How We Get Here escrita por TatyNamikaze


Capítulo 30
Capítulo 30 - O Pedido Tão Esperado


Notas iniciais do capítulo

Olá! Tudo bem? Voltei com mais capítulos de HWGH, para terminar a fanfic.
Boa leitura!



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How We Get Here

Capítulo Trinta - O Pedido Tão Esperado



A chuva, finalmente, havia parado, era hora de cumprir suas tarefas e se redimir pelos seus pecados. Ume guardou a bandana, que dizia que ela era shinobi da Folha, no fundo da gaveta da cômoda. Colocou uma calça capri branca e uma regata azul escura com detalhes em preto nas laterais. 

 Os longos cabelos castanhos estavam de lado, em uma trança simples, com alguns fios caindo ao lado do rosto sem maquiagem. Ela pegou suas simples sandálias pretas e saiu em direção à academia, onde as aulas estavam quase no horário de começar.

 Ume se encontrou com Iruka, um dos instrutores da academia ninja, o qual lhe mostrou onde ficavam os produtos de limpeza e os horários que as salas deveriam ser limpas, já que, quase o tempo todo, havia aulas.

 Assim que ela pegou os produtos, começou a limpar o local, porém não estava brava com essa punição ou chateada por não ser mais considerada uma ninja, pelo contrário, estava feliz, se sentindo mais leve, e ela reconhecia que precisava ser punida, ela precisa disso para conseguir seguir em frente.

Enquanto Ume limpava, pensava no que Katashi estaria fazendo àquela hora. Ela entendeu, durante os últimos acontecimentos, o que se passava em sua mente e coração, ela compreendeu que o que sentia pelo amigo era mais que amizade.

Ela o amava e queria vê-lo para revelar o que sentia — apesar de sentir medo de ser rejeitada devido aos seus erros.

 Assim que terminou de limpar toda a academia, ela secou o suor do rosto e lavou as mãos para ir almoçar em um restaurante da Folha. Enquanto ela caminhava pelas ruas quase desertas de Konoha, sentiu que estava sendo seguida.

Mas ela não precisava virar-se para trás para saber quem era.

— Já começou o trabalho? — sorriu ao ouvir a voz de Katashi atrás de si e parou, esperando que ele chegasse ao seu lado.

— Sim.

— E como se sente com tudo isso? — o Hyuuga perguntou, e Ume sorriu em resposta.

— Para falar a verdade, mais leve. — comentou, serena. — Eu preciso pagar pelos erros que cometi, só assim conseguirei viver em paz.

Katashi sorriu com a resposta da garota.

— Fico feliz em ouvir isso de você, mostra que é uma pessoa boa.

Ela sorriu para o amigo, e continuaram a caminhar pela rua.

 O silêncio se estabeleceu entre os dois e, na cabeça de Ume, um turbilhão de sentimentos se formou, e, entre eles, o que predominava era a dúvida que a perseguia desde quando entendeu os seus sentimentos, fazendo-a pensar se realmente devia dizer o que sentia por Katashi Hyuuga.

E ele, assim como ela, também possuía dúvidas quanto ao que fazer com o que sentia no peito. Ambos estavam confusos sobre a ideia de revelar ou não.

— Sabe, Katashi, muitas coisas aconteceram… — Ume começou a falar.

Havia decidido que contaria, mas fazê-lo era mais difícil do que parecia, tanto que a garota travou antes mesmo de chegar no início de onde queria.

Enquanto Ume encontrava-se em um conflito interno, pensando em contar e, em seguida, desistindo por pensar que ele não queria mais nada com ela, Katashi a observava com atenção, desejando que o que quer que ela fosse falar tivesse a ver com os sentimentos dela por ele.

O Hyuuga só queria escutar que tinha uma chance com ela, mesmo que mínima.

— Fale. — o ninja incentivou, mas Ume não sabia como dizer.

Era tão difícil revelar quando se gostava realmente de alguém.

— Não é nada. — ela falou, por fim e isso foi como uma facada no coração dele. De fato, os dois não tinham chances, agora, o Hyuuga via perfeitamente, estava apenas alimentando falsas esperanças. — Eu preciso ir.

Ume deu três passos para frente, deixando Katashi para trás, ambos confusos e chateados, mas, quando ia dar o quarto passo, parou, com lágrimas nos olhos.

Ela precisava falar, mesmo que ele a rejeitasse, ela precisava dizer o que sentia por ele.

Se ela soubesse o quanto Katashi queria ouvir aquilo...

— E eu percebi que eu gosto de você. — falou de uma vez antes que perdesse a coragem, completando a fala que havia iniciado anteriormente, e Katashi nada falou, apenas ficou como uma estátua na rua, parado, sem reação.

Ume virou para fitar a face surpresa dele, chegando à conclusão de que ele não a queria mais e ela, de certa forma, o entendia. O amigo merecia alguém melhor.

— Eu só queria que soubesse. — sussurrou, deixando uma lágrima cair. — Eu não mereço o seu amor.

Continuou a andar sem olhar para trás, as lágrimas já escorriam pelo rosto. Estava triste, mas era melhor assim, Katashi merecia encontrar alguma garota melhor do que ela era.

Ume continuava a caminhada sem olhar nem mesmo para o lado, só queria ir para qualquer lugar e chorar por ter sido idiota o suficiente para nunca ter notado os sentimentos de Katashi por ela e o quanto ele era importante para ela, porém, antes que ela o fizesse, sentiu seu pulso ser segurado com cuidado e, em seguida, alguém lhe puxar.  

E, mais uma vez, ela não precisava virar para saber quem era, apenas deixou-se ser guiada por ele.

 Seu corpo foi de encontro ao de Katashi e se chocaram. Os braços dele enlaçaram sua cintura e, antes que sua mente processasse o que o amigo pretendia fazer, um turbilhão de sensações a atingiu quando os lábios de Katashi tocaram os seus suavemente.

No início, o beijo era calmo e cheio de paixão, mas, segundos depois, Katashi abriu passagem, por entre os lábios dela, com sua língua, deixando o beijo mais intenso.

Era como se necessitassem um do outro.

 A falta de ar atingiu-lhes após alguns segundos de contato e, finalmente, se separaram, ambos um pouco ofegantes e com os lábios avermelhados.

O Hyuuga possuía um sorriso no rosto, já Ume parecia atônita, sem acreditar que ele havia feito isso realmente.

— Pare de dizer que não merece meu amor. — ele sussurrou, ainda abraçado a ela. — Você é a única que eu o entregaria. Você é a única mulher que eu quero amar na vida.

— Katashi… — ela deixou mais lágrimas caírem, só que, dessa vez, eram diferentes.

Eram lágrimas de emoção.

 

. . .

 

— Nori Yoshiaki, precisamos falar com você. — Kakashi e Ibiki Morino se aproximaram da cela dele, uma cela especial, que impossibilitava os presos de usarem chakra.

— Quero que nos conte se há mais aliados seus e do Takeshi pelo mundo. — Kakashi falou, encarando a expressão fria de Nori.

— Não há mais nenhum renegado sob o controle de Takeshi ou nosso aliado, os últimos foram derrotados na luta contra o time sete. — respondeu calmamente, porém logo pareceu recordar-se de algo. — Se bem que há mais um, ele foi nosso espião e não é uma ameaça.

— Quem? — Ibiki perguntou.

— Akio, um dos conselheiros do Mizukage. 

— Está falando mesmo a verdade? — Kakashi perguntou, encarando a figura calma de Nori.

— Por que eu mentiria? — respondeu com outra pergunta, fitando a parede a sua frente. — Pode confiar, eu não estou afim de causar mais problemas, eu cansei dessa vida. — Nori falou e parecia realmente sincero.

Os dois homens respiraram fundo, assentindo e foram em direção à saída, porém pararam ao escutar a voz do preso.

— Esperem! Eu quero perguntar uma coisa. — encarou as duas figuras. — O que houve com Takeshi?

Nori estava preocupado, já que Takeshi era seu único amigo, e ele não sabia o que houve, pois havia desmaiado antes da batalha final acontecer.

— Ele está preso também, só que não está bem de saúde. — Kakashi respondeu.

— Como assim?

— Ele ficou louco. — o Hokage completou e saiu da sala, deixando o renegado sozinho com seus pensamentos, desejando que seu amigo melhorasse e, acima de tudo, que percebesse que eles haviam agido muito errado e que precisavam pagar pelo que fizeram.




*  * *

 

 

                       

Sasuke Uchiha

    

— O distrito Uchiha ficou pronto hoje. — falei.

Estávamos em um restaurante da Folha, fazia dois dias desde o enterro de Yori, e ela parecia melhor.

— Sério? — perguntou, um leve sorriso se destacava em seus lábios.

— Sim, assim que terminarmos de comer, vamos lá.

— Certo.

O término da refeição não demorou mais que quinze minutos. Após pagarmos a conta, saímos do estabelecimento e fomos andando pelas ruas tranquilas daquela noite em direção ao distrito, que ficava um pouco afastado daquele ponto.

Passamos pela entrada dele, onde o emblema do clã Uchiha estava estampado em uma placa e totalmente novo, e adentramos o local. Caminhamos em direção à casa principal — a minha —, e, durante o percurso, não pude deixar de perceber os olhos surpresos dela ao ver todas as casas arrumadas e bonitas, os postes de iluminação novos, os muros pintados e os jardins bem cuidados, até que seu olhar mudou completamente ao fitar a minha antiga casa, que estava mais bonita que qualquer outra ali e bem diferente do que era antes.

— Nossa! — ela estava sem palavras diante do que via. — Sua casa está maravilhosa!

Seus olhos brilhavam ao ver a edificação, e um sorriso formou-se em seus lábios.

E, naquele momento, eu tive mais certeza ainda do que eu devia fazer.

— Nossa casa... Se você quiser.

Ela olhou para mim na mesma hora, e eu vi a expressão de surpresa em seu rosto.

— Está me chamando para morar aqui com você?

— Sim.

Ela ficou calada por um tempo, parecia processar a informação, porém logo sorriu, balançando a cabeça positivamente.

Um sorriso se formou em meus lábios, um sorriso que só ela sabia me fazer dar.

Sakura se aproximou de mim devagar em seguida, depositou um beijo suave em meus lábios e me abraçou.

— Eu te amo. — sussurrou em meu ouvido.

— Também te amo. — respondi e a senti me abraçar com mais força, transmitindo muito amor e carinho.

Assim que nos afastamos, notei que uma lágrima solitária escorria pela sua face, então, me aproximei e, com o polegar direito, sequei a lágrima.

Ela estava feliz, tanto que chorava de emoção.

Sorri para ela novamente.

— Venha, vou te mostrar a casa. A nossa casa.

Segurei em sua mão e entramos.

 Fomos andando pela casa, passando por cada cômodo, onde Sakura reparava todos os detalhes com um sorriso enorme no rosto, até que chegamos ao último cômodo que faltava mostrá-la, o nosso quarto.

Abri a porta e passei por ela primeiro, seguido por Sakura, que olhava surpresa para o cômodo em tons pastéis.

Na janela, uma cortina azul se destacava, junto com o símbolo do clã Uchiha, o qual se encontrava pintado em cima da cabeceira da cama de madeira escura, que estava coberta com uma colcha azul mais forte.

No canto, um guarda-roupa grande e escuro como a cama tampava parte da parede clara.

— Nossa, ficou muito bonito! — ela sorriu ao dizer.

— Que bom que gostou.

Sorri de canto ao vê-la feliz e a puxei para um beijo, o qual começou suave, demonstrando o quanto nos amávamos, mas, depois, se tornou mais intenso, denunciando a necessidade que sentimos um do outro.

 Eu a amava, queria ficar só com ela a minha vida toda. Era um sentimento tão forte que não me deixava ficar longe dela. Senti-la em meus braços era uma sensação maravilhosa.

Eu a queria, eu a desejava mais que tudo.

 Estava tão concentrado no beijo e em saborear o gosto dos lábios dela, que nem percebi para onde estava andando, só notei quando já estávamos deitados sobre o colchão macio da cama de casal.

Afastei meus lábios dos dela e comecei a depositar beijos em seu pescoço. O cheiro de cereja que emanava da rosada entrava pelas minhas narinas e me fazia desejá-la ainda mais, fazia-me perder o controle dos meus atos até.

— Sasuke… — ela sussurrou, atraindo minha atenção para si. — Eu nunca… Nunca fiz…

Ela estava com as bochechas coradas de vergonha enquanto tentava explicar que ainda era virgem.

— Nunca? — perguntei só para confirmar e, quando recebi um aceno em confirmação, dei um sorriso de canto.

Eu pensei que, como ela já havia namorado dois caras antes, ela já teria tido esse tipo de experiência — e era inevitável não sentir-me enciumado em pensar nesse detalhe, mas obviamente que eu não iria reclamar se tivesse acontecido, afinal, eu não tinha esse direito —, e admito que fiquei feliz ao saber que estava enganado.

— Você quer continuar? — perguntei.

Se ela não se sentisse pronta, eu não iria forçá-la de forma alguma ou pressioná-la a aceitar, afinal, ainda teríamos muito tempo para isso.

Mas foi inevitável não sorrir ao escutar a resposta dela:

— Sim.

Selei nossos lábios em um beijo rápido e sorri, tentando parecer tranquilo naquela situação, mas era impossível.

Aquela também seria minha primeira vez, e eu estava muito nervoso e mal sabia o que devia fazer.

Voltei a distribuir beijos pelo seu pescoço e senti-a estremecer e ser tomada pelo nervosismo sob mim.

 Eu entendia como ela se sentia. Estava tão nervoso quanto ela, por isso, decidi fazer de tudo para deixá-la mais calma e relaxada para que nossa primeira vez fosse melhor.

— Você confia em mim? — perguntei, olhando em seus olhos verdes.

— Sim.

— Então, fique calma. — falei da maneira mais calma e doce possível e tentando passar confiança por um sorriso de canto.

Tudo isso apesar do nervosismo que sentia em meu interior.

— Eu te amo, irritante. — sussurrei em seu ouvido.

Um sorriso surgiu em seu rosto na mesma hora, o sorriso mais lindo que eu já vi em toda a minha vida, e, então, ela me beijou suavemente.

 Beijo que se intensificou no mesmo instante.




. . .

 



Sakura Haruno

 

 Acordei feliz no dia seguinte apesar de sentir um certo incômodo entre as pernas, olhei para o lado e sorri ao ver o homem, que eu mais amava na vida, deitado ao meu lado e me olhando com aqueles olhos que tanto me encantavam.

 Ele sorriu em resposta ao meu sorriso e me deu um beijo rápido, o qual me fez lembrar da noite anterior e sorrir novamente. Ficamos um tempo olhando nos olhos um do outro, até que senti sua mão acariciar meu rosto e colocar uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.

— Como se sente? — ele perguntou.

— Muito feliz.

Sorri mais abertamente, observando-o mexer-se na cama e ajeitar-se melhor sobre o colchão.

— Eu estava pensando em uma coisa. — sua voz chamou minha atenção.

— No quê? — pousei minha cabeça em seu peitoral desnudo.

— Que nós... — ele começou a falar enquanto mexia em meus cabelos.

Mas, sua voz sumiu no meio da frase, Sasuke parecia não saber como falar.

— Que nós podíamos… Talvez…

Ele parecia desconcertado e, quando levantei a cabeça para olhá-lo, percebi que estava envergonhado.

Suas bochechas estavam avermelhadas.

 Sorri ao ver como ele estava, algo que eu nunca pensei que veria na vida, afinal, era Sasuke Uchiha que estava em minha frente.

— Fale. — incentivei-o a continuar.

Vi-o respirar fundo, parecendo tentar criar coragem ou encontrar as palavras certas.

— Que nós podíamos nos casar.

Ao ouvir aquilo, meu coração parou por um segundo, meu corpo ficou paralisado, e eu não conseguia pensar, respirar ou fazer qualquer coisa.

— Você está falando sério? — perguntei.

Eu estava surpresa demais, meu coração quase havia saído pela boca com aquelas palavras.

— Sim. — sorri com sua confirmação e, sem hesitar, o beijei.

Um selinho demorado.

— Aceita? — perguntou, e eu só sabia sorrir.

Aquilo era o que eu mais queria.

— É claro que eu aceito! — o abracei. — Eu te amo, Sasuke. — completei e vi um sorriso surgir em seus lábios.

— Também te amo, futura senhora Uchiha.

 E, em seguida, me beijou como nunca antes. 

 

 Eu não podia estar mais feliz naquele momento, pois nada era mais especial do que o fato de que eu ia me casar com o homem que sempre amei.

O homem que fez desses últimos meses os melhores de toda a minha vida, por, simplesmente, estar ao meu lado, sorrindo de canto e me protegendo.

 Eu tinha muito o que agradecer a ele. Sasuke transformou a minha vida totalmente e foi a melhor coisa que poderia ter acontecido. Todos os meus maiores sonhos estavam se realizando.

 Eu tinha, realmente, muito o que agradecer ao Sasuke, pois, com ele ali, eu me sentia feliz e completa, como nunca havia me sentido antes.

Ao finalizarmos o beijo, eu só conseguia sorrir.

 Sorrir por tudo que estava acontecendo e, depois, sentir uma ansiedade imensa, porque, finalmente, eu ia me casar com ele.

Daquele dia em diante, eu não seria a mesma Sakura Haruno de antes. 

 Eu teria uma vida diferente, seria uma mulher casada e com o homem que eu sempre desejei ao meu lado.

 

 Seria Sakura Uchiha.

 

 Sorri mais uma vez com esses pensamentos. 


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