How We Get Here escrita por TatyNamikaze


Capítulo 27
Capítulo 27 - A Verdade Por Trás do Acidente


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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How We Get Here

Capítulo Vinte e Sete - A Verdade Por Trás do Acidente

 

                          

Dia da queda do monte Hokage…



 Ela estava decidida, iria agir essa tarde mesmo.

 Ume viu Sakura sair de casa e a seguiu discretamente. A garota de cabelos rosados estava no parque e, depois, Yori chegou e ficaram conversando até o momento em que o Uchiha apareceu e acabou brigando com Yori.

 Ume ficou observando tudo desde o início e a luta foi emocionante. Minutos mais tarde, ela viu a rosada sair chorando, e Sasuke não foi atrás dela, então, viu que esse seria o momento perfeito para agir.

Ela fez um jutsu de transformação, transformando-se em Ino Yamanaka e se aproximou de Sakura com o pretexto de querer acalmá-la, mas suas intenções eram outras.

 Ela passou o fim da tarde tentando acalmar a rosada, fingindo ser sua amiga, mas Ume tinha que resolver isso logo, pois sairia em missão em poucos minutos. Ela, com certeza, seria a principal suspeita do "acidente" da Sakura, já que era a pessoa que mais odiava a discípula da Tsunade na aldeia, portanto, pensou bastante no que fazer para não deixar as suspeitas caírem sobre si.

 Ela aproveitou uma distração de Sakura e trocou de lugar com um clone de água, que passou o resto do dia com ela enquanto a verdadeira Ume seguia para a entrada da aldeia da Folha.

 Ao fazer o clone jogar a Sakura do monte Hokage, no mesmo instante em que ela ia para uma missão, tiraria as suspeitas do acidente de cima dela.

 Assim que a verdadeira Ume chegou na entrada da aldeia, encontrou Yori, um de seus companheiros de missão. No mesmo instante que ele a viu, fechou a cara, lembrando-se do passado.

Ele não ia com a cara de Ume, pois ela já o havia enganado assim como pretendia fazer com Sasuke.

— Olá, Yori. — Ume cumprimentou como se fossem amigos de longa data.

— Hm. — ele apenas resmungou sem olhar no rosto dela.

Mas Ume não se importou com isso, ela estava era com vontade de rir pela cena que havia visto mais cedo.

— Que machucados são esses? — ela perguntou, se fingindo de desentendida.

— Não é da sua conta. — retrucou, rispidamente.

— Nossa, que mau humor, hein... Tudo isso é por causa da surra que levou do Sasuke?

Yori a encarou e ia dizer alguma coisa, provavelmente, perguntar como ela sabia disso ou retrucar, dizendo que não era nada daquilo, mas foi interrompido por Katashi e Kakashi, que chegaram ao mesmo tempo, só que por direções diferentes.

— Que bom que já estão todos aqui, então, já posso passar as informações da missão. Vocês três precisam ir para o país da Neve ou da Primavera, como foi renomeado, a princesa, ou melhor, daimyō da Neve, Koyuki Kazahana, pediu nossa ajuda. Vocês precisam recuperar um pergaminho que foi roubado. O esconderijo no país da Neve está com poucos renegados, mas, como o país está com poucos ninjas, fica difícil para recuperá-lo. Vocês precisam ser rápidos, pois quem o roubou pode encontrar uma maneira de ler o pergaminho e, segundo Koyuki, isso seria um desastre, pois contém segredos importantes do país.

— Certo! — os três exclamaram em uníssono.

— Agora, vão. — os três se viraram para seguir caminho, até Kakashi continuar: — Yori, espera. Que machucados são esses?

— Nada, Kakashi-sama.

— Tudo bem, pode ir.

E o ninja sumiu por entre as árvores enquanto Kakashi voltava para sua torre.

 

. . .

 

 Eles iam à toda velocidade em direção ao país da Neve e sem dizerem uma palavra sequer. Todos perdidos em seus pensamentos.

Ume colocou um sorriso no rosto enquanto ia mais à frente com Katashi, dando-se conta de que seu clone sumiu e que as lembranças do que houve com a Sakura retornaram a ela.

— O que houve? Por que está sorrindo? — Katashi perguntou, as sobrancelhas estavam arqueadas em curiosidade.

— Nada, eu só estou feliz.

Mas Katashi não acreditava que era à toa, algo lhe dizia que Ume havia aprontado alguma coisa.

Enquanto os dois iam mais à frente, Yori permanecia atrás e silencioso, com raiva de ter que realizar uma missão com a Ume sendo que havia tantos ninjas em Konoha.

De fato, aquele dia não podia se tornar pior.

 Os três continuaram a caminhar por entre as árvores até a hora que a noite ficou mais escura. A lua estava linda lá no alto, e o céu estrelado, mais ainda.

Yori se deitou a uma distância considerável da garota de cabelos escuros que o iludiu há quase três anos. Ele a odiava com todas as suas forças, não porque sentia algo por ela, não, por ela, ele só sentia desprezo, mas porque não queria a presença de alguém tão sem coração por perto.

 Ele observou enquanto Katashi se deitava ao lado de Ume e juntos olhavam as constelações formadas no céu escuro. Olhando-os lá, daquela maneira, apontando estrelas e sorrindo, Ume parecia uma kunoichi boa e gentil. Yori já havia percebido, ao observar os dois amigos desde muito tempo atrás, que Ume sempre parecia outra pessoa quando estava com Katashi.

 Depois de um tempo acordado, fitando os dois companheiros de equipe, Yori adormeceu e, no dia seguinte, continuaram o caminho em silêncio até chegarem ao porto, onde pegariam um navio para chegarem ao seu destino.

 Foram dias no mar até avistarem o país da Neve, ou Primavera, como Koyuki o renomeou.

 As montanhas estavam com pouca neve, sinal de que já estava derretendo, mas, ainda assim, eram lindas de se verem. Eles seguiram à pé até o castelo de Koyuki, a qual já esperava por eles.

 

. . .

 

 Os três saíram em direção ao esconderijo dos renegados e, ao se aproximarem, os viram saindo do local. Quando os ninjas de Konoha iam pegá-los de surpresa, ouviram um deles gritando:

— Kuchiyose no Jutsu!  

Um grande lobo com os pêlos bem brancos apareceu e foi na direção deles.

— Droga! — Yori exclamou ao pular para o lado e escapar da pata do animal.

 O lobo pisou forte no chão, fazendo parte do gelo se quebrar em volta deles, inclusive o lugar em que Ume estava, o qual afundou, levando-a junto.

Katashi correu até ela.

— Ume! — gritou ao segurá-la no último segundo.

— Katashi, não me deixe cair, por favor. — Ume pediu, com uma expressão assustada no rosto ao fitar a altura em que se encontrava do chão.

— Não vou deixar. — ele respondeu enquanto se apoiava com dificuldade na beirada do barranco enorme que se formou, até que o gelo em sua volta começou a rachar mais.

— Katashi, ande logo!

— Não estou conseguindo, está escorregando muito. — ele tentava puxá-la de volta e se manter no lugar, mas estava difícil.

O gelo rachava cada vez mais.

— Então, me solte e saia daqui, senão irá cair também.

— Eu não vou sair sem você.

Katashi a puxou de volta e, quando o gelo se quebrou por completo, no último segundo, ele pegou-a no colo e pulou para onde o chão estava inteiro.

Os dois caíram na superfície gelada, ambos ofegantes e assustados, mas inteiros e salvos.

— Essa foi por pouco. — Katashi falou, ofegante, e Ume concordou com a cabeça enquanto se colocava de pé.

— Obrigada, Katashi, senão fosse você, eu teria me machucado gravemente ou morrido. — falou ao abraçá-lo.

— De nada. — o Hyuuga disse, surpreso pela atitude carinhosa dela e com as bochechas levemente coradas.

Eles se soltaram, sorriram um para o outro e foram correndo até Yori, que havia acertado um dragão estilo tempestade na invocação, fazendo-a desaparecer em seguida.

 Os ninjas de Konoha repararam que os renegados haviam fugido, porém, com o auxílio do Byakugan de Katashi, os localizaram facilmente, já que não estavam muito longe de lá.

 O Hyuuga também viu que os renegados estavam com o pergaminho e com mochilas, com certeza, no momento em que os shinobis da Folha chegaram para invadir o esconderijo, eles já estavam prontos para fugirem de lá.

 Os ninjas de Konoha continuaram a perseguir os inimigos, que logo perceberam a presença deles. Katashi viu que os ninjas estavam próximos, então, ele e seus companheiros de equipe aumentaram a velocidade, alcançando rapidamente os renegados.

 Eram três ninjas, com bandanas da Areia, das Fontes Termais e da Estrela, ambas riscadas. Os dois trios ficaram se encarando, até que o ninja, que antes era da aldeia da Areia, usou um jutsu estilo vento, o qual jogou os shinobis de Konoha longe.

 Ume fez um jutsu estilo água enquanto era jogada para trás e conseguiu acertar o ninja das Fontes Termais, que caiu no chão com o impacto do jutsu. Katashi aproveitou assim que recuperou-se do golpe e foi para cima do ninja da Areia, do qual acabou conseguindo bloquear cinco pontos de chakra em cada braço dele, impedindo o mesmo de realizar ninjutsu.

 Yori usava seus jutsus estilo relâmpago no ninja com a bandana da aldeia da Estrela, que desviava de todos enquanto voava, habilidade conseguida através do treinamento com a Estrela, que, há muitos anos, era permitido em sua aldeia.

 O Satoshi viu que não conseguiria atingi-lo facilmente, então, usou um dragão de água para distraí-lo e, quando o inimigo estava concentrado desviando do dragão, o ninja da Folha usou um jutsu estilo tempestade, o qual pegou o renegado de surpresa e o derrubou dos céus.

 Katashi estava lutando taijutsu Hyuuga com o inimigo, que não era nada ruim, mas, como o Hyuuga possuía o Byakugan, desviava facilmente de todos os golpes. Katashi concentrou bastante chakra nas mãos e o acertou no peito, bem em seu coração, fazendo o ninja da Areia cair no chão, cuspindo sangue.

 O renegado das Fontes Termais foi na direção de Ume, que pegou seis kunais, concentrou chakra nelas e as lançou no ninja, que desviou com muita facilidade e com um sorriso debochado no rosto.

 A Kunoichi olhou para o shinobi inimigo, fingiu que estava fazendo um selo para atrair a atenção dele, que, distraído, não viu as kunais voltando em sua direção, atingindo-o nas costas e fazendo-o cair no solo coberto de gelo.

 O trio da Folha se agrupou novamente e foi até o renegado — que antes era da aldeia da Estrela —, o qual estava caído no chão a alguns metros deles, e Katashi pegou, em seu bolso, o pergaminho do país da Neve.

— Missão cumprida, agora, vamos! — Yori falou friamente e se virou, seguindo para a direção onde se encontrava o palácio de Koyuki Kazahana.

Ume e Katashi se entreolharam rapidamente e, em seguida, seguiram o Satoshi em silêncio.

                                

. . .

                                    

 Ume estava andando pelas ruas de Konoha, pois não tinha nada melhor para fazer, ainda irritada por Sakura ter ficado apenas em coma e não ter morrido com a queda do monte Hokage.

Ela tinha que terminar as coisas, precisava eliminá-la de vez e ia aproveitar o tempo que Sasuke estava em missão na aldeia da Névoa, porém os ninjas da Anbu em volta do hospital não iam permitir tal coisa, e Ume tinha certeza de que eles estavam ali por causa da Sakura e a mando de Sasuke.

De fato, ele estava desconfiado que a pessoa que a empurrou estava por perto e poderia fazer algo enquanto a Haruno permanecia em coma.

Ume observou discretamente os ninjas que se encontravam próximos do prédio. Ela os conhecia. Eram ninjas experientes, nunca conseguiria passar por eles sem ser vista e entrar no hospital para acertar as contas com a Sakura.

Ela também sabia que eles não iriam sair de lá tão cedo, pois, conhecendo o Sasuke, com certeza, ele deu as ordens para não saírem de perto do prédio um minuto sequer.

 

 "Maldita hora que o Sasuke-kun foi se apaixonar pela rosada sem graça. Maldita hora!"

 

Ume bufou de raiva e ficou mais um tempo rondando o hospital discretamente, mas não tinha jeito.

Isso tinha que ficar para depois.

Ela só não pensava, na hora, que esse depois nunca chegaria e que ela se arrependeria de tudo que fez.




*  * *




Sakura Haruno

 

A surpresa foi grande ao saber que foi Ume quem me empurrou do monte Hokage, mas não tínhamos tempo para tirar satisfações ou brigar, pois Takeshi, ao finalizar sua frase, ameaçando Yori, correu em direção a ele com a mão direita levantada.

Nesse instante, eu acordei do transe em que me encontrava, esquecendo-me de tudo que eles fizeram de mal e concentrando-me na minha raiva por Takeshi.

Corri até Yori também.

Antes que o vilão pudesse atingir meu ex-namorado, coloquei-me entre eles, concentrei chakra um uma das mãos e dei um soco no rosto do Misaki, fazendo-o ir alguns metros para trás.

Ele olhou-me, surpreso pela velocidade com que me coloquei entre eles — consequência do acúmulo de chakra nos pés.

— Não importa o que eles tenham feito antes. Não importa se já fomos inimigos um dia ou se causaram problemas. O importante é que estão fazendo o certo para consertar os seus erros. O que importa, agora, são as ações do momento e, se estão nos ajudando, eles são companheiros também. — falei, encarando Takeshi intensamente e fechando o punho direito com força.

Mesmo depois do que Ume e Yori fizeram a mim e ao Sasuke, eu não podia deixá-los na mão, não podia fingir que não me importava com o que acontecesse com eles, porque eu me importava sim, eu tenho um coração muito bom e não podia ficar parada vendo-os se machucarem.

Ume e Yori voltaram para nos ajudar agora, então, eu esqueceria o passado e lutaria ao lado deles para o bem do mundo.

— A Sakura-chan tem razão. Agora, somos todos companheiros, por isso, não posso deixar que aconteça nada de ruim com eles.

Naruto se colocou ao meu lado, o que me fez sorrir. Só faltava Sasuke agora

Olhei para o Uchiha do outro lado, que suspirou cansado e começou a caminhar lentamente.

— Hm, não tenho escolha mesmo.

Sasuke se colocou do meu outro lado, pronto para a batalha que estava por vir.

O time sete unido.

— Não importa quantos vocês sejam, eu irei vencer e, depois, dominarei as cinco grandes nações e todo o mundo ninja. — Takeshi disse, limpando o sangue do canto da boca.

— Você não vai vencer, idiota, nós não vamos deixar. — Naruto falou ao reforçar o nó de sua bandana de Konoha, ainda no modo Bijuu.

— Vocês não sabem o que eu posso fazer. — os olhos de Takeshi ficaram dourados mais intensos.

— E você também não sabe o que nós podemos fazer. — falei e fui em sua direção, seguida por Naruto, Sasuke, Yori, Ume e Hinata.

— Vocês ainda irão se arrepender. — Takeshi completou, com uma expressão de raiva no rosto, que, aos poucos, foi se suavizando e, estranhamente, assumindo uma feição debochada. O que ele estava tramando, afinal? — São seis contra um, isso é meio injusto, não? — perguntou enquanto flutuava no ar através da telecinesia de seu doujutsu.

— Você procurou por isso, então, não venha falar que é injusto. — Ume respondeu, cruzando os braços.

Takeshi fechou a cara novamente e, do nada, alguns ninjas — com diferentes bandanas riscadas — apareceram, se colocando entre ele e nós.

Um sorriso surgiu na face do vilão outra vez.

— Agora, são vinte contra seis. E vocês que vieram até aqui e procuraram por isso, então, não se atrevam a falar que é injusto. — repetiu a fala de Ume, debochadamente.

— Caramba! De onde saem tantos ninjas renegados? — Naruto perguntou, irritado.

— Você já deve saber a resposta. — Takeshi disse, com um sorriso de canto e os olhos brilhando.

Naruto o encarou, fitando aqueles olhos dourados intensos.

— Idiota, não olhe nos olhos dele. — dei um soco de leve na cabeça do loiro, chamando sua atenção.

— Não se preocupe, Sakura. Ele não pode controlar-nos agora. — Yori disse, seriamente.

Vi Sasuke arquear as sobrancelhas, curioso.

— Por quê?

— Os olhos dele têm várias habilidades, que podem ser usadas o tempo todo enquanto ele tiver chakra, mas o controle da mente é uma habilidade especial, que não pode ser usada a todo momento. Ela esgota o usuário, impedindo-o de lutar contra quem for e manipular o chakra. — Yori explicou.

— Então, ele não pode tentar nos controlar agora? — concluí.

— Poder ele pode, mas causará sua derrota no momento em que o fizer.

— Então, podemos ficar tranquilos em relação a isso? — Ume suspirou, aliviada.

— Por enquanto, sim, mas é melhor esquecermos um pouco Takeshi e nos focar nos renegados.

— Yori tem razão. — fitei os shinobis controlados. — Os renegados são os nossos alvos agora. — encarei-os, já concentrando chakra nos punhos. — Vamos acabar com eles!

Fomos para cima dos inimigos e iniciamos um combate, exceto Sasuke, que teve o caminho bloqueado por Takeshi.

— Você não, Uchiha. Você é meu!

Enquanto eu lutava, não tirava os olhos de Sasuke, que olhou para mim no mesmo instante, firme.

— Eu cuido dele. — seu olhar transmitia segurança.

— Tome cuidado. — falei e voltei a concentrar-me em meu combate contra os renegados, golpeando-os de modo que fossem apenas nocauteados.




. . .

 



 

Sasuke Uchiha

                                       

Eu estava com raiva de Ume por ter feito tal coisa com a Sakura e estava com raiva de Yori por ter ajudado o inimigo, mas, agora, não era hora para isso, era hora de lutar lado a lado e, acima de tudo, eu precisava de concentração, pois meu oponente seria Takeshi Misaki.

Após nos encararmos por vários segundos, ambos com muito ódio no olhar, iniciamos o combate.

 Começamos com taijutsu e, para falar a verdade, ele não era ruim. Desviou e bloqueou todos os meus ataques, o que não era fácil de se fazer. Será que seus olhos também podiam prever os movimentos do oponente?

Eu não sabia dizer, mas não era algo impossível.

 Ele me acertou um chute, que, por sorte, não foi muito forte, já que eu consegui esquivar um pouco para o lado. Tomei distância, após me recuperar do golpe e fiz alguns selos.

— Estilo Fogo: Jutsu Bola de Fogo! — gritei enquanto soprava uma bola de fogo no inimigo, que, simplesmente, a parou no ar, apenas levantando a mão.

Telecinesia. Havia me esquecido desse detalhe.

— Eu acho que isso é seu. — falou, com um sorriso de canto, fazendo com que a enorme bola de fogo voltasse para a direção de onde veio, ou seja, a minha.

Merda!

 Pulei para desviar do meu próprio jutsu e, no ar, peguei minha espada. Ao voltar para o solo, fui correndo até Takeshi e tentei golpeá-lo com a arma, mas o mesmo pegou uma kunai e bloqueou o golpe.

Lutamos com as armas ninja por um bom tempo, até que consegui atingi-lo no braço esquerdo, causando um corte próximo ao ombro, mas ele nem ligou, apenas continuou a lutar.

Tentei me teleportar para trás de Takeshi para atacá-lo de surpresa, mas o mesmo percebeu e usou sua telecinesia a tempo, jogando-me longe apenas com um movimento com o braço.

 Recuperei-me do golpe a tempo de vê-lo enrolar um papel bomba em uma kunai e lançá-la na minha direção. A arma ninja caiu alguns centímetros de mim, que, mesmo pulando para trás, acabei levando um pouco do impacto da explosão, a qual formou uma grande nuvem de fumaça.

 Assim que saí do meio da fumaça, ou melhor, que fui lançado para fora dela, encarei Takeshi, que estava flutuando no ar e olhando-me com ódio.

Meus companheiros se aproximaram de mim nesse momento, pois já haviam derrotado todos os outros oponentes.

— Takeshi, por que você pretende destruir o mundo? — Sakura perguntou, e Takeshi deu uma risada.

— Eu não pretendo destruir o mundo.

— Então, o que pretende? — ela perguntou novamente.

— Eu pretendo dominar o mundo, controlar todos os ninjas com o meu doujutsu e, sabe, vocês deveriam ficar felizes com isso, afinal, não desejam a paz? Eu pretendo tornar esse desejo real.

— Você pretende nos transformar em marionetes suas, assim como Madara queria, esse não é o caminho para alcançar a paz. — Sakura falou, encarando o Misaki.

— É o único jeito de alcançá-la.

— Não, não é! — ela argumentou, encarando-o.

— Por que tudo isso, Takeshi? — Yori perguntou, com o olhar fixo no chão, provavelmente, lembrando-se do passado. — Você não era assim.

— Muitas coisas aconteceram, Yori, e eu aprendi que, se você quer ser feliz e ter paz, tem que acabar com todo o ódio do mundo. Se quiser a paz, deve buscá-la e, não importa o quão sujo sejam os meios, deve alcançá-la de qualquer maneira.

— Isso é errado, será uma falsa paz, assim como a que Madara pretendia fazer há cinco anos. Uma ilusão. — Naruto o encarava.

— Eu não me importo se será uma falsa paz e, muito menos, com o que terei que fazer para conseguir realizar isso ou quem será afetado. — Takeshi falou, friamente.

E ele não parecia o garoto que Yori conheceu. Definitivamente, aquele não era seu meio-irmão.

— O que houve com você, Takeshi? — Yori perguntou, indignado com sua frieza. — Como foi que se tornou esse monstro?

— Você quer saber mesmo? — perguntou, encarando o irmão, que apenas fez um sinal com a cabeça para dizer que sim. Ele queria saber o que tornou Takeshi aquele ninja frio e mau. — Pois bem, Yori, vou contar minha história para você.


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