[3ª Temporada] - STIGMA: Please, dry my eyes escrita por Carol Stark


Capítulo 4
Um fantasma do passado


Notas iniciais do capítulo

OMG! Como assim dois capítulos em um dia?! SIM! Como esta fanfic terá alguns toques dramáticos, por causa do título, claro, resolvi adiantar mais este (pois muita coisa ainda pode acontecer)!!

PS: leiam o recadinho das notas finais.
Vamos ao capítulo! *-*



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— Ya, me escuta! Julee-hu. Não. Calma. Fala mais devagar! Espera. Já está tudo pronto? - Hua-le sussurrava ao celular enquanto Bea-ni havia saído, indo retocar o batom no toilet do restaurante.

Sim! Está tudo em ordem. Só estamos aguardando vocês chegarem. Estamos todos aqui. Alguns não puderam vir, mas quase todos nossos amigos da empresa estão aqui e alguns dos velhos amigos da Bea-ni que mandamos buscar! – Julee-hu, uma das amigas da Kang’s Company ficara encarregada de reunir a todos para esta surpresa de boas-vindas. Bea-ni era uma pessoa bastante querida.

— Bolo e acompanhamentos? – Hua-le conferia em sua lista mental os itens que deveriam estar prontos.

Ok!— Julee-hu parecia empolgada.

— Balões e decorações?

Ok!

— As faixas?

Ok! Hujong já pendurou nas paredes.

— As luzes? Não esqueçam de manter as luzes apagadas!

Nee! Avisei à todos. — A voz de Julee-hu pareceu afastar-se do celular – Shiu!! Preciso ouvir a Hua-le. Não, ainda não estão vindo... — Ela respondeu à alguém.

— Ainda estamos em Incheon, mas até aí não será tão demorado e-- Aigo! – Hua-le exclamou ao celular ao ver Bea-ni aproximando-se – Estamos indo, sim! Chegamos em 35 minutos!

Hua-le pigarreou voltando à um expressão calma em questão de segundos, apesar de não estar nada calma, e foi sua voz que a denunciou:

— Vamos? – Ela incrivelmente desafinou ao falar.

Bea-ni franziu o cenho, divertida, e assentiu:

— Nee, estou bem cansada e precisamos colocar algumas conversas em dia!

— Cl-claro! – Hua-le falhou mais uma vez. Se Bea-ni ouvisse pensamentos, certamente saberia que sua amiga fazia uma oração para que ela não desconfiasse de nada.

Sim, Hua-le adorava organizar festas surpresa e ficava realmente empolgada para que tudo desse certo. Sempre poderia ser bastante divertido.

— Você está bem?

— Estou! Só... – “Uma pilha!” ela quis gritar - Cansada também. Mas já, já estaremos em sua casa. – Esboçou um sorriso convincente – Ainda temos algumas horas para a reunião da noite. - E assim, as duas rumaram ao estacionamento.

Com os cintos travados, Hua-le deu partida no carro e lembrou-se da ligação da noite anterior:

— Bea-ni ah, - a outra voltou-se para ela – recebi uma ligação ontem à noite de alguém... Parecia ansioso e estava procurando por você.

— Por mim? - A garota de fios castanhos apontou para si um tanto curiosa, franzindo os cenhos.

— Ye.

— Quem foi, afinal?... – Bea-ni inquiriu reticente – Não haveria quem precisasse falar comigo durantes os dias de viagem. Deixei tudo em dia com as franquias no Brasil e... – Calou-se em pensamentos sem compreender.

— Não se identificou. Informou que precisaria falar com você e que se identificaria apenas para você. Parecia algum assunto sério, pois não deixou nenhum recado. Mas sabe do que mais?

— O quê? – Bea-ni encarou novamente a amiga no volante.

— Aquela voz não me foi estranha.

— Como? Você acha... – Bea-ni lembrou-se de seu passado tormentoso – Acha que foi o Jungh--

— Anyo! Eu reconheceria a voz daquele verme até debaixo d’água!

— Gostaria de conversar sobre isso com você, Hua-le ah. – A voz de Bea-ni saiu um tanto aflita. Isso não pareceu bom aos ouvidos de Hua-le.

— Tudo bem, quando quiser. – A amiga olhou-a de relance.

— Mas agora preciso descansar! Em casa conversamos. – Bea-ni reanimava-se – Mas, se não foi ele, quem pode ter sido?!

— Hum, eu não sei, mas aquela voz foi tão familiar.

Ambas cerraram os olhos tentando decifrar o dono da voz na ligação da noite anterior e se perderam em pensamento aleatórios durante o caminho de volta.

 

***

 

13h30min – Seoul. Apartamento da Go Bea-ni

 

— Aigoo, como é cansativo passar todo este tempo no carro. – A voz de Bea-ni ecoava no quieto corredor. As duas amigas dividiam as malas. – Lar doce lar! Estava com saudades de tudo aqui. – Suspirou desejando jogar-se em seu confortável sofá e passou na frente para abrir a porta com sua chave.

— Anyo. - Hua-le sorriu sem grandes expressões, mostrando os dentes, com os olhos levemente assustados e vidrados em Bea-ni – Pode deixar que eu abro para você, amiga! – Sua voz soou alta o suficiente para que as ouvissem do lado de dentro.

Bea-ni soltou um riso, pendendo a cabeça levemente para trás fechando seus belos olhos puxados:

— O que há de errado com você, Hua-le ahhh?! Me fazendo esta cara, parece aqueles personagens loucos de filmes de terror! – Tentou novamente abrir a porta, insistindo, sendo impedida pela segunda vez.

— Eu vou ABRIIIIIR! – Hua-le gritou a última palavra para avisar que definitivamente entrariam naquele segundo o que fez com que Bea-ni gargalhasse acreditando que sua amiga estaria precisando realmente de férias o mais rápido possível. Apesar de não entender, aceitou dando de ombros. A porta foi aberta com um golpe e mal pondo um pé em seu quadrado tapete de entrada, a única coisa que pôde ouvir foram gritos felizes e desordenados:

— SURPRESA!

— BEM VINDA DE VOLTA, BEA-NI AH!

— OLHA, ELA ESTÁ SEM A FRANJA! – Este foi um comentário sem sentindo para uma surpresa de boas vindas.

— CHEGOU A MAIS NOVA GERENTE DE VENDAS DA COREIA DO SUL!

Bea-ni largou as malas, deixando-as cair pesadamente no chão (juntamente com seu queixo).

— Ma-mas o que é isto?! – Bea-ni exclamou soltando um gritinho alegre. Seus olhos brilhavam. – AIGOO! Kamsahamnida! Hua-le! Isto foi ideia sua, não foi?! – Bea-ni dava alguns pulinhos a medida que falava.

A amiga apenas sorria feliz e extremamente satisfeita.

Bea-ni, então, saiu a cumprimentar os amigos enquanto ganhava alguns mimos e guloseimas dos mesmos.

— Bom, então, à festa! – Hua-le exclamou, caminhando alguns passos para o grupo de amigos – Na verdade, Bea-ni ah, você mesma quem me deu esta ideia. Por você ter deixado uma cópia de sua chave comigo, para emergias com documentos que precisasse neste tempo na América, que tomei a liberdade de fazermos aqui esta surpresa. Mas, - aumentou o tom de voz chamando a atenção de todos, não passando de trinta pessoas – ainda hoje teremos uma reunião. – Fez um muxoxo - Não podemos nos alongar e nem ficar bêbados! – Todos sorriram.

Porém, uma voz abafada pôde ser ouvida fazendo Bea-ni sentir um incômodo frio percorrer seu estômago. De súbito seu coração alarmou-se. Apenas ela parecia assustada com aquela presença. Todos seguiam conversando animadamente, bebendo e comendo bastante.

— Olá, querida. Como é bom revê-la.

O tom soou ameaçador e igualmente gélido.

— Junghuon? O que você está fazendo aqui?

Bea-ni aproximou-se do jovem de misteriosa feição. Junghuon era alto e musculoso. Com um peitoral largo e rosto com traços proporcionais, chamava a atenção de muitas mulheres, mas era a Bea-ni a quem ele amava. Ou dizia amar. Suas sobrancelhas grossas marcavam seu rosto pálido dando-lhe um charme ao olhar escuro e penetrante. Olhar que antes havia conquistado a Bea-ni, porém hoje chegava a deixá-la temerosa; algumas vezes intimidada. Tinha um sedoso cabelo que chegava a cobrir a parte de trás do seu pescoço. Seu sorriso poderia mudar do mais encantador ao mais estranho em questão de segundos e estas disparidades na atitude do jovem rapaz fez com que Bea-ni se sentisse cada vez mais insegura em manter uma relação com o mesmo. Relação esta, já acabada. Pertencia ao passado, porém, que marcava sua indesejável presença ainda no presente. Infelizmente.

Três anos se passaram desde que ambos se conheceram com não mais que vinte e um anos, durante o trabalho da garota em uma empresa asiática, na qual no mesmo ano subiu de cargo sendo transferida para uma franquia sócia, a Kang’s Company, seu atual emprego. Junghuon fazia parte de uma das equipes da mesma empresa inicial e tudo fluiu na mais tranquila normalidade: olhares, conversas, encontros, confidências, diversões e a oficialização do namoro com um jantar digno de boas memórias por anos a fio. Mas nem tudo continuou assim. Junghuon escondia seu lado possessivo e agressivo e quanto mais dizia amar Bea-ni, mais deixava transparecer seu lado mais obscuro.

Um pouco menos de completarem um ano desde o início do namoro, discussões com frequência, davam lugar aos sorrisos que antes compartilhavam, mas ainda assim, tentavam manter um equilíbrio que já não parecia mais saudável para a jovem. Ela sofria e preocupava-se em estar em uma relação tão frágil como havia se tornado a sua com Junghuon.

Assim, mais um ano se passou e ao final deste segundo ano de namoro aconteceu mais uma discussão que foi a gota d’água para a bela Go Bea-ni o que a fez pôr um fim no relacionamento.

Ele, definitivamente, não a merecia e sabia disto, mas os impulsos do mesmo se faziam maiores e ele necessitava rever Bea-ni depois deste tempo sem ao menos ouvir sua voz.

Junghuon, um jovem perdido que acreditava ser, Go Bea-ni seu caminho.

Porém, não compreendia ele que a linda garota de fios castanhos e olhar doce, trilhava o próprio caminho com uma bússola que já tinha seu norte apontado para um outro alguém.


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Notas finais do capítulo

Mais alguns personagens apresentados!! Foco no Junghuon~
Antes do tão esperado reencontrooo (*-*), vocês precisam saber quem é quem ao redor de Bea-ni para assim todo o resto fazer sentido, então, aguardem ansiosos pelos próximos capítulos, pois planejo esta fic um pouco maior que as temporadas anteriores (se eu continuar postando) então, ainda haverá muito do nosso casal principal! ♥

Nos vemos nos comentários?



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