Meu Pequeno Anjo escrita por Lelly Everllark


Capítulo 28
Mamãe, papai!


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, voltei!!
Esse capítulo está muuuuito amorzinho, espero que gostem ♥
BOA LEITURA :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/756351/chapter/28

  Connor

  Toda aquela confusão com Brian na lanchonete ontem me irritou pra caramba. Ele apareceu, ela contou tudo a ele e ele simplesmente não quis acreditar nela. Agora aparece querendo ser pai? Sinto muito camarada, mas não pretendo dividir nenhuma das minhas garotas com ninguém.

  - Tem certeza que isso foi mesmo uma boa ideia, podíamos estar em casa para você aproveitar sua folga - comento ajudando Izzie a descer do carro. Minha morena sorri e me beija rapidamente.

  - Pela milésima vez, é uma ótima ideia, sei que Angie vai adorar e eu também pra falar a verdade.

  Mesmo depois de ontem, da confusão e da presença inconveniente daquele idiota, mais tarde quando chegamos em casa, durante o jantar Izzie veio com a ideia de irmos ao parque de diversões que estava na cidade. Primeiro fiquei surpreso, depois sem entender, ela não devia estar descansando? Afinal já estava de quase seis meses. Minha namorada me garantiu que estava grávida, não doente e Angie, é claro, adorou a ideia então eu só sorri e concordei, como diria não elas?

  - Con eu presa - Angie reclamou tentando soltar o cinto e sorri, com Izzie fora do carro, fui ajudar a pequena. Soltei-a e seus olhos brilharam olhando para todas as luzes do parque, a roda-gigante se destacava de longe, havia muitas pessoas e cheiros deliciosos. Izzie fez careta.

  - Nunca pensei que diria isso, mas o cheiro dos churros está horrível - ela cobriu o nariz com a mão e eu ri. - Para, Connor. Isso não é engraçado.

  - Claro que é.

  - Gatinho, mau - ela me repreendeu e eu corei. Esse apelido era ainda mais ridículo que Concon. Ela se aproximou de mim se esquecendo dos churros e me beijou. - Você fica lindo assim, corado. Essa visão faz um mal danado para o meu coração.

  - Izzie... - começo e ela ri.

  - Con, Iz, a gente veio só pra ficar parado aqui, é? - Angie pergunta e nós a olhamos sorrindo.

  - Não, nós vamos entrar, o que acha? Quer ir nos brinquedos? - pergunto e ela dá pulinhos de alegria.

  - Sim! Vamos logo!

  Nós entramos no parque e ele está bastante cheio, mas nada que nos impeça de andar tranquilamente entre os brinquedos e as barraquinhas de lanches e jogos. Passa um pouco das seis da tarde quando conseguimos comprar os ingressos.

  - Em qual vocês querem ir primeiro? – pergunto e Angie sorri.

  - Na roda grande que tem um monte de luzinhas piscando!

  - Chama-se roda-gigante, Angie – Izzie corrige.

  - Roda-gigante?

  - É. Vamos então? – a morena chama e faço que sim.

  A fila para entrar não está tão grande e logo estamos os três dentro de uma cabine que fica chacoalhando pra lá e pra cá, eu achei que alguma delas teria medo, mas Angie está é de joelhos no banco ao meu lado para pode olhar lá em baixo.

  - As luzinhas ficaram pequenininhas, Con! – ela diz animada apontando para baixo e vejo o olhar carinhoso que Izzie lança à pequena. Amor. Esse é o único sentimento que vai cercar Angie de agora em diante. – Você me ouviu, Con?

  - Ouvi.

  - Iz diz que você nunca escuta – ela comenta e eu olho para a morena arqueando uma sobrancelha ela sorri.

  - Mas é verdade. Você nunca sabe do que estamos falando.

  - Por que vocês falam de mais.

  - Nós conversamos muito, Angie? – minha namorada pergunta a nossa filha e a pequena nega com a cabeça balançando suas marias-chiquinhas.

  - Não.

  - Isso é um complô contra mim? – pergunto divertido. – As duas se juntaram contra mim.

  - Três, Con. Tem a Grace também – Angie sorri e beijo sua testa.

  - Verdade, tinha me esquecido da sua irmã. Então são as minhas três garotas contra mim? Eu estou muito ferrado.

  É a vez de Izzie sorrir.

  - Provavelmente está mesmo, Gatinho. Eu quero churros – ela anuncia e a olho sem entender.

  - Mas o cheiro não estava te incomodando?

  - O cheiro, Connor. O gosto não. É Grace quem quer, não eu. Por favor?

  - Vamos comprar assim que descermos – me viro para a pequena ao meu lado. – Você também quer churros, Angie?

  - Não sei. É gostoso, Con? – ela questiona curiosa e não gosto de saber que não conhece coisas simples como essas, mas fico feliz em ser eu a apresentá-las a ela.

  - É sim. Você vai adorar.

  Damos mais uma volta na roda-gigante em meio aos comentários encantados de Angie sobre o parque brilhando abaixo de nós e finalmente saímos da cabine. Atravessamos o parque até a entrada e a barraquinha de churros, Izzie faz careta assim que nos aproximamos e recua alguns passos.

  - Vou esperar aqui, quero o meu com chocolate – avisa e sorrio de sua situação, ela não consegue nem sentir o cheiro do doce, mas está disposta a comê-lo. – Pare de rir de mim, Connor!

  - Não estou rindo de você, amor.

  - Sei... – resmunga cruzando os braços. – Vai logo que estamos com fome aqui.

  - Sim senhora, vem Angie, vamos buscar churros para a sua mãe e Grace – chamo a pequena que segura na minha mão animada.

  - Vamos!

  - Posso ajudá-los? – o vendedor pergunta e a pequena sorri.

  - A gente quer churros – ela avisa e o vendedor sorri rendido a sua fofura.

  - Que bom que tenho vários aqui então, não é? Vai querer que recheio, senhorita?

  - Não sei – ela suspira e se vira para me encarar. – Qual que pede, Con?

  - Que tal chocolate como o da, Iz?

  - Chocolate! – ela comemora olhando outra vez para o vendedor.

  - O recheio de chocolate acabou. A tarde foi movimentada, eu estava saindo para buscar mais para a noite quando chegaram. Mas ainda tenho caramelo. Pode ser?

  - Con? – ela olha para mim outra vez.

  - Vamos ter que perguntar a sua mãe se serve – aviso. Provavelmente não vai servir. Desejo de grávida é uma coisa extremamente complicada.

  - bom – ela sorri e se vira para encarar Izzie um pouco mais atrás de nós. – Mamãe não tem de chocolate! Pode ser de calame... cara-ra... Papai como é que fala mesmo? – ela se vira para me olhar outra vez e meu coração parece ter pardo de bater.

  Meus olhos desviam de Angie apenas para ter certeza que Izzie está chorando de soluçar mais adiante. A pequena ainda me olha esperando uma resposta para a pergunta que fez e já nem sei mais o sobre o que é. Quando ela disse, quando me chamou de papai foi como se o último obstáculo tivesse ruído, éramos finalmente pai e filha, minha mãe vivia dizendo que isso não tardaria a acontecer e eu sabia que ela estava certa. Mas quando a pequena chamou Izzie de mamãe conseguiu ser ainda mais especial, a morena tinha conquistado o coração da pequena e sido sua mãe desde o momento que se conheceram e eu amava que minhas garotas se amassem assim.

  - Papai? – Angie me chama tímida e ainda estou parado a encarando como um idiota. – Eu não falo mais não, Con. Desculpa – ela pede com os olhinhos assustados e eu finalmente me mexo e a pego no colo e a abraço.

  - Não precisa se desculpar, meu amor. Sou seu pai e você é a minha filha, pode me chamar como quiser, mas eu ficaria muito feliz se você disse outra vez – digo a ela que me olha e sorri.

  - Posso mesmo, papai? – ela pergunta e meu peito parece prestes a explodir de felicidade.

  - Pode. Amo você.

  - Parem vocês dois com isso, eu vou desidratar de tanto chorar aqui! – Izzie reclama e nós dois nos viramos para encará-la. A morena realmente já está com os olhos inchados.

  - doendo em algum lugar, mamãe? A Grace bem? – Angie pergunta e Izzie volta a chorar, mas se aproxima de nós para abraçar a pequena em meu colo. – Mamãe?

  - Eu estou ótima. Amo vocês – minha namorada diz em meio as lágrimas e Angie beija o rosto da mãe, Izzie retribui o carinho, beijando cada pedacinho da pequena que encontra. – E o churro tem que ser de chocolate – ela anuncia e só então me lembro do vendedor a alguns passos de nós.

  Ele nos olha sorrindo parecendo emocionado. Se entendeu tudo o que aconteceu aqui eu não sei, mas ele com certeza percebeu que foi bem especial.

  - Se tivesse dito que era um desejo de grávida eu daria um jeito – o vendedor sorri e pega um churro, vai até os recheios e depois de algumas tentativas volta com o doce. – Não está bonito como de costume, mas garanto que o gosto ainda é o mesmo e tem o chocolate para a mamãe.

  - Obrigada! – Izzie agora está sorrindo. – Eu estava sonhando com isso – ela pega o doce e dá uma mordida, vê-la comer sempre me faz sorrir.

  - E vocês? – o vendedor olha para mim e Angie que ainda está em meu colo. – Pode ser o de caramelo?

  - Pode – digo por fim e não demora até eu e a pequena termos nossos doces também, a coloco no chão e apego a certeira.

  - Quanto foi?

  - Esses são por conta da casa – o vendedor sorri. – Por tornarem minha noite melhor me deixando presenciar essa cena linda. E por me lembrarem de pessoas que perdi há alguns anos.

  - Senhor...? – começo e ele me interrompe.

  - Por favor, aceitem.

  - Obrigado – digo por fim e ele assente. Despedimo-nos do vendedor voltamos a andar pelo parque, Izzie ao meu lado e Angie a nossa frente.

  - O cheiro ainda está ruim – minha namorada reclama e acho graça, ela já está terminando de comer. Izzie olha para Angie e depois para mim, seus olhos estão marejados outra vez. – Você achou que ela nos chamaria assim em algum momento?

  - Eu tinha esperanças que isso acontecesse – admito.

  - Eu também – ela murmura e seco suas lágrimas.

  - Mamãe, papai? – Angie nos chama se virando e meu peito volta a se aquecer. Será que essa sensação vai acabar algum dia? – A gente não vai andar em mais nenhum brinquedo, não?

  - Vamos sim, em qual você quer ir?

  - No do cavalinho! – ela aponta para o carrossel. – A mamãe bem, papai?

  Olho para Izzie e ela está chorando outra vez.

  - Está sim, ela só está muito feliz. Vamos lá? O nome daquela lá e carrossel.

  - Carrossel? Legal – ela sorri e segue na frente.

  - Se você continuar assim vai assustá-la – aviso a Izzie e ela limpa as lágrimas e me olha feio.

  - Eu não posso controlar, Ok? – ela faz bico e sorrio a beijando.

  - Tudo bem. Mas melhor irmos por que é bem capaz de perdermos nossa filha aqui nesse lugar.

  - Nem brinque com isso – a morena olha em volta até encontrar Angie mais adiante. – Angie, não corre!

  - bom, mamãe. Mas vem logo! – ela pede e a morena sorri.

  - Melhor irmos – a morena avisa segurando meu braço e me arrastando com ela.

  Angie não cabe em si de felicidade quando monta em um dos cavalinhos de madeira coloridos, o brinquedo é apenas para as crianças então eu e Izzie nos limitamos a observá-la do outro lado da pequena grade.

  - Mamãe, papai! – a pequena nos acena quando passa por nós e não resisto a tirar várias fotos dela com o celular. Izzie que está ao meu lado sorri.

  - Você e essa sua mania por fotos.

  - Não é mania, só quero registrar momentos importantes.

  - E os que não são importantes também, né? – ela ri e a beijo para encerrar o assunto, por que é bem verdade que tenho milhares de fotos no celular, e as paredes da sala lá de casa já têm vários quadros nas paredes e é tudo graças a mim.

  - Papai você viu? Eu estava no cavalinho! – Angie diz animada quando finalmente se junta a nós se jogando em meus braços. A pego no colo e beijos seus cabelos.

  - Vi, estava linda. Onde quer ir agora? – ela olha em volta.

  - Não sei – suspira depois aponta em direção as barraquinhas – Lá tem mais doce, papai?

  - Tem.

  - A gente pode comer?

  - Não sei – admito divertido. – Vai ter que perguntar pra sua mãe.

  Nós dois olhamos para Izzie e ela revira os olhos, mas está sorrindo.

  - Só por hoje, Ok?

  - Eba! – a pequena comemora e sorrio também.

  - Vamos? – as chamo e nós seguimos em direção as barraquinhas.

  Nossa noite se estende até Angie estar bocejando e Izzie reclamando de dor nos pés, já são quase dez da noite quando resolvemos ir embora. O parque ainda está a todo vapor quando chegamos ao carro que está estacionado mais adiante. A pequena trás seu unicórnio de pelúcia que ganhei em um daqueles jogos de tiro ao alvo e Izzie tem um urso panda que Angie decidiu que seria de Grace. Acho lindo que ela sempre inclua a irmã em tudo que faz e isso, é claro, sempre deixa minha namorada a beira das lágrimas.

  Izzie decide voltar no bando de trás com Angie então a ajudo a se sentar e antes mesmo de eu colocar o carro em movimento vejo a pequena deitada com a cabeça em sua barriga ressoando baixinho abraçada ao unicórnio. Izzie está desfazendo as marias-chiquinhas dela enquanto murmura um musiquinha. A cena é tão linda que resisto ao impulso de parar o carro só para tirar uma foto. Se eu fizesse isso, Izzie nunca mais me deixaria em paz com essa história, por isso me limito apenas a sorrir as observando pelo espelho e me concentro na estrada a minha frente.

  - O que acha de começarmos a decorar o quarto de Grace? Podemos usar o meu, afinal já não o uso desde que me mudei para o seu. Então? Izzie? – a chamo e não obtenho nenhuma resposta. Quando paro em um sinal vermelho mais adiante me viro para encará-la certo de que falei de mais, mas a cena que encontro me faz sorrir.

  Minha namorada dormiu com a cabeça encostada no vidro do carro e uma mão nos cabelos de Angie e outra na barriga. Dessa vez tiro meia dúzia de fotos antes de ter que colar o carro em movimento outra vez. Nada, realmente nada se compara a magia desses pequenos momentos, só quero poder viver com elas assim para sempre.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ela disse! Angie disse papai e mamãe e eu amei escrever essa cena então espero que tenham gostado ♥
Quero opiniões!!
Beijocas e até, Lelly ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Meu Pequeno Anjo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.