Café avec un parfum de fleurs. escrita por sea nymph


Capítulo 1
Act I.




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John Watson olhou pela enésima vez as ruas vazias de Esdmound, estava tarde demais e as luzes douradas dos postes tremulavam a cada silvo silencioso do vento. O inverno viera forte este ano, disposto a castigá-lo mais uma vez. Suas flores aguentavam bem, radiantes e dispostas a colorir todas aquelas manhãs cinzentas. Mas, até quando? O tapete branco que se formava nos primeiros raios de sol perdurava até as primeiras estrelas aparecerem, tornava o cultivo quase impossível.

O ar quente de seus pulmões embaçaram a camada grossa do vidro quando ele chegou mais perto da janela. Seus dedos lisos seguravam tranquilos uma xícara de chá quente. Cada gole era um alegria pros seus músculos e pensamentos preocupados. Não havia outro jeito se não voltar a seus estudos, a neve não iria derreter com o calor que sentia irradiando seu corpo. Girando lento pelos calcanhares, o loiro caminhou até sua escrivaninha. Os papéis amarelados criavam mosaicos divertidos com os rabiscos, desenhos e caligrafia desajeitada. Suspirando e olhando de esgoela para a noite que o acompanhava, ergueu uma das folhas ainda não preenchidas e ocupou seus ouvidos com o arranhar da ponta de sua caneta.

* * *

"Bom dia, sr. Watson!", dissera um rapaz magro e franzino. Os olhos claros tinham um brilho perolado que fazia John se perguntar se eram reais.

"Muito bom dia, Merlin, conseguiu cair da cama hoje?", perguntou, enquanto pendurava o casaco pesado nos ganchos ao lado da porta maciça. Seus dedos hábeis já se ocupavam com o avental verde-musgo e o vestiam, ensaiados.

"Não tive muito o que fazer essa noite", a voz do mais novo estava carregada de tédio. "Esse inverno idiota anda atrapalhando qualquer que seja meus planos. E o senhor? Passou mais uma noite em claro tentando achar a imortalidade das bromélias?"

"Alguém precisa manter o seu emprego...", disse John mantendo um semblante sério, que logo se desmanchou em um sorriso calmo. "Ande, deixe de conversar e vá limpar a calçada. Algo me diz que hoje não será como os outros dias..."

Merlin não esperou ser convidado duas vezes e logo já se encontrava fora do floricultura. John observou-o pelas vitrines manchadas da loja, tinha um carinho especial pelo rapaz e talvez por isso nunca se importou com a personalidade atrevida dele. Um riso passou discreto em sua boca, quando ele próprio resolveu ocupar suas mãos com algo.

Mallorn era idealização de seu bisavô. Um grande homem que colocava todo seu amor nas pétalas mais delicadas, criando arranjos e memórias preciosas para Esdmound. Fora com ele que, quando mais novo, o loiro aprendeu a fazer os primeiros transplantes de rosas brancas. Nunca esqueceu a sensação da terra escura entre seus dedos e o cheiro molhado do orvalho, o calor da estufa era como um abraço. Dali em diante, John tivera a certeza de que a Botânica havia o escolhido e, seu bisavô, de que Mallorn estaria em boas mãos.

Todos da redondeza conheciam a loja e o rapaz que conseguiu recriar espécies capazes de resistir a invernos rigorosos. E era por isso que a floricultura nunca parava mesmo diante aos hostis contratempos, sempre havia alguém disposto a sair de casa pra comprar um arranjo ou vaso de flores.

John pulverizava folha por folha dos pequenos brotos de crisântemo, como se cada gotícula fosse um carinho. Seus olhos vagavam vez por outra as outras espécimes, que afavelmente chamava de filhas ou pequenos presentes do mundo. Checando aqui e acolá quem precisava de uma atenção mais especial no dia, ergueu sua atenção para a loja. O ambiente lhe afastava qualquer pensamento ruim ou preocupante, Mallorn era muito pequena se comparada com sua fama. Uma miúda locação com estilo rústico dos meados da década de 20. O papel de parede com um padrão quase açucarado estava denotando sua idade com leves rasgos e injúrias, estrategicamente cobertos com desenhos emoldurados ou fotos do primeiro dono em atividade. Os móveis, estantes e expositores ainda carregavam o design de um marceneiro hábil em esculpir nos troncos de pinho,  pequenas rosas e outras flores foram talhadas manualmente. Watson gostava desse ar aconchegante que vinha e da história que cada placa daquele assoalho de carvalho carregava, cada desgaste era uma história de amor diferente; algumas plantas aéreas arquitetavam e se uniam a decoração. Ao canto direito da loja, uma estante com livros e revistas juntamente de uma mesa com cadeiras, davam ao visitante um pouco de liberdade para caso quisesse apenas uma companhia silenciosa e aromática.

"Ah, mas você vai limpar! Sabe quanto tempo gastei aqui?!"

"Eu tenho culpa de ter me assustado com essas suas orelhas?!"

"O que isso tem haver com você ser um idiota?!"

John foi despertado de sua atividade quando ouviu a ligeira discussão atravessar os vidros da vitrine. Franzindo o cenho, acentuando-lhe as leves linhas de expressão, ele largou seu borrifador numa das mesas improvisadas com caixotes e abriu a porta pra saber o que acontecia. O tilintar da sineta, chamou a atenção dos donos das vozes enfurecidas. Merlin segurava a vassoura de neve longe do corpo, as mãos agarrando o firme cabo de madeira e olhando enfurecido pra outro rapaz, que também trajava o uniforme simples da floricultura. O recém-chegado ocupava os antebraços com um caixote fundo, onde repousavam margaridas. No chão, entre o restolho de neve úmida, salpicos de terra escura se amontoavam junto de um recém transplante.

"O que diabos está acontecendo aqui?", bradou John, olhando de um a outro em busca de resposta.

"Hyunwoo derrubou duas mudas de margaridas na calçada que acabei de limpar e está se negando a recolher o que fez!", Merlin ultrapassou o outro que havia aberto a boca. Seus olhos azuis o encaravam. "Tanto funcionário no mundo, foi logo contratar o mais estabanado deles?"

"Ele é ótimo como jardineiro, diferente de você que já me matou metade de um campo de tulipas.", Watson respirou fundo, fazendo Merlin comprimir os lábios cheios e cruzar seus braços sob um suspiro frustrado. "Hyunwoo, pode me dizer o que...?"

Hyunwoo era um rapaz alto e, diferente de Merlin, corpulento em excesso. Seus olhos amendoados gritavam sua descendência asiática. Era tímido, quieto e assustadoramente dedicado aos segredos da botânica, o que rapidamente o transformou em primeiro aprendiz de John quando chegou na adolescência.

"Estava descarregando a caminhonete com as duas caixas de margaridas que o senhor me pediu ontem, não vi que o orel- Merlin estava na calçada, e nos trombamos. É isso. Não entendi o escândalo."

O loiro respirou fundo negando lentamente com a cabeça, não dizendo uma palavra para apaziguar a nova discussão. Os dois colegas de trabalho sempre trocavam farpas desde a primeira vez que se viram, não era algo que valesse o desgaste. Indicou tranquilo para o coreano onde ele devia descarregar as mudas, enquanto se aproximava de Merlin. O moreno estava concentrado em tirar os flocos de terra adubada e já não se importava com o que aconteceu segundos antes.

"Um dia vocês vão me por louco...", murmurou John pegando a pá de neve para receber o que Merlin varria. "Será que podiam por um dia não estressar a paz desse lugar?"

"Ah, mas é claro. Por que eu escuto o sermão sozinho?", queixou-se o mais novo, cravando seus límpidos olhos azuis no rosto em sua frente. "Como se fosse eu sempre a começar os 'estresses'..."

"Você é o primeiro atendente e recém-renomeado gerente, é sua obrigação manter a ordem..."

"Claro! Porque sou o ger- como é?!", Merlin arregalou seus olhos, denunciando seu espanto. "Gerente? Eu?!"

O sorriso que cobriu os lábios de John fora sugestivo. "Eu ia chamar você e o Hyunwoo para tomar um café, contar de suas promoções mas parece que você quer agarrar as novas responsabilidades antes. Então, pra que cerimônia?"

Merlin abriu a boca pronto pra soltar algumas de suas atrevidas respostas, quando um carro lustroso passou por eles parando certeiro do outro lado da rua. A conversa dos dois fora interrompida quase instantaneamente. Um homem alto e esguio saiu do carro seguido por outro, um pouco mais baixo e que se apoiava em uma bengala esculpida. Os olhos do primeiro vasculharam a rua antes de recaírem em Mallorn. Por um segundo, John achou que o homem estava o encarando e isso fez com que suas bochechas tomassem um tom púrpuro de imediato. Desviou a atenção ao mesmo instante que suas unhas curtas coçavam o loiro ralo de sua nuca. 

"Será que eles sabem que o Le Monde ainda não abriu?", indagou Merlin, como se estivesse retomando uma conversa corriqueira.

"Acho que isso não é de nossa conta... Vamos, está na hora de abrir e, céus, estamos muito atrasados.", Watson pousou a canhota nas costas do mais novo, pressionando ali de leve pra que o rapaz se movimentasse. Merlin dera de ombros quando sumiu pela porta que soou o tilintar da sineta. John segurou o portal pela maçaneta, por cima do ombro olhou mais uma vez para os corpos quietos na outra calçada, e foi então que sumiu para dentro da floricultura. 

* * *

"Enfim o grande dia chegou, não é mesmo?", bradou o homem que segurava displicente sua bengala, apontando o letreiro lustroso e a faixada recém pintada. "Não consigo imaginar você tocando um negócio, Shelly. Tanta inteligência para algo tão... comum."

"Ótimo que não consiga, Mycroft, me estranharia saber que sua mente se perturba com coisas além de bolos e doces", respondeu o outro. Seus cachos escuros contrastavam com o branco limpo da geada noturna, seu corpo era coberto por seu sobretudo grosso. "A propósito, já que está em dieta, não ache que terá passe livre pra roubar da cozinha..."

"Senso de humor nunca foi seu forte", resmungou Mycroft, enrugando seus lábios finos numa espécie de sorriso amarelado. "Tem certeza que é isso o que quer, Sherlock? Nosso pai pens-"

"Quanto mais você recita aquele discurso idiota, mais me vem a certeza.", interrompeu-o Sherlock, deixando seus olhos quase translúcidos deslizar o rosto do outro.

Um silêncio pairou entre os dois, quebrado apenas por um sino melodioso do outro lado da rua. Ambos levaram a atenção para a pequena loja de flores.

 "Como queira, então.", o mais baixo dera-se por vencido contemplando qualquer coisa que pudesse desviar a visão do rosto do irmão. "Interessante esse lugar, não grandioso quanto Galaertha, mas... Tem seu charme."

"E charme é algo que certamente não combina com você."

"Sherlock, irmãozinho, não se esqueça que boa parte da sua escapada pra essa nova aventura foi graças aos meus bons artifícios. Cuidado com a forma como se dirige a-", o moreno entortava as feições num deboche conhecido. Mycroft sabia que não havia como convencê-lo ou passar por cima da pirraça infantil que vinha do outro. Terminou sua tentativa de assunto com um suspiro profundo, se despedindo logo depois.

Quando o carro finalmente sumira das vistas, Sherlock analisou mais uma vez o letreiro de sua nova ambição: Le Monde. Todos os anos que perdera nas escolas de confeitaria finalmente estavam pra surtir efeito e longe o suficiente dos "cuidados" excessivos da família. Sua mãe havia achado a ideia fenomenal e se não fosse por ela, talvez ainda estivessem discutindo todo santo dia na mesa de jantar. O comércio local já dava indícios de movimentação e o homem não queria perder mais chance alguma, por isso, se pôs em direção a porta lustrosa de seu estabelecimento.

A projeção fraca das luzes incandescentes acrescentavam um aconchego quase sonolento. As mesas dispostas cuidadosamente ainda se encontravam vazias, mas o perfume do café recém preparado era forte. Deslizando os dedos pelas teclas do computador, um rapaz loiro examinava cada coisa inscrita que fazia e, juntamente dele, reorganizava alguns dos sacos de produtos, ora recalculando os preços, ora editando as etiquetas. No outro extremo, um mais novo de fios tingidos limpava incessantemente as últimas mesas próximas a vitrine limpíssima, rearrumando o tecido das toalhas rendadas e os potes vazios que deviam conter algum ornamento vivo.

"Vejo que chegaram na hora", sua voz ressoou e a atenção dos dois mais novos fora de encontro a seu rosto alvo. Sherlock retirou o sobretudo, relaxando seus ombros quando o calor da cafeteria chegou em sua pele. "Minhyuk, não deveria conter algumas flores nesses vasos?"

"S-sim, senhor, mas... Bom, ainda não trouxeram.", respondeu o rapaz de cabelo colorido e cuidadosamente desalinhados, mordendo a boca como se estivesse hesitando.

"E o que aconteceu pra que as tulipas ainda não estarem aqui?"

"A-ah, bom... É que... Nã-"

"Ele ficou com vergonha de ir buscar...", comentou o outro, virando de costas para as duas figuras na outra extremidade pra que pudesse guardar os pacotes de café torrado.

"Arthur!", o rosto branco de Minhyuk se apossou de vários tons quando os olhos de Sherlock radiografaram-no. Culpado, ele baixou a cabeça pra namorar os pés. "Desculpe, senhor, eu estava pra sair mas fiquei um pouco sem jeito com..."

"Deixe. Eu mesmo vou buscar. Melhor você tirar todos esses vasos pra que não junte sujeira, não há lógica em deixá-los aí sem função."

Minhyuk afirmou calmo e passou a cumprir a ordem do mais velho, cujo já sumia pela porta que o levaria à cozinha sem antes deixar de ouvir um gracejo vindo de Arthur sobre a timidez do colega. Talvez não tivesse sido uma péssima ideia ter trazido os dois de Galaertha, mesmo que a responsabilidade lhe batesse a porta. 

Sherlock tinha um sensibilidade para doces autorais. Ele gostava de pesquisar os sabores mais estranhos em transformá-los em sublimes pedaços de ambrosia. As poesias escapavam das pontas de seus dedos. Havia ganhado notas absurdas de tão altas quando formou-se nos cursos confeiteiros, e ele não costumava a achar-se menos do que os professores lhe diziam. Elogios só eram feitos para os melhores, e ele era um. Vestindo a doma limpa que repousava minutos antes ao lado de gêmeas, o moreno não perdeu mais tempo em buscar os ingredientes e passar as próximas horas do dia criando os doces que serviriam nos cardápios da Le Monde. O cheiro do chocolate derretendo, das geleias de fruta fresca se misturavam harmoniosamente com o aroma das bebidas quentes que vinham de sua loja.

E foi dessa forma que o expediente daquele dia passou. Muitos clientes caminhavam felizes de volta para suas casas, carregando bolos e doces cheios de creme baunilhado, alguns outros continuavam ali mantendo suas conversas e discussões, declarações de novos amores, promessas em ligações telefônicas. Não havia mais nada o que criar. Sherlock arrumava a gola do seu sobretudo quando saiu da Le Monde e encontrou a rua. Os pisca-piscas começavam a brilhar fracos como vaga-lumes preguiçosos e toda a decoração de natal parecia criar vida sob as sombras débeis. O vento frio lhe cortou o rosto, o céu já se encontrava escuro e salpicado de estrelas peroladas. Atravessou a rua com passos largos e rápidos, alcançou a floricultura do vilarejo. Seus dedos longos não demoraram a se fechar no metal frio da maçaneta, abrindo o portal que daria para dentro do local. O perfume doce das flores aninhou seu nariz, quase o sufocando.

* * *

"Posso ajudá-lo?", a voz que chegou a seus ouvidos era rouca e grossa. Sherlock ergueu seus olhos cristalinos para a direção de onde vinha o som melodioso e se deparou com um homem loiro, baixo que aparentava ter alguns poucos anos a mais que ele.

"Claro, claro. Eu preciso descobrir o que aconteceu com a encomenda que fiz.", dissera monótomo, buscando qualquer ponto que não fosse os olhos cinzentos do desconhecido. Existia uma intensidade estranha neles, principalmente ali dentro daquele pequeno bosque colorido.

"Há algo errado com as flores?", pode-se ver a preocupação assombrar o rosto dele quando se aproximou do moreno. Ele era realmente pequeno.

Sherlock achou graça naquilo e, sorrindo soprado, negou em resposta. "Não chegaram nem a ser entregues. Por isso vim aqui. Sabe me dizer o que houve?"

"Posso dar uma olhada e descobrir. Se puder me acompanhar..." E arrastando seus pés, o loiro se dirigiu até o balcão que suportava uma antiga caixa registradora. O ferro já se encontrava desgastado e a ferrugem parecia ter tido preguiça de continuar agindo ali. 

Tudo naquele lugar cheirava a antiguidade e Sherlock teve a sensação de estar preso em algum tipo de cápsula do tempo. Apesar de pequeno, Esdmound já participava ativamente das novidades tecnológicas. Computadores, smartphones, todo e qualquer tipo de quinquilharia fazia parte do cotidiano dos habitantes. De fato, era diferente ver que algumas "tradições" ainda se permaneciam. O mais baixo puxou uma gaveta que rangeu abafado, tirando dali uma espécie de agenda encadernada a mão, os dedos deslizam página por página, buscando nos registros alguma coisa que denunciasse a falha das entregas.

"Não consigo encontrar nenhuma entrega que não tenha sido feita hoje. Tem certeza que não errou a data?", disse por fim, fechando o caderno e olhando-o para esperar sua resposta.

"Absolutamente.", Sherlock tamborilava os dedos na extremidade do balcão em que estava próximo. "Duas dúzias de tulipas vermelhas para a cafeteria Le Monde."

O homem franziu o cenho, passando os olhos por seu rosto níveo e além da vitrine, o mais alto percebera que ele contemplava as luzes douradas de seu Café. O loiro voltou a concentração para a gaveta novamente, puxando dali outro caderno. Os movimentos se repetiram até que um resmungo de entendimento cortou o silêncio ligeiro.

"Está programada para o dia 24.", comentou tranquilo, virando o caderno para que pudesse mostrar melhor. "Aqui, no nome do senhor Sherlock Holmes, por Lee Minhyuk."

"Ah! Arthur tinha mesmo que mandar o Minhyuk para fazer essa maldita encomenda?", Sherlock rangeu os dentes ficando ligeiramente enfurecido. Passando a mão, lívido, nas linhas finas que se formaram em sua testa e rasgando os fios de cabelo com os dígitos em pente, respirou fundo. "Podemos fazer um acordo e ter essas mudas no Café amanhã? Posso falar com seu chefe se tiver problema pra você.", acrescentou quando ergueu os olhos para o atendente.

"Claro. Pois não? Em que posso ser útil?", o mais baixo fechou o último caderno que ficara aberto e estendeu a mão para cumprimentar o moreno. Sherlock piscou lento sem entender, levando a destra até a outra e cruzando-as num aperto. "John Watson, dono e sócio majoritário da Mallorn."

"Sherlock Holmes, proprietário do Le Monde.", seus olhos se cruzaram mais uma vez, espelhando o dourado das luzes incandescentes. 

"É um prazer, sr. Holmes."

"O prazer é meu, John."


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Notas finais do capítulo

Olá, como vai? Queria dizer que é uma alegria absurda poder escrever novamente e ter na cabeça várias ideias que possam dar certo! Eu espero que a leitura tenha sido agradável e peço perdão caso exista algum "ponto sem nó". Preciso dizer que vou tentar postar o mais rápido possível e gostaria de pedir a você um favor: pode me recomendar outras boas histórias pra ler? Ah! Me conte também o que achou do primeiro capítulo, sugestões também são muito bem vindas.

Até o próximo capítulo.



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