How We Get Here escrita por TatyNamikaze


Capítulo 7
Capítulo 7 - Uma Nova Rival


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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How We Get Here

Capítulo Sete - Uma Nova Rival



Sasuke Uchiha

 

Após relatarmos a missão para o Rokudaime, sermos parabenizados e recebermos uma quantidade razoável de dinheiro, Kakashi chamou minha atenção:

— Sasuke, preciso falar com você.

— Pode falar.

Não havia problema em Sakura, Naruto e Hinata ouvirem também.

— É sobre seu título na aldeia, você precisa se tornar chuunin primeiro para, depois, fazer a prova jounin. Vamos fazer um exame chuunin em conjunto com a Areia em breve, ainda pode se inscrever.

— Mas eu não tenho uma equipe.

Naruto já era chuunin e Sakura, jounin.

— Isso não é problema, já montei uma equipe para você. Será companheiro de equipe de Katashi Hyuuga, um membro da família secundária do clã Hyuuga e Ume Takara, bom, o clã Takara você não deve conhecer, porque se mudaram para cá depois da guerra.

Sakura fez uma cara estranha nesse momento, o que não deixei de notar.

— Eles são bons? — perguntei.

— São. — quem respondeu foi Naruto. — Eles também foram minha equipe quando fiz o exame chuunin. São bem inteligentes e habilidosos.

— É. Eles participaram dos últimos exames, mas não conseguiram passar na terceira prova. — Kakashi completou. — Tudo bem para você?

— Sim. 

— Ótimo. As inscrições já começaram, e a primeira prova do exame será em uma semana. Naruto e Hinata estão dispensados, Sakura, leve Sasuke aos seus companheiros de equipe temporários.

— Eles já sabem? — perguntei.

Eu não poderia chegar do nada para dois ninjas que nunca vi na vida e falar que seríamos uma equipe, afinal, muitas pessoas não confiavam em mim ainda.

— Sim, eles já sabem e concordam. Agora, vá, Sakura lhe mostrará onde encontrá-los.

Assentimos com um movimento de cabeça e saímos da sala.

Caminhamos em silêncio pela aldeia, adentramos a floresta e só paramos quando chegamos em um grande campo de treinamento, um em que eu nunca estive antes, onde haviam duas pessoas lutando taijutsu, um contra o outro.

E Sakura parecia estar incomodada com algo, que eu não consegui descobrir o que, enquanto observava as duas figuras.

Observei-a respirar fundo.

— Bom, são eles... — disse Sakura, um pouco desanimada. — Katashi — apontou para um homem que aparentava ter dezoito anos, com uma camisa branca de mangas compridas e uma calça preta, e que lembrava um pouco Neji. — e Ume. — apontou para a garota, que também aparentava uns dezoito anos.

Seus cabelos castanhos iam até a cintura e balançavam conforme lutava Taijutsu com seu oponente. Ela usava uma blusa preta colada, a qual mostrava parte da barriga e possuía um decote um pouco grande demais, e um short curto azul escuro. No rosto, os olhos azuis e um sorriso vitorioso destacavam.

Ume era bem bonita, não havia como negar e lutava até bem, mas não era como a Sakura. A rosada era mais bonita, mais delicada ao mesmo tempo que extremamente forte e assustadora, seus cabelos voavam mais enquanto lutava, gostava de exibir um sorrisinho debochado enquanto desferia seus golpes fortes...

— Ei, acorda. — Sakura parecia irritada ao estalar os dedos em frente ao meu rosto e, nesse instante, as duas figuras que lutavam notaram nossa presença e se aproximaram.

— Oi. — Katashi cumprimentou.

— Oi, Sakura! E você deve ser Sasuke Uchiha, não é? Sou Ume Takara. — sorriu.

Pelo canto dos olhos, notei que Sakura a encarou. O que houve com a Haruno?

— Oi. — cumprimentei menos indiferente que o normal para dar uma melhor impressão, afinal, eles já devem ter ouvido muitas coisas ruins sobre mim, e Sakura olhou para mim como quem não tinha entendido alguma coisa.

— E, então, vamos treinar? — Ume perguntou, e eu dei de ombros, concordando e caminhando para o meio do campo com os dois em meu encalço.

Assim que parei no meio do local, olhei para trás, mas Sakura não estava mais lá. Ela estava agindo estranho desde a sala do Hokage.

O que estava acontecendo com aquela irritante?

— Bom, Katashi e eu estamos acostumados a lutar um contra o outro quando treinamos. — Ume chamou minha atenção. — E, então, podemos treinar assim também?

Assenti em concordância.

— Como vamos fazer?

— Podemos lutar primeiro. — sugeriu Katashi. — Quem vencer, que eu aposto que será você, lutará com a Ume.

— Tudo bem para você, Sasuke-kun? — Ume perguntou, sorrindo.

Foi inevitável não pensar em Sakura quando ouvi “Sasuke-kun”.

— Sim.

Ume sorriu uma última vez e saiu do meio do campo, deixando apenas o Hyuuga e eu. Ele ativou seu Byakugan para a batalha, e eu, meu Mangekyou Sharingan. Em suas mãos, uma kunai era firmemente segurada. Encarei-o enquanto retirava minha espada da bainha, já pronto para lutar.

Por alguns minutos, tudo o que se escutava por lá era o som de metal chocando-se contra metal. Katashi era bom, o Byakugan ajudava bastante, mas eu sou Sasuke Uchiha e não estava usando nem um quarto das minhas habilidades naquele combate corpo a corpo.

 Acertei um chute nele, e sua kunai voou longe com o impacto. Katashi levantou-se rapidamente e veio para cima de mim com seu taijutsu Hyuuga, o que me fez guardar minha espada. Tomei cuidado para não ser atingido nos pontos de chakra e, assim que pude, me afastei para usar o jutsu bola de fogo, mas Katashi desviou.

Eu fui para cima dele pensando em pegar mais pesado agora, porém o Hyuuga usou a palma de ar, jogando-me longe.

Ele era bom.

Fui para cima dele com taijutsu novamente e usei minha velocidade. Mesmo com o Byakugan, Katashi estava tendo dificuldades em me ver e me acertar, então, aproveitei para dar um chute nele. O Hyuuga deslizou uns cinco metros e, quando parou, de pé, cheguei por trás dele e coloquei minha espada no seu pescoço.

— Parece que acabou. — a voz de Ume soou alta enquanto ela aproximava-se de nós.

Guardei minha espada na bainha outra vez.

— É. — Katashi concordou, dando de ombros.

— Agora, é minha vez. — Ume sorriu para mim enquanto Katashi se afastava. — Está pronto para perder, Uchiha?

Fitei-a com as sobrancelhas arqueadas.

— E você está?

Não esperei por uma resposta, apenas dei início a um combate com Taijutsu.

Até que ela era boa e estava conseguindo acompanhar-me nos golpes, porém não como Sakura fazia.

Droga! Por que eu não conseguia parar de compará-la com Sakura?

Ume tomou distância, e aproveitei para usar o jutsu bola de fogo, mas ela contra-atacou com uma parede de água, bloqueando meu golpe. A garota pegou seis kunais entre os dedos de cada mão, e, com meu Sharingan, conseguia ver que infundiu chakra nelas.

— Você sabe que isso não vai me acertar, não é? Sou muito rápido. — digo, mas ela apenas sorriu convencida.

— Será mesmo?

Lançou as kunais na altura do meu peito, e eu apenas abaixei, vendo as armas passarem direto por mim.

Sorri de canto, como se dissesse “eu avisei”, porém ela apenas sorriu mais, o que deixou-me confuso.

Sem entender, olhei para trás e vi que as kunais que ela lançou estavam dando a volta e vindo em minha direção.

 O quê?! — perguntei-me mentalmente, como era possível?

Kunais não fazem isso.

Pulei para desviar de três e rebati as outras três com minha espada. As que passaram por mim davam a volta novamente e vinham na minha direção, já as que rebati e caíram no chão, começaram a flutuar e vir de novo para cima de mim.

— O que está acontecendo? — rebati todas novamente, mas elas, mais uma vez, flutuaram e vieram na minha direção.

Ativei o Susano'o, as kunais bateram no chakra roxo e caíram no solo. Flutuaram de novo e bateram nele mais uma vez.

Era inútil, o Susano'o é uma grande defesa.

Ume, percebendo que não adiantaria nada, deixou as kunais no chão e foi para cima de mim com taijutsu.

Fiz o Susano'o desaparecer e lutei com ela, pegando leve assim como fiz com Katashi. Golpes e mais golpes foram trocados, até eu conseguir lhe dar uma rasteira e derrubá-la no chão.

Ela suspirou.

— Parece que você venceu. — sorriu sem graça.

— Hm.

— Isso foi bem legal. — Katashi comentou ao aproximar-se, e eu tinha que concordar, ainda mais devido à habilidade diferente dela, que deixou-me surpreso. — Bom, eu vou indo, preciso fazer umas coisas. — completou com um aceno e, logo, havia apenas Ume e eu naquele campo.

— Também vou indo. — comecei a caminhar.

— Espera! Sasuke-kun, você não gostaria de ir comer alguma coisa comigo? — sorriu sem graça.

Pensei em negar, já que não gostava da companhia das pessoas, exceto os mais próximos, mas Ume não se mostrou uma garota chata, pelo contrário, parecia até legal e não haveria problema em apenas comer alguma coisa.

Dei de ombros.

— Tá.

Fomos andando até um restaurante popular da Folha, que, por sinal, estava bem vazio e pedimos um prato tradicional de lá — o meu com mais tomates obviamente. Enquanto fazíamos nossa refeição, ela falava sobre algumas coisas aleatórias, que eu, vez ou outra, concordava ou comentava algo curto a respeito e contou-me sobre o truque com as kunais.

Era um kekkei genkai. O clã Takara podia controlar todos os objetos nos quais infundiram chakra, mas era algo temporário, ou seja, Ume não poderia controlar aquelas kunais por mais tempo, ela teria que infundir mais chakra nelas, porém, mesmo temporário, era uma habilidade interessante.

Ume falava bastante, o que me lembrava um pouco de Sakura, mas era diferente. Seus assuntos não me prendiam tanto como os da rosada.

Saímos do restaurante poucos minutos depois de cada um pagar sua conta e começamos a caminhar. Pelo que parecia, Ume morava na mesma direção da minha casa, pois seguia ao meu lado enquanto eu fazia meu trajeto de sempre. Ambos em silêncio, o que eu agradecia.

Já havia ouvido muito sua voz naquele dia.

Logo, ela parou em frente a uma grande casa de cor azul, cheia de vasos com flores de ameixeira na frente.

Olhou para mim sorrindo enquanto eu continuava sério.

— Foi muito bom o treinamento hoje e foi ótimo te conhecer, Sasuke-kun.

E se aproximou mais de mim, tanto que consegui sentir sua respiração. O que ela estava fazendo, afinal?

Por um instante, notando seu rosto cada vez mais próximo, pensei que me beijaria na boca, mas, no último momento, ela desviou e beijou de leve a minha bochecha — o que eu, no fundo, agradecia.

Lembrei-me da Sakura no mesmo instante, e do beijo que me dera na bochecha enquanto eu “dormia”, porém, diferente do de Ume, que foi um toque normal e um tanto quanto estranho, o da Haruno foi especial e causou-me sensações diferentes.

Enquanto eu devaneava sobre Sakura, o que já estava ficando bem comum e acabando com a minha mente, nem percebi que Ume havia se afastado. Só me dei conta quando ela bateu a porta de casa.

Fui embora para meu apartamento com a mente cheia, perguntando-me quando Sakura deixaria meus pensamentos — e se isso era possível —, mas, para minha alegria — sintam a ironia —, no caminho, vi Sakura abraçada com aquele imbecil do Yori.

Eles estavam juntinhos, que raiva! Apenas fechei os punhos com força, sem importar-me com a dor que minhas unhas causariam nas palmas da mão e continuei andando em direção ao meu apartamento antes que fizesse alguma besteira, segurando a minha vontade de matar um certo alguém.

Tomei um banho demorado para tirar o suor e cansaço do corpo e fui deitar em minha cama para ver se minha mente ficava menos confusa, mas fiquei pensando em Ume e em Sakura.

Ume conseguiu chamar um pouco da minha atenção, pois não era como as garotas da aldeia e também parecia interessada em mim, mas Sakura era incrível, diferente, irritante e, mesmo eu não querendo isso, já que ela ia se casar, dominava a minha mente por completo.




. . .




Sakura Haruno

 

Quando Kakashi-sensei falou que Sasuke ia fazer o exame chuunin com a Ume, fechei a cara na mesma hora.

Aquela exibida.

Ume era uma safada, metida a conquistar todos e a pegar carona na fama deles. Ela era pior que a Ino em relação a aparecer. Era vulgar, adorava roupas curtinhas para chamar atenção dos homens e dava em cima de todos. Com certeza, daria em cima do Sasuke também.

Droga, Kakashi-sensei!

Fui com o Sasuke até o campo de treinamento e acertei. Ume estava com a roupa mais chamativa que já vi.

Precisava se vestir assim? Era só para chamar atenção mesmo.

Mas, fiquei boba ao ver que Sasuke estava hipnotizado com ela. O que ele pensava que estava fazendo? Por que ele estava olhando a Ume daquele jeito?

Não queria acreditar que ele estava interessado nela, logo o Sasuke que nunca foi de ligar para ninguém.

Senti meu peito se apertar nesse instante. Tantos anos juntos, e ele nunca olhou para mim e, talvez, nunca fosse olhar.

Saí do campo de treinamento quando eles foram treinar, não queria ver Ume dando em cima de Sasuke.

Passei a tarde em um parque, tentando livrar-me dos pensamentos confusos que inundavam minha mente, mas Sasuke não saía dela de jeito nenhum. Estava tão confusa e perdida em pensamentos que nem notei a noite cair.

Estava com fome, notei quando escutei meu estômago roncar, então, decidi ir comer algo em um restaurante, pois, do jeito que estava, se fosse cozinhar em casa, causaria um incêndio no fogão.

Mas essa foi a pior decisão que eu podia ter tomado naquele dia.

Ao chegar na entrada do restaurante, vi Sasuke e Ume em uma mesa, e pareciam conversar.

Desde quando Sasuke gostava de conversar com os outros? Até comigo e Naruto, ele procurava falar o menos possível.

Não acreditava que Sasuke havia se interessado por aquela interesseira, metida e exibida. Passei minha vida inteira tentando conquistá-lo e, agora, vem uma qualquer e consegue conquistá-lo em menos de um dia?

Não conseguia acreditar.

Várias lágrimas caíram pelo meu rosto, e eu saí antes que alguém me visse por lá, caminhando sem rumo enquanto sentia meu peito se apertar e minha vista se embaçar. Sentei-me em um banco qualquer perto de sei lá onde, chorei por tudo e bati-me mentalmente por, em alguns momentos, ter pensado nas palavras das minhas amigas e sensei.

Sasuke não se interessaria por mim nunca. Eu precisava seguir em frente e esquecer-me dele para sempre.

Fiquei ali por algum tempo, chorando e dizendo para mim mesma o quanto fui trouxa por pensar que, um dia, o grande Sasuke Uchiha olharia para mim, porém o chakra dele me fez despertar do meu transe e olhar para frente.

No fim da rua, o vi andando ao lado de Ume. Ele não me notou, o que eu já esperava que acontecesse.

Secando as lágrimas, levantei-me e os segui com cuidado até a casa de Ume. Senti meu peito doer quando a vi beijando a bochecha dele, além de uma raiva absurda, mas vê-lo parado fitando a porta foi pior do que todo o resto.

Ele havia mesmo gostado?

Sentindo as lágrimas ameaçarem a cair novamente, saí de lá, correndo pelos telhados desconcertada, magoada, irritada, tudo que imaginar.

Voltei ao chão, correndo com os olhos marejados e embaçados, até esbarrar com toda força em alguém que andava devagar, de costas para mim.

Era Yori.

E, nesse instante, meu coração pesou mais em meu peito, fazendo a culpa por estar chorando por outro me consumir.

— O que foi, Sakura? Por que está chorando? — ele perguntou, preocupado — Foi o Uchiha? Ele fez alguma coisa? Se foi, eu...

— Não, ele não fez nada, só estou... Nervosa. — respondi, secando o rosto.

Ele olhou-me ternamente e abraçou-me forte, transmitindo todo o carinho e conforto que eu precisava.

— Sei que está mentindo, mas, seja lá o que for, vai ficar tudo bem. — disse, e me senti um pouco aliviada com suas palavras.

Yori sempre sabia como deixar-me melhor.

— Agora, preciso ir.

Saí de seus braços, já mais calma.

— Vou com você. — sorri de leve em concordância e, juntos, fomos até a porta de meu apartamento.

 

. . .

 

Era domingo, então, como estava de folga, decidi ir treinar para esfriar a cabeça, mas dei de cara com Sasuke e Ume. Eles estavam andando juntos pela rua. Aquela exibida usava uma saia curtinha e uma camiseta decotada, mostrando parte dos seios volumosos que possuía.

Sempre querendo chamar atenção.

Os dias se passaram, e usei o trabalho para me distrair, não conseguia mais ver Sasuke e aquela interesseira juntinhos.

Antes que me desse conta, chegou o dia do exame chuunin, e fiquei sabendo que Sasuke e sua equipe passaram.

Yori e eu saímos para jantar nesse dia e vimos Sasuke, Ume e Katashi no restaurante.

Mas que droga! Tantos restaurantes para ir, eu tinha que escolher logo o que o Sasuke e a Ume estavam? Pelo menos, Katashi estava junto com eles.

Mas, olha como eu tinha uma grande sorte!

Os dias se passaram. Fiquei sabendo que a segunda prova do exame seria na Floresta da Morte, o que me trazia más lembranças e, por mais que eu estivesse muito chateada e irritada com Sasuke, torcia para que ficasse tudo bem com ele.

Sasuke e sua equipe passaram na prova dos pergaminhos do céu e da terra com facilidade e, duas semanas depois, iriam realizar a terceira e última prova do exame chuunin, os combates individuais.

 Nessas duas semanas, não vi Sasuke, o que eu agradeci, não queria me machucar mais. Passei esses dias trabalhando muito e ouvindo, mesmo a contragosto, Ino gritar na minha cabeça:

"Viu, testuda?! Não quis acreditar em mim e tomar uma atitude, agora, o Sasuke está com outra."

"Não acredito que perdeu para aquela interesseira, testuda!"

"Se eu fosse você, não deixaria barato, eu voaria no pescoço daquela garota e a faria se arrepender de ter dado em cima do meu homem."

"Você deve fazer alguma coisa, Sakura."

E muitas outras frases.

Eu não aguentava mais ouvir Ino falar sobre o Sasuke, estava a ponto de socar a cara da loira de tanta raiva.

Eu só queria me esquecer dele, mas ela não deixava.

Mas que merda!

 

. . .

 

 Chegou o dia da terceira prova, e todos foram para a grande arena assistir as lutas, inclusive eu, mas estava bem desanimada. Não queria estar ali.

Sentei-me ao lado de Naruto e Hinata, e Yori, ao meu lado. Ino, Shikamaru, Temari e Chouji estavam sentados na fileira em frente a minha, e Tenten, Lee, Kiba e Shino, na fileira de trás.

Todos estávamos ansiosos para o início do torneio.

 Kakashi-sensei falou algumas palavras para a abertura do espetáculo, depois, o Kazekage pronunciou-se, e a terceira prova, finalmente, começou.

Os primeiros a lutarem foram um ninja da Folha que eu não conhecia e um da Areia. O da Folha venceu e foi aplaudido por quase toda a platéia, já que a maioria era de Konoha. Depois, foi Katashi e um ninja da Grama, mas o Hyuuga perdeu apesar de ter dado tudo de si.

Após essa luta, foi a vez de Ume e uma kunoichi da Chuva, mas a exibida venceu utilizando o kekkei genkai de seu clã.

Que droga!

E, para finalizar a primeira rodada, Sasuke lutou contra um ninja poderoso da aldeia da Areia e, como já era esperado, venceu facilmente.

Sasuke era um grande ninja. O mais poderoso daquele exame. Era impossível ele perder para alguém ali.

Foram apenas quatro lutas nessa rodada, pois eles fizeram uma preliminar primeiro para diminuir a quantidade de ninjas na terceira prova.

 A segunda rodada da prova foi entre Ume e o ninja da Grama, estava torcendo para aquela exibida quebrar a cara. E eu comemorei tanto a sua derrota que Yori até ficou incomodado.

Mas fazer o que, não é? Eu estava esperando tanto por isso que não pude me conter nenhum pouco. E Ino me acompanhou, gritou tanto que Shikamaru e Chouji tiveram que tampar os ouvidos para não ficarem surdos.

 Depois, foi Sasuke e o ninja da Folha que ganhou a primeira luta. O cara era bom, mas Sasuke era muito melhor, venceu rapidinho e sem nem usar seu Sharingan.

Então, ficaram, para a rodada final, Sasuke e o ninja da Grama, que também era muito bom pelo que nós havíamos visto. O Uchiha teve um pouco mais de dificuldade que nos outros combates, já que não podia usar a totalidade de seus poderes, mas o derrotou, no fim, com um chute forte na barriga após um Taijutsu excelente.

Todos começaram a gritar, inclusive eu — por um momento, esqueci do que houve nos últimos dias. Yori só ficou me observando, sentado e calado.

 Sasuke havia vencido.

Mesmo estando brava com ele, não podia deixar de comemorar, ele era meu amigo apesar de tudo. Kakashi-sensei foi até o centro da arena, falou algumas palavras e deu o colete de chuunin para Sasuke.

Todos foram até lá parabenizá-lo, e decidi ir também — ou Ino me arrastou, já nem sei mais.

Estava com vontade de abraçá-lo forte e dizer que o amava muito ou, simplesmente, dizer que estava feliz por ele, mas, quando ia me aproximar, Ume correu até ele e o abraçou.

Fiquei estática no lugar, observando-a abraçá-lo enquanto os braços dele encontravam-se ao lado do corpo. Sasuke estava meio sem reação.

Mas eu não fiquei para ver o que ele ia fazer. Não depois de vê-la erguer mais o corpo e tocar os lábios dele com os dela.

Em um selinho demorado.

Fechei as mãos com força naquele instante, irritada e pouco me importei com o que Ino falaria ou o que Yori pensaria.

Eu só saí de lá antes que fizesse um estrago naquela arena.

Estava com tanto ódio, raiva, dor e tristeza que comecei a correr sem rumo pelos telhados das casas e, antes que me desse conta do rumo que meus pés estavam tomando, já me encontrava em um dos campos de treinamento.

Juntei chakra na mão direita, sentindo a confusão de sentimentos em meu interior e soquei uma enorme rocha que havia por lá, que logo se partiu em milhares de pedacinhos.

— Cansei daquela garota! — gritei, ainda mais irritada.

Estava tão nervosa que nem me importei com as unhas ferindo as minhas palmas enquanto fechava as mãos com força ou com o sangue que escorria entre meus dedos da mão direita.

Estava com ódio, muito ódio.

— Não vou deixá-la ficar com o Sasuke. Não vou!


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