Meu Pequeno Anjo escrita por Lelly Everllark


Capítulo 34
Bem-vinda de volta.


Notas iniciais do capítulo

Hei! Meus amores, voltei!
E bem rápido dessa vez u.u
Mas eu quero explicar o por que desse capítulo hoje, é que eu vou ficar fora o fim de semana todo, e não teria como eu postar capítulo então ele saiu hoje, mas esse é o capítulo da semana, Ok? Então isso significa que se volto semana que vem!
BOA LEITURA!! :3
PS: Ai meu Deus a fic recebeu uma recomendação muito linda da Cor das palavras, muuuito obrigada amore! Você não tem noção do quanto isso me deixa feliz, muito obrigada mesmo pelo carinho, esse capítulo mais que especial é pra você!!! ♥



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  Izzie

  Eu não sonhei, nem tive nenhum tipo de experiência de quase morte como muitos dizem acontecer, só dormi. Senti o impacto do carro, a dor e tudo ficou escuro e depois nada, só a voz de Angie ao longe todo tempo. Quando eu finalmente consegui abrir os olhos, não havia mais dor, e ela estava lá sorrindo para mim como sempre e ele também. Connor tinha os olhos arregalados de pura felicidade e seu sorriso era tão lindo quanto eu me lembrava.

  - Mamãe, você acordou! – Angie exclamou agarrada ao meu pesco e eu consegui abraçá-la de volta mesmo que meus movimentos estivessem lentos e pesados. – Eu sabia que você ia acordar, o papai disse que ia e ele nunca mente. Viu, vovó! A mamãe acordou! – ela olhou para minha mãe que estava ali também, parada no meio do quarto me olhando num misto de choque e felicidade, em meio ao meu momento eu mal tinha notado ela e papai ali.

  Foi então que me lembrei de outra coisa importante, me sentei tão rápido que tudo girou e eu e Angie, que ainda estava agarrada a mim, quase caímos da cama. Connor foi o primeiro a reagir e nos segurou.

  - Calma, amor. Você não pode levantar assim.

  - Grace! – arfei com a voz um pouco mais forte e olhei para a minha barriga que ainda estava tão grande quanto eu me lembrava. Eu tinha medo de perguntar, mas o fiz assim mesmo. – Ela está bem? Ela...

  - Fique calma, Ok? Ela está bem, você protegeu nossas garotinhas. As duas estão ótimas e agora você tem que descansar, eu vou chamar um médico.

  - Mas eu me sinto bem, acho que descansei até de mais. Quando tempo eu fiquei fora? – pergunto deixando Connor me ajudar a deitar outra vez. Ele desvia o olhar, Angie é a primeira a falar.

  - Um monte de dias assim, mamãe – ela mostra uma mão inteira e mais dois dedos. Surpreendo-me com sua contagem e olho para Connor exigindo uma resposta, ele finalmente me encara de volta.

  - Uma semana, Gatinho? Isso é sério? Eu fiquei mesmo fora por uma semana? – o pensamento me assusta e a resposta de Connor também.

  Ele faz que sim e finalmente noto coisas nele que não havia notado antes, a barba por fazer, as olheiras escuras e profundas o cabelo bagunçado que não é seu habitual, a roupa amassada e o ar cansado. Essa parece uma versão extremamente triste do meu Gatinho e não gosto disso, nenhum pouco. Sei que assustei todos, e muito, por que apesar de não estar falando nada, Angie continua agarrada a mim e olhando para o meu rosto como se para garantir que continuo de olhos abertos, isso me parte o coração. Sete dias, os deixei preocupados por sete dias e agora me olham como se eu fosse quebrar a qualquer momento.

  Meus olhos encontram o de mamãe e não sei qual das duas está mais incomodada, não nos falamos há quase quatro meses, desde o desastre lá no apartamento e não sei o que dizer a ela, e nem se ela quer me dizer alguma coisa.

  - Mamãe, você veio – sussurro e ela faz que sim, papai olha de uma para a outra sorrindo e Connor meio hesitante se aproxima de Angie.

  - Vamos ir lá dizer ao médico que a mamãe acordou, Angie? – ele chama e sei que não quer ir, mas vai fazer isso para me deixar a sós com meus pais e só sei amá-lo mais por isso.

  - Não – a pequena esconde o rosto em meu peito e me aperta mais. – Não quero ir.

  - Vai ser bem rápido.

  - Mas e se a mamãe dormir e não acordar de novo? – ela funga e acho forças para apertá-la também.

  - Não vou nem fechar os olhos – digo a ela que levanta o rosto para me encarar. – Prometo. Só vou conversar com a vovó e o vovô. Você pode fazer um favor para a mamãe?

  - O que é?

  - Que tal contar a tia Gwen que eu acordei? Você pede pro papai ligar para ela e diz pra mim?

  - Digo! – ela se anima, mas depois me olha desconfiada. – Mas você não vai dormir mais não, né?

  - Não, vou ficar aqui bem acordada esperando você, o papai, a tia Gwen, o tio Stu. Você vai chamar todos eles?

  - Vou! – ela finalmente sorri outra vez, um sorriso que ilumina o quarto todo. – Vamos papai! A gente tem que contar pro médico e pros tios!

  - Amo você – Connor se inclina até mim e me beija, é só um beijo rápido, mas me faz sorrir. – Já fazia um tempo que eu não via esse sorriso dela e você com duas palavras a fez sorrir e se animar em sair do seu lado. Você é incrível e obrigada por voltar, amo você.

  - Te amo mais, por não desistir de mim e continuar ao meu lado – digo tocando seu rosto e vejo lágrimas se formarem em seus olhos, as limpo antes que caiam, a ideia de Connor e Angie chorando por mim me dói quase fisicamente. – Amo você, estou aqui e não vou a lugar nenhum – garanto a ele que assente se afastando e só depois de muito relutarem é que finalmente ambos, ele e Angie, deixam o quarto.

  Ainda posso ouvir a voz animada da minha pequena quando finalmente encaro meus pais. Papai sorri, mas não sei identificar a expressão de mamãe, ela só me olha parecendo não saber o que dizer ou fazer.

  - Fico feliz que tenham vindo – digo sinceramente a livrando a missão de começar a conversa.

  - Claro que viemos, é nossa filha – papai sorri. – Passamos a semana em seu apartamento. Queríamos acompanhar sua recuperação de perto.

  - Vocês ficaram na minha casa? – pergunto surpresa. Mamãe e Connor juntos? Isso é uma surpresa. – E Connor?

  - Seu namorado passou a semana aqui, não teve quem o convencesse a ir embora, nem a mãe dele. Todos íamos e vínhamos, mas ele e sua mãe não arredaram o pé e Gwen também, ela só não ficou mais por causa do emprego.

  - O senhor está falando sério? – pergunto sem creditar. Ele faz que sim e viro-me para encarar minha mãe. – A senhora fez mesmo isso?

  - Claro que fiz.

  - Por quê?

  - Como assim “Por que”, Isabelle? É a minha filha! Claro que eu viria, que ficaria! A amo, sei que não fui a melhor mãe nos últimos meses, mas a amo e só queria vê-la de olhos abertos e ouvir sua voz outra vez. E aproveitando que estou aqui, quero pedir perdão pelo que disse, pelas palavras que usei, por tê-la magoado daquele jeito. Eu só não entendia, não antes dessa última semana, o porquê de você ter simplesmente desistido de tudo por um bebê. Você poderia ter tido tudo o que não tive...

  - Mãe, por favor – peço, não quero ouvi-la dizendo como acabei com a minha vida, não tenho forças para isso outra vez. Mas para minha surpresa mamãe nega com a cabeça e vejo seus olhos marejados, ela se aproxima da cama e segura minha mão.

  - Não, deixe-me continuar – ela pede. – Eu só queria te dar tudo que não tive, tudo que minha doença tirou de você, a faculdade, as festas, a liberdade de ser jovem e não ter que ter aceitado o primeiro emprego disponível apenas para pagar o aluguel. E eu me foquei tanto no que você tinha “perdido” que não vi o que ganhou. Não notei que apesar de não ter as festas e faculdade, você tinha amigos incríveis, uma vida repleta de bons momentos, de felicidade, de amor, e depois de ver aquele garoto passar cada minuto possível dessa última semana aqui ao seu lado, conversando com você, pedindo para que voltasse, vendo aquela garotinha que insiste que eu seja avó dela mesmo depois de tudo que eu disse a você, de como a deixei mal, eu sei que encontrou assim como eu, um amor para toda a vida, uma família linda pela qual vale lutar. Eu ainda quero que você se forme, tenha um emprego melhor, mas acima de tudo Izzie, agora que nós temos uma segunda chance, quero que seja feliz.

  - Mamãe – soluço me sentando na cama, mesmo que não ache que devo, apenas para abraçá-la. – Amo você.

  - Também te amo, você sempre será minha garotinha, me perdoe por antes, pelo que eu disse. Por ter te machucado tanto. Por favor, me perdoe.

  - Perdoo – ainda estou chorando abraçada a mamãe quando escuto batidas na porta. Separamo-nos e um médico e uma enfermeira nos observam. Minha mãe limpa suas próprias lágrimas, beija meu rosto e se fasta.

  - Como está se sentindo, Isabelle? – o médico pergunta e sorrio limpando o rosto.

  - Ótima e com a sensação de que dormi por uma vida inteira.

  - Fico feliz em ouvir isso, seu marido e sua filha estavam radiantes quando vieram me contar que havia acordado. Agora que acordou acho que a sala de espera vai deixar de ser um ponto de turismo, você tem uma família grande e barulhenta quando está preocupada – ele sorri e aquilo me surpreende de um jeito bom. Quase posso imaginar Gwen e Stu fazendo barraco na recepção do hospital. – Agora vamos fazer uns exames e logo eu vou poder dizer como você está.

  - Vou demorar a ir para casa? – pergunto ansiosa, não quero ficar nem mais um dia aqui, não quero assustar Angie mais do que ela já deve estar assustada.

  - Só os exames vão dizer. Mas a julgar pela sua disposição creio que não demorará muito.

  Sou levada a inúmeros exames acompanhada por mamãe e logo depois por Connor e Angie. Tenho que subornar a pequena com litros de sorvete para convencê-la a não entrar na maquina de ressonância comigo. Mas toda essa movimentação vale à pena, quando os resultados dos exames chegam deixam todos otimistas sobre o fim da minha estadia aqui no hospital. Faço ainda um ultrassom, apenas por que preciso ter certeza que Grace está aqui quentinha e bem, exatamente onde devia, estou chorando de alivio quando escuto seu coraçãozinho. Ambas minhas pequenas estão bem e isso faz tudo valer à pena.

  No fim do dia recebo visita de todos, Gwen, Duncan e suas irmãs, Jace, Stu e todo o pessoal da lanchonete, até o Sr. Braga aparece. Sou coberta de beijos e presentes, tem comida, livros, flores e até roupinhas para Grace. Já é noite quando o meu quarto se esvazia outra vez. Restam apenas Connor que está sentado na poltrona ao lado da cama e Angie que dorme ao meu lado. Por hoje pedi ao loiro que a deixasse ficar, ela merecia, tinha sido mais corajosa que devia todos esses dias e podia dormir ao meu lado para que eu velasse o seu sono essa noite e não ela o meu.

  - O que acha de nos mudarmos? – Connor pergunta depois de uns minutos de silencio e o encaro sem entender.

  - Como é?

  - Tem essa casa com um jardim e paredes vermelhas que está à venda há vários meses e ninguém nunca comprou. Talvez ela esteja esperando por nós.

  - Paredes vermelhas e um jardim? A algumas quadras lá do apartamento? – pergunto surpresa mexendo no cabelo de Angie e ele faz que sim. Abro um sorriso involuntário e Connor sorri também.

  - Você estava lá, não é? Um dia antes de nos conhecermos, parada em frente à casa esperando para ser atropelada por um garotinha de bicicleta, era você, não é? – ele pergunta com os olhos azuis fixos nos meus e assinto chorando.

  - Você me viu aquele dia?

  - Foi de relance, por acaso, e quase bati em uma caixa de correio te encarando enquanto pensava no quanto era linda sem nem ter noção de que seria minha. Quando nos conhecemos lá no apartamento e eu te vi, tive a sensação de que te conhecia de algum lugar, mas não consegui ligar uma coisa na outra até aquele dia em que saímos com o pessoal e você tocou no assunto.

  - Destino? – pergunto sorrindo em meio às lágrimas e ele faz que sim, Connor se inclina em minha direção para limpar meu rosto e logo em seguida me beijar.

  - Gosto de pensar que foi nosso amor que nos uniu, e nosso pequeno anjo, claro – ele diz depois de nos separarmos olhando para Angie adormecida ao meu lado. – Ela te conquistou antes que eu tivesse chance de fazer o mesmo. Eu vi as duas se apaixonando uma pela outra e só então me apaixonei por vocês. São minhas, todas, para sempre, não abro mão. O que me diz, Iz, quer ter aquela casa de paredes vermelhas que nos uniu um pouco também, só pra você?

  - Quero, claro que quero, se você soubesse o que eu já imaginei sobre aquela casa – sorrio sozinha com minha imaginação fértil. – Mas como pretende comprá-la? A não ser que tenha ganhado na loteria nesses últimos dias em que fiquei fora, não me lembro de termos tanto dinheiro.

  - Nossos pais estão comprando ela pra gente – ele diz e sua fala me surpreende.

  - Como?

  - Minha mãe, Raul e seus pais ficaram sabendo sobre minha ideia por que o Jace não consegue manter a boca fechada e quando me perguntaram se era verdade que eu queria comprar a casa eu disse que sim sem saber aonde essa nossa conversa ia nos levar. Meia hora depois minha mãe e sua mãe se tornaram melhores amigas e já tinham até ligado para o proprietário da casa para tentar um desconto ou o que quer que seja. Não tive como recusar ou fugir.

  - Quanto tempo tem isso? – pergunto sem acreditar e ele dá um meio sorriso.

  - Umas duas horas.

  - Você está brincando, certo? Meus pais não têm tanto dinheiro assim, o que eles pretendem? Você disse a eles que era loucura, né? Que não precisava?

  - Eu tentei, mas não quiseram me ouvir, nenhum deles. Nossos amigos resolveram que iriam ajudar e a coisa toda virou uma bola de neve. Não sei mais se é sonho ou realidade.

  - Sinceramente pra mim não faz diferença, por que eu estou apaixonada por essa ideia mesmo que ela seja só uma ilusão que esteja muito longe de acontecer. Pode não ser hoje ou amanhã, mas algum dia estaremos comendo no jardim de uma casa como aquela.

  - Promete? – ele pergunta com os olhos brilhando e faço que sim.

  - Prometo.

  - Promete que nunca mais vai me deixar assim, Izzie?

  - Nunca mais – digo e o puxo para um beijo que sela nossa promessa silenciosa. – Amo você.

  - Eu também, meu amor.

  Passamos o resto daquela noite conversando e trocando beijos e sorrisos, eu cochilei, mas Angie acordou assustada e assim que me viu de olhos fechados começou a chorar, depois disso não consegui mais dormir nem convencê-la a dormir também, então ficamos as duas conversando uma com a outra e com Grace enquanto Connor dormia no sofá. Meu Gatinho não iria admitir, mas eu sabia só de olhar apara ele que estava exausto, era a vez dele descansar e eu cuidar de tudo.

  Duas semanas depois de eu acordar estávamos em casa empacotando tudo para nos mudarmos e eu ainda não conseguia acreditar nisso. Nossos pais e nossos amigos tinham conseguido, ainda haviam prestações, mas eles realmente fizeram, compraram a casa e eu ainda não conseguia acreditar. Connor parecia ainda mais surpreso que eu e Angie estava eufórica com a novidade. Teríamos que redecorar o quarto dela e de Grace, mas a pequena não estava ligando nenhum pouco pra isso, na verdade ela não via a hora de poder correr pelo jardim exatamente como fazia na casa de dona Vera.

  - Mamãe, onde eu coloco minha mochila? – Angie perguntou me trazendo de volta a realidade e eu sorri olhando para a confusão de caixas espalhadas pela sala. Abby pareceu triste quando dissemos que iríamos sair, mas quando expliquei que continuaríamos juntos e só em um espaço maior ela até se convidou para conhecer nossa nova casa.

  - Se você não quiser ficar com ela nas costas tem que colocar em uma caixa. Você vai ficar com ela?

  A loirinha nega com a cabeça e eu sorrio indicando uma caixa com alguns livros.

  - Coloque ela ali então. Você já pegou tudo que estava no seu quarto?

  - Peguei!

  - Tem certeza que não sobrou nada?

  - Nadinha!

  - Ótimo. Cadê seu pai? – Angie indica o corredor e sorri.

  - lá no quarto da Grace procurando o sapatinho que ele tinha comprado pra ela, mas que ele perdeu no meio das caixas que a senhora guardou.

  Sorrio sem acreditar, o que Connor pode querer com um sapatinho agora? Nós podemos procurar quando formos desempacotar as coisas mais tarde.

  - Vai lá apressar ele então por que o caminhão de mudança vai chegar daqui a pouco.

  - bom, vou lá! – ela avisa antes de sair correndo em direção ao corredor.

  Estou terminando de guardar os talheres quando os dois loiros da minha vida voltam para a sala com sorrisos bem suspeitos.

  - O que estão aprontando? – pergunto e eles trocam um olhar cúmplice. Aí tem.

  - Nada, não é papai? – Angie diz rindo e Connor sorri também, eles não sabem nem disfarçar.

  Meu Gatinho caminha em minha direção e quando para a minha frente ele já perdeu o ar de diversão de meio segundo atrás.

  - Esse lugar – ele indica o apartamento. – Quando eu aluguei só queria um lugar para ir com Angie, estávamos os dois meio perdidos e nos afastarmos dos meninos era o melhor a se fazer. Mas quando você apareceu, sorrindo e chorando, determinada a ficar eu pensei, “Ótimo, se tinha como ficar pior, ficou”, era loucura, morar com uma desconhecida, mas eu fiquei e você também e nunca acreditei tanto que tomei uma decisão certa quanto a de ficar aqui e de ficar com Angie.

  - Connor? – sussurro com os olhos marejados sem conseguir desviar os olhar e ele sorri chamando Angie para se juntar a nós, a pequena caminha até ele e para ao seu lado de frente para mim com um sorriso enorme no rosto e um par de sapatinhos nas mãos

  - Agora aqui, nesse apartamento onde nos conhecemos, onde dividimos uma refeição pela primeira vez, onde dividimos uma cama pela primeira vez, onde nos apaixonamos e nos tornamos uma família. Eu e Angie queremos perguntar se vocês, Izzie e Grace – nesse momento Connor se ajoelhou a minha frente e Angie me estendeu o par de sapatinhos de crochê vermelhos. – Querem se casar conosco?

  - Sim! – respondi agora chorando pra valer. – Sim, sempre sim! Amo vocês, nós amamos – digo tocando minha barriga e depois o rostinho sorridente de Angie. Me abaixo para beijá-los, mas eles são mais rápidos, Angie me abraça e Connor fica de pé e toma meus lábios num beijo apaixonado.

  - Você tem noção de que é pra sempre, sem volta ou devolução, são nossas para a vida toda, certo? – ele pergunta quando nos separamos e faço que sim.

  - Para sempre.

  - Você aceitou, mamãe! Agora pega o anel que o papai colocou no sapatinho da Grace!

  Olho para Connor e ele faz que sim corando, não resisto ao impulso de beijá-lo outra vez antes de encontrar o anel simples e delicado dentro de um dos pés do sapatinho. O loiro faz questão de colocá-lo em meu dedo.

  - Então era por isso que o sapato era tão importante. Tem muito tempo que esse anel está aqui? – pergunto curiosa e Connor dá de ombros.

  - Quase um mês, eu coloquei pouco antes de você sofrer o acidente, estava esperando a ocasião certa, mas ela nunca surgia e eu queria fazer isso aqui. Por que foi onde nos conhecemos e eu me apaixonei por você no primeiro “Quem é você?” que trocamos.

  - Eu te amo, meu noivo – digo me pendurando em seu pescoço para beijá-lo outra vez.

  - Também te amo, minha noiva – ele sorri e sinto um movimento em minha barriga.

  - Grace está dizendo sim também – aviso e vejo dois pares de olhos azuis se iluminarem. Esses dois eram mesmo muito apaixonados pela caçula da família.

  - Oi Grace, você disse sim também? A mamãe disse sim, ela e o papai vão casar lá na igreja com vestido e flor. Vai ser lindo! Tenho que contar para tia Gwen – ela avisa para a irmã e acho graça. Minha amiga tinha transformado minha filha em sua informante pessoal.

  - Vai ser muito lindo e eu não vejo à hora de acontecer – Connor sorri pra mim e me derreto toda. Viveria aqui nesse momento para sempre se eu não tivesse certeza que os próximos seriam tão bons quanto.

  Minha vida finalmente estava entrando nos trilhos e eu não podia estar mais feliz.


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Notas finais do capítulo

E então? O que estão achando das emoções finais da fic?
Quero opiniões!!
Beijocas e até, Lelly ♥



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