How We Get Here escrita por TatyNamikaze


Capítulo 11
Capítulo 11 - Um Sonho Realizado


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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How We Get Here

Capítulo Onze - Um Sonho Realizado



Sasuke Uchiha

 

 Saímos do esconderijo dos renegados e voltamos para a aldeia da Nuvem em silêncio. Já era de manhã quando chegamos, então, passamos as informações para o Raikage, recebemos pela nossa missão — o que, por sinal, não foi pouco —, tomamos um banho demorado devido ao trabalho exaustivo e fomos a uma lanchonete da Nuvem.

Depois de terminarmos de comer alguns bolinhos típicos da aldeia — eu, nenhum doce —, fomos andar pela bonita e tranquila aldeia sobre as montanhas, cujas nuvens não permitiam que o alto dos prédios fossem vistos.

— Sakura-chan, Sasuke, vocês não se importam se Hinata e eu não continuarmos o passeio com vocês, né? — Naruto perguntou.

Era evidente sua vontade de ficar à sós com a Hyuuga — ainda não acredito que ele arrumou uma namorada.

— Claro que não, Naruto, vocês precisam de um tempo só para vocês. — Sakura disse sorrindo enquanto seus longos cabelos amarrados em um rabo de cavalo balançavam de um lado para o outro com o vento fraco daquela manhã.

— Então, tudo bem, nos vemos mais tarde.

O loiro segurou a mão de Hinata e puxou-a.

— Tchau, Sakura-san, Sasuke-kun. — e foram andando de mãos dadas pelas ruas.

— Então… — Sakura alternava o peso de seu corpo de um pé para o outro, as mãos entrelaçadas atrás de si. — Vamos continuar a passear pela aldeia? — perguntou, desviando o olhar para qualquer canto a fim de não fitar meus olhos.

— Hm. — resmunguei, e ela considerou isso como um “sim”.

E era um “sim”, na verdade.

Continuamos a andar pelas ruas lado a lado e devagar, o silêncio reinava entre nós, mas não era nada desconfortável, era bom e tranquilizante, até ouvirmos Karui nos gritar.

Suspirei cansado, já sabendo que viria mais problema e trabalho.

— Que bom que os encontrei, Darui-sama precisa falar com vocês.

 

. . .

 

— Descobrimos mais algumas informações. — Darui falou, levantando da sua cadeira.

Hinata, Naruto, Sakura e eu estávamos na sala do Raikage.

— O quê? — Naruto perguntou, curioso.

— Descobrimos dois novos esconderijos, um ao sul da aldeia, em uma pequena ilha, e o outro próximo ao mar, à nordeste daqui.

Respirei fundo. Isso nunca acabava.

Quantos renegados unidos haviam espalhados pelo mundo shinobi?

— E você quer que nós os derrotemos? — perguntei, mas isso já estava mais que óbvio.

— Sim, pensei que pudessem ir em duplas. Tudo bem ou acham arriscado demais para dois ninjas apenas? 

— Está brincando, não é? — Sakura encarou-o.

— É claro que damos conta. — Naruto completou.

E eu tinha que concordar com ele. Éramos muito fortes, os mais fortes do mundo ninja.

— Então, tudo bem, podem partir quando quiserem, mas, cuidado, descobrimos que os renegados têm um líder, e ele pode estar em algum desses esconderijos.

— Isso já era de se imaginar, tantos renegados não se juntariam assim por um único motivo em todos os cantos do mundo se não tivessem um líder por trás deles. — Sakura comentou.

— Você tem razão, mas não é só isso. Descobrimos que ele também é muito forte.

Encaramos Darui.

— Forte como? E como descobriram? — Hinata perguntou.

— Nós descobrimos por meio de alguns renegados que prendemos quando eles invadiram nossa aldeia. Não sabemos muita coisa, na verdade, sabemos quase nada, apenas que ele é muito forte, porque, assim que os renegados nos revelaram as informações, eles imploraram pela morte, pois temiam que o líder deles os encontrasse, então, tomem cuidado, algo me diz que vem problemas grandes por aí.

— Certo! — exclamamos em uníssono.




. . .




Sakura Haruno

 

Sasuke e eu chegamos à pequena ilha que Darui nos falou ao anoitecer e procuramos por algo que podia ser uma entrada de esconderijo, até que encontramos uma velha cabana, na qual havia um pequeno alçapão que dava entrada para um túnel.

Entramos no alçapão com todo cuidado e descemos as infinitas escadas, até chegarmos a uma grande sala escura e cheirando a mofo, cujo teto era bem alto, onde não havia um renegado sequer. Parecia que o lugar foi abandonado às pressas, porque havia muitas roupas espalhadas pelo chão, alguns pacotes de biscoito sobre a mesa velha e alguns móveis com uma fina camada de poeira.

Revistamos o local, mas não encontramos nada que pudesse servir para as cinco grandes nações combaterem os renegados.

Suspirei cansada, pois havia sido tempo perdido.

— Sasuke, acho melhor irmos embora, não há mais nada para fazermos aqui.

— Sim, vamos.

Demos meia volta e caminhamos de volta às escadas, mas, antes de alcançarmos os degraus, ouvimos um barulho forte.

Parecia uma explosão.

— O que houve? É uma armadilha? — perguntei e, em poucos segundos, partes do teto começou a desabar em grandes pedras.

— Provavelmente. — Sasuke respondeu.

Nós dois olhamos para o teto alto, notando que mais pedras começaram a cair, algumas enormes. Eu saltava para os lados, desviando de algumas, que, em seguida, chocavam-se contra o chão em um baque alto, e socava outras com força, fazendo-as em pedacinhos. Tudo para não ser atingida pelas pedras.

Sasuke fazia a mesma coisa, utilizando de seus doujutsus para evitar ser atingido. Porém, estava sendo cada vez mais difícil desviar dos blocos enormes que caiam ao nosso redor, e eu não fazia ideia do que fazer, pois, a cada instante, mais pedras caíam, e logo todo o teto desmoronaria sobre nós, soterrando-nos.

Minha mente estava tentando trabalhar em uma estratégia, mas nada que eu pensava serviria para tirar-nos de lá e o tempo já estava se esgotando.

Mas, para minha surpresa, eu não precisei fazer nada, pois, imediatamente, Sasuke agiu.

O Uchiha pegou-me em seus braços firmemente.

— Segure-se em mim.

E antes que eu pudesse pensar em outra coisa além de passar meus braços ao redor de seu pescoço, um chakra roxo, assim como naquele dia com o time Taka, surgiu ao nosso redor, tomando a forma de um humanóide.

O Susano'o.

A defesa de chakra criada por seu Mangekyou Sharingan era grande demais para aquele espaço, por mais que o teto fosse alto, então, consequentemente, destruiu mais o local. Poucos segundos depois, Sasuke fez com que o Susano'o saltasse, destruindo o resto do teto e, imediatamente, já encontrávamos do lado de fora.

Voando.

Eu ainda encontrava-me com os lábios entreabertos de surpresa por sua atitude, principalmente, por ainda estar em seus braços.

Voamos para um pouco distante da cabana, que, agora, não passava de uma cratera funda e aterrissamos em uma grande pedra no meio de um rio largo, cuja superfície era reta o suficiente para nos mantermos de pé sobre ela sem problemas.

Ao fundo, o som da queda da cachoeira soava alto, ecoando nos meus ouvidos, mas não impedindo-me de ouvir o suave cantar e bater de asas dos pássaros noturnos que voavam sobre as copas das árvores altas e floridas espalhadas pelas margens do riacho.

Era noite, o céu encontrava-se bem escuro, quase completamente tampado pelas nuvens carregadas de chuva, que impediam a visão da maioria das estrelas brilhantes, deixando apenas poucas à vista, assim como a grande lua cheia, que parecia mais perto de nós naquele instante e refletia sua luz nas águas correntes cristalinas.

A grande defesa de chakra desapareceu, possibilitando que sentíssemos o vento gélido que começava a soprar de forma intensa, fazendo meus longos cabelos voarem, e que traziam, consigo, o perfume doce das flores roxas ao nosso redor.

Eu olhava fixamente para Sasuke, que me fitava com a mesma intensidade. Ainda estava em seus braços, em silêncio, apenas escutando o barulho do vento balançando as folhas verdes das árvores, e admirando a beleza do seu olhar, que me observava de uma forma que eu nunca o vi fazer anteriormente.

Ele colocou-me no chão, de frente para ele, mas sem quebrar o contato visual por um segundo sequer. Meus braços encontravam-se caídos ao redor do meu corpo enquanto eu continuava hipnotizada por seu olhar. Fechei os olhos ao sentir sua mão tocar o meu rosto delicadamente, fazendo um leve carinho e, em seguida, colocar uma mecha do meu cabelo atrás da orelha direita.

E, no momento seguinte, senti-me nas nuvens ao sentir o contato de seus lábios sobre os meus, em um toque suave.

Apenas um selinho demorado e delicado.

Nesse instante, eu nem mesmo lembrava-me de respirar ou de como beijar. Estava tão surpresa, com a respiração descompassada, e o coração batendo rápido no peito que nem consegui mexer-me no primeiro instante.

Sasuke estava beijando-me e, mesmo sendo apenas um toque simples, era melhor do que em sonhos.

Seus lábios afastaram-se dos meus por alguns segundos, mas a sensação de seu toque ainda não havia me deixado, mas logo senti uma de suas mãos em minha nuca, puxando-me para perto dele.

Nossas bocas colaram-se novamente e, então, minha mente deu-se conta de que tudo era real. Entreabri meus lábios, dando início aos movimentos, que começaram um pouco descoordenados.

Sasuke não parecia ter muita experiência, e eu não me importava nenhum pouco com isso, estava tão feliz, nervosa e surpresa ao mesmo tempo que nem eu mesma estava conseguindo coordenar o beijo direito.

Mas, ainda assim, havia sido o mais perfeito beijo.

Sorri contra seus lábios, levantando meus braços até poder tocar seus cabelos e trazê-lo para ainda mais perto de mim, intensificando a ação.

A noite estava ficando mais fria, e várias gotas de água começaram a cair do céu de encontro ao meu rosto, mas eu não me importava, só queria aproveitar as maravilhosas sensações que o beijo de Sasuke me proporcionava.

Em poucos segundos, já estávamos ensopados, porém nem a chuva forte nos fez separarmos, pois nada poderia atrapalhar aquele momento.




. . .



       

Sasuke Uchiha

                     

Eu não sei o que deu em mim para criar coragem, eu só sabia que não aguentava mais esconder o que eu sentia. Eu precisava mostrar para Sakura que a amava.

Sem pensar muito para não desistir, beijei-a.

Eu não sabia muito bem o que fazer, afinal, só havia beijado uma vez e nem sei se isso podia ser chamado de beijo, já que foi apenas um selinho e que me pegou de surpresa, porém não importava, eu só queria sentir seus lábios sobre os meus e dizer-lhe o que sentia.

Nosso beijo começou bem desajeitado, ela parecia em choque com a minha atitude, mas logo tornou-se mais ritmado apesar de minha inexperiência e extremamente bom.

Sorri de canto ao nos separarmos pela falta de ar, olhando para os lindos olhos verdes que me fitavam e para as suas bochechas vermelhas e molhadas pela chuva.

Eu estava feliz e podia notar que, por baixo da expressão de vergonha e surpresa dela, estava tão feliz quanto eu.

Sorri novamente, segurando sua cintura com as mãos.

— Sasuke... Por que você...? — ela começou a perguntar com a voz baixa, quase como um sussurro e nem mesmo conseguiu completar a frase.

Estava sem fala.

— Sakura… Eu…

Abri e fechei a boca diversas vezes, sem saber bem o que dizer também. Ambos estávamos sem graça, mas, de uma coisa, eu tinha certeza.

O que ela sentia por mim era tão grande quanto o que eu sentia por ela. Não havia mais dúvidas, eu via em seu olhar.

E eu queria continuar olhando em seus olhos por mais tempo, até criar a coragem que eu precisava e encontrar as palavras certas para dizer o que eu sentia, mas nada nunca é como a gente quer.

— Que lindo, o Uchiha e a discípula da Tsunade. — uma voz grossa soou sarcástica perto de nós. — Não queríamos estragar o momento romântico do casal, mas temos coisas importantes para fazer, as quais vocês já devem imaginar o que seja.

Soltei a cintura de Sakura, e olhamos em direção à voz para, depois, observar os semblantes dos vinte renegados parados e prontos para nos atacar.

Ainda bem que chegaram depois do beijo, porque, senão, eu ficaria muito bravo.

Sakura e eu nos entreolhamos, suas bochechas já haviam voltado à cor normal, e eu sorri de canto para que ela não se preocupasse com a situação, porque não deixaria que nada acontecesse com ela.

Não que ela precisasse da minha proteção, afinal, ela era muito forte, mas porque eu queria protegê-la. Sakura sorriu para mim de volta e fechou as mãos, já infundindo chakra nelas.

— Então, foram vocês que caíram na nossa pequena armadilha... — outro ninja falou, usando a bandana da Areia riscada e um tapa olho no olho esquerdo. — Nosso líder vai adorar saber disso.

Um renegado da aldeia da Pedra concordou com a cabeça.

— Muito, ainda mais se nós conseguirmos capturá-los. Take...

— Cuidado com o que fala. — o renegado da Areia o repreendeu com o semblante sério, o que me fez arquear uma das sobrancelhas, e, em seguida, olhou para nós novamente. — Agora, vocês virão conosco.

Os inimigos possuíam uma expressão confiante no rosto. Eles achavam mesmo que eram páreos para nós dois?

Sorri debochado de canto.

— Está pronta, Sakura? — perguntei, retirando minha espada da bainha.

— Sim.

Sorriu convencida e encarou os renegados.

— Então, vamos. — dei um passo à frente. — Precisamos derrotá-los.


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