How We Get Here escrita por TatyNamikaze


Capítulo 24
Capítulo 24 - Verdades Reveladas


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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How We Get Here

Capítulo Vinte e Quatro - Verdades Reveladas



 A dupla estava pensando em um jeito de separar Sasuke e Sakura, mas não conseguiam pensar em nada que pudesse funcionar com os dois. O Uchiha e a Haruno eram muito espertos, não cairiam em qualquer coisa.

 Dias se passaram, e nada da oportunidade ou ideia surgir, até que, depois de muito tempo, Ume e Yori presenciaram uma cena muito interessante.

 Uma garota loira havia parado Sasuke e Sakura na rua, e, pelo jeito que falava, eles já se conheciam. Pelo que foi possível escutar, ela se chamava Miyuki e gostava do Sasuke.

Era a oportunidade perfeita.

Ume e Yori bolaram um plano. Ela ia seguir aquela garota para ver se conseguia fazer algo e culpá-la.

Ume foi andando disfarçadamente pelas ruas sem deixar Miyuki percebê-la. A garota ficou observando a visitante, principalmente, o batom vinho, que, mesmo estando de dia, não estava exagerado e combinava com a loira.

E, então, Ume teve uma ideia.

Ela foi até uma loja de maquiagem e comprou um batom no mesmo tom vinho antes de seguir para a casa de Yori a fim de contar a sua ideia.

 

. . .

 

 Sasuke ainda não havia chegado em casa, mas tinha esquecido uma janela com uma greta aberta. Ume se aproximou e abriu com o maior cuidado. A rua estava vazia, então, ninguém a viu entrando.

 A garota foi em direção ao quarto do ninja e abriu o armário. Todas as camisas eram escuras, mas uma possuía a gola branca.

Perfeito.

 Ela passou o batom nos lábios e marcou a gola, arredou as camisas para trás e deixou a com gola branca mais na vista para que o Uchiha a vestisse primeiro.

 Ume saiu pelo mesmo local que entrou sem ser vista e foi para sua casa. No dia seguinte, ela viu Sasuke andando pela rua e com a camisa certa.

Excelente.

A kunoichi chamou Yori, e foram assistir a cena que acabou com o Uchiha indo embora sozinho e a Sakura chorando.

— Foi uma ótima ideia, Ume. — o Satoshi disse, sorrindo.

— Eu sei, Yori. — sorriu, convencida. — Um a zero para a gente.

E saíram pulando pelos telhados lado a lado.

— Quando e onde eu devo colocar as flores? — o ninja perguntou.

— Tenho certeza de que o Sasuke vai na casa dela em algum momento, assim que esse momento chegar, as flores devem estar lá. Mas a Sakura não pode vê-las antes da hora.

Yori a encarou.

— Mas como eu faço isso então? Vou ter que colocar as flores na casa dela quando ela estiver lá e no horário em que o Sasuke estiver indo para lá para que ele veja antes dela? É isso?

— Sim. — Ume respondeu como se fosse a coisa mais simples do mundo.

— Você sabe que isso não será fácil, não é?

— Sim, mas você consegue. — Ume falou, sorrindo e surpreendendo Yori. — Agora, vamos, temos que seguir o Sasuke e vigiar a Sakura para saber o momento certo.

 

. . .

 

No dia seguinte, Sasuke e Sakura ficaram em seus respectivos trabalhos novamente, porém Sakura ficou até de madrugada, o que seria uma ótima oportunidade para Yori.

 Ume viu que Sasuke estava na frente da casa da rosada e sabia, ela não entendia como, mas tinha certeza de que ele procuraria a garota.

 Assim que Sakura chegou em casa, depois de um tempo, Yori entrou pela janela da sala, a qual ele sabia que estava com defeito há muito tempo e abria fácil, e entrou na sala.

 Ele andou com todo cuidado e se preocupou bastante em ocultar seu chakra, foi até a estante e deixou o buquê de flores sobre ela. Como a rosada havia dormido muito tarde, com certeza, não acordaria cedo.

 O dia amanheceu, e, como Ume imaginou, Sasuke foi até a casa da rosada, mas ela e Yori não ficaram para ver o que aquilo iria dar.

— Acho que vai dar certo.

— Claro que vai, Yori. — Ume sorriu, convencida.

— É só esperar para ver. — ele também sorriu. — Tenho que ir.

Acenou em despedida.

— Certo. — Ume acenou de volta antes de Yori sumir pulando pelos telhados das casas, deixando-a sozinha na rua.

— Yori e você juntos? O que estão aprontando? — Katashi perguntou ao se aproximar da amiga.

Ele sabia muito bem que os dois não combinavam, então, havia algo errado.

— Nada, Katashi.

O Hyuuga permaneceu com o semblante sério e os braços cruzados.

— Você mente muito mal.

Ume respirou fundo diante das palavras do amigo. Katashi lhe conhecia bem demais.

— Tudo bem, eu vou te contar, mas porque confio em você. — a morena disse, fitando Katashi com o semblante sério. — Yori e eu nos juntamos para separar Sasuke e Sakura.

Ao ouvir as palavras de Ume, Katashi respirou fundo. Era sério isso?

— Você não acha que já está indo longe demais? Sasuke não gosta de você, portanto, devia esquecê-lo.

— Não é tão fácil assim, Katashi, eu gosto dele, é algo que eu nunca senti por ninguém.

— Ninguém? — o Hyuuga perguntou, sentindo o coração pesar.

Mas o que ele esperava? Que ela dissesse que sentia algo por ele ou que já sentiu algum dia?

— Não, o sentimento mais perto disso é o que eu sinto por você, um carinho enorme. Eu nunca consegui sentir algo pelos outros, nem pelos meus amigos antigos, principalmente, depois da morte dos meus pais.

Se Katashi não conhecesse bem Ume Takara, ficaria um pouco feliz com o que ouviu, mas ele a conhecia o suficiente para saber que não passava de carinho de amigo e que nunca passaria disso em algum momento.

— Talvez, você devesse esquecê-lo e dar valor à quem está próximo de você. — disse como quem não queria nada, porém Ume não entendeu o que significava.

Ela nunca entendia as indiretas.

— Mesmo se eu quisesse isso, ninguém daqui me daria uma chance, Katashi, eles sabem quem eu sou. Ou era. — sussurrou a última parte, mas o amigo escutou.

— Quem sabe, se você procurar bem e perceber mais as atitudes de quem está ao seu lado, você encontre.

Só a Ume mesmo para não perceber as intenções de Katashi.

— Só você mesmo para falar isso e me dar alguma esperança. — sorriu para o amigo e, em seguida, se aproximou, colocando uma das mãos sobre um lado do rosto dele e beijando a sua bochecha. Katashi fechou os olhos para apreciar esse contato. — Preciso ir para casa, a gente se vê por aí.

 Ume saiu, deixando seu amigo parado, no meio do parque, feito bobo, com a mão sobre a bochecha e os olhos, que não piscavam uma vez sequer, sobre a garota que já se encontrava longe dele.




*  * *

 



Sakura Haruno

                        

— Precisamos fazer algo em relação a eles. — Sasuke disse e, pelo seu tom de voz, estava com muita raiva.

— Vamos falar com eles, deixar bem claro que sabemos o que fizeram e que não conseguirão o que querem.

— Falar? — perguntou, indignado. — Você sabe que eles merecem muito mais do que isso.

— Sei que o que fizeram foi muito errado, mas não devemos deixar as coisas saírem do controle. Falar já será o suficiente. Conhecendo a Ume e o Yori, só isso será o bastante para deixá-los com muita raiva.

— Não sei se consigo só falar com eles. — Sasuke revelou, andando de um lado para o outro.

— Você precisa conseguir, e, para garantir que você não vai perder o controle, eu falarei com Yori.

Sasuke parou de andar e olhou para mim.

— De jeito nenhum, você não vai ficar sozinha com o Yori.

Encarei-o e suspirei, cansada.

— Sem ciúmes agora, Sasuke, precisamos resolver isso e, se você for falar com Yori, pode acabar se descontrolando e brigando com ele.

— E, se você for, ele pode tentar fazer algo. Aquele cara é maluco.

— Não o suficiente para tentar algo contra mim agora, eu sou forte. — argumentei.

— Eu sei que é, mas você nunca consegue se defender ou reagir quando alguém se declara para você, eu já vi isso várias vezes, você fica sem saber o que fazer, e ele pode se aproveitar da sua bondade, sem contar que ele também não é nada fraco.

— Mas, se você for...

— Eu vou me controlar, prometo. — ele disse seriamente.

— Promete mesmo? — perguntei, e ele sorriu de canto, olhando em meus olhos.

— Sim.

— Então, eu vou atrás da Ume.

Sasuke assentiu com a cabeça.

— Só tome cuidado com ela, aquela garota tem coragem de fazer qualquer coisa. — alertou-me.

— Eu sei... Vamos.

Fiz menção de começar a caminhar.

— Espere. — senti meu pulso ser segurado de leve e virei-me novamente para Sasuke.

Ele me olhava calmamente.

— Ficamos dois dias sem nos ver, e você vai sair sem ao menos me dar um beijo?

Dei uma risada de sua expressão, definitivamente, Sasuke estava muito diferente de antes. Sorrindo, enlacei seu pescoço com os braços e o trouxe para mais perto, tocando seus lábios com os meus em um beijo devagar enquanto sentia-o segurar firme minha cintura.

— Desculpe, Sasuke. — sussurrei assim que nossos lábios se separaram.

— Pelo quê? — perguntou, soltando-me.

— Por não ter acreditado em você quando falou que não sabia da marca de batom.

— Esqueça isso, eu também te devo desculpas por causa do cartão. Eu acabei me descontrolando e achei que você pudesse ter feito algo para dar o “troco”.

— Tudo bem, Sasuke, eu entendo. Eles armaram tudo direitinho para parecer que traímos um ao outro, eles pensaram em tudo.

— Sim, mas, agora, vamos resolver isso.

— Vamos. — assenti. — Esses dois precisam parar com essas armações.

Sasuke concordou com a cabeça, e trocamos mais algumas palavras antes de seguirmos cada um para um lado.

Sasuke, para a casa de Yori, e eu, para a de Ume.

Ao chegar em frente à residência dela, uma casa simples e pequena no centro da aldeia, bati na porta de metal, e ela logo se abriu.

E a surpresa de Ume ao ver-me foi grande, pude perceber apenas observando os olhos atônitos e arregalados dela.

— Olá, Ume. — falei com certo sarcasmo.

— O que faz aqui? — perguntou, confusa e séria.

— Vim te dizer que seu plano e do Yori não funcionou.

Ela olhou-me confusa.

— Do que você...?

— Não adianta fingir, Ume, Sasuke e eu sabemos que foram vocês dois que armaram aquelas situações com o batom e as flores.

— Como pode ter tanta certeza de que fui eu e o Yori? Que eu saiba, eu não sou a única que gosta do Sasuke em Konoha, e o Yori não é o único que gosta de você.

Revirei os olhos.

— Vocês são os mais obcecados, não medem esforços para conseguirem o que querem.

— E você é a mais exibida, se acha a melhor médica e kunoichi da Folha, ainda mais agora que conseguiu agarrar o Uchiha. — ela disse, raivosa. — Você se acha a melhor ninja da aldeia, mas você não é nada.

— Eu não me acho melhor que ninguém, Ume, e você sabe muito bem o que o Sasuke significa para mim, ele não é um objeto que você usa para tentar se tornar popular. — falei, indignada pelo que ouvi. — Você sabe por que está sozinha, Ume? Sabe por que não tem ninguém que te ame? — ela me encarou com ódio, porém não me intimidou. Eu não tinha medo dela. — Porque você se importa mais com a aparência, a popularidade e esquece que também tem sentimentos. Você usa os outros sem se importar com o que eles sentem, por isso, ninguém gosta de você, Ume, porque você só se importa consigo mesma.

Ela encarou-me ainda mais cheia de ódio, e eu estava irritada, portanto, para evitar qualquer problema, dei as costas e saí de lá, afinal, já havia feito o que precisava fazer.




*  * *

 

                        

 

— Uchiha?! — Yori exclamou ao vê-lo em sua porta.

Os olhos dele encontravam-se arregalados.

— Surpreso, Yori? — Sasuke perguntou, um sorriso de canto debochado estava estampado em seu rosto.

— O que faz aqui? Você não é bem vindo na minha casa.

— Vim aqui para dizer que não importa o que você faça, Sakura e eu vamos ficar juntos e não adianta fazer cara de quem não sabe de nada, porque eu tenho certeza de que você sabe do que eu estou falando. Você e a Ume não conseguirão nos separar, entendeu? — Yori apenas o encarou enquanto o Uchiha se virava para ir embora. — E, se chegar perto da Sakura de novo, irá se arrepender. — completou e, depois, saiu pulando pelos telhados de forma rápida.

Yori ficou sério e fechou os punhos com força para controlar a raiva.

— Droga! — socou a porta. — E agora, Ume? O que faremos? — perguntou, mesmo ela não estando perto para escutá-lo.

Ainda irritado, o ninja fechou a porta de sua residência e saiu pulando pelos telhados em direção à casa de Ume. Ele bateu na porta algumas vezes e, quando entrou, após ela abrir, se deparou com a casa toda desarrumada. Havia móveis fora do lugar, vasos, copos e pratos quebrados, e almofadas no chão.

— Pelo jeito, você já sabe, não é? — Yori olhou para a Kunoichi, que assentiu com um movimento lento de cabeça e o semblante sério.

— Eu odeio aquela garota, eu a odeio com todas as minhas forças. Agora que eu não vou deixá-la ficar com o Uchiha. Eu vou infernizar a vida dela até se arrepender de ter nascido!

Ao observá-la falar, Yori percebeu que Ume não desistiria e, bom, ele também não, e havia mais um jeito de mudar as coisas.

— Ume, você quer realmente separar aqueles dois?

A garota encarou Yori.

— Claro que sim!

— Você faria qualquer coisa para isso? — o ninja perguntou.

— Sim.

Yori sorriu com a resposta de Ume.

— Eu sei o que podemos fazer. Tem alguém que pode nos ajudar a separá-los.

— Quem? — Ume perguntou, curiosa.

— Venha comigo, eu te explicarei no caminho.

                                

. . .

                                 

— Takeshi-sama, a nossa aldeia está maravilhosa. — Nori disse ao se aproximar de seu mestre. — Valeu a pena deixar de agir por algum tempo e, depois, realizar apenas pequenas ações, assim, os renegados puderam se dedicar mais na construção da nossa aldeia oculta.

— É, realmente. Foi melhor assim. — Takeshi caminhou até a janela, de onde podia ver os grandes muros em volta das casas dos renegados. Sua casa ficava bem no centro e era a maior, representando sua influência e poder.

 Ainda haviam poucas casas comparando ao espaço que sobrava dentro dos muros, mas logo poderiam vir mais renegados e preencherem o espaço.

— Quando vamos agir, novamente, contra o Sasuke e Naruto? — Nori perguntou.

— Precisamos pensar direito, não teremos muitas chances.

Ouviram batidas na porta, e a conversa parou. Um ninja com a bandana da Areia riscada passou por ela e agachou no chão em frente ao Takeshi, demonstrando respeito.

— Desculpe interrompê-los, Takeshi-sama, mas dois ninjas que acabaram de chegar querem muito falar com o senhor.

— Ninjas? De onde?

— Eu não sei, senhor, eles estão sem bandanas, mas disseram que vieram apenas para conversar.

— Ninguém seria maluco de entrar na minha aldeia e vir falar comigo diretamente para me enfrentar, seria suicídio... Enfim, mande-os entrar. — Takeshi disse e caminhou até o fundo da sala, ficando de costas para a porta, olhando, através da janela, o seu progresso.

Ele escutou passos de pessoas entrando na sala e se virou para ver quem eram, tendo uma surpresa.

Os olhos de Takeshi se arregalaram.

— Takeshi... Misaki. — o homem disse pausadamente.

— Yori Satoshi… — o vilão parecia impressionado. — O que faz aqui? Veio tentar me destruir?

Sentou-se em seu trono, não tirando os olhos dos dois ninjas a sua frente.

— Não, Takeshi, como o ninja da portaria mesmo disse, viemos conversar.

— E quem é ela? — o Misaki apontou para a garota morena ao seu lado.

— Essa é Ume Takara. — respondeu Yori, e Ume acenou com a cabeça.

— O que estão fazendo aqui? Isso pode ser considerado traição em Konoha, sabiam? Ou isso faz parte de uma estratégia para me derrotar? — Takeshi perguntou.

— Eu não me importo com Konoha e nem com as pessoas de lá e, se eu quisesse mesmo te derrotar, acha que eu estaria aqui na sua frente? Eu conheço suas habilidades, não sou maluco de te enfrentar cara a cara sem uma estratégia.

Takeshi deu um sorriso de canto, concordando.

— Tudo bem, vou acreditar por hora, mas, se você ou sua amiguinha agirem de forma suspeita, os matarei sem pensar duas vezes.

— Pode confiar em nós. — Ume pronunciou pela primeira vez desde que chegou àquela aldeia.

Takeshi a olhou rapidamente, depois, voltou-se para Yori outra vez.

— O que você quer? Para vir aqui, só pode estar querendo alguma coisa.

— É, você tem razão. — Yori disse, dando uns passos à frente e mantendo o contato visual com Takeshi. — Nós queremos a sua ajuda... Irmão.


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