Meu Pequeno Anjo escrita por Lelly Everllark


Capítulo 29
Discussões inúteis, bebidas e... Oficial?


Notas iniciais do capítulo

Vooooltei, meus amores!!
Capítulo novo na área :3
Espero que gostem e BOA LEITURA ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/756351/chapter/29

  Izzie

  - Animada, Angie?

  - Sim, mamãe! – ela responde e meu coração se aperta um pouquinho. Toda vez que ela me chama assim ganha um pedaço a mais do meu coração que já é todo dela.

  - Se comporte e obedeça sua avó – peço acariciando seu cabelos, quero mesmo é me abaixar para beijá-la, mas ultimamente tem sido complicado para mim fazer um movimento simples como esse. Tinha acabado de completar seis meses de gestação e estava me sentindo enorme, mesmo que Connor me garantisse a cada segundo que eu estava linda.

  Meu namorado em questão finalmente conseguiu encontrar a boneca perdida no banco de trás do carro e veio se juntar a nós na porta da casa de dona Vera. Angie iria ter uma festa do pijama aqui com Agatha e Hannah, ideia da própria dona Vera e talvez eu estivesse um pouco receosa com isso, afinal, essa seria a primeira vez que minha pequena dormiria longe da minha vista desde que eu a conheci, Connor me disse que com ele também seria a primeira vez.

  - Aqui, Angie, cuide da Nina e obedeça sua avó – o loiro entrega a boneca a ela e a pequena faz que sim.

  - bom, papai, a mamãe já tinha dito isso de obedecer à vovó.

  - Então é melhor obedecer, Ok?

  - A filha de vocês é uma princesa e nunca me deu um pingo de trabalho – dona Vera se junta à conversa me abraçando e tocando minha barriga. – Estou quase terminando de bordar o enxoval dela.

  - Você não precisava fazer isso – começo, mas ela me interrompe.

  - Claro que não. Mas eu quis, Grace é a minha primeira neta que vai chegar num pacotinho minúsculo, as outras já vieram grandes. Vou aproveitar.

  - Desista, amor. Minha mãe não mudaria de ideia nem se a pagassem pra isso – Connor sorri para a mãe que finge não ouvi-lo e vai beijar Angie.

  - A Hannah e a Agatha já chegaram, vovó?

  - Ainda não, mas devem estar quase... Olha elas ali! – dona Vera aponta para a calçada onde o carro inconfundível de Duncan estaciona. Uma moto com um casal passa por eles, buzina e segue seu caminho.

  As garotas descem do carro e correm até onde estamos, seus primeiros abraços são para a avó que ganharam e só depois para mim e Angie. Gwen e Duncan nos alcançam de mãos dadas e sorridentes.

  - Elas só falaram disso o dia todo – minha amiga não consegue esconder o sorriso. – Tem certeza que está tudo bem, dona Vera?

  - Mas é claro! Você e essa minha nora são muito preocupadas, que problema teria em eu passar uma noite com minhas netas? Raul trouxe até os colchões para a sala, vamos dormir todos aqui e vai ser muito divertido – ela diz essa última parte olhando para as meninas que se acabam de gritar animadas. – Vamos entrar e deixar os adultos passearem?

  - Sim! – respondem as três juntas.

  - Tchau mamãe, tchau papai! – Angie se despede, beija Connor, me abraça e depois beija minha barriga. – Tchau, Grace! Quando você sair daí você vem também – diz e logo em segui some correndo pela sala sem nem olhar para trás. Acabei de ser abandonada.

 - Tchau Gwen, tchau Dan! – as irmãs se despedem de Gwen e de seu namorado e correm atrás de Angie.

  - Vão tranquilos e divirtam-se, elas vão estar seguras e se divertindo também – dona Vera garante e nós nos despedimos dela para voltarmos aos carros logo em seguida.

  - Candy e Jace vão também? – Connor pergunta e Gwen faz que sim.

  - Não viram a moto que passou correndo quando chegamos? Eram eles. Odeio essa coisa de andar de moto – minha amiga resmunga e acho graça.

  - Deixe-os se divertir.

  - Pra você é fácil falar, Angie em casa e Grace mais segura impossível dentro da sua barriga. Quero ver quando elas começarem a passear de moto com os namorados.

  - Minhas garotas só vão namorar depois dos trinta, talvez trinta e cinco – Connor entra na discussão e reviro os olhos.

  - Gente, por favor, vamos? – ambos me olham parecendo decepcionados de eu não querer especular a futura vida amorosa das minhas filhas, um das quais nem nasceu ainda. - Nos vemos lá? – pergunto e minha amiga assente sem outra opção.

  - Nos vemos lá.

  Entramos nos carros e sorrio olhando para Connor. Como dona Vera teve essa ideia mirabolante aproveitamos a oportunidade para sairmos e bebermos, pelo menos eles vão já que eu não posso, como os casais jovens que somos, seria só uma reunião em um lugar diferente, mas ainda assim já contava, né?

  Chegamos ao bar que também era restaurante e que Gwen e eu vínhamos muito antes dela começar a namorar e depois também, mas aí quando percebi que ficar de vela era uma droga deixamos de fazer programas a três, ela vinha comigo em uma noite de garotas e depois com Duncan num encontro e todo mundo saia ganhando.

  Entramos e eu sorri com a decoração meio anos oitenta, mesas de madeira, bar, pista de dança, jukebox e até um tiro ao alvo com dardos. Avistamos Jace, Candy e Stu em uma mesa com aqueles bancos acolchoados que formavam dois U’s um de cada lado dela, fomos nos juntar a eles. O casal estava abraçado e Stuart ao lado deles juntando as mãos em formato de pinças simulando beijos, muito maduro da parte dele. O moreno não pareceu nenhum pouco envergonhado quando foi pego na brincadeira idiota, só acenou e bebeu sua cerveja como se nada tivesse acontecido.

  - Aqui vemos claramente quem são os adultos e o adolescente - Connor comenta se sentando e nós fazemos o mesmo, Stu lhe manda um beijo.

  - E você é o velho então, né?

  - Eu cresci, Stu, e você não conseguiu, eu entendo.

  - Lá, lá, lá não estou te ouvindo.

  - Pelo amor de Deus, Stuart! – Connor reclama e todos caímos na gargalhada.

  - Isso é dor de cotovelo, Connor – Jace comenta e Stu finge que não é nem com ele. – Ele está assim desde que eu e a minha Jujuba nos sentamos. Acho que foi só agora que ele percebeu que isso se tornou um programa de casais e ele não tem casal nenhum.

  - Eu te amo como um filho, cuidei de você e você me apunhala assim, Jace? – Stuart põe a mão sobre o coração e olha o loiro mais novo como se ele realmente o tivesse traído, quem os via pensaria que era realmente sério. – Tudo bem, agora que arrumou uma namorada me esqueceu, eu vou superar, arrumar uns gatos, talvez criar um animal maior, um cachorro quem sabe.

  - Um bode? Uma vaca, que tal? – Connor oferece e Stuart o olha feio.

  - Vocês estão achando isso engraçado, é? Todo mundo feliz e eu aqui sofrendo? – ele toma mais um gole de cerveja. – Pois vou pro bar me embebedar, podem ficar aí falando de coisas de casais.

  - Pelo amor de Deus, Stu, cala a boca – peço revirando os olhos. – Você veio e sabia onde estava se metendo. Se sair dessa mesa te garanto que vou fazer com que o tio favorito de Grace seja o Jace.

  - Até você se virando contra mim, Gatinha? – agora ele parece realmente chocado e acho graça. Ele agora só me chamava assim depois que ouviu o apelido que dei a Connor. – E eu achando que você era minha amiga.

  Dou a volta na mesa e abraço Stuart.

  - Para de besteiras. Amo você muitão, tio Stu – digo exatamente como Angie diria e ele sorri. – E o amor só deve estar esperando uma oportunidade de bater a sua porta. Talvez você até o tenha encontrado e não sabia disso.

  - É por isso que você é minha melhor amiga – ele me abraça de volta e rio.

  - Hei, Stuart! Tira as mãos da minha mulher – ouço Connor e isso só faz o aberto de Stu se intensificar a minha volta.

  - Perdeu, vou ficar com ela pra mim.

  - Vocês parecem criancinhas. Pelo amor de Deus – Gwen reclama e quando acho que ela vai dizer alguma coisa realmente importante ela sorri. – Todos sabem que Izzie é a minha melhor amiga, podem os dois tirar as patinhas dela. Cheguei primeiro.

  - nem aí, agora ela comigo – Stu diz e como o adulto bem resolvido que é ele dá língua para minha amiga.

  Isso é só o começo da discussão inútil e desnecessária dos três, por que meu Gatinho faz questão de participar, o resto do pessoal da mesa assim como eu, se limita a rir e revirar os olhos. Uma hora e várias cervejas depois eles finalmente se calaram, eu estou tomando meu suco, Connor, Gwen e Candy me acompanham, minha amiga vai voltar dirigindo e meu namorado também uma vez que eu não caibo mais atrás do volante, Stuart veio de taxi e vai voltar de carona com quem estiver disposto a levá-lo e Candy e Jace vão pegar carona com minha amiga e deixar a moto aqui, Jay conhece um dos atendentes do bar e ele vai guardá-la para o loiro.

  - Vocês vão continuar morando lá naquele apartamento depois que Grace nascer? – Candy pergunta do nada e todos a olhamos curiosos. Só desvio os olhos do meu prato de petiscos por que sua pergunta me pega de surpresa.

  - Como?

  - O apartamento, vocês vão ser quarto, não vai ficar muito apertado? Nunca quis morar num lugar, tipo, maior?

  Acabo rindo.

  - Querer até quero, mas falta o famoso dinheiro. Teve até uma casa que vi quando estava procurando o apartamento, tinha um jardim enorme e paredes vermelhas, as janelas eram brancas, aí eu fui quase atropelada por garoto de bicicleta e o sonho acabou. Ela provavelmente nem está mais à venda – sorri com a lembrança. Naquela época eu estava muito ferrada e nem se quer sonhava em estar rindo de tudo isso como uma lembrança boa hoje.

  - Era você a... – Connor começa, mas é interrompido pelo som de vidro se partindo. Viramos-nos todos só para ver Stuart, que tinha ido buscar mais bebidas, e uma mulher de olhos e cabelos escuros e um olhar voraz encharcados de cerveja e com os cacos dos copos aos pés.

  - Des... – a garota começa, mas se interrompe olhando para Stuart com um misto de descrença e raiva que não entendo. – Você!?

  - Ah... Tinha que ser a louca – o moreno debocha e vejo o rosto da mulher ficar vermelho de raiva.

  - Você me encharca de cerveja e eu sou a louca? Era só o que me faltava!

  - Você fica me seguindo e a culpa é minha?

  - Pelo amor de Deus! Te seguindo, eu? Essa foi a piado do século. Era mais fácil eu ter vindo trabalhar aqui que estar te seguindo!

  - Então além de policial louca e stalker, você também é stripper nas horas vagas, é? – Stuart ri e a mulher parece perto de voar no pescoço dele. Não sei bem de onde se conhecem, mas é nítida a aversão dela a ele. Isso é claro, não parece incomodá-lo. Observo mais atentamente e vejo o meio sorriso do moreno. Ele aparentemente a está irritando de propósito e a aí tem.

  - Argh! Seu idiota! Você tem que me irritar até nas minhas folgas?

  - Não sou eu quem está seguindo pessoas inocentes aqui sem um mandato não, oficial.

  - Debbie, vem – a amiga loira com ela começa a arrastá-la para longe de Stuart, talvez para evitar um massacre. – Isso já foi longe de mais.

  - Mas foi ele quem... – a morena para assim que percebe o que ia dizer, recupera a compostura e olha feio para Stuart. – Se cruzar o meu caminho outra vez, só para me humilhar, juro que mando te prender.

  - Chaga, Débora! – a amiga a arrasta e dessa vez ela vai. Xingando Stu, mas vai. Meu amigo ainda está parado no meio caminho entre o bar e a nossa mesa, encharcado e mudo, Stuart sem fala? Isso é novidade.

  Ele dá meia volta sem nem nos olhar, fala alguma coisa com o barman e aponta a sujeira no chão mais adiante. Stuart some por quase meia hora e nós meio que fingimos não ter ouvido nada, e quando finalmente achamos que ele foi embora, o moreno surge com um copo com um liquido colorido e a camisa molhada.

  - Estava tentando limpar isso daqui – ele suspira se sentando de volta em seu lugar como se nada tivesse acontecido.

  Cinco minutos depois quando o silencio começa a me incomodar olho para Stuart e cruzo os braços acima da barriga.

  - Já que ninguém parece disposto a perguntar, eu pergunto, o que exatamente foi aquilo, Stu?

  - Aquilo o quê? – ele se faz de desentendido e entendo um pouco a frustração da garota de agora a pouco.

  - Seu barraco com uma desconhecida que aparentemente conhecia você – Gwen esclarece. – Eu também estou interessada em saber que tipo de relação vocês têm.

  - Não temos relação nenhuma, Ok? – ele responde e quando vê que não vamos desistir, suspira. – Ela é a policial louca que me parou, quase me prendeu e levou o meu carro. Só queria irritá-la um pouco. Vingança por aquela vez.

  - Tem certeza que é só isso? – Jace provoca e Stuart mexe seu copo balançando o liquido colorido.

  - Claro, o que mais seria?

  - Amor talvez – Gwen entra na brincadeira e Stu engasga com sua bebida.

  - É o que!? Eu quem bebo e vocês quem ficam loucos? Pelo amor de Deus, no máximo sentimos aversão mútua um pelo outro, só nos vimos duas vezes, parem de viajar.

  - Aham — Jace não vai mesmo deixá-lo em paz e isso nos faz rir.

  - Mas você a chamou mesmo de louca? – pergunto sem acreditar e ele dá de ombros sorrindo como se lembrasse de alguma coisa.

  - Só estava dizendo a verdade.

  - Aparentemente ela não gostou – comento e o sorriso idiota dele só aumenta e não sei se isso é bom ou ruim.

  - Acredite em mim, ela odiou – seu olhar e seus pensamentos já estão longe a essa altura da conversa.

  Ninguém mais fala nada a respeito do incidente do Stu e nossa noite segue entre lamentos, beijos, provocações e risadas. Sorrio olhando em volta. Já fazia tempo que não eu não sorria assim, que não saia só por sair, em um encontro ou o que quer que seja isso, é divertido e eu nem sabia que estava sentindo falta até estar me acabando de rir com as histórias de Jace sobre suas noites de DJ ou com Stu falando de seus alunos, ele só reclama do trabalho, mas dá pra ver em seus olhos o quanto ama o que faz.

  Rimos e bebemos um pouco mais até decidirmos que já está na hora de ir. Felizmente para evitar mais confusão a policial não voltou a aparecer e o Stu semi-bêbado que levamos até o carro veio sem causar mais problemas. Eu e Connor daríamos carona aos meninos por que eles iam para o mesmo lugar e como Candy dormiria na casa de Gwen era mais rápido, o casal não gostou muito da ideia, mas se despediu com beijos e finalmente estávamos seguindo em direção ao apartamento dos meninos.

  Os deixamos na porta eles me abraçaram e trocaram apertos de mãos com Connor.

  - Tchau, Grace, eu sou seu tio favorito, não escute nada do que sua mãe disser – Stuart se abaixa e diz bem perto da minha barriga. – Você tem sorte, seus pais são os melhores, cuide deles por mim – ele beija minha barriga e depois fica de pé e beija minha testa. – Se cuida, Gatinha. Obrigado pela carona.

  - Foi eu quem te trouxe – Connor comenta e Stu ri e abraça o amigo.

  - Também te amo, Gatinho.

  - Stuart... – Connor o ameaça e isso só o faz rir ainda mais.

  - Tchau – ele se afasta acenando e Jace revira os olhos. Ele com certeza é o menos bêbado dos dois.

  - Vou lá garantir que ele vai entrar no apartamento certo. Tchau.

  - Tchau! – aceno enquanto eles somem na entrada do prédio. Viro-me para Connor e ele sorri para mim.

  - Será que dá tempo de conseguir um novo melhor amigo?             

  - Ah, nem vem que você ama o seu – comento e ele ri.

  - Stu é doido, xingar uma policial fardada numa blitz? – ele parece não acreditar. – Ela foi bem legal em não prender ele. Na verdade não foi não, devia ter mandado pra cadeira mesmo.

  É a minha vez de rir.

  - Isso só daria mais trabalho, por que você seria o primeiro a ir buscá-lo.

  - É você tem razão – ele comenta dando de ombros e me ajudando a sentar no banco do passageiro outra vez. Ele se aproxima de mim e me beija. – Gostou da noite? – pergunta quando nos separamos.

  - Ela foi incrível. Temos que fazer mais vezes – Connor volta a me beijar e depois sorri dando a volta no carro para se acomodar atrás do volante.

  - Foi, foi incrível sim, mas não mais incrível que você.

  - Já disse que amo você? – pergunto o puxando para um beijo e ele sorri de orelha a orelha quando me olha com aqueles olhos azuis apaixonados que tanto amo.

  - Hoje ainda não.

  - Amo você, tipo muitão – Connor volta a sorrir e sei que está pensando em Angie também.

  - Também te amo. Amo muito todas as minhas garotas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? O que estão achando desse pseudo romance do Stu?
Quero opiniões, comentem, please!!
Beijocas e até, Lelly ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Meu Pequeno Anjo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.