Meu Pequeno Anjo escrita por Lelly Everllark


Capítulo 14
Surpresas.


Notas iniciais do capítulo

Heeeey my little babys, voooltei!!
Geeente, nem era pra ter capítulo hoje, nem era pra sair nada, maaaas vocês pediram tanto essa bendita continuação que eu fiz, só por que amo vocês, Ok? Agradeçam ao feriado que rendeu capítulo novo e eu espero que gostem, amei escrevê-lo ♥
BOA LEITURA!! :D
PS: Já que teve capítulo hoje, o capítulo da semana provavelmente vai sair só domingo, Ok?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/756351/chapter/14

  Connor

  Eu não sei como cheguei ao hospital. Não tenho ideia de como consegui pegar Izzie no colo levá-la ao carro, não me lembro nem de chamar Angie. Os acontecimentos de antes de estar nessa maldita sala de espera são um borrão. Eu cheguei, eles a levaram e eu fiquei. Izzie chorou o caminho todo me implorando que a salvasse e meu cérebro entorpecido pelo choque mal registrava suas palavras. Angie ficou o caminho todo em silêncio chorando baixinho ao lado da morena e eu não consegui nem ao menos lhe dizer palavras de conforto.

  Puxei a pequena que estava ao meu lado para o meu colo e ela se agarrou ao meu pesco, me senti ainda pior por tê-la deixado de lado, mesmo que por alguns instantes.

  - Desculpe, Angie – sussurro em seu cabelo. – Te assustei.

  - Con, eu fiquei com medo. A Iz bem? Ela vai voltar? – a pequena pergunta entre soluços e meu coração se aperta, eu não sei o que responder. Assusta-me pensar em não ver a morena outra vez, que não vou poder lhe dar um segundo beijo, nem que seja para ser afastado novamente. A dor da pequena me dói e eu não sei o que fazer.

  - Eu espero que sim, afinal quem vai arrumar seu cabelo todas às manhãs? – eu tento sorrir e ela afasta o rostinho manchado de lágrimas do meu peito e pela primeira vez na noite dá indícios de um sorriso.

  - Ela vai voltar mesmo?

  - Vamos torcer muito para que sim – sorrio beijando sua testa. Uma enfermeira aparece, olha envolta e sorri quando me vê. Ela vem em minha direção e fico de pé com Angie ainda no colo.

  - Você é o familiar de Isabelle Adams, certo? – ela pergunta e faço que sim sem conseguir encontrar minha voz para responder. – Pode ficar calmo papai, eles estão bem.

  - Eles? – pergunto aliviado, mas sem entender e como assim, papai? A enfermeira sorri.

  - Ela e o bebê. Ah, não me diga que não sabia? Nossa! Desculpe-me, acabei de estragar uma surpresa linda – ela parece realmente arrependida, mas eu ainda estou tentando registrar suas palavras.

  - Izzie está... Grávida?

  Ela faz que sim.

  - Apenas finja que não ouviu nada de mim. Você pode vê-la, você e a pequena – ela sorri para Angie. – Ela está acordada, vai ficar em observação pelo resto do dia e mais tarde quando o obstetra chegar fará uma consulta.

  As palavras da enfermeira giram em minha cabeça enquanto caminho para o quarto da morena com Angie ao meu lado. Izzie, grávida? Eu não tinha ideia, nem mesmo imaginei algo assim. Mas faz sentido, as lágrimas fora de hora, os enjôos, as tonturas. Eu não tinha com o que comparar, nunca estive perto de uma grávida, só que ainda assim, me sinto horrível por não ter nem mesmo cogitado a ideia. Agora seu pedido desesperado finalmente faz sentido, não era por sua vida que ela estava pedindo e sim pela vida do seu bebê.

  Ainda não sei como me sinto a respeito dela estar grávida, mas quando a enfermeira me chamou de “papai” fiquei feliz, foi repentino, mas me deixou contente. Eu e Angie chegamos ao quarto e a morena estava sentada na cama com um soro preso ao braço esquerdo, falando ao celular e olhando pela janela.

  - ...Por favor – dizia ela. – Gwen ele provavelmente sabe. Eu só não sei o que fazer... Eu quase... Meu bebê... Eu só quero ir para casa e chorar de alivio, você não tem ideia do que eu senti quando o médico disse que estava tudo bem com ele. Eu... – Izzie finalmente virou o rosto e me viu ali. Seus olhos vermelhos e inchados pelo choro se arregalaram. – Vou desligar agora, também te amo, vou te esperar. Tchau.

  - Está tudo bem? – pergunto quando não consigo pensar em mais nada para dizer. Angie que é toda expansiva quando vê Izzie ainda está ao meu lado agarrada a minha mão e em silêncio, isso com certeza não é bom.

  - Está sim, eu... Obrigada – ela diz por fim, seus olhos marejam outra vez. – Muito obrigada mesmo, Connor. Você o salvou, você salvou meu bebê e nunca vou ser grata o suficiente por isso. Eu sei que devia ter lhe contado antes, mas eu não tive coragem, então me desculpe.

  - Você não tem pelo que se desculpar. Foi sua escolha, era o seu bebê e não era da minha conta, tudo bem – digo querendo apenas abraçá-la e fazer com que suas lágrimas parem de cair. – O importante é que vocês vão ficar bem.

  O soluço da garotinha ao meu lado me assusta e Izzie se vira para encarar Angie também, a pequena esfrega os olhos e funga, a morena na cama estica os braços para ela e Angie não hesita nem um segundo entes de soltar minha mão correr ao seu encontro e subir na cama, Izzie a abraça e faz carinho no cabelo da pequena.

  - Me desculpe meu amor, eu te assustei. Desculpe mesmo, eu não queria te deixar triste, está tudo bem agora, não chora – Izzie ia dizendo palavras de conforto a pequena e eu só conseguia olhar a interação delas e sorrir, mesmo depois de todo esse drama a morena ainda estava se dando ao trabalho de acalmar Angie e eu não conseguia deixar de admirar isso.

  - Achei que você ia virar estrelinha, Iz – a pequena funga. – Meus outros papais, aqueles que não cuidavam de mim, viraram estrelinha, mas você, eu não queria que virasse.

  - Meu anjinho, não chora, eu não vou a lugar nenhum e nem você, se lembra? – Izzie pergunta e a pequena faz que sim, a morena limpa as lágrimas dela e as suas próprias antes de dar um beijo no topo da cabeça de Angie. – Amo você.

  A declaração de Izzie me pega de surpresa, mas a pequena apenas sorri e posso ver o amor refletido em seus olhos tão azuis quanto os meus antes mesmo de Angie dizer as palavras.

  - Também amo você, Iz! Muitão. Eu feliz que você não vai virar estrelinha. É verdade que tem um bebê na sua barriga? Eu ouvi o Concon falando com a médica.

  A matraquinha voltou e isso me deixa aliviado, Angie só estava assustada e fico feliz que tenha se acalmado. Mesmo que a declaração de amor delas seja uma novidade, ambas estão agindo como se fosse a coisa mais normal do mundo e isso me faz sorrir.

  - Tem, ele é bem pequenininho ainda, mas está aqui.

  - Ele se machucou? Por isso que você tava sangrando?

  - Eu achei que ele tinha se machucado, por isso estava chorando – a morena conta e toca a barriga, agora esse pequeno gesto faz todo o sentido e eu me sinto meio idiota por não ter nem desconfiado de nada. – Mas o médico falou que ele está bem. Então não preciso chorar, nem você.

  - Posso falar com ele? – Angie pergunta e Izzie faz que sim. A pequena coloca as duas mãos sobre o ventre ainda liso da morena e aproxima o rosto de sua barriga.

  - Oi bebê da barriga, você já melhor? A Iz falou que você não se machucou. Eu e o Con ficamos preocupados com a Iz, não faz mais ela chorar não, ela gosta muito de você – as palavras da pequena aquecem meu coração. Amo Angie também, a vendo sorrir para a barriga de Izzie e conversar tão seriamente com o bebê eu entendo a certeza das palavras da morena de agora a pouco. Assusto-me quando ouço os soluços da morena, Izzie está chorando outra vez.

  - Iz! doendo de novo? – Angie se assusta também e a morena a puxa para um abraço.

  - Não, não doendo, eu chorando por que estou feliz. Amo você e meu bebê, muitão.

  - Também te amo, Iz. Não chora. Concon vem aqui e abraça a Iz para ela parar de chorar – Angie me chama e percebo que ainda estou parado no meio do quarto a meio caminho delas. Não sei se devo me aproximar tanto assim. Não depois de Izzie me afastar quando nos beijamos, não depois de descobrir sobre o bebê, e o pai dele, onde está?

  - Con? – Angie chama outra vez, mas é para Izzie que eu olho. A morena faz que sim e me estende a mão e isso é o suficiente para eu esquecer qualquer preocupação que não seja cuidar das duas mulheres a minha frente.

  Depois de muito papo ambas acabaram dormindo, uma enfermeira apareceu verificou o soro de Izzie, sorriu para a pequena dormindo ao lado dela na cama e saiu, fiquei ali velando o sono das duas sem saber mais o que pensar. Eu não sabia mais como encarar a situação. Não era realmente o fato de Izzie estar grávida que me incomodava, ou ela ter escondido isso de mim, era a vida dela, ela tinha seus motivos e eu entendia, o que me incomodava mesmo era pensar que talvez ela tivesse um namorado esperando por ela em algum lugar, talvez seja por isso que ela me empurrou ontem. Respirei fundo perdendo a linha de raciocínio e olhei no relógio preso à parede que marcava 07h00m da manhã, eu precisava de um café.

  Segui até a cafeteria do hospital e consegui um expresso, estava saboreando o liquido escuro e fumegante quando vi uma morena de cabelo colorido de pé na recepção junto com o namorado.

  - Gwen! – a chamei e ela se virou na minha direção, sorriu e murmurou algo que soou como “Deixa pra lá” para a recepcionista seguiu em minha direção seguida de perto por Duncan.

  - Como ela está? Onde ela está? E o... – ela se interrompeu mordendo o lábio e praguejando um “Merda”.

  - O bebê? – pergunto e vejo seus olhos verdes se arregalarem.

  - Ela te contou?

  - Mais ou menos – dou de ombros e Duncan pisca parecendo perdido.

  - Que bebê?

  - Te explico mais tarde, Baby – Gwen diz a ele e depois se vira para mim. – Mas e eles como estão? Ela parecia tão abalada quando a gente se falou, não me diga que...?

  - Eles estão bem – garanto e o suspiro de alivio da morena é tão grande e sincero que me comove. – O médico e a enfermeira garantiram que está tudo bem, fique calma. Ela está dormindo agora.

  - Obrigada – ela sorri e sem aviso me abraça, retribuo o abraço de forma desajeitada, quando nos separamos Duncan sorri. – Obrigada por cuidar dela. E por falar em cuidar, cadê a Angie?

  - Com Izzie é claro – sorrio pensando nelas. O casal a minha frente troca um olhar e fico sem entender.

  - Posso vê-la? – Gwen pergunta e faço que sim.

  - Vamos.

  Nós voltamos ao quarto e elas ainda estão ressoando baixinho no mesmo lugar, Gwen se aproxima da cama, sorri e volta a me agradecer. Não acho que mereça esses agradecimentos todos, mas ela continua a até finalmente dizer que precisar ir para o trabalho e que vai avisar ao chefe que a morena não pode ir. O casal se despede meia hora depois e Izzie ainda dorme tranquilamente. Eu estava prestes a dizer a ela que hoje era domingo e que não tinha expediente quando me lembrei que ambas são garçonetes e que a lanchonete abre aos domingos até meio dia, pelo menos foi o que Izzie me disse.

  Mais duas enfermeiras aparecem antes de Izzie e Angie finalmente despertarem. A pequena acordou primeiro querendo ir ao banheiro, depois que a crise foi evitada nós voltamos para o quarto e a morena estava sentada na cama com o semblante um pouco melhor e totalmente desperta.

  - Achei que tinham me abandonado aqui – ela comenta divertida e nego com a cabeça.

  - Eu não poderia, nem se quisesse – admito a verdade e vejo os olhos escuros de Izzie se arregalarem. Ela sorri e meu único pensamento e voltar a beijá-la aqui mesmo num quarto de hospital e com Angie como testemunha.

  - Como está nossa grávida? – uma enfermeira perguntou entrando no quarto, sorrindo para Izzie e interrompendo nosso pequeno momento.

  - Bem melhor – a morena respondeu e ela assentiu tirando a agulha do soro de seu braço.

  - Isso é ótimo. O Dr. Jones, nosso obstetra, vai atendê-la agora. - A enfermeira ajudou Izzie a se sentar em uma cadeira de rodas e começou a empurrá-la porta a fora, mas parou e se virou para me encarar. – Você não vem, papai?

  - Eu... Posso? – pergunto surpreso. A enfermeira parece ainda mais surpresa pela minha confusão. Encaro Izzie que depois do que parece ser uma eternidade faz que sim com a cabeça.

  - Eu... Se você quiser, eu ia adorar. Não... Não quero fazer isso sozinha – ela sussurra a última parte e quero socar a cara do idiota que devia estar aqui. Se ele não está, eu estou, não sei até quando, mas hoje, agora, eu estou aqui e não pretendo ir a lugar nenhum.

  - Vamos então – digo por fim e Izzie sorri, a enfermeira assente levando a morena e Angie segue ao meu lado muito animada mesmo que não pareça ter a menor ideia do que está acontecendo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então? O que estão achando? Quero opiniões.
Comentem, please!! ♥
Beijocas e até :*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Meu Pequeno Anjo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.