So far away from where you are escrita por Brave


Capítulo 22
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Deitamos, seu corpo encaixou no meu. Nossas respirações ofegantes, suas unhas cravadas na minha pele, me marcando, desenhando em mim o seu desejo. Não era apenas sexo, era quase uma obra de arte. Seu jeito sensual me enlouquecia, eu não conseguia controlar meus instintos. Eu mordia, beijava, lambia e chupava… Seu gosto ficou entre meus dedos, se misturou com a minha saliva, me embriagou mais que uma bebida forte. Eu te possui sem medo, sem vergonha, sem pudor. Me deleitei no que havia de melhor, fiquei em ti por tanto tempo que quase esqueci de como sairia.

 

Callie: - Eu não consigo respirar direito

Arizona: - Posso fazer respiração boca a boca, quer?

Callie: - Depende

Arizona: - Do que?

Callie: - Qual boca você pensa beijar?

Arizona: - Quero começar por cima e depois… Se você aguentar

Callie: - Eu tenho a resistência de um touro

Arizona: - Isso eu quero testar
Elas rolam pela cama, o sexo duraria por toda a madrugada. Dentro do carro, Amelia chora. Ela escuta alguém bater no vidro. Ela baixa o vidro.

Amelia: - O que você quer? Estou querendo ficar sozinha

Hunt: - Eu soube das novidades e queria saber como você está

Amelia: - Estou ótima, já estou acostumada com as cobranças e retalhações

Hunt: - Posso te levar em casa, não acho que você pode dirigir assim

Amelia: - Não, eu quero paz, é pedir muito?

Hunt: - Eu vou te levar! Está decidido
Ele é impedido de abrir a porta.

Penny: - Ela disse não

Amelia: - Eu mereço! Eu devo ter pecado por mil pessoas

Hunt: - Quem você acha que é? Amelia e eu temos uma afinidade, eu posso cuidar dela

Penny: - Ela não quer você por perto

Hunt: - E você acha que ela te quer? Coitada de você
A ruiva afasta o médico do carro e entra.

Penny: - Eu sou a pessoa que escutou o bastante sobre você, dr. Owen e acredite, o coitado aqui é você
Ela encara Amelia com ternura.

Penny: - Podemos ir agora
A neurologista liga o carro e segue, deixando Owen incrédulo.

Hunt: - Isso só pode ser brincadeira
Com ódio, ele chuta o carro ao lado.

Hunt: - Essa mulher pensa que pode mandar na vida da Amelia! Eu não vou permitir
Enquanto isso no carro.

Amelia: - Precisamos conversar

Penny: - Por isso eu estou aqui

Amelia: - Somos Amenny no hospital e mesmo sem ser verdade já me causou dor de cabeça

Penny: - Não é verdade? Eu vejo muita verdade em tudo que fizemos e vivemos

Amelia: - Você fala igual personagem de romance adolescente e isso me perturba

Penny: - Vamos falar seriamente, eu não quero levar essa conversa para uma direção divertida, eu preciso saber o que você sente

Amelia: - Sinto medo, muito medo
Blake aperta a coxa da dra. Shepherd.

Penny: - Eu posso te apoiar, te proteger

Amelia: - Não é fácil assim, você não conhece minha história completa

Penny: - Eu quero conhecer tudo, cada detalhe

Amelia: - Sabendo vinte por cento você pula nesse carro em movimento

Penny: - Eu seria uma estúpida e eu garanto que não sou
Amelia para o carro. Ela apoia a cabeça no volante.

Penny: - Eu não vou te obrigar, nem te cobrar

Amelia: - Eu sou uma bomba relógio, você não entende

Penny: - Toda bomba pode ser desarmada, basta paciência

Amelia: - Tão confiante, que quase me faz acreditar
A ruiva beija o rosto de Shepherd. Ela encosta seu queixo no ombro de Amelia.

Penny: - Eu vou te provar que sou diferente, que não preciso de uma margem de perfeição sua para querer estar ao seu lado

Amelia: - Eu vou chorar de novo
As duas saem do carro e admiram o céu, sentadas no capo do carro.

Callie: - Agora eu não tenho forças para me levantar

Arizona: - Se eu tivesse bateria, ela estaria em cinco por cento

Callie: - Tudo isso? Eu estou quase no zero

Arizona: - Que dramática, senhora Torres

Callie: - Pensei que era senhora Robbins
A loira fica deslumbrada.

Arizona: - Você pode repetir? Ou estou sonhando acordada

Callie: - Quero ser a senhora Torres Robbins
Arizona pula em cima de Callie, enchendo a latina de beijos.

Callie: - Calma, eu preciso respirar

Arizona: - Eu necessito te beijar, muito, muito!

Callie: - Cada uma com suas prioridades

Arizona: - A minha é te fazer feliz, cuidar da nossa família e viver o nosso sonho

Callie: - Você casaria com uma mulher sem memória?

Arizona: - Sendo você eu faço qualquer coisa

Callie: - Pois eu quero! Eu quero ser sua esposa, mesmo sem lembrar de tudo

Arizona: - Sério? Você vai me matar do coração falando assim

Callie: - Eu sei que é o certo, não tenho porque duvidar do nosso amor

Arizona: - Meu Deus, eu vou gritar!

Callie: - Não faz isso, a Sof

Arizona: - Claro, claro. Nossa filha tem que descansar, eu posso me controlar até amanhã

Callie: - Eu só preciso te contar uma coisa

Arizona: - O que?

Callie: - Quando sumi, eu acho que tive um relacionamento

Arizona: - Oi? Com quem foi?

Callie: - Ela cuidou de mim, me ajudou quando eu estava traumatizada

Arizona: - Que absurdo, quem poderia se aproveitar de uma pessoa desmemoriada. Boa pessoa não pode ser
Ela não esconde o ciúme.

Callie: - Acho que devo procurá-la, dizer o que aconteceu. Não posso seguir sem fechar esse ciclo

Arizona: - Passou quanto tempo com ela? Estava apaixonada? Por isso me rejeitou quando chegou?

Callie: - Que chuva de perguntas! Eu nunca senti que eramos um casal, porém ela sempre dizia que sim. Me protegia de tudo, as vezes me deixava sufocada

Arizona: - Isso é tão estranho, até eu fiquei confusa

Callie: - Você me ajuda? Eu só quero me despedir e dizer que apesar de tudo sou agradecida

Arizona: - Apesar de tudo?

Callie: - É uma longa história
Ela conta tudo que ocorreu. Arizona fica desconfiada. Tinha algo de errado, essa mulher não era um anjo e sim um demônio.

No dia seguinte, o hospital estava lotado. Um grande acidente complicou o atendimento na emergência.

Arizona: - Vou pedir alguns dias de folga, resolveremos essa história

Callie: - Tem certeza? Eu não quero atrapalhar o seu trabalho

Arizona: - Jamais, você é minha prioridade
Elas chegam no hospital e tudo parece estar de pernas para o ar.

Arizona: - O que houve?
Karev passa correndo.
Alex: - Preciso de você! Temos crianças feridas e o estado de uma delas é grave
Robbins entrega sua bolsa para Torres.

Arizona: - Agora eu preciso ir, as coisas estão complicadas aqui. Me desculpe

Callie: - No que eu posso ajudar?
Ela arregala os olhos ao ver um paciente sangrando.
Callie: - Eu acho que vou desmaiar

Arizona: - Não, não, não! Por favor, seja forte
A pediatra corre para atender aos pacientes, Torres fica atordoada no meio da emergência. Ela está suando frio. Ela sente uma mão gelada puxar seu braço.

Hunt: - Você voltou? Já pode atender?

Callie: - Eu… Eu… Eu acho que vou embora

Hunt: - Sério? Preciso de você, só você pode resolver esse caso
Owen mostra uma fratura exposta para Torres, que coloca as mãos na boca.

Callie: - Que nojo

Hunt: - Droga! Não posso contra com você. Alguém aqui comigo, preciso da sala dois pronta para uma cirurgia

 

Eu sabia que era médica, minha especialidade: ortopedia. Todavia eu não conseguia nem olhar para um paciente sagrando. Será que eu perdi o amor pela minha profissão? Como posso recuperar o desejo de estar aqui? Estou olhando para essas pessoas salvando vidas e minha vontade é correr sem parar, ir até aonde ninguém possa sangrar ou ter uma parada cardíaca na minha frente! Eu anseio lembrar, porém não consigo. Respira, conta até dez, aperta as mãos. Abre os olhos. Continuo atordoada.
Miro em alguém que parece estar “bem”, me aproximo.

Paciente: - Oi, você está procurando alguém?

Callie: - Na verdade eu estou meio perdida

Paciente: - Bateu a cabeça?

Callie: - Bati, mas faz muito tempo. Já estou recuperada

Paciente: - Legal, eu também bati a minha

Callie: - Você parece bem, acredito que vai sair logo daqui

Paciente: - Espero, pois sou o culpado pelo acidente. Quando a família dessas pessoas chegarem vão querer me matar!

Callie: - Relaxa, respira. Tudo tem solução
Minutos depois o jovem começa a ficar impaciente. Esfregando a mão no peito.

Callie: - O que foi? Ei, o que você está sentindo?
Ele começa a ficar roxo.

Callie: - Ajudem aqui! Ele não consegue respirar
Todos estão ocupados demais para ouvir Torres. Com a pressão de ver o jovem morrendo, a ortopedista pega as luvas e grita por um interno.

Callie: - Precisamos intubá-lo, agora! Vamos garoto, não perca tempo

Interno: - Mas quem é a senhora?

Callie: - Calliope Torres, a deusa da ortopedia


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