How We Get Here escrita por TatyNamikaze


Capítulo 9
Capítulo 9 - Missão: Ajudar a Aldeia da Nuvem


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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How We Get Here

Capítulo Nove - Missão: Ajudar a Aldeia da Nuvem



Sasuke Uchiha

 

Sakura estava nervosa naquela manhã, a vi caminhar pela aldeia irritada e, depois, ao lado de Yori. Naquele instante, eu não estava com ciúmes daquele cara, pois sabia que ela não estava bem com ele depois do que eu disse.

Ainda não acreditava que aquele cretino havia mentido de tal forma e eu estava morrendo de vontade de socar aquilo que ele chamava de cara, mas o que eu vi foi ainda melhor do que eu bater nele.

Não entendi o que Sakura falava para Yori naquele parque, só vi o belo soco que deu na cara dele e, depois, saiu. Nessa hora, eu só conseguia sorrir.

Bem feito!

Assim que Sakura estava fora do meu campo de visão, saí de trás da árvore onde me escondia e fui até Yori, que ainda estava no chão e com a mão sobre o rosto.

— Isso que dá inventar mentiras. — falei, um sorriso de canto estava estampado em meus lábios.

— Cala a boca, Uchiha! — exclamou, levantando e limpando o sangue que escorria do canto da boca.

Sua raiva era evidente em sua expressão facial.

— Eu poderia bater em você agora para descontar a raiva que eu estou sentindo por causa daquela mentira, mas acho que você já aprendeu a lição com a Sakura, não é?

Sorri, dando as costas e saindo daquele parque, sentindo o olhar de ódio dele em mim.

Eu estava muito feliz naquele instante, acho que ver Sakura bater no Yori era muito melhor do que eu mesmo fazer isso.

 

. . .

 

Era quase meia noite quando eu andava pelas ruas desertas de Konoha, colocando meus pensamentos em ordem. Passei minutos caminhando sem rumo, apenas sentindo o vento gélido da noite contra minha pele, até algumas vozes chamarem minha atenção.

Ocultei meu chakra ao identificar de quem eram aquelas vozes e aproximei-me para ouvir claramente.

 — Não vou permitir que use o Sasuke para aparecer. Se você, pelo menos, gostasse dele, eu não interferiria, mas você só quer ficar com o Sasuke porque ele tem fama e poder. — Sakura disse, e eu prestei mais atenção na conversa após ouvir meu nome.

— É verdade, mas você não pode fazer nada, Sasuke não acredita em você. — minhas sobrancelhas arquearam-se ao ouvir as palavras de Ume.

Quem ela pensava que era para afirmar isso? E como assim era verdade?

— Não importa, eu vou provar para ele quem você é.

— Pode tentar, mas não vai conseguir. O Sasuke nunca vai ficar com você, testuda. O Sasuke não vai acreditar no que você está dizendo. Nunca.

Ok. Agora, eu estava impressionado.

Primeiro, descobri que Ume estava mentindo o tempo todo — e, de certa forma, gostei de saber disso, já que tinha uma desculpa para afastá-la de mim.

Segundo, ela afirmou que eu não ficaria com Sakura. Quem Ume pensava que era para afirmar algo assim?

E, terceiro, impressão minha, ou ela estava pensando em atacar Sakura com aquelas estacas?

No mesmo instante, decidi interferir. Ninguém machucaria Sakura, ainda mais, na minha frente.

— Será mesmo? — falei ao me aproximar e estava irritado, muito irritado.

As duas olharam-me com os olhos arregalados de surpresa.

— Sasuke?! — exclamaram em uníssono.

As estacas caíram ao chão no mesmo instante, originando um som alto.

— Então, você estava aproximando-se de mim por causa do meu poder e da fama? — perguntei só para confirmar.

Ume arregalou mais os olhos, negando com a cabeça.

— Claro que não, Sasuke-kun.

Movimentei a cabeça, sorrindo debochado.

— Eu ouvi tudo, Ume e quer saber? Estou até feliz por isso, pois, agora, não tenho porque falar com você. — falei, cruzando os braços. — Me faz um favor? Some da minha frente e nunca mais apareça. 

— Mas, Sasuke-kun...

— Não me chame assim, isso me irrita. — disse friamente. — A propósito, sua presença me irrita.

Ao ouvir isso, ela apenas encarou Sakura com muito ódio, depois, eu e saiu, deixando nós dois sozinhos. Virei-me para Sakura.

— Me desculpe por não ter acreditado em você.

A rosada sorriu fraco.

— Tudo bem. — Sakura disse, olhando para mim.

E, em seguida, um silêncio tomou conta do lugar. Ambos estávamos desconfortáveis enquanto fitávamos os olhos um do outro.

Desviei o olhar para o chão, sem graça e, depois, voltei a olhar os orbes esmeraldinos dela.

— Não está tarde demais para andar sozinha pela rua, não? — perguntei para mudar de assunto e acabar com o silêncio.

Ela sorriu sem graça.

— Um pouco, mas eu sou forte, ninguém se meteria comigo. — respondeu, piscando um dos olhos.

Sorri de canto pelo jeito dela.

— Venha, vou te acompanhar até em casa mesmo assim.

— Não precisa se incomodar.

Encarei-a.

— Não é incômodo. Vamos?

Sorri de canto, e ela sorriu de volta.

— Vamos.

Fomos caminhando lado a lado pelas ruas em silêncio, apenas aproveitando a companhia um do outro, até chegarmos à porta de sua casa.

— Obrigada. — agradeceu sorrindo.

Sakura, então, virou-se de costas para subir os degraus da escada da entrada, mas, antes de chegar ao último, segurei sua mão, sentindo um arrepio no mesmo instante.

— O que foi?

Desviei o olhar, porém logo criei coragem para erguê-lo até ela novamente.

— Me desculpe de novo.

Ela sorriu ternamente.

— Não se preocupe com isso, Sasuke.

Sakura desceu os degraus devagar e aproximou-se de mim. Erguendo-se nas pontas dos pés, deu-me um beijo na bochecha, causando a mesma sensação daquele dia na aldeia da Areia.

Algo especial e diferente.

 — Qualquer um que não conhecia a Ume não acreditaria de primeira.

Sorriu em despedida, as bochechas mais vermelhas que o normal e entrou em casa. E eu agradeci por ela ter entrado logo, pois fiquei corado em instantes.

Coloquei a mão sobre a bochecha direita, sentindo a pele ainda formigar e fiquei olhando para a casa escura, até que a luz do quarto se acendeu no segundo andar.

Achei melhor ir embora nesse instante, não queria que Sakura me visse, ainda do lado de fora da sua casa, parado e com cara de bobo.

 

. . .

 

— O que foi, Kakashi? — perguntei.

Estava na sala do Hokage. Sakura, Naruto e Hinata encontravam-se ao meu lado. Todos nós preparados para a nossa missão.

— Descobrimos, por meio da aldeia da Nuvem, que vários renegados estão prontos para a ação. Eles agiram contra alguns ninjas da Nuvem, eram muitos e bem poderosos, tanto que os shinobis de lá não deram conta, então, pediram a nossa ajuda e, como vocês são muito habilidosos, acho que darão conta deles. 

— Mas aonde devemos ir exatamente? — perguntei.

— Primeiro, vocês precisam passar na aldeia da Nuvem, o Raikage falará com vocês sobre tudo e dará as coordenadas. Acho melhor já arrumarem suas coisas e partirem o mais rápido possível, vai ser uma viagem longa até lá.  

Dada a ordem, cada um seguiu para sua respectiva casa a fim de arrumar suas coisas para a missão. Não demorou, e já estávamos em frente ao grande portão da vila de Konoha, todos prontos para partirmos imediatamente.

Foi uma longa caminhada silenciosa até que anoitecesse, mas não estávamos nem no meio do caminho até nosso destino. Já nos encontrávamos cansados pelo trajeto pulando pelos galhos das árvores de grande porte, então, decidimos descansar por ali mesmo.

No meio de uma floresta densa.

Naruto e Hinata montaram uma cama improvisada perto de uma das árvores grandes e pegaram no sono rapidamente. Sakura também montou uma perto de uma árvore florida, e eu fiz o mesmo, alguns metros distante dela, perto de um pequeno arbusto.

Fazia algumas horas que eu estava deitado, mas não conseguia dormir. Estava com os olhos abertos, observando o céu estrelado enquanto pensava, mas, depois, virei-me para o lado, encontrando Sakura dormindo serenamente. Como um anjo.

Sorri ao vê-la e fechei meus olhos, finalmente, conseguindo dormir. Mas a noite passou mais rápido que de costume.

— Ei, Sasuke! Acorda! — ouvi uma voz doce chamar-me ao sacudir-me delicadamente e, quando abri os olhos, vi Sakura ajoelhada ao meu lado. — Precisamos ir.

Sorriu.

— Hm. — levantei-me preguiçosamente. — Onde estão Naruto e Hinata?

Olhei ao redor e não vi nenhum deles.

— Os dois foram até uma cachoeira aqui perto, foram pegar água e alguns peixes para comermos. E estão esperando a gente. Vamos?

— Vamos.

Nós dois fomos seguindo até a cachoeira que Sakura falou. O lugar era bem bonito, cheio de árvores ao redor das margens das águas cristalinas. Era possível escutar o cantar dos pássaros por lá e sentir o ar puro.

Olhei para os lados e avistei Naruto e Hinata na outra margem, a muitos metros de distância e pareciam não ter nos percebido. Aproximei-me das águas, ainda longe do casal, abaixei-me e peguei um pouco de água, nas mãos, para beber.

Sakura abaixou-se ao meu lado e fez o mesmo, mas, assim que bebeu toda a água, deu um sorriso malicioso e pegou mais um pouco na mão, jogando em mim em seguida.

— Ei! O que pensa que está fazendo? — perguntei, mantendo uma falsa pose de bravo, o que só a fez rir.

— Me divertindo.

Sakura sorriu novamente e jogou mais água em mim, que apenas virei o rosto para evitar molhá-lo. Encarei seu sorriso vitorioso e enchi minhas mãos de água também. Ela permaneceu olhando-me por alguns segundos, sem entender o que eu ia fazer, porém logo abriu a boca surpresa, sentindo a água escorrer por seu rosto.

— Sasuke-kun! — gritou, secando os olhos.

Acho que estava tão surpresa por eu ter revidado que não reparou que me chamou de "Sasuke-kun" como antes.

Sorri de canto ao ouvir isso.

Ela pegou mais água nas mãos enquanto encarava-me e jogou em mim rapidamente. Sem nem pensar, fiz a mesma coisa outra vez, deixando-a com uma feição indignada.

Ué, eu não podia revidar, não?

— Sasuke, para! — pediu rindo, mas eu não parei, assim como ela.

Ambos jogávamos água um no outro distraídos e estávamos nos divertindo com isso, como se fôssemos duas crianças. Sakura ria enquanto eu dava um pequeno sorriso de canto, ambos andando para trás sem perceber e molhando até os joelhos nas águas daquele riacho formado pela cachoeira, aproximando-se mais e mais do meio sem concentrar chakra nos pés — onde era fundo.

Então, eu acabei chegando à parte funda primeiro e comecei a afundar, mas, antes de cair por completo na água, segurei na mão dela aproveitando a proximidade e levei-a comigo.

Nos molhamos totalmente ao ficarmos cobertos até o pescoço.

— Sasuke! — exclamou surpresa por isso ter acontecido, passando a mão pelos cabelos molhados e, depois, começou a rir alto.

Uma risada calorosa como, há tempo, não ouvia.

Sorri de canto ao ouvi-la e vê-la tão próxima e ainda sentia sua mão colada a minha sob a água corrente.

— Agora, estamos ensopados. — comentou, recuperando-se do ataque de risos.

— E a culpa é sua. — minha voz possuía um tom mais tranquilo e debochado, o que só serviu para fazê-la fingir uma irritação, embora não tenha dado certo, pois um meio sorriso insistia em aparecer em seus lábios. — Você começou.

— Mas não pensei que entraria na brincadeira, você nunca fez isso antes. — ela falou e tinha razão.

O Sasuke de antes nunca faria algo assim, mas não sou o mesmo Sasuke. Muitas coisas mudaram, inclusive eu e os meus sentimentos.

Eu sou um novo Sasuke Uchiha.

Dei de ombros com sua fala e continuei observando-a, até, claro, dar-me conta de que não havia apenas nós dois ali. Soltei sua mão ao notar a aproximação de Naruto.

— Ei, o que estão fazendo aí?

— Nada. — respondi indiferente e me dirigi à margem do riacho. Ao sair, estendi minha mão para ajudar Sakura a sair da água também.

Assim que a Haruno pegou em minha mão, notei que sua pele estava muito gelada — devido à temperatura gélida da água —, mas isso não evitou que uma corrente elétrica passasse dela para mim.

Já fora da água, cada um foi para um lado, porém, ao afastar-me, não pude evitar de sorrir.

Foi legal apesar de estar todo molhado, tinha admitir.

 

. . .

 

Estava começando a anoitecer novamente e ainda não estávamos nem na metade do caminho. O clima já começava a esfriar, causando calafrios na pele.

Por sorte, na hora que troquei de roupa, antes de jogar minha capa sobre os ombros, eu coloquei uma blusa preta mais grossa de mangas compridas por cima de uma blusa um pouco mais leve também de mangas compridas devido ao inverno.

Naruto e Hinata iam mais à frente durante o trajeto, e Sakura e eu, mais atrás, em completo silêncio. Vez ou outra, meus olhos desviavam-se para ela discretamente e, em uma dessas olhadas, notei que Sakura estava tremendo de frio.

Também pudera, com aquele uniforme curto e sem mangas, era óbvio que estaria sentindo frio.

— Tudo bem, Sakura? — perguntei, mas sabia que não estava.

— Sim. — respondeu, batendo os dentes de frio.

Hesitei por alguns instantes antes de retirar a capa e, depois, a blusa de frio mais grossa.

— Toma. — estiquei a mão com o moletom. — Está tremendo de frio.

Ela parou, surpresa e, em seguida, deu um sorriso sem graça.

— Não se incomode, estou bem, Sasuke. — insistiu.

Continuei com a mão esticada, entregando-lhe a blusa.

— Pegue logo.

Ela assentiu e vestiu a peça, que, imediatamente, a cobriu até metade das coxas, tampando todo o seu uniforme.

— Mas, e você? Não vai ficar com frio? — perguntou, e eu neguei com a cabeça, vestindo a capa preta novamente.

— Não se preocupe.

Sorri de canto, e continuamos a caminhar.




. . .




Sakura Haruno

 

Definitivamente, aquele não era o mesmo Sasuke de anos atrás. Conhecendo-o, uma guerrinha de água não seria uma brincadeira que ele teria vontade de participar e, muito menos, seria gentil ao ponto de retirar sua blusa de moletom para que eu pudesse vestir e proteger-me do frio.

Sasuke estava mudado, e eu estava gostando de seu novo jeito.

Passamos a noite na floresta outra vez, mesmo estando bem frio, todos encostados nas raízes das árvores enquanto as horas passavam.

Mas, naquela noite, tive um pesadelo.

Sonhei que Sasuke e eu estávamos juntos e alguém que não consegui ver direito nos separava. Ele me levou para longe de Sasuke a fim de fazê-lo vir até nós.

E era uma armadilha para matá-lo.

Eu gritava para que o homem não fizesse isso com Sasuke, implorava com todas as minhas forças, porém ninguém me ouvia.

Eu já estava sem voz de tanto gritar.

— Sakura! — a voz de Sasuke soou alta e preocupada.

Abri meus olhos, dando-me conta de que tudo não passava de um sonho ruim e encontrei-o agachado ao meu lado.

Ainda estava escuro, sinal de que não havia amanhecido.

— Está tudo bem? Você está suando, estava remexendo muito e falando algo tipo "Me solte" e "Não o mate".

Ergui o tronco, sentando-me no chão e encostando as costas no tronco da árvore atrás de mim.

— E-estou.

Coloquei a mão no rosto a fim de secar o suor.

— Foi só um pesadelo muito estranho.

— Hm. — resmungou.

— E Naruto e Hinata? — perguntei, e Sasuke apontou para os dois, que dormiam abraçados alguns metros longe, embaixo de uma árvore enorme.

Surpreendi-me ao notar que não haviam acordado com minha movimentação e minhas falas, como Sasuke.

— Quantas horas são?

— Quase cinco. 

Arregalei os olhos.

— Ainda está cedo, desculpa ter te acordado.

Ele sorriu de canto.

— Sem problemas.

Comecei a arrumar minhas coisas, já que não conseguiria mais pegar no sono, e Sasuke continuou ao meu lado, ajudando-me a juntar o saco de dormir.

Vez ou outra, eu o observava e cada vez mais tinha a certeza de que ele havia mudado, assim como minhas amigas e sensei me disseram.

Não demorou muito para Naruto e Hinata acordarem, e Sasuke foi buscar frutas. Depois de poucos minutos, o Uchiha retornou com algumas na mão, e comemos devagar enquanto nós quatro trocávamos algumas palavras.

A luz do dia logo iluminou a floresta por entre as folhas das copas das árvores e, com ela, veio uma sensação.

— Não estamos sozinhos. — eu disse, alternando meu olhar entre as quatro direções, onde só via árvores.

— Sim. — Naruto confirmou.

E Sasuke e Hinata apenas permaneceram calados.

— Esses chakras… — a voz de Sasuke sumiu no fim da frase, e Hinata nem precisou ativar seu doujutsu, pois, imediatamente, as figuras que nos observavam apareceram. — Vocês?

Os três ninjas conhecidos sorriram de canto.

— Karin, Suigetsu e Juugo. — o Uchiha completou, recuperando-se da surpresa. — Não pensei que os encontraria aqui.




. . .




Sasuke Uchiha

 

 Fiquei surpreso em rever meus antigos companheiros de time depois de tanto tempo, mas havia algo estranho no ar.

— Sasuke! — exclamou Karin.

Ela ajeitava os óculos e olhava-me do mesmo jeito de antes.

— Que bom te ver!

Veio andando em minha direção e abraçou-me. Eu fiquei sem reação enquanto ela prendia meus braços ao lado do corpo. Olhei para o lado, e a expressão que estava estampada no rosto de Sakura não era nada boa.

Seria ciúmes?

Desvencilhei dos braços de Karin, que estava um pouco diferente do que me lembrava. Seu corpo estava mais desenvolvido, e seus cabelos, mais longos, porém continuava com a mesma mentalidade.

E era a mesma irritante de antes.

— E você é Naruto Uzumaki, não é? — a ruiva desviou os olhos de mim para Naruto, que assentiu com a cabeça. — Está bem diferente de quando aconteceu a guerra, mas o chakra continua o mesmo. — olhou para Hinata em seguida. — Pelos olhos, deve ser uma Hyuuga.

— Sim, sou Hinata Hyuuga. — a morena sorriu.

Os olhos de Karin, então, seguiram até Sakura.

— E você...

Fez uma pausa, fitando a rosada. Os olhos avermelhados dela pousaram na roupa que ela usava: minha blusa de frio, que ficava enorme em seu corpo pequeno, além de percebê-la bem perto de mim. Ela fechou a cara na mesma hora, com certeza, estava irritada com Sakura, ao ver que estávamos bem próximos.

E Karin sabia bem, desde o dia da minha luta com Danzō Shimura, que Sakura era apaixonada por mim.

— Sakura, não é? 

— Sim. — a rosada assentiu friamente.

As duas encararam-se por alguns instantes, até Suigetsu aproximar-se falando alto:

— Sasuke!

Olhou para mim e, depois, seus olhos pousaram em Sakura, analisando-a sem nenhuma discrição.

Trinquei o maxilar, levemente incomodado.

— É, Karin, acho que perdeu mesmo o Sasuke, hein?

A ruiva encarou-o com ódio no olhar, o que me fez suspirar cansado só de imaginar a gritaria que aqueles dois ainda iam fazer.

— Cala a boca, Suigetsu! — Karin exclamou com os punhos fechados.

— Aceita, Karin, você perdeu o... — Suigetsu começou a falar, mas não conseguiu terminar a frase, pois Karin acertou um soco em seu rosto,que, no mesmo instante, transformou-se em líquido.

Aqueles dois não mudavam nunca, sempre brigando.

Sakura encarou-os confusa.

— O que há de errado com eles?

Suspirei cansado outra vez.

— Eles são assim mesmo, com o tempo, a gente acostuma.

Juugo, que, até agora, não havia se manifestado, aproximou-se.

— Então, você voltou mesmo para Konoha, Sasuke? — perguntou.

— Sim.

Pelo canto dos olhos, vi Karin fechar a cara novamente, com certeza, brava por eu estar em Konoha, ou seja, perto de Sakura.

— O que fazem aqui? — perguntei, mudando logo de assunto.

— Estávamos indo para um dos esconderijos dos renegados... Estamos ajudando também. — Juugo respondeu.

— Eu descobri um esconderijo novo deles, mas não será fácil derrotá-los, pois são muitos. — Suigetsu falou.

E eu pensei a respeito.

— Será que a gente não devia ajudá-los? — Hinata perguntou, e, com um olhar cúmplice entre nós quatro, concordamos.

— Onde fica esse esconderijo? — perguntei seriamente, e os membros do time Taka olharam para nós.

— Perto daqui, um pouco antes da aldeia da Nuvem. — Karin respondeu, e nós quatro trocamos outro olhar cúmplice, perguntando-se se devíamos realmente nos desviar de nosso destino.

— Então, vamos logo, ainda precisamos ir para a aldeia da Nuvem. — foi Sakura quem disse, mas soou quase como uma ordem.

A rosada deu as costas, começando a caminhar, e todos a seguiram. Imediatamente, eu a alcancei, mas podia sentir os olhos do time Taka em nós, principalmente, os da Karin.

— Toma, Sasuke. — Sakura retirou a blusa, percebendo que o clima estava voltando a esquentar e entregou-me. — Obrigada.

Karin a encarou, pude perceber pelo canto dos olhos.

— Por nada. — sorri de canto, e Karin, Suigetsu e Juugo arregalaram os olhos, surpresos por eu ter respondido em vez de não ter falado nada ou apenas resmungado.

Continuamos pulando por entre as árvores até um pouco antes do pôr do sol, quando chegamos a uma clareira próxima a um grande penhasco, onde senti vários chakras próximos.

— O esconderijo é por aqui? — perguntei.

— Não, ainda falta um pouco para chegar lá. — Juugo respondeu.

Sakura estreitou os olhos.

— Então, é uma armadilha. — concluiu e, no mesmo instante, senti meu corpo ser atingido por algo que não consegui ver.

Fui jogado longe com o golpe e, antes de cair no chão, ativei meu Mangekyou Sharingan e deixei meu Rinnegan à mostra. Naruto pulou para desviar de algumas kunais que seguiam em sua direção, e Hinata usou sua palma de ar para repelir várias outras.

Meus antigos companheiros do time Taka fizeram o mesmo, procurando defenderem-se dos ataques. Olhei para Sakura e a vi ser atingida também, assim como eu.

Alguém estava nos atacando de modo que não podíamos enxergar, ou era muito rápido ou possuía algum jutsu ou kekkei genkai de invisibilidade.

Sakura voou e caiu próxima à beira do penhasco. Enquanto se levantava com dificuldade por causa do golpe, o chão ao seu redor começou a rachar como se houvesse sido atingido por um ataque forte e despedaçou.

Sakura ia começar a cair, então, sem hesitar, teleportei-me para perto dela, ajoelhei-me rápido na beirada que sobrou e segurei forte seu braço esquerdo com a minha mão direita, mantendo-a pendurada.

Ela olhou-me, surpresa, dando-se conta da minha atitude e, em seguida, da altura em que se encontrava do chão.

— Sasuke!

Ela estava a muitos metros do chão.

— Não vou te soltar. — falei, mas, no mesmo momento, a parte do chão em que eu estava pisando despedaçou-se por completo, e nós dois começamos a cair cada vez mais rápido.

— Sakura-chan, Sasuke! — escutei o grito de Naruto, que estava lutando com quatro ninjas bem fortes ao longe.

— Sasuke! — a voz de Karin soou alta, assim como a dos outros presentes no campo.

— Ah! — Sakura parecia assustada enquanto caíamos de mãos dadas, mas logo a surpresa invadiu o seu rosto quando o Susano'o apareceu ao nosso redor, e eu a peguei no colo.

Ambos começamos a voar e, em poucos segundos, já nos encontrávamos pairando sobre a clareira, onde víamos todo o ataque dos renegados.

Os olhares no local pousaram em nós, até a defesa de chakra pisar em terra firme e sumir do nosso redor. Coloquei Sakura no chão.

— Tome mais cuidado, irritante. — minha voz soou um pouco rude de brincadeira, só para não perder o hábito, porém logo um sorriso de canto brotou em meus lábios.

— Cala a boca, Sasuke! — Sakura exclamou com os braços cruzados, mas logo deixou que seus lábios curvassem em um sorriso. — Vamos acabar com eles. — ela completou, indo para cima de alguns renegados.

Mas e quem havia nos atacado? 

— Naruto, entre no modo sábio agora, te dou cobertura. — cheguei perto dele, focando-me em lutar com todos que se aproximassem para ganhar tempo para o Naruto, que logo conseguiu juntar seu chakra sábio. — Está sentindo a presença de mais alguém, não está?

— Sim. — o loiro assentiu.

— Foi ele que nos atacou.

Naruto pareceu entender e foi logo atrás do ninja invisível, iniciando uma série de golpes de Taijutsu com o vento. Eu entrei em ação ao mesmo tempo, desferindo golpes e jutsus nos inimigos.

Os sons de golpes trocados eram tudo que se ouvia naquele lugar, principalmente, os dos socos da Sakura, causando, vez ou outra, algum tremor pelo campo.

Não demorou muito para que todos os inimigos fossem nocauteados, e nós continuássemos o nosso trajeto à caminho do tal esconderijo.




. . .



     

Sakura Haruno

 

Eu não tinha nada contra Karin em específico, mas vê-la dando em cima de Sasuke sempre que podia já era demais. Sorte que ele sempre desvencilhava quando ela aproximava-se.

Mas admito que gostei de vê-la irritada, principalmente, quando Sasuke respondeu meu agradecimento após eu devolver a blusa — bem perfumada por sinal — que ele havia emprestado-me e quando ajudou-me naquele penhasco.

Sorri de canto ao lembrar-me.

— Onde é o esconderijo? — Sasuke perguntou, olhando para Juugo. 

Aquele cara era um pouco estranho.

— Um quilômetro à frente. — respondeu, apontando para uma montanha não muito distante.

— Então, vamos mais rápido.

— Sim. — concordei, e nós dois fomos à frente.

Imediatamente, notei a presença de Karin do outro lado de Sasuke, que me encarava com o semblante sério.

Eu entendia que ela estava com ciúmes dele, mas não havia porque agir assim comigo. Sem contar que só ela mesmo que não havia percebido que Sasuke não queria ficar ao lado dela.

Paramos no pé da montanha, onde havia apenas algumas árvores esparsas.

— É aqui. — Suigetsu falou.

Ainda bem, não aguentava mais ficar ao lado de Karin, ainda mais com ela dando em cima de Sasuke e encarando-me a cada minuto.

Imediatamente, dez renegados surgiram ao nosso redor, encurralando-nos. Fechei as mãos, pronta para a batalha e estava tão concentrada nos inimigos que nem notei Karin aproximando-se de mim, só percebi quando sua mão aproximou-se rápido de meu rosto.

Levantei os braços no mesmo instante, colocando-me em guarda e bloqueando o golpe no último segundo.

— O que pensa que está fazendo? — perguntei raivosa, e ela apenas sorriu de leve enquanto ajeitava os óculos no rosto.

— Concluindo meus objetivos.


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