Perdida por você escrita por Luh di Ângelo


Capítulo 2
capitulo 2 - A noticia e festa




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Sebastian

 

Então a ladra de irmãs ainda é amiga da minha irmã? AHHH mas eu vou expulsar essa menina daqui sim. Ela pode ser uma das amigas mais antigas da minha irmã, mas essa menina me irrita muito. Desde pequena essa menina era uma péssima influencia para a minha irmã e sempre que eu quero fazer alguma coisa com a minha maninha ela tá lá pra atrapalhar.

Saio rindo com escarnio do quarto e vou direto pra sala acordar todos do chão, foda-se a ressaca. Assim que todos estão “acordados” mando todos embora. Ainda não encontrei a maldita ladra, aquele menino que nos interrompeu e alguns outros amigos de minha irmã que eu conheço.

Quando todos saem vou no quarto reservado para mim ver se ninguém estava lá e encontrei os amigos da minha irmã e falo pra eles que eles precisam ir, mas que a Ju fala com eles mais tarde. Sim, posso ser um pouco possesivo com a MINHA irmã, mas poxa, não a vejo faz uns 2 anos.

—Lembra ela da festa da casa do Carlos hoje à noite. – Diz uma menina que nunca conheci.

—Uhum - Concordo. Apesar de saber que se ela não se lembrar quão pouco vou lembra-la, se bem que com a notícia que vou dá-la ela provavelmente vai precisar dessa festa...

Quando o resto do bando vai embora com umas caras de interrogação pra mim eu finalmente vou pro quarto da Ju. Antes de entrar eu bato na porta só pra ter certeza que n vou encontrar essa rapariga pelada. Quando ela fala que pode entrar, entro.

—E ai mana? Todo mundo já foi embora. Vamos sair pra almoçar?

—Vamos, mas você ainda não me respondeu o que tá fazendo aqui Sebastian.

—No almoço te conto sis.

—Beleza. Só me fala pra onde a gente vai, que qualquer coisa vou precisar trocar de roupa.

Analiso sua roupa, um vestido florido soltinho e uma sapatilha preta, e falo que pode ir assim mesmo. Saímos de casa e quando ela vê que eu vim de carro, ela levanta uma sobrancelha, mas não fala nada. Entramos no carro e fui seguindo em direção ao nosso restaurante e durante o caminho fomos escutando Fall out Boy, minha banda favorita.

Ficamos batucando e cantando em conjunto, e somente quando a playlist tinha terminado chegamos ao restaurante, e como já estava um pouco tarde, o estacionamento e o estabelecimento estava vazio, então sentamos logo e logo depois de pedirmos começamos a conversar.

— Então Ju, como você tá?

— Tô bem Seb, e você?

—Também tô bem. Você já decidiu o que quer fazer na faculdade?

—Olha, tô pensando em fazer dança em BH mesmo, por que?

—Nada não. – Desvio o meu olhar- Não posso só conversar sobre o futuro da minha irmã?

—Pode sim senhor dramático. -Ela ri. – Mas então, você finalmente vai me contar o que você veio fazer aqui?

—Vou sim. Ju, os nossos pais estavam conversando comigo sobre o fato de você estar indo fazer faculdade em minas, e isso que me fez vim visitar você aqui em são Paulo.

—Não enrola. O que eles têm contra agora? Já não me bastava o papo que vou morar de baixo da ponte?

—Calma mana, não é nada disso. É que você vai ter que morar comigo.

—E? Eu já sabia disso, não é só isso, o que mais Seb? Você não viria até aqui para me falar somente isso. E nem vem com a história que é só saudade, eu te conheço irmãozão.

—Tudo bem, vou direto ao ponto. Eles querem que você faça logo o último semestre escolar lá.

—Porra não. Eles não podem simplesmente exigir que eu me mude do nada no meu último ano da escola, pelo que? Capricho deles?

—Desculpa maninha. Eu não queria que isso acontecesse também. Mas eles tão irredutíveis. Já devem até ter feito sua transferência por agora- A olho com pena.

Ela me olha com os olhos cheios de lagrimas como se eu fosse o grande traidor por trazer essa notícia. Ficamos em silencio por alguns minutos até que ela resolve bombardeá-lo com perguntas.

—Por isso que você veio de carro? Pra minha mudança? Quanto tempo eu ainda tenho? -Ela fala rapidamente com os olhos cheios de magoa e lagrimas. - Por acaso eles esperam que isso vá fazer eu mudar de ideia de fazer o que eu gosto?

              -Eu vou ficar aqui por mais 2 semanas para te dar o tempo de se despedir de seus amigos, já que seu semestre acaba semana que vem. Desculpa Jujuba.

              -Caralho meu, eu exigo falar com eles AGORA.

              -Calma maninha, podemos falar com eles depois de almoçar.

              -Almoçar é um ova, pede para embrulhar e levar pra casa.

              -Tudo bem.

              Chamo o garçom para embalar nossa comida enquanto ela vai se dirigindo a saída para ligar para nossos pais – Eduardo e Monica, dois empresários super bem sucedidos que vivem viajando, o que faz com que seus filhos tenham sido criados por babás e largados fazendo tudo que quiseram, desde que fossem bem nos estudos.- Depois de pegar nossa comida nos dirigimos para o carro e ela já está numa brica intensa com eles, só que ela não está mais contendo as lagrimas. Ju passa metade do caminho conversando com eles para tentar convencer eles do contrário, já que eles levam muito a sério, pois apesar de festeira ela é bem madura. Entretanto nos dois sabemos que é uma batalha perdida, então em um determinado ponto ela desiste e desliga o telefone e fica chorando muito no seu banco.

              Logo chegamos em casa e ela entrou como um furacão e se trancou no quarto. Olhei no relógio e eram 6 da tarde, então comi minha comida, tomei um banho e bati na porta do quarto dela. Quando ela apareceu para abrir eu vi quão devastada ela estava. Seus olhos cor de mel estavam com uma sombra de tristeza e raiva, tinha feito um coque em seus cabelos cacheados e estava com as mesmas roupas de antes e quando olhei para sua cama eu vi que ela tinha pego todas as fotos de seus amigos daqui e chorado abraçando-as.

              Abracei ela o mais forte e carinhoso que eu pude tentando transmitir o quanto eu sentia. Não que eu não esteja feliz que ela vai morar comigo, mas eu imagino pelo o que ela está passando. Ficamos abraçados por horas até que ela decidiu que precisava tomar um banho e eu decidi que iria pegar alguns doces para tentar ajudar.

              Atacamos todos os doces e começamos a conversar descontraidamente e até rimos um pouco, até que o celular dela começou a tocar e ela arregalou os olhos tipo FUDEU. Eu ri da sua cara e do seu desespero quando ela abriu o armário e tirou uma saia Jeans e uma blusa preta e saiu correndo para o banheiro.

              -Puta merda! – Ela exclama tentando calçar um salto preto com detalhes pratas. – Eu tô muito atrasada para a festa do Carlos. Quer ir comigo ou me dá uma carona?

              -Calminha ai, pode deixar que vou contigo e afastar esses caras que tu fica se esfregando.

              -Ah mas tu não vai empatar minha foda hoje não.

              -Oh se vou. – Ri maleficamente e vou me arrumar. 20 minutos depois ela sai do banheiro com o cabelo alisado e maquiagem leve. Pego a chave do carro enquanto ela coloca sua jaqueta de couro e saímos de casa rindo e conversando, ignorando a notícia dada hoje, mas eu sei que em determinado momento da festa ela retornará.

No caminho vamos conversando sobre os diversos momentos que perdemos na vida um dos outros, cantando que nem loucos e rindo pra caramba. Chegando lá, vi como a festa já estava cheia de vida e de pessoas -adolescentes em sua maioria- e a Julia, mais conhecida como minha irmã- saiu correndo do carro pra encontrar os amigos enquanto eu estacionava do outro lado da rua. Hoje ninguém segura essa rapariga... Ainda vai sobrar pra mim cuidar dessa garota que dá um trabalho danado quando bebe.


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Notas finais do capítulo

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