So far away from where you are escrita por Brave


Capítulo 10
A realidade




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A perda é difícil de lidar, sabemos disso porque vemos todos os dias pessoas perdendo seus entes queridos. Sempre oferecemos nossas palavras de conforto, porém temos a consciência de que isso não é suficiente, que não existem palavras certas para acabar com a dor. Fingimos entender a perda para não ter que enfrentar a realidade, seja ela a nossa ou não.

 

Yang: - Acho que vou levar alguns médicos daqui para o meu hospital

Meredith: - Está querendo roubar nossos médicos? Como você é cara de pau

Yang: - O que eu posso fazer? Eles são os melhores! Não é todo dia que temos médicos que brigam, que tentam matar um ao outro, que disputam o amor de uma pediatra sexy ou vivem para infernizar a vidas dos colegas

Meredith: - Você precisa passar na psiquiatria

Yang: - Meu hospital é mil vezes melhor que esse, mas lá vivemos no tédio, a emoção de todos os dias é saber o que teremos para o almoço

Meredith: - Que pena de você, porém não vai levar nenhum médico daqui

Yang: - Quem sabe algum interno promissor ou um residente meio fora dos padrões
A cardiologista come suas batatinhas com o olhar fixo na sala da chefe Bailey.

Yang: - Bailey deveria resolver logo isso

Meredith: - Ela está esperando pela Callie

Yang: - Você acha mesmo que ela fez isso?

Meredith: - Não, a Callie é uma boa pessoa e muito amável

Yang: - Depois de levar um par de chifres ela pode ter surtado e quebrado a cara da Murphy

Meredith: - Continuo sem acreditar nisso

Yang: - Quer batatinha?

Meredith: - Não, para de comer essas besteiras

Yang: - Eu queria pipoca para acompanhar o final dessa história, mas na máquina só tinha batatinha. Você não gosta de comer enquanto espera? Eu adoro

Meredith: - Shiu! A Callie chegou
A ortopedista passa pelas médicas acompanhada por Arizona. Elas trocam algumas palavras e o casal segue até a sala de Bailey. O olhar de Torres é fulminante em direção de Leah. Arizona aperta a mão de sua amada.

Arizona: - Respira meu amor, lembra de tudo que falamos no carro

Callie: - Estou tentando, eu juro

Arizona: - Pense na Sofia e somente nela
Bailey pede para Torres sentar de frente para Murphy do outro lado da mesa. O policial se aproxima da ortopedista.

Policial: - Dra. Torres tudo bem? A senhora parece nervosa

Callie: - Estou um pouco tensa

Policial: - Posso saber o motivo?

Callie: - Fui acusada injustamente de cometer agressão e isso me irrita bastante

Policial: - Tensa e irritada. Você tem algum motivo para não gostar da dra. Leah? Algo pessoal?

Callie: - Somente o fato dela tentar transar com a minha esposa

Policial: - Bem direta dra. Torres

Callie: - Sempre sou senhor policial
Murphy começa a chorar e tremer. Torres revira os olhos e cruza os braços.

Callie: - Ela deveria ser atriz e não médica

Policial: - Dra. Torres peço que não dirija a palavra para a dra. Leah

Murphy: - Eu estou com medo, tirem essa mulher de perto de mim, eu imploro

Policial: - Calma, temos que confrontar vocês e daqui a pouco tudo acabará

Murphy: - Quero que ela pague pelo que me fez

Callie: - Eu não fiz nada! Que droga, o senhor não vê a mentira nos olhos dessa mulher?

Policial: - Tente não se alterar, vai ser pior para você

Callie: - Eu não tenho culpa de nada!

Arizona: - Policial, podemos conversar um pouco?

Policial: - Quem é a senhora?

Arizona: - A esposa da dra. Torres

Policial: - Dra. Robbins, certo?

Arizona: - Isso mesmo. O senhor me acompanha ali fora?
Ele olha desconfiado para a pediatra, mas concorda em sair da sala.

Policial: - Tem algo para me dizer?

Arizona: - Minha esposa não fez nada, posso lhe garantir

Policial: - Como você pode?

Arizona: - Eu estava com ela o tempo todo

Policial: - Eu acreditaria caso vocês não fossem um casal e sua amante não estivesse toda machucada dentro daquela sala

Arizona: - Eu não tenho amante!

Policial: - A dra. Leah sabe disso? Ou você apenas brinca com os sentimentos dela
Robbins dá um sorriso debochado. Seu rosto fica sério.

Arizona: - Essa mulher chegou aqui hoje e tenta destruir a reputação da minha esposa e o senhor não quer acreditar que a louca da história é ela?

Policial: - Sua chefe disse que sua mulher foi agressiva com a dra. Leah e eu vi muito bem o jeito como ela olhava para a dra quando chegou

Arizona: - Hoje ela tentou me agarrar a força dentro da sala dos médicos

Policial: - Sua esposa viu?

Arizona: - Viu, quer dizer, mais ou menos

Policial: - Acho que já conversamos o suficiente

Arizona: - Hey! Não confunda as coisas, deixa eu explicar
Ele dá as costas para a pediatra e retorna para a sala.

Policial: - Dra. Torres teremos que leva-la até a delegacia para prestar mais esclarecimentos
Murphy abaixa a cabeça e morde os lábios para não rir.

Callie: - Isso não está acontecendo. Policial eu tenho uma filha e preciso cuidar dela. Bailey você não vai dizer nada sobre o que está acontecendo

Bailey: - Acho melhor você ir e tirar logo essa história a limpo

Callie: - Uau! Você também acredita nela

Bailey: - Eu não disse nada, eu apenas quero que tudo seja resolvido

Arizona: - Policial você não vai levar a minha esposa
Ela fica na frente da porta impedindo a saída.

Policial: - Não complique as coisas dra. Robbins
De longe Yang bate no ombro de Grey.

Yang: - Olha lá! Isso fica cada vez mais emocionante

Meredith: - Eu não vejo graça nisso, uma amiga nossa pode ser punida por algo que não fez

Yang: - Deixa de ser careta e curte comigo. Aposto 50 pratas que a Arizona também vai ser levada para a delegacia

Meredith: - Você é desprezível

Yang: - Eu sei que você também está louca para saber como isso vai acabar
Grey faz careta.

Meredith: - Aposto 100 pratas que o policial leva a Leah

Yang: - Vai perder feio pra mim

Eu não podia deixar aquilo acontecer com a Callie. Ela não teve culpa de nada e querendo ou não aquilo tudo só estava acontecendo porque no passado eu me envolvi com a Murphy. Foi algo sem importância, porém parece que ainda vai causar muitos estragos. Vou defender a mulher que eu amo do jeito que eu achar certo, mesmo que pareça loucura. Se alguém tem que pagar por esse erro sou eu...

Arizona: - Eu que bati na dra. Leah
Todos olham assustados para a pediatra, inclusive Leah.

Callie: - Arizona para com isso

Arizona: - Eu bati nela quando ela me assediou e depois me chamou de aleijada

Policial: - Isso é verdade dra. Leah?

Murphy: - Claro que não, nós fizemos amor na sala dos médicos e a idiota da mulher dela viu, por isso que estou assim agora

Arizona: - Mentira! Eu que agredi ela

Callie: - Amor...

Arizona: - Tudo bem, eu vou resolver esse problema

Policial: - Vocês estão querendo brincar comigo? Eu quero a verdade

Arizona: - Eu estou falando a verdade, a Leah me irritou e eu perdi o controle

Murphy: - Para de falar Arizona, porque você quer levar a culpa no lugar dessa idiota? Ela não merece

Arizona: - Callie é totalmente inocente

Murphy: - Que droga! Você vai insistir mesmo? Eu não posso acreditar

Arizona: - Policial pode me levar agora
A médica levanta da cadeira e pula em Robbins.

Murphy: - Sua tola! Ela não te ama como eu, não ama!
O policial tenta tira-la, porém Leah se agarra em Arizona. Ela tenta beijar a pediatra, que vira o rosto a cada investida.

Murphy: - Eu vou te dar um filho! Ela não tem nada de novo para te oferecer. Deixa o policial acabar com isso

Policial: - Dra. Leah tente se controlar
A segurança do hospital chega para auxiliar o policial. Depois de muito esforço a médica é retirada de cima de Robbins.

Arizona: - Você enlouqueceu, eu tenho pena de você
Torres se aproxima de sua amada para conferir se está tudo bem com ela.

Callie: - Meu amor você se machucou? Está sentindo alguma dor?

Arizona: - Estou bem

Murphy: - Você escolheu a mulher errada! Eu poderia te dar tudo, tudo mesmo
O policial algema a médica. Ela se rebate e se contorce, tentando resistir.

Policial: - Dra. Leah precisamos conversar fora daqui

Murphy: - Seu policial de merda!
Ela cospe na cara dele.

Murphy: - Tão bem treinado e caiu na minha, todos aqui caíram. Bando de inúteis, eu odeio todos

Callie: - Agora o senhor vê quem é a pessoa errada nessa história?

Policial: - Desculpas, mas o meu trabalho é ouvir todos os lados envolvidos e juntar as peças para resolver o problema

Callie: - Acho que tudo se encaixou e essa mulher precisa ficar longe de mim e da minha família. Ela é perigosa

Policial: - Tomaremos providências

Bailey: - Eu estou sem chão, que coisa horrível

Murphy: - Cala a boca! Sua burra velha

Bailey: - Burra velha é a senhora sua mãe!

Policial: - OK! Acabou aqui. Estamos de saída

Arizona: - Vão tarde
Cristina joga o saco de batata no chão.

Yang: - Que saco! Você ganhou

Meredith: - Eu sei das coisas

Yang: - Depois você não quer que eu roube os médicos daqui, eles sabem como fazer para não me deixar no tédio

Meredith: - Encontre os seus, esses já são meus

Yang: - Só me empresta dois ou três

Meredith: - Vem, vamos trabalhar

Ela assumiu a culpa no meu lugar, isso foi uma prova de amor. Ela não quis deixar que uma louca me fizesse mal. Sua coragem encheu meu coração e agora sinto que vai transbordar pelos meus olhos! Não sei o que faria se aquele policial levasse a minha querida e amada esposa, talvez eu quebrasse de verdade alguns ossos daquela maluca da Leah e alguns dedos dele também.

Arizona: - Callie você está chorando?

Callie: - Só um pouquinho

Arizona: - Ah meu amor
Ela enche Torres de selinhos. Elas se abraçam.

Callie: - Obrigada por me salvar

Arziona: - Nunca deixaria ele te levar

Callie: - Eu sei disso

Arizona: - Vamos voltar para casa e cuidar da nossa filha, da nossa família

Callie: - Vamos busca-la só amanhã, não quero ficar com ela de um lado para o outro

Arizona: - Como você quiser e achar melhor

Callie: - Agora eu só quero encostar minha cabeça no meu travesseiro e descansar

Bailey: - Sem querer atrapalhar, mas eu queria pedir desculpa

Callie: - Amanhã falo com você

Bailey: - Torres não foi pessoal e...
A ortopedista balança a cabeça e fecha os olhos.

Callie: - Eu disse que hoje não
Ela segura na mão de Arizona e dá as costas para a chefe. No carro a ortopedista tem uma crise de riso. Robbins fica paralisada.

Arizona: - Eu perdi alguma coisa?

Callie: - Eu ia dormir na cadeia hoje! Você acredita?

Arizona: - Isso é engraçado? Porque eu achei trágico

Callie: - Me imaginei dormindo do lado de uma mulher com barba

Arizona: - Que imaginação a sua

Callie: - Seria bem louco não acha?

Arizona: - Tudo isso já foi bastante perturbador

Callie: - Não quero mais encontrar com a Murphy ou serei capaz de realmente bater nela

Arizona: - Vamos esquecer o dia de hoje

Callie: - Como pretende me fazer esquecer?
A loira passa a língua entre os lábios.

Arizona: - Do jeito que eu sempre faço
Ela sobe em cima de Torres. Ela fecha os vidros do carro.

Callie: - Aqui? No estacionamento do hospital

Arizona: - Não quero esperar chegar em casa
Ela encaixa seu rosto no pescoço da ortopedista, chupando lentamente. Torres inclina o banco do carro e coloca suas mãos nas coxas de Arizona.

 

Comecei a mexer em cima dela, tirei sua blusa e mordi entre seus seios. Minha boca percorreu sua pele macia. Com agilidade ela tirou minha roupa, seu desejo estava aumentando, assim como o meu. Ela acariciou minhas partes intimas até que eu ficasse lubrificada. Seus dedos brincavam com meu clitóris e isso me fazia gemer baixinho. Segurei a mão dela e guiei seus dedos para dentro de mim. Ao poucos fui quicando no colo dela, aumentei o ritmo e ela acompanhou. Sua boca engolia meu seio e seus dentes mordiam delicadamente o bico dele. Eu estava excitada e arrepiada.
Ela baixou sua calça e me sentou em cima do seu sexo. Encaixamos e meu clitóris roçava gostoso no dela. Eu só pensava em rebolar cada vez mais rápido para aumentar o atrito entre eles. Só parei de rebolar quando ela gozou pra mim. Ela lambeu três dedos e me fez virar para o banco de trás. Eu estava com as mãos apoiadas no banco e empinada em direção dela. Seus dedos voltaram para dentro de mim, dessa vez com força, com movimentos circulares, enquanto esses três se movimentavam o seu polegar roçava no meu ânus. Eu empinei mais e levei tapas na bunda. Rapidamente ela trocou os dedos pela língua, que estava quente e atrevida. Ela batia com a ponta da língua no meu clitóris e chupava depois. Eu estava delirando! Pedindo por mais.
Ela puxou meu cabelo e sussurrou no meu ouvido que eu merecia chegar ao paraíso. Deitei no banco de trás e ela veio ficar entre minhas coxas. Seus dedos encaixados novamente, fazendo vai e vem dentro de mim, eu pedindo para ser "fudida" e ela empurrando com a coxa mais seus dedos em mim. Seu corpo pesou sobre o meu, cravei minhas unhas nas suas costas e desci até sua bunda. Ela se roçava em mim e nossos sexos latejavam sem parar. Ficamos horas fazendo amor no carro, quando terminamos eu não conseguia me mexer, minhas coxas estavam fadigadas e meu corpo mole. Callie sabia muito bem como me deixar sem ação...

Yang passou pelo carro de Arizona e colocou a mão na boca.

Yang: - Ai meu Deus! Nem posso acreditar que vi essas coisas, elas não sabem se controlar até chegar em casa?! Elas poderiam pelo menos respeitar os colegas que estão solteiros e morrendo de frio
A médica trava ao ver na sua frente Hunt e a Amelia aos beijos.

Yang: - Não só elas
Ela abaixa a cabeça e tenta passar sem chamar a atenção do casal.

Amelia: - Até amanhã dra. Yang
A cardiologista ri sem vontade e acena.

Amelia: - Você não fala com ela?

Hunt: - Eu sou do trauma e ela da cardio, nos falamos pouco

Amelia: - Tem certeza que a Yang não mexe com você?

Hunt: - Eu tenho certeza do nosso casamento, da nossa família e do amor que sinto por você. Isso basta

Amelia: - Seu olhar entristece quando falamos nela

Hunt: - E brilham quando falamos de nós. Quero ir pra casa e curtir nosso fim de noite
A neurologista é chamada com urgência.

Amelia: - Acho que você vai na frente. Paciente chegando pra mim
Eles se beijam.

Hunt: - Vou te esperar em casa

Amelia: - Tudo bem, vai logo
Eles se despedem e o médico vai para casa, no meio do caminho ele vê Cristina caminhando pela rua, então tenta acompanha-la diminuindo a velocidade do carro.

Hunt: - Você precisa de carona?

Yang: - Não, estou quase chegando

Hunt: - A casa da Grey está bem longe daqui

Yang: - Quem disse que estou indo para lá?

Hunt: - Deixa eu te levar

Yang: - Vai embora Owen, eu não quero complicar a sua vida

Hunt:- É só uma carona

Yang: - Uma carona que vai acabar com você dormindo na minha cama

Hunt: - Não vou não, eu sou um homem casado

Yang: - Casado, mas que ainda não me esqueceu

Hunt: - É nisso que você acredita? Que eu ainda quero você

Yang: - Por qual motivo você me seguiria então?

Hunt: - Eu daria carona para qualquer colega de trabalho e isso não é seguir

Yang: - Você pode enganar sua mulher com esse papo, eu não

Hunt: - Estou surpreso com esse seu comportamento
Ela para e em seguida ele para o carro. Cristina se aproxima e encara Hunt.

Yang: - Vai negar que ainda me ama? Que ficou mexido com a minha presença aqui? Que nesse momento está querendo me levar para sua cama e passar a noite transando comigo?
Owen fica sério.

Hunt: - Eu vou te amar pelo resto da vida
A cardiologista fica com um sorriso debochado no rosto.

Hunt: - Mas não existe desejo carnal, não quero você na minha cama. A sua presença aqui me fez lembrar de coisas boas e também ruins. O que eu estava pensando enquanto voltava para casa é como minha vida melhorou depois que me apaixonei pela Amelia, como conquistei coisas que pensei nunca ter. Eu quero estar na cama, mas com minha esposa e meu filho para me aquecer do frio. Cristina eu quis muito você e me preocupei quando ficou internada no hospital, porém não se engane
Por um minuto tudo foi silêncio.

Yang: - Ok. Você quer negar e eu vou entrar na sua brincadeira. Vamos começar de novo, dessa vez sem drama. Você me oferece a carona e eu aceito, depois vamos para sua casa e fazemos o que temos que fazer
O médico sobe lentamente o vidro do carro.

Hunt: - Boa noite dra. Yang

Será que confrontar a realidade machuca? Será possível lidar com isso e fingir que tudo ficará bem? Eu vou ficar bem, você vai ficar bem, repita isso algumas vezes antes de enfrentar a sua realidade e me conte como é o resultado


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