ela senta na cama e coloca as mãos entre as coxas. Seu olhar é pensativo.
Arizona: - Sabe o que é engraçado? Isso não me surpreende. Eu apenas tive a certeza que para você eu sou importante, mas não essencial. Sou a outra mãe da sua filha com o Sloan, aquela que a qualquer momento pode ir e não fará falta. Seus pacientes são importantes, seu trabalho também, o seu apartamento, enfim, na sua vida existem mil coisas importantes, mas que podem ser substituídas. Juro que sinto por não merecer mais o seu amor, que passei noites chorando pensando em uma solução, um jeito de ser alguém especial na sua vida
Callie: - Eu nunca disse que deixei de considerar você especial
Arizona: - Não é suficiente, não para mim
Callie: - Admito que tentei agir usando meus conceitos de médica, que quis esquecer quem era você naquele leito. Quando o Alex entrou e salvou sua vida eu quase explodi de dentro para fora, foi uma sensação inexplicável. Minha vontade era pular em cima de você e não largar
Arizona: - Vou me libertar Calliope, prometo. Parei de forçar a barra
Callie: - Deixa eu terminar de falar, porque eu estou tentando dizer que eu te amo Arizona Robbins! Não te considero simplesmente importante, você é o amor da minha vida e aquele sonho que você teve no hospital foi real. Eu estava lá me declarando, expressando os meus sentimentos.
Elas se encaram. Torres sussurra.
Callie: - Eu te amo mais que tudo
Robbins beija sua amada. Ela deita sobre o de Torres.

Meu coração disparou. O corpo dela estava quente, aquecendo o meu. Suas mãos tiraram com facilidade meu pijama, permitindo que minha pele sentisse a maciez dos seus lábios. Era delicioso sentir novamente sua língua contornando as minhas curvas, seus dedos tocando os pontos certos e me deixando excitada. Como é gostoso gemer para ela, apertar sua nuca e brincar com sua língua dentro da minha boca. Seus dedos acariciavam meu clitóris fazendo minhas partes intimas contraírem, eles desciam e se encaixavam dentro de mim, seus movimentos eram ritmados, intensos e fortes. Eles entravam e saiam com facilidade, então de dois Callie passou a enfiar três. Mordi seu ombro, ergui meu quadril. Eu queria mais e mais daquela mulher. Ela me segurou pelos pulsos, sussurrou safadezas no meu ouvido e prometeu me levar ao paraíso.
Seu rosto ficou entre minhas coxas, seu olhar malicioso era convidativo, tentei relaxar, mas só de imaginar o que iria aconteceu meu corpo tremia de ansiedade.
A ponta de sua língua brincava com meu clitóris, sua boca parecia que iria me engolir, ela me chupava como se estivesse me beijando, sua língua era nervosa. Seus dentes roçavam delicadamente nos meus grandes lábios, puxando lentamente até que sua boca soltasse eles. Callie lambia cada parte e em seguida sua língua mergulhava dentro de mim, me fazendo gemer cada vez mais alto. Procurava algo para agarrar, tentando controlar o que eu estava sentindo, caso contrario eu poderia puxar com força demais os cabelos dela. Gozei uma, duas, três... seis vezes na boca de Callie e aquilo parecia dar novas energias para ela. Fiquei por cima, agora era minha vez!
Beijei seu corpo, mordi e lambi. Fiz ela gemer, gozar e pedir mais. Perdemos a noção do tempo.
Callie: - Uau! Isso foi demais
Arizona: - Tenho que concordar, foi maravilhoso
Callie: - Não consigo me mexer, minhas forças foram embora
Arizona: - As minhas também, vou precisar de uma alimentação reforçada
Callie: - Ai meu Deus! Você ainda está se recuperando de um acidente e eu fiz todas essas coisas, te fiz gastar todas as suas reservas
Arizona: - Quem liga? Eu perderia tudo se fosse para ter esse momento contigo
Callie: - Você é adorável e muito deliciosa, é meu vicio preferido
Arizona: - Disponha, estarei aqui todas as noites
Callie: - Me perdoa, quero tentar mais uma vez e te fazer feliz
Arizona: - Começou bem, pois estou me sentindo a mulher mais feliz do mundo e não há nada para ser perdoado
Callie: - Quer namorar comigo dra. Robbins?
Arizona: - Quero se você aceitar morar comigo dra. Torres
Callie: - Eu ainda tenho minha vida em NY, vamos devagar
A loira faz bico.
Arizona: - A outra né
Callie: - Para de ser boba! Preciso apenas pedir minha demissão e preparar minha mudança, ou você acha que em NY eu moro em no quartinho sujo nos fundos do hospital
Arizona: - Combina contigo esse tipo de coisa
Callie: - Não me provoque Arizona
Arizona: - Por que? Eu amo te provocar, é bem divertido!
Elas rolam pela cama, trocam beijos.
Na manhã seguinte Callie está de malas prontas. Sofia não gosta do que vê.
Sofia: - Vai embora mamãe?
Callie: - Tenho que ir até NY resolver alguns assuntos
Sofia: - Vai nos deixar? Não faz isso
Callie: - Calminha minha gatinha, eu irei retorna logo, logo. Fique tranquila
Arizona aparece radiante, com um largo e belo sorriso.
Sofia: - A senhora ficou feliz porque a mamãe vai embora?
Arizona: - Não! Estou feliz porque as duas estão aqui comigo e ficaremos bem
Sofia: - Ela está indo embora, olha as malas
Callie: - Amor... A mamãe vai voltar para Seattle, eu e sua mãe estamos nos reconciliando
Sofia: - AAAAAAH! Meu desejo se realizou. Obrigada mamães!
Arizona: - O nosso Sof, eu pedia por isso todas as noites
Callie: - Meninas eu estou ficando sem jeito, parem com essa cena
Arizona: - Não conseguimos conter a nossa alegria. Eu poderia até ir para o hospital de patins hoje
Callie: - Nem de carro, muito menos de patins. Nada de trabalho por enquanto
Arizona: - Eu tenho que me ocupar
Callie: - Prepare um jantar e me espere chegar
Arizona: - Quem sabe cozinhar nessa casa é a Sofia, eu apenas finjo
Callie: - Ainda bem que você tem a nossa filha
Arizona: - Já estou com saudades
Um abraço de família acontece no meio da sala. Sofia vai alegre para escola, enquanto Robbins vai deixar Callie no aeroporto.
Callie: - Liguei para o Alex e para a Meredith, eles vão cuidar de você
Arizona: - Não preciso de babá, sei me virar sozinha
Callie: - Que tal reclamar menos e me beijar mais
Arizona: - Vai voltar mesmo? Eu estou morrendo de medo que no caminho suas ideias mudem e que desista de mim
Callie: - Eu Calliope Torres dou minha palavra que voltarei para ficar ao lado da minha família
Arizona: - Eu te amo tanto!
Callie: - Eu te amo mais!
Ela entrou no avião e minha vontade era de impedir. O medo tomou conta de mim, parece loucura, mas eu ainda sinto ela distante. A nossa separação fica repassando na minha mente, eu sinto todas aquelas dores novamente. Estou tentando ser otimista, eu quero acreditar! “Vai dar certo”, estou repetindo isso dentro da minha cabeça desde que ela foi para NY.
Callie chega em NY. Ela tem pressa e vai direto para o hospital, dentro do táxi liga para Robbins.
Arizona: - Oi! Já chegou?
Callie: - Estou no táxi indo para o hospital
Arizona: - Aqui está tudo bem, a Sof ainda não chegou da escola e a Meredith já me encheu o saco
Callie: - Bom saber, sei que te deixei em boas mãos
Arizona: - Quando terminar tudo me avisa
Callie: - Será a primeira coisa que irei fazer
Arizona: - Eu ficarei ansiosa
As horas não deixam Arizona relaxar, ela fica olhando para o celular.
Meredith: - Vou tomar esse celular de você
Arizona: - Faça isso e eu mato você
Meredith: - As pessoas ultimamente tem me ameaçado de morte, devo me preocupar?
Arizona: - Desculpa, eu só estou nervosa. A Callie não liga e eu imagino que algo aconteceu
Meredith: - Ela vai voltar
Alex se joga no sofá. O médico enfia a mão na pipoca que acabou de fazer.
Arizona: - Você acha que ela volta?
Alex: - Ela vem, a Torres é amarradona em você. Vocês são como ímãs
Meredith: - Gostei da comparação, parece você e a Jo
Alex: - AH! O assunto aqui é a Robbins e a doida da mulher dela
Arizona: - Ei! Quem tem histórico de mulher loucas aqui é você
Alex: - Não precisa me lembrar desse detalhe
Meredith: - Agora que o Alex chegou acho que posso ir buscar meus filhos na escola
Alex: - Pega a Sof também e leva para sua casa
Meredith e Arizona: - Por que?
Alex: - Mais tarde você e a Torres vão precisar de privacidade e a menina não precisa ouvir ou ver nada
Arizona: - Bem pensado! Meredith é melhor você fica com a Sof hoje
Meredith: - Claro, eu adoro ficar com muitas crianças em casa e não conseguir pregar o olho durante a noite
Arizona: - Outro dia fico com todos aqui e te darei folga
Meredith: - Isso é música para os meus ouvidos
A dra. Torres está arrumando suas coisas quando uma pessoa inesperada puxa assunto.
Murphy: - Olá dra. Torres, que prazer reencontra-la
Callie: - O que você faz aqui?
Murphy: - Estou terminando um projeto de pesquisa aqui em NY
Callie: - Entendo. Que bom para você, boa sorte
Murphy: - Como está a Arizona?
A ortopedista sente um calafrio na nuca. Ela coloca as mãos na cintura.
Callie: - Melhor impossível
Murphy: - Soube que ela sofreu um acidente, pensei em mandar flores, mas fiquei na duvida se seria conveniente
Callie: - Não seria! Ela odeia flores
Murphy: - Está nervosa dra? O clima parece tenso nessa sala
Callie: - Estou bem, apenas sufocada com sua chuva de perguntas
Murphy: - Certas coisas nunca mudam, não é verdade? Uma delas é sua raiva de mim
Callie: - Olha garota...
A médica é interrompida.
Murphy: - Tenha modos doutora. Eu não sou mais sua interna e mereço respeito
Callie: - Ok. Então sai da minha frente, estou ocupada
Murphy: - Eu quero ser franca contigo
Callie: - Sobre?
Murphy: - Sobre a Arizona
Callie: - Pra você é dra. Robbins
Murphy: - Pelas vezes que dormi na cama dela eu tenho direito de chama-la como eu bem entender
Callie: - Estou tentando ser educada, mas você não colabora
Murphy: - Eu não consegui esquece-la! Varias vezes pensei em voltar e tentar mais uma vez
Callie: - Repense novamente, porque reatamos e não deixarei você ficar no meu caminho
Murphy: - Eu vou esperar você mesma estragar tudo e ai vou aparecer com toda a paciência e compreensão do mundo, deixarei ela afogar suas magoas entre minhas pernas e em seguida oferecer uma vida em família de verdade. Acredita que eu penso em engravidar só para dar essa felicidade para ela? Ela ter um filho que seja dela e não da esposa com o amante
Callie: - Eu vou te pegar pelo cabelo e arrastar por todo esse hospital
Murphy: - Em alguns meses estarei retornando ao Grey Sloan, nos vemos por lá
Callie: - Você não vai tomar a minha mulher
Murphy: - Sou uma pessoa paciente, já esperei tanto, não custa aguardar mais um tempinho
Callie: - Era só o que faltava
Murphy: - Aproveite enquanto pode
Callie: - Aquela mulher é louca por mim e eu por ela, você pode se enganar o quanto quiser. Ela já te trocou por mim uma vez e sei que trocaria quantas vezes fossem necessárias. Deitar na cama dela não te fez alguém especial, apenas um escape para fugir da solidão. Sou eu o desejo dela
Murphy: - Cretina
Callie: - A verdade machuca não é mesmo? Fala o que quer e escuta o que não quer
Murphy: - Espero que seu avião exploda
A ex médica do Grey Sloan sai irritada. Callie se sente poderosa por colocar aquela mulher em seu lugar.
Callie: - Corre pro quarto e vai chorar garotinha, não brinque com a dra Torres, eu sou muito má quando necessário
Ela sorria sozinha, seu ego ficou altíssimo!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "So far away from where you are" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.