[3ª Temporada] - STIGMA: Please, dry my eyes escrita por Carol Stark


Capítulo 13
Entre corredores um 키스


Notas iniciais do capítulo

Opaaaaa! Como estão? Bom, o título já diz muito, não é? Hihihi Ao capítulo!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/756451/chapter/13

 

Mais um dia começava e o sol despontava no horizonte com seus raios mornos em contraste com a fria brisa de Seoul. Porém, o ritmo frenético desta grande cidade já se fazia presente antes mesmo de o sol acordar.

— Ah, por que tivemos que vir tão cedo, Bea-ni ah?! – Hua-le choramingou abrindo a porta do novo ambiente de trabalho dedicado à Kang’s Company na Big Hit – Ainda são 5h52min! Apenas o porteiro chegou, para nossa sorte, inclusive.

— Aish, Hua-le ah, eu já te expliquei milhões de vezes durante o caminho inteiro para cá: Temos que compensar o dia de atraso em que estávamos arrumando aqui todo o material. Além disso, Julee-Hu está na Kang’s também liderando nossa equipe de lá, juntamente com o Hujong.

— Ye, Bea-ni. Já entendi, entendi... – A amiga respondeu largando-se sonolenta em uma cadeira próxima a uma mesa destinada à ela. Abriu um notebook, procurou algumas papeladas ao lado e pôs-se a digitar iniciando seu trabalho calmamente.

— Hua-le ah. – Chamou Bea-ni fazendo a outra pronunciar um simples “Hum?” sem tirar os olhos da tela à frente – Estou indo ao toalete me trocar e retocar a maquiagem.

— Ye. – Hua-le respondeu com um bocejo – Sorte que não tem ninguém ainda pelos corredores para te ver vestida assim! – A amiga exclamou com um sorriso travesso.

— Você deveria ter feito isto também. Assim poderia dormir mais e não acordar tão cedo no intuito de já vir completamente pronta. – Bea-ni deu de ombros.

— Eu?! – Hua-le riu novamente apontando para si – Jamais! Imagina só se quando chegássemos ainda estivesse fechado? Não quis arriscar ter que andar por esta empresa com minhas roupas informais no meu primeiro dia de trabalho. Vai que topamos com um daqueles garotos?

— Ih, está ficando rosada por que, amiga? – Foi a vez de Bea-ni sorrir – Um daqueles garotos, tem nome?

— Mas o que você está dizendo?! Aish... – Hua-le remexeu os cabelos.

— Hum, Yoongi iria adorar te ver com aquelas pantufas velhas de panda encardido e seu vestido curto de donuts com um decote em “V” hiper discreto – Bea-ni concluiu fazendo com as mãos o gesto que representasse a letra mencionada seguida de uma expressão nada inocente.

— Shiu! Não fale das minhas roupas velhas. – Hua-le gargalhou ao lembrar-se – Elas são confortáveis. E olha só suas meias do LINE e estes chinelos... Estão combinando bastante com este short-saia azul que você usa apenas para ir até a loja de conveniência da sua rua e este moletom vermelho três números a mais. – Inevitavelmente, Hua-le riu abertamente mais uma vez.

— Com estas cores, estou mais para um cosplay da Mulher Maravilha. – Bea-ni riu igualmente estreitando seus olhos castanhos em finas linhas.

— Tirando os chinelos do LINE, está ótimo! – Hua-le observou divertida.

— Foram as primeiras coisas que vi no guarda-roupa antes de ir te pegar para virmos! Não me julgue. – A mais nova ali falou olhando para as próprias roupas – Estou disposta a terminarmos hoje o que atrasamos com as mudanças. – Bea-ni concluiu levantando um braço, com a mão em punho.

— Tudo bem, - Hua-le tentava não rir ao encarar a amiga – vá se trocar e não demora! Esta empresa é enorme e, silenciosa como está a esta hora, me dá arrepios.

— Aish, como esta unnie é medrosa. – Bea-ni arqueou uma sobrancelha com um riso no canto dos lábios – Ye, não demorarei. Melhor eu não abusar da sorte e ir antes que alguém chegue e encontre a Mulher Maravilha que vos fala. – Concluiu fazendo uma expressão solene recebendo em resposta uma pequena bola de papel nas costas ao dirigir-se à porta. Hua-le sorrindo, observou por onde começar com toda aquela papelada.

Ainda ligeiramente perdida neste novo ambiente de trabalho, Bea-ni carregava sua bolsa no ombro andando calmamente a procura do banheiro feminino mais próximo, quando um arrastar de cadeira ecoou assustando-a.

— Aigoo, – Sussurrou Bea-ni – como a Hua-le ah unnie é barulhent-- - Foi novamente pega de surpresa com o ruído, deixando a frase suspensa – Este som não parece estar vindo da nossa sala...

A garota apressou os passos tencionando o corpo pensando que, como havia dito sua amiga, na empresa não tinha mais ninguém além das duas e do porteiro a metros de distância andares abaixo.

Minimamente estranho.

Logo, ouviu passos lentos e sonoros próximos a si e, com os olhos esbugalhados e a respiração rasa, olhou para trás certa de que alguém a observava ou a seguia, porém, não havia ninguém em seu encalço, o que a deixou entre tranquila e desesperada: tranquila por estar enganada sobre estar sendo seguida ao longo daquele imenso corredor ainda mal iluminado e desesperada por não poder ver a fonte de tais ruídos, visto que encontrava-se sozinha com a amiga naquele andar.   

— OMO... Mas que diabos-- - Começou praguejando ainda observando o corredor atrás de si, quando, no segundo seguinte, visualizou em frente a indicação dos toaletes. Então, às pressas dobrou a esquerda para o local indicado.

Porém, Bea-ni não contava com algo que impedisse sua passagem e esbarrou violentamente indo ao chão. Foi tudo tão rápido que não pôde perceber qual foi o motivo de sua queda e gritou em reflexo, fechando os olhos com força.

Mas não sentiu a dor do impacto ao chão.

Porque não estava exatamente no chão.

Logo após o som do impacto, um gemido fez-se ouvir.

Bea-ni, então, abriu os olhos lentamente temendo o que poderia ver.

Quem poderia ver.

— OMO! – Bea-ni gritou encarando o rosto completamente rubro de Kim Taehyung abaixo do seu e tentou levantar-se apressada, mas sem sucesso por estar desajeitada o suficiente por sobre o corpo do rapaz e logo desistiu, cobrindo os olhos com uma das mãos. Ele, por sua vez, afastou os braços evitando tocá-la, o que dificultou a tentativa da garota em levantar-se.

Bea-ni, agora com os fios soltos devido ao impacto do esbarrão, mal respirava evitando mexer-se para não sentir aquela distância inexistente entre ela e o Bangtan. Mordeu os lábios e choramingou condenando-se mentalmente por ter deixado isto acontecer.

— Ca-calma... – Taehyung gaguejou num sussurro. Ele estava tão desesperado quanto ela e tinha que ajudá-la o mais rápido possível. Ele não poderia controlar seus hormônios por muito mais tempo tendo em vista aquela inesperada e desconfortável situação. Seu corpo esquentou e os lábios daquela garota, motivo dos seus devaneios, pareceram incrivelmente mais atraentes.

Bea-ni soltou o ar com um longo suspiro quase morrendo pela vergonha que sentia, o que fez o coração do jovem Bangtan acelerar fazendo-o tomar finalmente uma atitude plausível. Taehyung hesitou, mas segurou-a próximo aos ombros afastando-a e logo Bea-ni pôde apoiar-se melhor com as mãos no chão passando as pernas para a lateral, para fora do mesmo espaço em que há segundos, ambos ocupavam.

Assim, ambos se puseram de pé. Taehyung, encarando o chão ainda com as maçãs do rosto vermelhas, abananava-se enquanto Bea-ni buscava, de um lado para outro, seus chinelos que foram parar cada um em um extremo. Logo resmungou sem encarar o mais alto. Seria pedir demais para ela que o olhasse nos olhos:

— Não vê por onde anda, não? – Inquiriu ajustando as saias.

Taehyung girou os olhos pensando se deveria realmente responder. Não precisou de muito tempo para decidir. Aquela garota o deixava louco!

— Ia fazer a mesma pergunta à você. – O Bangtan rebateu erguendo as sobrancelhas.

— Aish, mas que mal educado... – Ela falou mais baixo afastando a poeira do moletom a medida que tentava passar por Taehyung e seguir com o que havia ido fazer.

— Eu, mal educado, Bea-ni?! Não fui eu quem esbarrou. Você simplesmente apareceu na minha frente, aigoo. – Ele pôs-se em sua frente com os cenhos franzidos, impedindo-a de passar.

— Jinjja?! [NOTA: 진짜 - Expressão “Mesmo?”, “É sério?”] – Bea-ni exclamou incrédula – Você me assustou! – Ela levantou a vista para finalmente encará-lo e sentiu seu rosto arder. Deu-se conta, então, da roupa que usava e não conseguiu esconder seu constrangimento – Deixe-me passar, ok? – Falou mais baixo – Me desculpa pelo esbarrão.

Taehyung pouco importava-se à esta altura com um pedido de desculpas. Ele apenas queria ficar mais tempo com Bea-ni e observá-la incansavelmente.

— Por que eu a assustei? – Inquiriu sem grandes interesses. Sua voz era suave e aveludada, o que fez a garota lembrar-se do dia em que cantaram no SPArirang um ano atrás.

— Por que... – Bea-ni sentia que era cada vez mais difícil manter-se natural diante daquele Bangtan – Eu ouvi alguns ruídos e imaginei que estivesse sozinha com minha amiga aqui, a esta hora.

— Oh! Ye... Não costumo vir tão cedo, mas – Taehyung deu uma pausa – perdi o sono esta noite e resolvi praticar um pouco.

Foi, então, quando Bea-ni olhou-o de relance notando sua camisa úmida marcando levemente seu peitoral e tronco e alguns dos seus fios acinzentados estavam molhados. Desviou os olhos seguindo em frente, passando por Taehyung que a observava, pensando se deveria ou não mencionar o assunto da noite anterior, naquele jantar.

Encorajando-se, chamou-a:

— Go Bea-ni!

Ela apenas parou sem virar-se e ele continuou:

— O que você quis dizer com “perigo”? Quem pode te fazer algum mal?

A garota gelou. Não pensou que ele retomaria este assunto, afinal, já sentia-se arrependida em ter dito tais palavras.

— Taehyung, não me faça mais perguntas. – Ela falou baixo.

Aproximando-se, Tae proferiu quase como em súplica:

— Por favor, deixe-me ajudá-la.

— Você não pode... Ninguém pode. – Bea-ni desejava profundamente ter enxergado o lado insano do Junghuon o quanto antes e arrependia-se amargamente em ter confiado e mantido um relacionamento com o mesmo; em ter sentido tanto medo por muito tempo.

— Já perdi alguém especial uma vez, Bea-ni, não quero que isto aconteça novamente. – Taehyung mantinha o contato visual e abaixou o tom de voz diante da dificuldade em fazer-se ouvir com tais palavras.

Bea-ni perguntava-se como, com o Taehyung, as coisas poderiam ser tão intensas. Ela não mais sentia-se envergonhada pelas roupas que vestia ou pela cena desajeitada de minutos antes. Mesmo tentando manter seus segredos em relação a Junghuon e o perigo que ele emanava, ela sentia-se desnuda diante daquele olhar do Bangtan, pois Taehyung parecia ter a facilidade em “lê-la”, mesmo ainda não a compreendendo por completo.

— Taehyung, não há nada que você possa fazer. Vamos apenas continuar com nossos trabalhos, ok? – Bea-ni relutava.

— Aniyo. Aniyo, Bea-ni. Não me peça para ignorar o fato de que você não está bem... Esperei demais por você. – Ele falava quase em sussurros, próximo o suficiente para a garota ouvi-lo – Sei que posso ajudá-la, pelo menos estando ao seu lado e você também quer isto, Bea-ni. Eu sei que você quer...

A aproximação gradativa de Taehyung fez a garota perder o ar com o coração à mil. Ela relutava na simples atitude em apenas aceitar o que a vida lhe oferecia de bom pelo igualmente simples, porém cruel fato, em envolver alguém especial como o jovem à sua frente em problemas e perigos que ela não podia sequer prever. Ele não merecia isto. Ele já havia perdido alguém uma vez e ela apenas o machucaria se permitisse que aquilo seguisse adiante.

Mas sim, Taehyung tinha razão. Ela queria.

Será que pagariam um preço tão caro por permitirem-se ser felizes?

Ela pôde sentir a respiração de Taehyung mais uma vez perigosamente próxima, aguardando apenas que ela o permitisse seguir adiante e, então, tomou-o para si, unindo seus lábios aos dele sem aviso prévio, segurando na gola de sua camisa na ponta dos pés.

O alto Bangtan esbugalhou os olhos levemente confuso por não esperar que ela aceitasse tal aproximação, muito menos por não esperar que ela tomasse a iniciativa, mas logo inflou-se em felicidade e segurou-a pela cintura aprofundando aquele beijo tão aguardado por ele. Era claro para Taehyung que todo o sentimento que nutria por Bea-ni era recíproco, mas ele teria que descobrir os mistérios daquela garota. Quanto aos seus, deixaria para depois, afinal de contas fazia parte do passado. Assim pensava Taehyung, mas logo deixou de lado suas preocupações e sentiu todo o prazer que era estar com a Bea-ni agora concretos e evidentes em seu corpo. Taehyung nunca pensou que experimentaria sentimentos tão fortes por alguém, mas a vida havia resolvido presentear-lhe com tal fato. Porém, não imaginava ele as teias de seu destino.

O alto Bangtan de fios acinzentados não desejava largar a garota tão cedo e buscava o ar entre beijos na tentativa de eternizar aqueles minutos. Temia que seu coração pudesse ser ouvido, seu rosto estava tão rubro quanto o dela era rosado e seu baixo ventre inesperadamente reagia, deixando-o entre envergonhado e ainda mais impetuoso, com certa impulsividade que precisava cessar.

Ofegante, Taehyung abriu os olhos encarando Bea-ni que igualmente sem fôlego apoiava-se em seu peitoral. Ele segurou as pequenas mãos da garota sobre seu próprio tórax e sorriu.   

— Me-me desculpa. – Foi a única coisa que a garota de olhos castanhos conseguiu pensar em falar. Ela ainda tentava entender como conseguiu fazer aquilo e agradeceu aos céus por não ter chegado ninguém nestes breves minutos.

Taehyung apenas a observou tocando-a no rosto. Em seguida pronunciou baixo:

— Só pedimos desculpas quando o outro não gosta do que fazemos... – A voz aveludada do Bangtan soou grave próxima aos ouvidos de Bea-ni que logo encolheu sem saber como agiria dali em diante – E eu gostei.

— Tae... – Ela sentia claras dificuldades em falar – Taehyung, eu... Eu agi por impulso. Não deveria ter feito isto! – Bea-ni pegou a bolsa que ainda encontrava-se no chão e deu as costas ao garoto.

— Mas o que você está falan-- - Taehyung começou segurando o braço de Bea-ni com os cenhos franzidos, confuso, mas logo ela soltou-se e correu corredor adentro entrando finalmente no banheiro.

Encarou-se no espelho sem fôlego batendo na própria testa com uma das mãos:

— Mas o que você foi fazer, Go Bea-ni?! – Largou a bolsa no mármore da pia sem cuidado – Estou perdida! 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam? *-* Já não era sem tempo, não é mesmo?! Deixem suas opiniões!! ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "[3ª Temporada] - STIGMA: Please, dry my eyes" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.