How We Get Here escrita por TatyNamikaze


Capítulo 25
Capítulo 25 - Laços do Passado


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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How We Get Here

Capítulo Vinte e Cinco - Laços do Passado



Sasuke Uchiha

  

 Depois de conversar com Yori, fui em direção à casa da Ume para ver se a Sakura ainda estava lá, mas encontrei-me com a Haruno no meio do caminho.

 Já estava na hora do almoço quando nos encontramos, então, Sakura e eu fomos comer em um restaurante da Folha.

— Estou pensando em pedir uma folga amanhã, essa rotina está me esgotando. — Sakura disse enquanto comia seus típicos bolinhos.

— Hm...

Isso me deu uma ideia.

Após terminarmos a refeição e pagarmos a conta, acompanhei Sakura até em frente ao hospital e, depois, fui direto para a sede do esquadrão dois da Anbu.

 Trabalhei até tarde nesse dia e, quando saí da minha sala, fui direto para casa. Estava exausto. Analisei relatórios e cuidei do treinamento dos novatos o dia inteiro, precisava descansar.

 No dia seguinte, eu não fui trabalhar, falei com Kotaro que precisava de uma folga, já que eu havia feito todo o trabalho no dia anterior e supervisionado o treinamento dos ninjas novos, não teria problema em tirar o dia para descansar.

 Durante a manhã, fui até o distrito Uchiha supervisionar os últimos detalhes da reforma, que, segundo minhas contas, estaria concluída em duas semanas.

 Já que Sakura estava de folga, decidi fazer algo para ela.

Sakura era a melhor pessoa do mundo, sempre me amou mesmo quando eu era um idiota e nunca desistiu de mim, e o que eu havia feito por ela?

Praticamente nada.

 Eu queria fazer algo especial, queria deixá-la feliz, mas eu nunca fui bom nessas coisas, sempre fui fechado e indiferente, então, não fazia ideia do que fazer.

Andei pelas ruas de Konoha pensando, até que vi um casal fazendo um piquenique no parque e parecia muito feliz.

Sorri ao chegar à conclusão do que fazer, agora, só faltava o lugar e tinha que ser onde ninguém ia nos incomodar e especial também.

Sim, especial… E eu sabia exatamente onde, só precisava dar uma ajeitada no local.

 

. . .

 

Era um pouco depois do almoço quando cheguei à porta de Sakura e bati na madeira para que ela viesse ao meu encontro, e não demorou para que a Haruno atendesse a porta, usando suas típicas roupas ninjas e sorrindo.

— Oi, Sasuke. Pensei que estaria trabalhando.

— Eu tirei o dia de folga. — dei de ombros. — Que tal darmos um passeio?

Seus olhos brilharam ao ouvir que eu estava chamando-a para sair. A Haruno sorriu, animada.

— Claro, aonde vamos?

— Por aí. — respondi, e ela apenas sorriu, indo até a sala para desligar a televisão e voltando para perto de mim. Em seguida, Sakura fechou a porta com as chaves.

Descemos os degraus da entrada, e eu parei imediatamente, segurando sua mão e impedindo-a de começar a andar pela calçada.

— O que foi? — perguntou, confusa.

— Vamos nos teleportar.

— Para onde?

Eu apenas sorri.

— Deixe de ser curiosa, irritante. — vi-a sorrir. — É surpresa.

Ela deu uma risada curta e baixa e assentiu com a cabeça em concordância. Imediatamente, concentrei-me no uso de meu Rinnegan, e nos teleportamos.




. . .



 

Sakura Haruno

 

— Sasuke... — foi só o que consegui dizer assim que chegamos ao local em que Sasuke disse.

Um lugar muito especial.

Estávamos de frente para uma toalha vermelha com uma cesta por cima. Sorri ao ver que ele havia preparado um piquenique.

Ok. Sasuke e piquenique na mesma frase é algo inacreditável.

 Porém, não foi isso que me emocionou realmente. O mais inacreditável de tudo aquilo — e emocionante — era onde nós estávamos.

Era aquele lugar. Estávamos onde nos beijamos pela primeira vez.

 A paisagem estava um pouco diferente de quando nos beijamos, a fenda que eu havia feito com um soco ainda estava no lugar, só que a grama já começava a cobri-la, algumas árvores ainda estavam quebradas ou com sinais da batalha, mas a maioria das inteiras já estava cheia de flores roxas, as quais perfumavam o ambiente. Apenas a cachoeira e o rio continuavam os mesmos. Maravilhosos.

Sentamos sobre o pano, embaixo de uma árvore cheia de flores e por cima da grama verde viva. Sasuke sorriu e retirou um prato com alguns bolinhos, frutas, uma jarra de suco de tomate e dois copos de dentro da cesta, arrumando-os sobre o tecido.

— E aí? Gostou? — perguntou.

— Claro. — respondi, sorrindo, então, ele se inclinou, aproximando-se mais de mim e tirou uma mecha de cabelo da frente do meu rosto, colocando-a atrás da orelha.

Nossos olhares se encontraram.

— Minha irritante.

Senti minhas bochechas corarem com seu olhar e aproximação — acho que nunca iria me acostumar realmente a isso —, e, logo, seus lábios encontraram os meus em um selinho demorado.

— Pode se servir. — ele disse ao se afastar, e eu sorri em resposta, pegando um bolinho.

— Pensei que não gostasse de doces.

— E não gosto, mas você sim.

Sorri ao ouvir que ele havia pensado realmente em mim e continuei a comer.

Ao terminar, fiquei fitando os alimentos sobre o pano e sorrindo. Parecia um sonho estar ali ao lado dele.

— O que foi? — o ouvi perguntar, curioso.

— Só estou surpresa, nunca pensei que teríamos um momento como esse. — respondi, e ele sorriu de canto, desviando o olhar para um canto qualquer.

— Não sou muito bom com essas coisas, você sabe… Mas eu queria fazer algo especial.

— E conseguiu. — sorri, recebendo um sorriso de volta. — Mas é meio surpreendente vindo de você.

Ele sorriu ainda mais, assentindo.

— É uma surpresa até para mim. Se eu, alguns anos atrás, pudesse ver o futuro, não acreditaria em tudo que está acontecendo agora. — revelou.

— Você está muito diferente desde que voltou para Konoha.

— Mais até do que pensei. — completou minha fala. — Porém, eu prefiro assim. — sorriu enquanto tomava o suco, e foi impossível não sorrir também.

Eu também o preferia assim.

A tarde foi passando lentamente enquanto conversávamos sobre a vida e comíamos os alimentos que Sasuke trouxe, e não podia ser mais agradável. De fato, muito especial.

Assim que terminamos de comer, Sasuke juntou as vasilhas que trouxe e colocou dentro da cesta de piquenique. Em seguida, ele deitou a cabeça sobre as mãos e se esticou no pano, fitando o céu.

Eu fiquei apenas olhando aquele homem que me deixava maluca, o ninja pelo qual eu estava apaixonada loucamente

— Venha. — chamou, deixando-me surpresa.

Sorrindo, deitei-me ao seu lado, também fitando o céu. Senti o braço direito de Sasuke passar atrás do meu pescoço e me puxar para mais perto de si, fazendo-me pousar minha cabeça em seu peito.

Abracei-o forte, sentindo o desejo de ficar para sempre ali, em seus braços aconchegantes e protetores, sentindo seu cheiro, e ficamos um bom tempo assim, apenas sentindo o calor do corpo do outro, até que senti a necessidade de mudar de posição e levantei o tronco, permanecendo sentada ao seu lado e olhando ao redor.

Aquela paisagem me trazia tantas lembranças...

— Gostou do lugar que escolhi? — ele perguntou, sentando-se também.

— Sim. — sorri abertamente. — Estar aqui me traz tantas recordações.

— Nosso primeiro beijo. — o ouvi dizer e, novamente, minha mente voltou para aquele momento, quando ele me beijou.

Sorri de novo antes de tocar seus lábios com os meus brevemente.

— Lembra da cachoeira, indo para a aldeia da Nuvem? — perguntei.

— Hm. — considerei como um sim.

Dei uma risada baixa e segurei sua mão.

— Venha. — puxei-o para que levantasse do pano, e fomos correndo em direção à água, mesmo Sasuke não entendendo nada.

— O que vai fazer?

Agachei na altura das águas, enchi minha mão com o líquido e olhei para ele com um sorrisinho no rosto antes de jogar a água em sua face.

Ele ficou surpreso de início.

— Sakura!

Eu apenas dei uma risada mais calorosa, era engraçado ver sua expressão levemente raivosa e toda molhada, porém logo parei de rir, sentindo meu corpo encharcado.

Ele era rápido demais, nem mesmo o vi pegando a água.

— Assim não vale. — reclamei, correndo para o rio enquanto concentrava chakra nos pés, mas ele fez o mesmo, vindo até mim.

Chegando ao meio do rio — cujas margens eram largas —, Sasuke me segurou. Não sei o que houve nesse instante, um arrepio percorreu todo o meu corpo com seu toque, e eu acabei me distraindo com aqueles olhos ônix brilhantes, tanto que, sem perceber, parei de acumular chakra na sola dos pés.

Naquela hora, pensei que Sasuke me seguraria e me impediria de afundar, mas foi exatamente o contrário, ele também parou de acumular chakra nos pés, então, afundamos juntos nas águas cristalinas.

 Aquele lugar era bem fundo, portanto, demorei um pouco mais para voltar à superfície e, assim que voltei, retirei os cabelos molhados do rosto e sorri feito uma criança pelo que havia acabado de acontecer.

 Aproximei-me de Sasuke, passando meus braços em cima de seus ombros e as mãos pelos seus cabelos sedosos enquanto sentia-o apertar minha cintura, puxando-me para mais junto de si e, então, o beijei suave e lentamente, aproveitando aquele contato.

Ainda beijando-o, senti gotas caírem em meu rosto, gotas de chuva como naquele dia. O céu estava começando a ficar escuro, as nuvens, juntando-se e bloqueando a visão do sol, que brilhava intenso um tempo atrás.

 Sasuke e eu distanciamos nossos lábios para recuperarmos o fôlego, e acabei sorrindo de novo. Eu estava muito feliz, aquilo tudo parecia um sonho.

Mas, se fosse realmente um, eu não queria acordar nunca.




*  * *

 

 

 

 Ume e Yori saíram da aldeia da Folha escondidos e seguiram, em meio à floresta, para a aldeia oculta que Takeshi Misaki criou.

— Yori, onde estamos indo?

— Encontrar Takeshi.

Os olhos de Ume quase saltaram do rosto por tamanha surpresa.

— O quê? Takeshi? O cara que os ninjas estão comentando? O líder dos renegados?

— Sim. — Yori falou, olhando para a frente totalmente tranquilo.

— Você está maluco, Yori? Ele é um inimigo, quer destruir as cinco grandes nações, por que ele nos ajudaria?

— Porque ele é meu irmão. — Ume parou, surpresa, e Yori, notando isso, fez o mesmo.

— O quê? — a garota não conseguia acreditar no que ouviu.

— Takeshi e eu somos irmãos, meio-irmãos na verdade. Nossa mãe se envolveu com o meu pai quando o pai dele morreu.

A surpresa se esvaiu da face dela, dando lugar ao entendimento. Agora, fazia sentido.

— Vocês mantêm contato? — ela perguntou.

— Não, Takeshi e eu não nos vemos há muitos anos.

— Mas como você sabe onde ele está e que vai nos ajudar?

Yori respirou fundo antes de começar:

— Eu andei investigando por conta própria, pois sabia que era o meu irmão desde o momento que ele controlou a Sakura e acabei descobrindo que ele estava construindo uma aldeia oculta perto das ruínas da aldeia do Redemoinho. E eu não tenho certeza, mas acredito que ele vai ajudar, afinal, somos irmãos.

— Eu espero. — Ume comentou. — E como ele poderá ajudar?

— Takeshi tem um doujutsu, disso você já sabia, não é? — Ume assentiu com um movimento com a cabeça, então, Yori continuou. — Ele pode controlar a Sakura de novo e fazê-la se afastar do Uchiha, e, então, você poderá se aproximar dele, e eu, da Sakura.

— Parece bom. — Ume sorriu, vendo, nessa loucura, sua chance. — Falta muito para chegar lá?

— Não, daqui algumas horas, estaremos lá. — Yori desviou o olhar para o chão. — Você sabe que, se formos até Takeshi, e ele aceitar nos ajudar, teremos que fazer algo em troca, não é? — Ume assentiu novamente. — E que, provavelmente, iremos trair Konoha? — ela assentiu outra vez. — Você não se importa se tiver que trair sua aldeia?

Ela negou com a cabeça.

— Não ligo para Konoha e, muito menos, para aquela gente idiota. Eu só estava lá porque não tinha escolha, o que acontecer daqui para frente, não me importa.

— Ótimo, porque para mim também… Agora, vamos mais rápido para chegarmos lá ao amanhecer.

Ume assentiu e, então, continuaram a andar por entre as árvores mais rápido que antes.

 

. . .

 

— Nunca pensei que viria atrás de mim um dia, Yori, principalmente, depois de todo esse tempo e ainda para pedir minha ajuda.

— Eu também. — o irmão concordou friamente.

— E como me encontrou?

— Investiguei. — Yori respondeu, com as mãos nos bolsos.

— Hm… — Takeshi o encarou. — Você não mudou nada, exceto na aparência.

— Acho que posso dizer o mesmo de você, só que está um pouco mais... Malvado.

— As pessoas acabam mudando em algum momento ou morrem antes dessa mudança acontecer. Essas transformações podem ocorrer por escolha própria ou o mundo pode te forçar a mudar. No meu caso, acho que não tive muitas escolhas. — Takeshi disse, a voz saiu um pouco menos fria. — Mas, agora, chega de enrolação e vamos direto ao assunto. Por que está aqui exatamente?

Yori tirou as mãos dos bolsos e encarou o irmão.

— Eu sei que quer dominar o mundo, e nós podemos ajudar, podemos nos tornar seus espiões em Konoha, com uma condição... Eu quero a Sakura para mim, e a Ume quer o Uchiha.

Takeshi deu um sorriso debochado de lado.

— A Sakura e o Uchiha... Hm...

— Eu sei que você pode fazer a Sakura largar o Sasuke e, assim, deixar o caminho livre para a Ume, e nós podemos ser úteis para a execução do seu plano.

O vilão encarou Yori e deu uma curta risada.

— Eu estou ouvindo mesmo isso? O Yori certinho e bondoso virou um traidor de sua aldeia por causa de um amor não correspondido? Está aí algo que eu nunca pensei que veria.

O Satoshi olhou para Takeshi, já bufando irritado com essa enrolação.

— E, então, Takeshi, vamos fazer um acordo ou não? — Yori perguntou com os braços cruzados, indo direto ao ponto. Seu irmão levantou-se de seu trono e começou a caminhar pela sala tranquilamente.

— Tudo bem, mas não se atreva a me trair, se eu desconfiar que isso é um plano para me derrotar, eu te matarei sem piedade alguma, mesmo sendo meu irmão.

— Não se preocupe, não vou te trair. — o Misaki deu um sorriso de canto.

— Ótimo. — respondeu, virando-se de costas para ele. — Estou feliz em te ver, meu irmão. — sussurrou para si mesmo.

— Takeshi. — Yori chamou, e ele virou-se para observar o semblante do irmão. — Mudando de assunto por um instante, tenho que te falar uma coisa antes que esqueça, nossa mãe pediu...

— Não fale daquela mulher. — Takeshi o interrompeu, o ódio era evidente em sua voz e em seus olhos verdes.

— Mas, Takeshi, nossa mãe queria...

— Sua mãe, porque minha ela não é. Agora, pare de falar naquela mulher.

Yori respirou fundo, talvez, mais para frente, ele pudesse dar o recado de sua mãe ao irmão. Por hora, era melhor deixar para lá.

— Tudo bem, não falarei mais nada. — o Satoshi disse, voltando com as mãos para os bolsos da calça. — Voltando ao assunto inicial. Quando vai me ajudar?

— Está muito apressado, Yori. — sorriu de canto, debochado. Ele já não possuía o semblante repleto de ódio como segundos atrás. — Por hora, voltem à Konoha e me informem de tudo de importante que acontecer, principalmente, sobre o time sete. Eu já tenho algo em mente e só estou esperando o momento certo para agir.

— Certo. E, se já tem algo em mente, com certeza, é uma boa ideia. — Yori virou-se, seguido por Ume, a qual passou pela porta primeiro a fim de sair da sala.

Antes de cruzar o batente de madeira escura, o ninja de Konoha parou, ainda de costas para Takeshi.

— Obrigado, irmão. — sussurrou, alto o suficiente para o Misaki ouvir e saiu, deixando-o sozinho com Nori.

— Tem certeza que podemos confiar nele, senhor? — o subordinado perguntou, temeroso quanto à lealdade daqueles dois shinobis.

— Sim, Yori nunca me trairia. — Takeshi sorriu de canto, voltando a sentar-se em seu trono. — Essa é uma das coisas que não temos em comum.




*  * *




Sasuke Uchiha

 

Três dias se passaram, e tudo estava calmo em Konoha. Eu havia trabalhado bastante, revisando relatórios, criando novas formações, e não houve nenhuma emergência.

Vi Sakura algumas vezes, saímos para jantar e treinamos um pouco, mas a rotina, tanto a dela quanto a minha, estava um pouco mais pesada naqueles últimos dias.

Recebi um pergaminho dizendo que a Névoa estava com problemas e precisavam da ajuda de Naruto, não sei o porquê, mas exigiram que fosse ele. Então, aquele idiota seguiu a toda velocidade para ajudar Chōjūrō

Dois dias depois, Sakura me convidou para almoçar em sua casa. Aceitei, claro, a comida dela era ótima e eu gostava de ficar em sua companhia.

Cheguei um pouco cedo demais, então, fiquei na cozinha observando enquanto ela cozinhava. Não vou dizer que me ofereci para ajudá-la, porque é mentira, eu era um péssimo cozinheiro, um desastre, portanto, se eu tentasse ajudá-la, acabaria atrapalhando.

A campainha tocou enquanto Sakura cozinhava, e trocamos um olhar rápido, perguntando silenciosamente quem poderia ser. Sakura foi em direção à sala para atender a porta, e eu caminhei até o meio do cômodo para ver quem era o irritante que tocou a campainha.

E minha surpresa foi grande ao ver quem era — ou eram.

— Sakura, querida! — uma mulher gritou assim que a porta se abriu e deu um pulo em direção à Sakura, envolvendo-a em um abraço apertado.

Eu me lembrava dela, era Mebuki Haruno, mãe da Sakura e, ao seu lado, estava Kizashi, seu marido, que sorria exageradamente.

Não sei porquê, mas senti minhas pernas bambearem alguns míseros instantes pela insegurança e nervosismo.

Eu estava nervoso, por que, afinal? Por medo de que os pais da Sakura não me aceitassem?

Eu não entendia o que se passava pela minha mente nesse instante, era uma sensação estranha, um medo diferente. Eu sabia que aquele momento chegaria um dia, mas não pensei que seria tão cedo e de surpresa.

Eu não sabia o que fazer, não estava preparado para esse momento.

— Mãe?!

Sakura estava surpresa e ainda envolvida pelos braços da mãe. Assim que Mebuki a soltou, ela sorriu sem graça e confusa.

— Mãe, pai… O que fazem aqui?

— Nós viemos te ver! — Kizashi a puxou para seus braços, abraçando-a forte e prendendo os braços dela ao lado do corpo.

— Pai, está me machucando. — Sakura disse, a voz fora um pouco abafada pelo corpo do homem, e, quando ele a soltou, ela suspirou aliviada.

— Nossa, você está tão diferente, está com o cabelo curto de novo e tão linda, filha. — Mebuki sorria de orelha à orelha.

E eu tinha que concordar, Sakura estava linda.

— Fazia tanto tempo que não te víamos, por isso, só passamos em casa rápido para deixar as malas e viemos correndo para cá. — Kizashi disse, fazendo a rosada sorrir.

— Como foram os meses no país do Mel?

— Muito bom! — Mebuki respondeu, animada.

E, finalmente, os olhos dela me notaram no canto da sala.

— Sasuke? — virou-se para sua filha, surpresa. — Sasuke Uchiha?

O olhar de Kizashi parou sobre mim, também surpreso como sua esposa e virou-se para a filha, buscando por uma resposta e isso só serviu para deixar-me mais estranho do que já estava.

— Ele voltou para Konoha? — o homem perguntou.

— E o que ele faz aqui com você? — Mebuki questionou, e Sakura ficou um pouco sem graça.

Acho que os pais dela não gostavam muito de mim, e eu lhes dava razão, eu fui uma pessoa desprezível no passado, errei demais, fiz coisas irreparáveis e não merecia a Sakura.

Muito provavelmente, eles não aprovariam nosso namoro, então, pensei que Sakura mentiria, diria que éramos apenas amigos, e eu entenderia se ela fizesse isso, mas, para minha surpresa, ela fez exatamente o contrário.

Ela disse a verdade.

— Voltou, e estamos namorando.

Nesse momento, eu pensei que ouviria um "Você ficou maluca?", porém o que ouvi me surpreendeu.

— Ah, Sakura querida, como estou feliz por você! Finalmente, conseguiu chegar ao coração do homem que sempre amou! — Mebuki completou radiante ao abraçar a filha novamente e, dessa vez, a apertava mais ainda. 

Ok, eu não esperava por essa reação.

— Então, os dois estão namorando? Mas que boa notícia! — Kizashi sorriu. — Desejo toda a felicidade do mundo para vocês.

Eu estava errado, eles aprovaram nosso relacionamento, o que aliviou um pouco meu nervosismo.

Apenas um pouco.

— Obrigada, pai. — Sakura sorriu abertamente, e eu podia ver a felicidade estampada em seu olhar. — Bom… Eu estava preparando o almoço para mim e para o Sasuke, querem comer conosco?

— Claro! — os dois falaram em uníssono.

Ambos bem animados, totalmente contrário a minha antiga família.

— Então, entrem e fiquem à vontade.

A Haruno deu passagem para os senhores entrarem e fechou a porta em seguida. Eu não fazia ideia do que falar, então, acenei em cumprimento e estranhei ao ver Mebuki vindo até mim.

A mulher sorriu e me deu um abraço apertado, prendendo meus braços ao lado do meu corpo e deixando-me surpreso e sem reação.

Mebuki soltou-me segundos depois, e Sakura sorriu levemente para mim, passando-me confiança — e paciência, eu via isso no seu olhar.

— Ainda não acabei de preparar a comida, vou para a cozinha e, rapidinho, estará tudo pronto. — Sakura chamou a atenção de seus pais de volta para ela, assim, tirando o foco de mim.

O que eu agradeci internamente.

— Eu te ajudo, querida. — Mebuki disse e seguiu a filha até a cozinha, deixando-me sozinho com Kizashi Haruno.

Meu nervosismo voltou com tudo ao sentir o olhar examinador dele sobre mim e ao ver sua cara se fechar em uma expressão séria.

Ele me encarou, diferentemente de segundos atrás.

— Quais são as suas intenções com a minha filha?

Eu o encarei sem saber o que responder. Bom, na verdade, eu sabia, só não conseguia. Era estranho estar nessa situação, sentia-me meio pressionado pela presença dele e o nervosismo de estar nessa situação.

Eu tentei me manter sério e calmo, mas estava sendo difícil ficar normal sob os olhares sérios de Kizashi. Mas o que era esse sentimento, afinal?

Eu tinha coragem de lutar com inimigos extremamente poderosos e estava nervoso por falar com o pai da minha namorada?

O que está acontecendo com você, Sasuke?

Ele respirou fundo e suavizou a expressão, voltando a me encarar.

— Você gosta dela?

Suspirei, tentando acalmar-me um pouco para responder algo dessa vez. Eu precisava dizer alguma coisa.

— Gosto. — respondi, meu semblante estava sério apesar de tudo. — Muito.

— Hm, bom… — encarou-me mais seriamente. — Então, não vou dizer mais nada, vocês sabem o que fazem, só… Não magoe mais a minha filha, Sakura já sofreu demais por sua causa.

Acenei com a cabeça em concordância, e ele sorriu com minha confirmação, permanecendo calado até que Sakura gritasse que o almoço estava na mesa e nos dirigirmos para a sala de jantar.

Sentei-me ao lado da Sakura e me servi depois dela. Mebuki estava de frente para mim e Kizashi, ao seu lado, e estavam animados enquanto falavam sobre a viagem deles.

Os dois eram um pouco estranhos, enérgicos demais, alegres demais e escandalosos demais, precisava admitir, mas, por mais estranho que seja dizer, gostei do jeito deles, principalmente, por não me julgarem pelos erros do passado e por me aceitarem como genro.

— Quando voltou para Konoha, Sasuke? — Kizashi perguntou, e eu parei de comer o sushi por um instante.

— Há alguns meses.

— E estão namorando há muito tempo? — Mebuki perguntou, curiosa.

— Não muito. — Sakura respondeu, sorrindo.

— Você parece muito feliz, eu quero saber de tudo! — a mãe dela disse, com os olhos brilhando.

Sakura apenas concordou com a cabeça e sorriu. Continuamos a refeição até o senhor Haruno chamar nossa atenção para ele.

— E o que pretendem fazer?... Já pensaram em casamento?

A rosada se engasgou com a comida, tossiu três vezes tentando respirar melhor e fitou seu pai com as bochechas avermelhadas.

— Que pergunta, pai. — Sakura estava extremamente envergonhada.

E eu teria rido de sua feição se não estivesse igualmente afetado internamente.

— Que foi? — o homem perguntou calmamente. — Você o ama há muito tempo, por que não pensar nisso?

— Acho que ainda é muito cedo para pensar nisso. — falei, e ele me olhou.

— Vocês que sabem. — voltou a comer animadamente. — Ah, que comida deliciosa!

— Obrigada, pai. — Sakura agradeceu sorrindo e também voltou a comer.

Após alguns minutos com conversas aleatórias, terminamos a refeição, e Sakura levantou-se com os pratos na mão, indo em direção à pia enquanto seus pais seguiam para a sala, mas eu percebia que só era uma desculpa para ela poder ter um tempo para pensar um pouco e respirar.

Segui até ela, parando ao seu lado.

— Tudo bem com você? — perguntei.

— Está, é só que... Eles são um pouco exagerados e acabam me deixando...

— Envergonhada? 

— É. — sorriu sem graça.

— Esqueça isso. — toquei seus lábios com os meus levemente, fazendo-a sorrir de canto com o contato.




. . .




Sakura Haruno

 

 Trabalhei bastante nos últimos dias e vi Sasuke apenas algumas vezes. Em alguns dias, precisei ajudar com o treinamento de Miyuki, pois Shizune estava um pouco sobrecarregada.

 Miyuki estava desconfortável ao meu lado no começo, por causa da vergonha que sentia pelo que aconteceu quando chegou à Konoha, mas, depois, se acostumou com a minha presença e demonstrou que tinha talento para ninjutsu médico.

 Convidei Sasuke para almoçar comigo e fomos surpreendidos por uma visita dos meus pais, que passaram meses no país do Mel e só voltaram naquele momento. Eu percebi que Sasuke estava desconfortável no começo, porém, depois, ficou um pouco mais à vontade.

 Assim que ele saiu para trabalhar, meus pais me encheram de perguntas.

Desde quando estão namorando?

Como aconteceu?

Como foi o primeiro beijo?

Como ele te pediu em namoro?

Eram tantas perguntas ao mesmo tempo que eu não sabia o que responder primeiro. 

 Depois de matar a curiosidade dos meus pais, eles foram embora, pois estavam cansados da viagem.

Alguns dias depois — repleto de muito trabalho para variar —, percebi que fazia muito tempo que não via Hinata, então, decidi ir visitá-la.

Por coincidência, encontrei com Naruto — que havia acabado de retornar de uma missão na aldeia da Névoa — e Sasuke no meio do caminho, e o loiro o convenceu a ir para sua casa com a gente.

Andamos lenta e animadamente pelas ruas e não demorou para pararmos em frente à residência do Uzumaki.

Mas havia algo errado.

 Os vasos de plantas, ao lado da porta, estavam derrubados no chão, e a terra, espalhada pelo tapete na entrada. Naruto entrou correndo na casa, seguido por Sasuke e eu, estranhando e imaginando o que podia ter acontecido ali.

 A residência estava totalmente desarrumada, notamos assim que cruzamos a porta. Havia cadeiras no chão, móveis quebrados e kunais no tapete.

Aconteceu uma luta ali, não havia dúvidas.

 Procuramos por Hinata pela casa inteira, mas não havia ninguém lá. Naruto já estava super preocupado com o sumiço da esposa.

Voltamos ao primeiro andar rapidamente, e fui até a cozinha ver se encontrava alguma pista.

E, de fato, havia uma.

— Naruto, venha aqui! — chamei, pois havia encontrado um bilhete em cima da mesa da cozinha.

— O que foi, Sakura? — Naruto perguntou, esperançoso.

— Alguma pista? — Sasuke colocou-se ao meu lado.

— Tem um bilhete aqui. — mostrei o papel.

Sasuke arqueou as sobrancelhas, fitando a folha de papel.

— Leia. — pediu.

— Tudo bem. — abri o bilhete dobrado, cujo nome do Naruto estava escrito do lado de fora e comecei a ler em voz alta. — “Naruto, Sasuke e Sakura, vão até próximo às ruínas da antiga aldeia do Redemoinho, apenas vocês. Se mais ninjas forem, eu saberei e andem logo, senão a Hyuuga pagará o preço."

Olhei para o Naruto e, depois, para o Sasuke. Os alvos éramos nós, Hinata era apenas uma isca para nos atrair.

— Ela foi sequestrada e por nossa causa.

— É, parece que sim. — Sasuke concordou.

Mas nós não tivemos tempo de dizer mais nada ou pensar no que fazer, pois o Uzumaki saiu correndo.

— Naruto! — Sasuke foi atrás dele, e eu fiz o mesmo.

— Naruto, espere! — gritei, mas ele já estava longe.

Sasuke e eu corremos a toda velocidade e, finalmente, conseguimos alcançá-lo antes dele sair da aldeia.

— Vamos rápido. — Naruto disse, já pulando pelos galhos feito um louco.

E eu o entendia, Hinata era sua esposa, a mulher que amava, ele não podia deixar que nada lhe acontecesse.




. . .




Sasuke Uchiha

 

 Fomos o mais rápido possível em direção às ruínas da aldeia do Redemoinho, mas, mesmo assim, a viagem ainda foi longa. Não paramos para descansar um minuto sequer, porque senão Naruto continuaria em frente sem a gente.

 Já era quase pôr do sol quando chegamos próximo às ruínas da antiga aldeia, mas, muitos metros à frente, era possível ver muros altos, o que parecia ser uma nova aldeia.

 A duzentos e cinquenta metros dos muros aproximadamente, nós paramos, pois sentimos a presença de três pessoas se aproximando, até podermos vê-las perfeitamente.

Em nossa frente, se encontrava Hinata, com as mãos amarradas e mais dois homens.

— Takeshi... — escutei Sakura sussurrar surpresa, encarando o ninja mais alto, o qual tinha olhos verdes. 

— Então, esse é Takeshi…

A raiva começou a se apossar de mim, e meu Mangekyou se ativou. Fechei os punhos tentando conter um pouco dela, mas não estava adiantando muito.

— Vocês demoraram. — Takeshi disse e, ao ouvir sua voz, minha raiva só aumentou.

— Solte a Hinata ou vai se arrepender. — Sakura o ameaçou.

Ela também parecia raivosa.

— Eu não tenho medo de vocês.

— Mas deveria ter. Nós vamos acabar com você. — minha voz saiu mais fria que o normal, a raiva já quase incontrolável.

— Sobre isso, acho que terão que acabar com o amigo de vocês primeiro.

Sua fala deixou-me confuso.

O que Takeshi queria dizer com isso?

Mas eu não precisei de muito tempo para entender, pois Naruto me acertou um chute forte na barriga, mandando-me uns vinte metros para trás.

— Naruto! — Sakura gritou enquanto ele vinha para cima de mim.




*  * *



 

 Takeshi estava em seu esconderijo, pensando em seus próximos passos enquanto os renegados construíam a aldeia, imediatamente, Nori se aproximou de seu mestre e lhe entregou um papel, que Takeshi abriu rapidamente e leu em voz alta.

 

— Takeshi-sama, Chōjuro pediu ajuda à Konoha e pretende invadir o esconderijo norte. Não sei ao certo quem virá ajudar, mas, provavelmente, será Naruto Uzumaki e ele, com certeza, atrapalhará os planos. Avisarei quando os ninjas da Folha chegarem aqui.

 

— Mudaremos os planos, senhor? — Nori perguntou, e o ninja apenas sorriu.

— Sim, assim que Akio mandar outra mensagem, me avise, vamos montar uma armadilha para os ninjas de Konoha, assim, eles não poderão ajudar a Névoa.

 Akio avisou Takeshi, alguns dias depois, que o Uchiha e o Uzumaki que realizariam a missão e, então, o vilão fez uma armadilha. Mas Naruto e Sasuke perceberam e voltaram para a Névoa a tempo de ajudá-los.

 O ninja da Névoa ficou morrendo de raiva pela presença deles na aldeia, mas não deixou transparecer. Akio precisava manter a pose de conselheiro e continuar espionando a aldeia da Névoa para Takeshi Misaki.

                                 

. . .

                                  

 Dias após a invasão na Névoa, Takeshi percebeu que deveria tentar dominar as aldeias pequenas primeiro e recrutar mais ninjas, para, depois, dominar as cinco grandes nações e todo o mundo shinobi.

 Os renegados invadiram pequenos povoados isolados das outras nações e recrutaram mais shinobis, por bem ou por mal e escravos para ajudar a construir mais rápido a sede da nova liderança. O lugar de onde Takeshi iria governar o mundo.

 Os renegados seguiram para a Grama, iriam começar por lá, mas os ninjas da Folha, mais uma vez, os atrapalharam. A aldeia da Grama ficou em ruínas, mas o preço pago por Takeshi foi muito alto também.

Vários renegados morreram na luta.

 O membro do clã Misaki precisava pensar bem antes de agir, pois o número de seus seguidores diminuiu consideravelmente. Ele precisava analisar a situação e, então, chegou a uma conclusão.

 Ele iria procurar, iria atrás e descobrir como executar aquela técnica. Ele precisava dessa carta na manga, pois senão as chances de dominar o mundo seriam mínimas.

   

. . .

                        

 Takeshi observava os últimos detalhes de sua recente aldeia enquanto pensava em seu próximo passo.

E chegou à conclusão de que já era hora de agir.

Ele já estava com suas cartas na manga, então, já havia chegado o momento de concluir seus objetivos.

 Era madrugada, Takeshi e Nori foram até a Névoa, que estava totalmente recuperada do último ataque que sofreram. Eles ficaram um pouco afastados da entrada da aldeia, esperando uma pessoa, até que ela surgiu das sombras.

— Você demorou, Akio.

— Me desculpe, Takeshi-sama, é que...

— Não importa, preciso que faça algo para mim.

— O quê, Takeshi-sama?

— Quero que mande uma mensagem para a Folha, solicitando a ajuda de Naruto urgente em nome do Chōjūrō.

— Isso não será fácil.

— Você não é um dos conselheiros do Mizukage?

— Sim, mas...

— Nada de "mas", você vai fazer isso, vai mandar a mensagem e fazer parecer que foi a Névoa que pediu a ajuda dele.

— Tudo bem, Takeshi-sama.

 

E os três sumiram do local.

 

 O "pedido da Névoa" chegou até a Folha, e Naruto foi a toda velocidade para lá ajudar-lhes, mas, antes que chegasse ao seu destino, Takeshi e Nori apareceram para ele.

— Quem são vocês? — Naruto perguntou.

— Sou Takeshi e esse é Nori.

— Takeshi… — os olhos de Naruto se arregalaram. — Você é o cara que usou a Sakura-chan e o líder dos renegados, não é?

O vilão sorriu.

— Então, você sabe quem eu sou.

O sorriso debochado dele só serviu para fazer a raiva do loiro aumentar.

— Vou fazê-lo se arrepender, Takeshi. Por tudo! — Naruto disse e foi para cima dele.

 O loiro e Takeshi lutaram taijutsu, mas o Uzumaki era melhor nesse aspecto. O vilão levou um soco no rosto, o qual deixou-o um pouco tonto e ia levar outro, então, para se salvar, descarregou uma forte corrente elétrica no solo.

 Naruto levou um choque e voou longe, mas levantou rápido, já no modo de chakra da Kyuubi e correu em direção à Takeshi. No meio do caminho, várias pedras grandes do chão começaram a flutuar ao lado do inimigo.

— O que está acontecendo? — Naruto perguntou ao parar onde estava, mas não obteve resposta.

 As pedras vieram em sua direção, e ele pulou, deu cambalhotas e usou o chakra ao seu redor para desviá-las. Takeshi aproveitou que Naruto estava distraído e fez uma grande sequência de selos, lançando um pássaro do tamanho dele, de estilo tempestade, na direção de Naruto, que pulou para desviar do jutsu.

 Assim que voltou para o chão, o Uzumaki fez um Rasengan e se aproximou rápido de Takeshi, que seria pego em cheio, mas, no último segundo, seu corpo ficou paralisado.

O que estava acontecendo?

E, então, ele, acidentalmente, olhou nos olhos do inimigo.

 No mesmo instante, seu corpo parou de responder ao seu cérebro, sua mente não pertencia mais a ele. O Rasengan se desfez contra sua vontade.

 

 "Naruto, o que está acontecendo? Por que está parado?" — Kurama perguntou em seu interior, mas não obteve resposta, Naruto havia virado uma estátua.

 

— Naruto Uzumaki... Finalmente, posso derrotar o Uchiha agora que terei sua ajuda.

 

 "O quê?! Naruto, acorde!" — Kurama ordenou.

 

— Você vai voltar para a Folha e vai direto falar com o Sasuke, convença-o a ir até sua casa e faça uma grande cena quando ver que Hinata foi sequestrada. Venha até mim com a Sakura e o Sasuke, e eles não podem desconfiar de nada, então, você deve agir naturalmente e, quando chegarem perto de mim, ao meu sinal, ataque Sasuke e o derrote com todo o seu poder.

 

 "Naruto, o que está acontecendo? Por que está escutando tudo isso, seu idiota? Ataque-o de uma vez!" — Kurama já estava perdendo a paciência.

 

— Agora, vá e não conte nada sobre mim. — Takeshi ordenou e, para a surpresa de Kurama, Naruto obedeceu e seguiu em direção à Folha.

E, então, a Kyuubi entendeu.

Naruto Uzumaki estava sendo controlado.

 

. . .

 

— Naruto já deve estar chegando em Konoha, vamos agir logo, Nori. Se prepare, vamos teleportar.

— Sim, Takeshi-sama.

Nori fez alguns selos e os teleportou para dentro de Konoha.

 Dessa vez, eles foram espertos e usaram um jutsu de transformação. Eles caminharam pelas ruas como se fossem aldeões comuns, até que viram Ume Takara andando no sentido contrário a eles.

— Ume. — Takeshi disse ao tocar no braço dela.

Ela arqueou as sobrancelhas, confusa ao ver dois senhores de idade em sua frente.

— Eu te conheço?

O vilão revirou os olhos.

— Precisei me disfarçar. Onde está Yori?

— Takeshi?! — Ume estava surpresa.

— Sim. — o Misaki respondeu seriamente. — E o Yori?

— Deve estar na casa dele agora. — Ume disse e fez sinal para que a seguissem antes de entrar em uma outra rua, acompanhada por Takeshi e Nori.

 Eles caminharam até chegar à casa de Yori. Ume bateu na porta e, depois de uns segundos, ele a abriu, ficando confuso por ela estar acompanhada de dois homens.

Os três entraram, deixando Yori com uma confusão ainda maior.

— O que está acontecendo?

E, então, Takeshi e Nori voltaram ao normal.

— O que faz aqui? — o Satoshi perguntou ao irmão.

— Viemos realizar o plano, chegou a hora de agir e preciso da sua ajuda. — a voz do Misaki saiu fria.

— O que eu tenho que fazer? — Yori perguntou.

— Naruto está quase chegando aqui, então, eu preciso que você e Ume vão até a rua em que ele mora, separados para não chamarem a atenção de ninguém e vejam se há alguém na própria rua ou nas casas. Nori irá com vocês enquanto eu pego a Hyuuga. Ninguém pode saber do sequestro, apenas o Naruto, o Sasuke e a Sakura.

Yori o encarou, mas não podia desistir agora.

— Ok.

Imediatamente, os quatro seguiram para o local em que Hinata Uzumaki se encontrava, a casa em que ela morava com Naruto, ambos separados para não chamarem a atenção de nenhum morador da vila.

 Ume se sentou em um banco no fim da rua e ficou vigiando se alguém apareceria, mas nenhuma pessoa passava por lá. Nori e Yori checaram todas as casas e só havia uma velha senhora na terceira casa depois da residência do Naruto, mas ela possuía problemas de audição, então, não escutaria nada.

 Takeshi se preparava para entrar na casa do Uzumaki quando sentiu que alguém se aproximava. Ume se virou e notou que Katashi estava subindo a rua, então, foi correndo até ele para que o amigo não os atrapalhassem — ou corresse perigo.

— Katashi, que bom que eu te encontrei.

— Ume? O que faz aqui? — ele parecia confuso.

— Eu… Eu estava te procurando por toda a aldeia. — disse a primeira coisa que veio a sua mente.

— Por quê?

— Porque eu queria falar com você.

Ume viu, de longe, Takeshi fazendo um sinal para que ela andasse logo, portanto, ela segurou na mão de Katashi e o puxou, correndo por outra rua imediatamente.

 

 "Me desculpe, Katashi, mas não posso te dizer a verdade e, muito menos, te deixar ver o que está acontecendo, porque você jamais concordaria, você é uma pessoa muito boa e, com certeza, tentaria impedir o Takeshi, o que eu não posso permitir. Eu não suportaria te ver machucado."

 

— Eu também queria falar com você. — Katashi disse.

Enquanto Ume tirava-o dali segurando firme sua mão e pensando em como distraí-lo, Katashi encontrava-se em um conflito interno entre contar e não contar o que sentia por ela.

O Hyuuga estava perdido em pensamentos, e ela continuava arrastando-o pelas ruas sem rumo ao mesmo tempo em que Takeshi invadia a casa dos Uzumaki.

 

. . .

 

 Enquanto Yori voltava para casa, quando a missão já havia sido cumprida — e já avisado que precisaria ir ao combate —, Ume estava no parque, ao lado de seu melhor amigo, Katashi Hyuuga, andando tranquilamente.

Ela pensava no que iria dizer para ele, afinal, ela havia falado que tinha algo a lhe dizer, mas nada vinha à sua cabeça.

— O que foi, Ume? O que queria falar comigo?

Ele a fitava um tanto quanto ansioso.

— Fala você primeiro.

Katashi abaixou a cabeça, pensando no que falaria exatamente — e se devia —, o que deixou Ume curiosa.

— O que foi, Katashi?

Ele respirou fundo. Precisava criar coragem e falar para ela o que sentia e não haveria momento melhor que esse.

— Ume, lembra que eu te disse que você devia dar valor a quem está ao seu lado?

— Sim, mas o que tem isso, Katashi? — ela não estava entendendo aonde seu amigo queria chegar.

— Você me disse, uma vez, que ninguém daria uma chance a você, lembra o que eu te respondi?

— Que era para eu perceber as atitudes de quem estava ao meu lado e, talvez, assim eu encontrasse... — seus olhos se arregalaram, Ume estava começando a entender. — Katashi...

— Agora, entendeu? — o Hyuuga perguntou, fitando o semblante surpreso dela.

— Katashi, você… Gosta de mim?

— Desde a primeira vez que te vi. — revelou, e Ume ficou ainda mais surpresa.

Ela não conseguia acreditar.

— Mas você nunca falou… Você até me ajudava a ficar com quem eu queria.

A garota estava desconcertada com a revelação.

— Porque eu queria te ver feliz. Eu percebi, com o passar do tempo, que você nunca olharia para mim e, mesmo te afastando mais de mim, eu fazia qualquer coisa para ver seu sorriso, até te ajudar a conquistar outro homem... Mesmo que isso custasse minha felicidade. — abaixou a cabeça, não conseguindo fitar o semblante da amiga.

— Katashi... — os olhos dela já estavam marejados.

A garota não sabia o que dizer.

— Ume, eu... Eu te amo e não sei como criei coragem para te falar isso agora, mas não aguentava mais guardar isso para mim.

— Katashi, eu fui e ainda sou uma pessoa horrível, você merece amar alguém melhor.

— Não escolhemos quem vamos amar e, mesmo que eu pudesse escolher, ainda assim seria você. Mil vezes você.

— Katashi, eu… — ela estava sem fala.

— Eu sei, Ume, não precisa dizer, eu sei que não me ama.

E uma lágrima solitária escorreu pelo rosto pálido dela ao sentir a dor através das palavras dele. Ela nunca teve intenção de machucá-lo, ele não.

— Eu gosto muito de você, Katashi e nunca quis te machucar. Você é muito bom, merece alguém melhor do que eu, por isso, não podemos ficar juntos.

— Eu não quero outra pessoa.

E se aproximou dela.

Ume sentia a respiração descompassada dele em seu rosto e estava sem reação. Por que ela não conseguia sair do lugar? Por que estava com o coração acelerado?

— Katashi... — sussurrou antes de sentir seus lábios se tocarem em um beijo demorado, lento e suave, onde Katashi demonstrava todo o seu amor e carinho por Ume, que correspondia o beijo inconscientemente enquanto levava as mãos para os cabelos dele, puxando-o para mais perto.

Os lábios se separaram após alguns segundos, ambos ofegantes e com os corações disparados.

— Não posso te obrigar a gostar de mim, mas quero que saiba que eu sempre vou te amar. — falou em seu ouvido como um sussurro e, depois, afastou-se e deixou-a sozinha com seus pensamentos.

Ume estava estática e perguntando-se mentalmente o que havia acontecido ali, tocando os lábios com as pontas dos dedos e olhando fixamente para a direção que Katashi se foi.

 

 "O que está acontecendo comigo?"

 

— Ume! — a voz de Yori lhe despertou de seu transe.

— Oi, Yori. — respondeu, sem graça.

— Venha, vamos para a minha casa esperar Nori.

Ume apenas concordou com a cabeça, ainda meio perdida em meio a pensamentos confusos.

 Eles seguiram para a casa de Yori, onde esperaram por alguns minutos, até que Nori voltasse, avisando que Naruto já havia ido falar com Sasuke.

Os três andaram pelas ruas com um jutsu de transformação e seguiram Naruto, Sasuke e Sakura. Quando o time sete entrou na casa do Uzumaki, Nori, Yori e Ume ficaram escondidos, observando.

Pouco tempo depois, o time sete saiu pulando pelos telhados a toda velocidade rumo à saída da aldeia da Folha e pareciam preocupados. Os espiões de Takeshi saíram do local onde estavam escondidos e se teleportaram.

Em questão de segundos, já estavam em frente ao vilão.

— Takeshi-sama, tudo está saindo como o planejado. Sakura Haruno e Sasuke Uchiha estão vindo para cá junto com Naruto.

— Excelente. — Takeshi disse enquanto retirava a sua capa preta, sorrindo. — Yori e Ume, não precisamos da ajuda de vocês por enquanto, pois tenho cartas na manga, então, quero que fiquem aqui quando eles chegarem, mas, se tudo der errado, você e os poucos renegados que restaram entram na briga.

— Tem certeza, irmão? — Yori perguntou.

— Sim. Agora, vão para o quarto onde a Hyuuga está.

— Sim. — os dois saíram e fecharam a porta, deixando os dois shinobis sozinhos na sala.

— Idiotas. — Takeshi disse ao se sentar na cadeira dele.

Zombando dos dois ninjas de Konoha.

— E se eles nos traírem? — Nori perguntou, temeroso.

— Eles não vão, porque acreditam que eu os ajudarei. Mas a verdade é que só vou usá-los caso tiver que lutar contra os três e, depois, os controlarei, senão poderão me atrapalhar quando eu destruir o Uchiha e fazer da Sakura um troféu.

— É, eles serão um problema se descobrirem suas reais intenções antes do tempo.

— Eu sei, por isso, vou fingir, até o último momento, que estou ajudando-os.




. . .



 

Sakura Haruno

 

— Naruto! — gritei, mas ele não me escutou, pelo contrário, continuou a atacar o Sasuke.

 Eles lutavam taijutsu, e Naruto não estava pegando leve. Ele já estava no modo de chakra do Kurama e atacando Sasuke para valer, o qual tentava, a todo custo, se defender, mas estava sendo difícil, já que Naruto estava mais rápido que de costume.

 O Uzumaki preparou um Rasengan, e Sasuke precisou fazer um Chidori para anular o jutsu dele, em seguida, lutaram mais taijutsu, e o Uchiha conseguiu acertá-lo com um chute ao visualizar uma abertura na sua guarda, mandando-o longe.

Naruto se ergueu em poucos segundos, e o chakra do grande Kurama o envolveu, iniciando uma transformação conjunta.

Fiz menção de ir ajudar o Sasuke, mas uma árvore foi jogada em minha direção do nada. Abaixei para desviar em um movimento rápido, perguntando-me como ela foi lançada em mim, já que não vi nenhum dos dois inimigos se mexerem a minha frente.

Mas não precisei esperar muito tempo para descobrir, pois a mesma voltou a vir em minha direção e, quando olhei para frente, Takeshi estava com os olhos dourados e com a mão levantada, como se estive controlando a árvore com a mente.

Era isso…

Ele estava controlando a árvore.

— Poderes telecinéticos? — perguntei.

— Sakura-san, cuidado, ele é bem forte e pode parali...

— Cala a boca, garota idiota! — Takeshi disse, dando um golpe na nuca dela, fazendo-a cair de joelhos no chão.

— Hinata! Não faça isso com ela, seu monstro!

Fui para cima dele, mas sem olhar em seus olhos.

 Tentei dar um soco com muito chakra concentrado nele, mas Takeshi foi mais rápido e fez a terra prender meus pés para que eu não pudesse me mexer e, então, me deu um chute.

 Eu voei longe com aquele golpe e me choquei contra uma árvore. Olhei para o lado e vi que Sasuke estava lutando com o Susano'o em volta dele.

 Não poderíamos vencer assim, Takeshi parecia ser bem forte, e Sasuke estava tendo trabalho com Naruto. Eu tinha que fazer algo. Eu precisava agir, mas o que eu poderia fazer?

 O primeiro de tudo seria tirar Hinata das mãos dele, mas como? Bom, eu não fazia ideia, mas tinha que tentar algo.

Fiz quatro kage bushins e me aproximei de Takeshi, que olhou para cada clone meu com o semblante sério.

— Acha que pode me vencer com kage bushins?

— Não vou saber até tentar. — nós cinco fomos para cima dele.

Um kage bushin foi destruído, em instantes, por uma kunai que o outro ninja, o subordinado, mandou, mas meu outro clone conseguiu atingi-lo, jogando-o muitos metros para trás, de costas no chão.

 Takeshi destruiu mais um kage bushin e, enquanto se distraiu com o outro, eu me aproximei dele e de Hinata, e dei um soco no chão, que começou a rachar na hora.

 O inimigo pulou para não ser jogado longe pelo impacto do meu soco, e Hinata acabou voando. Eu saltei e a segurei no ar, pousando no chão em seguida, onde peguei uma kunai e cortei com dificuldade as cordas bastante resistentes que a prendiam.

— Você está bem, Hinata? — perguntei, preocupada.

— Sim, Sakura-san, obrigada. — ela disse, com a voz um pouco fraca.

Sorri fraco para ela e encarei os ninjas, que se colocavam lado a lado de novo, totalmente recuperados.

— Parabéns, você conseguiu tirar minha refém das minhas mãos, mas, agora, isso não importa, já consegui o que eu queria, só falta concluir meus objetivos.

O seu subordinado fez um selo enquanto Takeshi sorria sombriamente, e eu não conseguia acreditar no que estava vendo.




. . .



 

Sasuke Uchiha

 

 Ativei meu Susano'o e lutei contra Naruto. A grande Kyuubi estava dando trabalho, era muito forte. Tentei usar meu Sharingan durante a luta, mas o Uzumaki não olhava em meus olhos, então, não podia tirá-lo do controle de Takeshi.

 Acertei um chute nele, mas, antes de cair, uma das caudas me atingiu, derrubando-me. Um tremor se espalhou pela terra com o impacto do grande corpo alaranjado e do meu Susano'o contra o solo, mas logo parou.

Levantei-me rápido e tentei imobilizar a Kyuubi, mas foi inútil de novo.

— Droga, Naruto! Pare com isso! — gritei, mas não era ele, era Takeshi o culpado, e eu não podia descontar no meu amigo.

Eu precisava pará-lo e fazê-lo voltar ao normal.

 Naruto fez um Rasengan na pata do Kurama e veio para cima de mim. Para proteger do jutsu — e evitar que minha defesa fosse danificada —, eu fiz o Susano'o levantar a espada na altura do corpo.

Assim que o efeito do jutsu acabou, Naruto pulou para trás, tomando distância e vendo que precisaria de mais para me derrotar.

Eu só não imaginava que ele seria capaz de usar aquilo.

Meus olhos se arregalaram ao ver que ele preparava uma Bijuu dama e, principalmente, ao dar-me conta de que o alvo não seria apenas eu. Sakura e Hinata também poderiam ser atingidas.

— Droga, Naruto! — gritei, aproximando-me mais dele rapidamente, pois precisava evitar que aquilo acontecesse.

Em um movimento arriscado, parei-me próximo e de frente para o loiro, onde eu podia ver, através do meu Susano'o, o loiro perfeitamente dentro da cabeça da grande Kyuubi, e ele, a mim.

Nossos olhares se encontraram por míseros instantes, mas que foram mais que suficientes para eu utilizar meu Sharingan.

 A grande bomba de besta de cauda se desfez, e o chakra em volta dele foi sumindo. Quando vi Naruto ajoelhado no chão, aparentemente mal, desfiz meu Susano'o e corri até ele.

— Sasuke, foi mal, eu não tinha controle sobre mim. — Naruto disse desesperado enquanto colocava as mãos nas laterais da cabeça.

— Tudo bem, idiota, não precisa explicar, temos que derrotar os inimigos.

— Está bem. — concordou, colocando-se de pé e começando a me acompanhar até onde Sakura e os outros estavam. — Ai, minha cabeça... — reclamou de dor, mas não havia tempo para isso, tínhamos que acabar com Takeshi o mais depressa possível.

 Quando chegamos no local, perto de Sakura e Hinata, notei que a Haruno estava com os olhos arregalados. De primeira, eu não entendi o motivo, porém, logo que encarei os inimigos, eu compreendi.

À nossa frente, estavam vários caixões brancos tampados, e eu sabia muito bem o que aquilo significava.

Eu desejava muito estar enganado naquele momento, porém sabia que não.

Eu não estava errado. Era, realmente, o que eu estava pensando.

 As tampas caíram ao mesmo tempo, revelando o que havia dentro de cada um dos caixões, e, se eu havia pensado que não podia piorar, estava muito enganado.

As complicações só estavam começando e da pior maneira possível.

 EDO TENSEI.


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