Meu Pequeno Anjo escrita por Lelly Everllark


Capítulo 18
Beijos, muitos beijos.


Notas iniciais do capítulo

Heeeey meus amorzinhos!!
Sobre esse capítulo no dia de hoje, bem eu explico. Vou viajar nesse fim semana e não ia dar para ter capítulo sábado, então resolvi postar um hoje, ele não ficou tão grande, mas enfim, espero que gostem e se, eu disse SE eu voltar mais cedo ou sei lá, com alguma disposição talvez tenha outro capítulo antes de segunda, mas não garanto nada!
Amo vocês, o capítulo está uma fofura só, bem, mais ou menos kkkkk BOA LEITURA!!!



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  Izzie 

  Minha segunda-feira não foi nem de longe tão interessante quanto o domingo. Não acordei com os braços de Connor ao meu redor nem sentindo seu calor, quando acordei ontem e notei como estávamos não quis me mexer, teria ficado ali em seu abraço pelo resto do dia se Angie não tivesse ameaçado cair da cama. Quando eu apensei que nada mais podia acontecer ontem, Jace e Candy armaram o maior barraco no meio da minha sala, quem diria que eles se conheciam e eram quase um casal? Com tudo isso acontecendo eu achei fervorosamente que nada podia dar errado hoje. Aparentemente achei errado.

  Angie chegou no fim do dia e como sempre veio me abraçar correndo. Eu sorri e a apeguei no colo.

  - Como foi hoje? – quis saber e ela desatou a falar sobre o dia com a avó, os biscoitos que fizeram e as voltas de bicicleta no jardim. Connor nos observava de longe e um olhar é tudo que trocamos antes da pequena voltar correndo e eles irem sentar-se à mesa de sempre. Vou para trás do balcão por que hoje é o meu dia de atendê-lo.

  Estou limpando quando uma mulher se aproxima sorrindo.

  - Poderia me dar um café?

  - Vai ser um prazer. Com ou sem açúcar?

  - Com. Depois do dia de hoje só muita cafeína cheia de açúcar para me acalmar – ela reclama e sorrio lhe estendendo o café.

  - Dia difícil?

  - Você não tem ideia – ela suspira, paga pelo café e se afasta.

  Estou contabilizando os saches de açúcar na cestinha que fica no balcão quando sinto Ryan se aproximar. Seu perfume é um dos poucos que não tem me deixado enjoada nesses últimos dias.

  - Você já percebeu que seu boy magia não tira os olhos de você desde que chegou. Ele nem pisca e acho que está babando.

  - Ryan! – o repreendendo rindo e me viro para encarar Connor. Ele realmente está me olhando, suas bochechas ficam vermelhas e ele desvia o rosto. Isso é o suficiente para me derreter. Evito pensar nisso, mas quero beijá-lo outra vez, e outra e mais outra. É loucura, estamos no meio de um rolo enorme onde não estamos envolvidos só nós dois, mas ainda assim quero ir até ele e beijá-lo, sentir seu cheiro e me perder em seu abraço. Quero tanto isso que me sinto patética, quase como se implorasse para que um cara legal se interessasse por mim.

  - Hei, gatinha! – Ryan chama me fazendo encará-lo. – Com essa cara de choro não vai conquistar ninguém. Coloca um sorriso nesse rosto lindo e deixa que o tio Ryan aqui resolve tudo!

  - Hei, o que você está fazendo? – pergunto enquanto ele me puxa até o canto da maquina de café. Meu amigo me encosta na parede e arregalo os olhos quando ele aproxima seu rosto do meu. Nossos narizes se tocam e ele sorri. – Ryan, você vai me beijar? – pergunto chocada e ele revira os olhos.

  - Você é linda gatinha, mas não faz meu tipo. Talvez seu boy fizesse se eu não tivesse o Dave.

  - Então o que é isso? – pergunto sem entender.

  - O que parece que estamos fazendo? – ele pergunta como se eu tivesse três anos e não o compreendesse.

  - Nos beijando.

  - É, e quem está vendo?

  - Ai meu... – Ryan tampa minha boca com sua mão antes de eu terminar de gritar. Connor e metade da lanchonete deve pensar que estamos aos beijos, nossos amigos sabem que provavelmente não é isso, mas o único cara que eu quero que me beije, agora vai passar bem longe de mim. Olho feio para meu amigo que ainda tem o rosto perto do meu, tiro sua mão da minha boca e quero matá-lo. – Por que você fez isso?

  - Você precisava de um empurrãozinho, gatinha. Agora você vai saber se ele gosta ou não de você. Se o boy der um piti é por que está se roendo de ciúmes, se não ligar você pode partir para outra. Cansei de ver você triste, gatinha. Vou fingir quantos beijos precisar para te ajudar. Amo você e me desculpa por isso.

  Estou prestes a perguntar “O que mais?” quando ele passa a mão em meu batom o borrando, ele suja sua própria boca com a mão e sorri se afastando. Estou chocada de mais para fazer qualquer coisa que seja, mas meu primeiro olhar é para Connor. Ele encara a cena como se tivesse levado um soco na boca do estomago. Quero gritar “Não é o que você está pensando!”, mas essas palavras soam irônicas mesmo em meus pensamentos. Como dizer a ele que meu amigo gay provavelmente tem demência?

  Desisto de minhas desculpas quando o loiro dá um sorriso falso em minha direção e depois desvia os olhos. Ele não se importa, ele não ligou de eu estar “aos beijos” com um cara na sua frente. Mas por que se importaria, não é? Eu sou uma idiota iludida e provavelmente vou chorar até dormir outra vez hoje, isso depois de dar na cara do meu amigo, provavelmente.

  - Ele está morrendo de ciúmes – Ryan sussurra em meu ouvido e quero acertar um soco na cara despreocupada dele. Eu o amo, mas ele consegue me tirar do sério. Que raios de ideia foi essa? Mas espera, que ele disse?

  - É o que?

  Meu amigo ri e me beija a bochecha.

  - Seu boy está morrendo de ciúmes, e talvez raiva. Sorry, gatinha.

  - Vou lá ver o estrago.

  - Oferece um café! – meu amigo grita e rio sem conseguir me conter enquanto caminho em direção ao loiro. Vou explicar a ele sobre Ryan e essa palhaçada e a partir daí se ele quiser sei lá, conversar, eu vou adorar.

  - Sobre o que você viu...

  - Não importa o que eu vi. Não é da minha conta – ele me corta sério. E eu pisco surpresa. Connor é de longe o cara mais fofo e educado que conheci, o que deu nele? Isso é mesmo por causa do quase-beijo-que-não-é-beijo?

  - Não Connor, você não entendeu, eu...

  - Eu entendi muito bem. Você ainda vai querer carona hoje? Angie está cansada, não quero demorar – olho para Angie que está “ajudando” Gwen do outro lado da lanchonete enquanto saltita ao seu redor, essa garotinha pode estar qualquer coisa, menos cansada. Ele nunca me apressou, agora isso? Essa estupidez toda do Ryan deixou tudo ainda pior.

  - Connor, só me escuta, por favor – suspiro cansada.

  - Agora você quer falar? Não estava toda ocupada com o seu amigo? – seu comentário me enche de raiva. Quero matar Connor, quero matar Ryan e se eu o encontrar, talvez mate Brian também.

  - Quer saber? Que seja! Pense o que quiser! – sorrio, dou meia volta e volto para o balcão. Se ele for embora primeiro, ótimo! Pelo menos não preciso ouvir suas ironias. Por que ele não me escuta antes de fazer suposições? Ok, não tinha muito o que supor, mas ainda assim, custava me ouvir?

  Angie aparece correndo e sobe em um dos bancos do balcão com dificuldade para me encarar.

  - Iz, você tava brigando com o Con? – ela pergunta me olhando curiosa. E faço que não com a cabeça.

  - A gente só estava conversando. Não precisa se preocupar.

  - É mesmo?

  - É mesmo – garanto sorrindo e me debruço sobre o balcão para beijar seu rosto.

  - bom então, vou lá ajudar a tia Gwen – ela desce do banco e corre outra vez até a morena de cabelo colorido que me olha com uma expressão em que posso ler claramente “Que merda está acontecendo?” dou de ombros como quem diz “Depois te conto” e mesmo não parecendo feliz com a minha resposta, Gwen não tem tempo de reclamar por que Angie exige atenção e sorrio com minha pequena a sua volta tagarelando. Minha. Percebo como a chamei e suspiro. Ela não é minha, mesmo que eu queria muito que seja, não é.

  Suspiro ignorando Connor completamente mesmo que eu sinta seus olhos sobre mim. Estamos quase no fim do expediente quando pego o lixo e arrasto os dois sacos pretos até os fundos da lanchonete.

  - Você não devia estar pegando peso, devia? – a voz do loiro me alcança antes de vê-lo e eu dou um pulo de susto.

  - E você não devia estar assustando grávidas desavisadas, devia? – ele não me responde, só passa por mim, pega os sacos e os joga no contêiner perto de nós.

  Eu e Connor nos encaramos por uma eternidade antes de eu finalmente desistir do silêncio e me virar para seguir outra vez para dentro da lanchonete.

  - Por que não disse antes que vocês eram um casal? – ele pergunta as minhas costas e sorrio. Estamos perto da entrada da lanchonete agora.

  - Por que não somos, não tenho nada com Ryan. Não tenho um namorado. Ninguém, nem mesmo o pai do bebê. Sou só eu e ele – digo tocando minha barriga ainda de costas para ele.

  - Mas então o que foi... Por que vocês... O que foi aquilo? – mesmo de costas e num lugar mal iluminado tenho certeza que Connor está corando, me viro e o vejo me encarando com as bochechas vermelhas exatamente como imaginei.

  - Aquilo foi meu amigo gay, sem noção e sem o que fazer tentando “me ajudar”. O que ele fez muito bem por sinal já estamos nesse clima ótimo. sentindo o amor no ar?

  Connor ri e dá um passo em minha direção. Meu coração erra uma batida, não se empolga Izzie, não se empolga. Ele não estava gritando comigo meia hora atrás?

  - Ele é só seu amigo? – ele pergunta e abre outro sorriso de derreter um iceberg. – Mas espera, gay? Como assim gay?

  - Do tipo homossexual, já ouviu falar? – pergunto achando graça e o loiro me olha parecendo chocado.

  – Então o beijo...

  - Não teve beijo – garanto. - Foi tudo encenação. Ryan é doido e meio sem noção às vezes então...

  - Então eu posso fazer o que eu queria desde que entrei naquela lanchonete hoje mais cedo – ele sorri me interrompendo e antes que eu possa perguntar o que é, Connor já acabou com a distancia entre nós. Ele me puxa para junto de si colando nossos corpos para logo em seguida colar nossas bocas também.

  Beijá-lo agora é ainda melhor que da primeira vez, sinto seu gosto, seu calor, as pernas bambas, o coração acelerado. É tudo e ao mesmo tempo nada. Não penso em nada não quero me preocupar com nada, só quero parar nesse momento e viver aqui em seu abraço pelo rosto da vida.

  - Tia Gwen, eles tão aqui! – a voz de Angie nos alcança e nós interrompemos o beijo, ela está parada à porta da lanchonete sorrindo. – Agora que têm beijo vocês tão namorando? – ela pergunta animada e não sei o que dizer, minha amiga chega nessa hora e a pequena se vira para ela. – Tia, o Con e a Iz tão namorando! Tem beijo e abraço e eles tavam lá na cama juntos.

  - É o que? Seus pais estavam namorando e você nem me conta nada? Angie, você tem que me dizer as coisas importantes, Ok? – ela pergunta séria e a pequena faz que sim.

  - Tá!

  - Gwen, para de corromper a pequena – reclamo, mas estou sorrindo. Minha amiga nos olha ainda um nos braços do outro e não quero me separar de Connor, como ele não faz menção nenhuma em me soltar dou de ombros.

  - Quero detalhes! – ela exige. – Detalhes. Agora vem, Angie, deixa eles namorando ai, vou te dar bolo de chocolate.

  - Com cobertura?

  - Sim, com muita cobertura.

  A pequena nem hesita em seguir a morena atrás do bolo. Connor e eu voltamos a nos encarar.

  - Nenhuma delas vai esquecer isso – comento e o loiro ri beijando meu pescoço, minha orelha, meu nariz, estou toda arrepiada quando ele finalmente me olha parecendo divertido.

  - Eu sei.

  - Isso não te incomoda?

  Ele nega com a cabeça.

  - Incomoda você?

  - Vou ter que aturar Gwen e Ryan enchendo a minha paciência, mas fora isso não. A gente pode continuar de onde paramos ou você já desistiu?

  O loiro ri antes de me beijar outra vez. Essa é de longe a melhor segunda-feira em anos, talvez séculos. Eu não sei aonde esses beijos vão nos levar, mas pelo menos por enquanto, eles são o suficiente para me fazer sorrir como uma boba e possivelmente apaixonada. Eu estou muito ferrada e essa constatação nem me assusta mais, só me faz sorrir, eu posso até me machucar, mas também estou muito, muito feliz.

  Ir terminar o expediente e depois me trocar com os olhares curiosos de Gwen, Ryan e Holly sobre mim é sem duvidas a coisa mais difícil que já fiz aqui no Joe’s, ô povo que gosta de uma fofoca, senhor! Ignoro todos eles e praticamente corro em direção ao carro de Connor, amanhã eu daria detalhes e o que mais eles quisessem, mas hoje eu só queria aproveitar, como se fosse um sonho bom do qual eu acordaria se compartilhasse com alguém.

  - Iz, você ainda não respondeu. Você e Con tão namorando? – Angie pergunta enquanto subimos as escadas e olho para Connor, ele dá de ombros como se dissesse “Ela perguntou foi para você”. Faço careta e ele sorri, a pequena ainda espera uma resposta e suspiro.

  - Eu não sei. O que você acha? É uma boa ideia?

  - Ótima! vendo bebê da barriga? Agora eles tão namorando! – ela comemora olhando para minha barriga e acho graça.

  - Angie, não é assim também. Só... – como que se explica a uma garotinha de cinco anos que eu só dei uns beijos no pai dela?

  - Eu também acho uma ótima ideia – Connor sorri entrelaçando seus dedos nos meus. Seu gesto e suas palavras me pegam de surpresa.

  - Você está falando mesmo de namorar? – pergunto sem acreditar e ele cora. Sempre que ele fica vermelho tenho vontade de beijá-lo essa não é diferente.

  – É um jeito de chamar, mas podemos ir nos conhecendo, o que acha? Beijos, jantares a dois, três e quatro – ele ri contando e dessa vez sou eu quem me estico para capturar seus lábios.

  - Eu quero os beijos, os jantares, os quatro juntos – murmuro sentindo os olhos marejarem só por ele ter lembrado do meu bebê. Isso pode não ser grande coisa para Connor, mas com certeza é para mim.

  - Agora é só isso de beijo? Quando a gente vai jantar? – Angie pergunta e rio a encarando.

  - Você não comeu um pedaço de bolo lá na lanchonete com a tia Gwen? Já com fome outra vez?

  - , o bolo era pequeno assim – ela mostra um espaço mínimo entre o polegar e o indicador e Connor vai até ela para lhe fazer cócegas. A pequena se contorce, sai de seus braços e vem até mim. – Iz, eu com fome, o Con quer me pegar!

  Quem a ouvisse gritar pensaria que queriam sequestrá-la. Ainda estou rindo do seu desespero quando Charlie nos alcança. Ainda estamos nas escadas e o senhor da um sorriso gentil assim que nos vê juntos.

  - Eu tenho novidades – ele suspira. Não parece feliz. Nenhum pouco para falar a verdade. – Consegui um apartamento. Fica há quatro quadras daqui, vocês queriam se mudar e agora... Enfim, vim dizer que já tenho um lugar.

  As palavras dele são como um balde de água fria na minha recentemente descoberta felicidade. Um de nós vai se mudar? A ideia me parece absurda e assustadora. Como assim ele conseguiu um lugar?

  Não consigo encarar Connor, mas sinto seus dedos pressionar os meus, ele parece tão em choque quanto eu.

  - Isso... Você tem certeza? – pergunto com o coração batendo descompassado e Charles faz que sim.

  - Iz, que foi? O que o tio Charlie falou? – Angie me olha e não sei o que responder. Como vou ficar sem ouvi-la me chamando de “Iz”? – Concon? – ela tenta, mas o loiro tampouco parece saber o que dizer.

   - Vou deixá-los pensando no assunto – ele dá um último sorriso e sai, ainda estamos nas escadas e não sei mais o que fazer. Por que nada pode dar realmente certo para mim?


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Notas finais do capítulo

Então? Opiniões, please!!
Beijocas e até ♥



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