Personas in my Ice Heart escrita por Haruyuki


Capítulo 6
Mask 6 ~ The Death (A Morte)


Notas iniciais do capítulo

~ Referências everywhere...

~ Temos duas pessoas novas na história. Guang-Hong Ji e o homem da loja. Conseguem advinhar quem é o velho?
~ Lovecraft, de H.P. Lovecraft, criador do livro Necronomicon.
~ Antiqua é o nome do navio de Willian Kidd.



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Quando acordo, me vejo em um ambiente diferente. Eu me lembro de estar no quarto, nos Katsukis. Mas... Não é aqui. Onde eu estou? Minha cabeça dói, me sinto fraco e tonto. Exatamente como eu ficava depois de um ataque de pânico. Aos poucos, detalhes da minha memória começam a chegar e eu me vejo soluçando. De repente, escuto alguém se aproximar de mim.
"Kunogi?" Escuto e olho em volta, percebendo a presença da doutora Lília Baranoskaya.
"Doutora? O que aconteceu?" Pergunto, confuso.
Tento me levantar, mas ela coloca uma mão no meu ombro, me impedindo.
"Continue deitado." Ela diz, me estendendo um copo. "Tome isso e descanse."
Eu obedeço, e logo sinto sono.
~x~
Abro meus olhos e respiro fundo, me sentindo bem mais melhor. Me levanto e olho em volta, notando estar na clínica da doutora Baranoskaya e que já é bem tarde. Merda, faltei aula. Vejo meus óculos ao lado do travesseiro e os coloco. Me encosto na parede, erguendo minhas pernas e abraçando meus joelhos, passando a refletir sobre o que aconteceu.
"Tive outro ataque de pânico. Eu estava falando com Phichit no celular. Morgana estava ao meu lado. Phichit perguntou se eu tenho uma ficha criminal. Descubro que diversas fichas criminais falsas e a verdadeira foram postadas na internet, e toda a escola sabe pode ver." Franzo a testa, respirando fundo. "Estranho, apenas o diretor, e um seleto número de professores sabiam da existência dela.
Professores... Não pode ser...
Me lembro que Phichit havia comentado sobre alguém chamado Takeshi Nishigori, que havia encarado o professor de Educação Física e em um ato de defesa pessoal, o professor quebrou uma perna dele. Nishigori estava falando algo sobre Nakamura.
Mas que diabos aconteceu naquela escola?
Respiro fundo e ergo meu rosto, dando de cara com a doutora. Dou um grito de susto, a vendo franzir a testa.
"Tsk. O efeito passou muito rápido." Ela diz, escrevendo algo em uma prancheta.
"Efeito?" Pergunto, embaraçado por ter gritado.
"Os Katsukis te trouxeram para cá quando você teve um ataque de pânico severo ontem de noite. Te mediquei com um prototipo que estou criando, mas pelo visto não foi o suficiente." Ela explica, ne fazendo inclinar o rosto.
"Como assim não foi o suficiente?" Pergunto, confuso.
"Se ele atingisse o resultado que eu queria, você não teria gritado quando me viu." Ela responde, friamente. "Se eu pelo menos tivesse meios para bancar a pesquisa..."
"De quanto você precisa?" Pergunto, a fazendo me olhar.
"Mil e quinhentos dólares, inicialmente." Ela responde, e eu afirmo com a cabeça.
"Ok." Digo, respirando fundo. "Que tal, se eu te ajudar com o dinheiro da pesquisa, você me ajuda disponibilizando remédios para mim?"
"Você quer remédios de graça? Por quê?" Ela pergunta, eeu abro um sorriso.
"Esse foi meu sexto ataque de pânico em dois mêses. Estou preocupado, afinal a quantidade é demais para pouco tempo. E tenho certas manias quando tenho ataques de ansiedade, como me arranhar nos braços, me morder e me acertar com objetos pontudos." Digo, mostrando a ela minhas cicatrizes.
"Seus pais nunca pensaram em fazer você se consultar em um psicólogo?"Ela pergunta, surpresa.
"Não. " Digo, mordendo o lábio. "Minha ansiedade chegou a esse nível por causa deles."
Ela se assusta e eu abro um sorriso.
"Então? O que acha da minha proposta?" Pergunto, mudando de assunto.
"Como você irá conseguir tanto dinheiro?" Ela pergunta, franzindo a testa para mim.
"Garanto que não estou roubando nada." Digo, sorrindo ao deixar 'no mundo real' de fora. "Mas também não posso falar de onde conseguirei."
"Traga o dinheiro de noite e considere negócio fechado." Ela diz, e eu abro um largo sorriso.


New Arcana Bond Adquired ~ The Death - Nível 1


Percebo que estou me acostumando a esses Arcanas que surgem a cada vez que negócio algo com alguém. Eu e a doutora nos despedimos, e eu pego o meu celular, mandando uma mensagem para Phichit.
...
Eu (Agora a pouco)
Estou passando aí. Prometo explicar sobre a ficha e o que aconteceu ontem.
phichi+chu
Ok.
...
Logo estou na cafeteria LeBlanc, entrando nela.
"Seja bem vindo." Escuto Celestino, que se surpreende ao me ver.
"Eu vim conversar com Phichit." Digo, o vendo afirmar com a cabeça. "Com licença."
Subo as escadas e bato na porta, que se abre e eu vejo Phichit me olhar com cautela. Solto um longo suspiro.
"Me desculpe por ontem. Quando vi minha ficha criminal ali, exposta na internet, eu entrei em pânico." Digo, entrando no quarto dele. "Eu tenho ansiedade. Tive desde pequeno. Mas de dois meses para cá, ela cresceu até o ponto de um ataque de ansiedade se tornar um ataque de pânico. Quando eu chego a esse ponto, eu literalmente me desligo. Usando a linguagem de computadores, meu cerebro entra 'em modo de espera', onde mesmo eu acordado, eu nao processo nada ao meu redor."
"Dois meses atrás." Phichit diz, e eu o olho. "Quando você agrediu alguém."
"O engraçado dessa historia, Phichit. É que eu não agredi ninguém." Digo, o surpreendendo. "O homem estava bêbado e queria abusar de uma moça. Eu vi e tentei ajudar a moça. Ele tropeçou e caiu, batendo a cabeça em um canteiro de flores e se machucando. Alguém deve ter chamado a Polícia, pois de repente, sou cercado de policiais e o homem, apontando para mim, disse que eu o agredi. No tribunal, a moça testemunhou afirmando a versão dele e eu ganhei uma ficha criminal e um ano em observação."
"Ai meu deus!" Ele exclama, se aproximando de mim e me abraçando. "Ai meu deus."
"É." Apenas digo, derramando uma lágrima e o abraçando também.
...
Compro uns salgados e café, os devorando. Noto que Celestino me olha com curiosidade e eu inclino o rosto, o olhando.
"Você falou na primeira vez que veio aqui que estaria interessado em aprender a fazer café." Ele diz, me surpreendendo. "Você pode trabalhar para mim das 6 às 10 da noite. Eu ensinarei a fazer café e chá."
"Mesmo?" Pergunto, surpreso.
"Sim." Ele diz e eu  abro um sorriso.
"Meu nome é Yuuri Kunogi." Digo, pagando a ele. "Quando posso começar?"
"Segunda-feira." Ele responde e eu afirmo com a cabeça.
"Certo."
...
Volto para os Katsukis, os abraçando e pedindo desculpas por ontem. Eu explico sobre minha ansiedade para ele, e sobre meus ataques de pânico, notando que Morgana também estava me escutando. Falo também que Celestino me pediu para trabalhar para ele, os deixando animados.
De volta para o quarto, mando uma ultima mensagem para Phichit sobre o trabalho, rindo da resposta animada que ele me deu. Caio na cama, cansaço já tomando meu corpo.
~x~
Quando eu entro na escola, pude sentir o clima pesado causado pelos olhares, murmúrios e movimentos dos alunos. Na sala de aula, encontro Yuuko Kirihara.
"Bom dia." Digo, a vendo me olhar apavorada antes de desviar para sua mesa.
Ao meu redor, os murmúrios aumentam, só encerrando quando a professora Katsuki entra na sala. Ela me olha, e morde o lábio antes de começar a dar início às aulas.
"Yuuri Kunogi. Guang-Hong Ji. No almoço, quero falar com vocês." Ela diz, e eu afirmo com a cabeça para ela, notando que outro menino repente o movimento.
assistir o resto das aulas foi complicado, ao me ver sendo observado pelos alunos da sala de aula. Começo a respirar fundo, tentando não entrar em pânico.
...
O sino do almoço toca e eu vejo a maioria dos alunos se levantar e se aproximar de mim.
"Ei, é verdade que você é um assassino?"
"E um estuprador?"
"Como alguém violento como você ainda anda pelas ruas livremente?"
"Kunogi, Ji. Venham comigo. Agora." Professora Katsuki chama e eu me levanto da cadeira.
Ao passar pelos outros alunos, eles me empurram e esticam as pernas. Eu tropeço, mas consigo não cair devido ao meu treinamento em dança. Ignoro eles e me aproximo da professora, que conversava com o outro aluno. Ela nos leva até o telhado da escola, onde abre uma porta com um aviso de proibido passar e a fecha atrás da gente.
"Bem, vamos começar." Ela diz, respirando fundo e cruzando os braços. "Takeshi Nishigori está no hospital, mas ele já deve ter sido notificado. Guang-Hong e Yuuri, vocês dois serão expulsos da escola no próximo sábado, depois que o professor Leonardo apresentar ao diretor e o comitê escolar."
"Por que eu?" Pergunto, franzindo a testa. "Minhas falsas fichas criminais?"
"Falsas? Você tem uma ficha criminal!" O garoto de nome chinês grita, me surpreendendo.
"Correto. Yuuri Katsuki possui UMA ficha criminal. O que nos leva ao motivo de você está aqui, Guang-Hong." A professora diz, olhando para ele seriamente. "Eu queria entender o motivo da sua expulsão, mas você acabou me respondendo agora a pouco."
"Você criou minhas fichas falsas e publicou tudo na internet." Digo, o vendo começar a se tremer. "Pode me explicar o por quê?
"Professor Leonardo..." Ele começa a soluçar. "Ele... Ele me ameaçou... Ele viu você... Se envolvendo com Nakamura e Kirihara... Ele não gostou..."
Guang-Hong se agacha, se tremendo muito. Franzo a testa ao ver uma marca roxa no pescoço dele.
"Essa marca no seu pescoço, não me parece um machucado de futebol." Digo, assustando a professora e fazendo o garoto erguer as mãos em direção ao pescoço institivamente. "Agora isso me parece um verdadeiro caso de violência física."
A professora me olha confusa, e morde o lábio.
"De fato, faz um bom tempo que eu tenho notado os alunos do time de futebol com machucados estranhos."
"Me ajude... Eu não aguento mais..."
"Wakarimashita." Digo, dando uma piscadela para a professora.
Guang-Hong Ji, você já pode ir." Ela diz, vendo o aluno se levantar e voltar pela porta.
A professora a tranca e se afasta, e eu sigo ela até a grade.
"O que aconteceu anteontem?" Digo, a vendo retirar um maço de cigarro e retirar um, o colocando na boca e o acendendo.
"Chihoko Nakamura tentou se suicidar pulando daqui." Ela diz, me assustando. "No hospital, Nishigori disse que passou pela sala de educação física e ouviu gritos. Quando ele abriu, viu... Ela sendo estuprada."
Fecho minhas mãos com força, ficando com cada vez mais raiva.
"Nishigori disse que o empurrou dela, mas o professor deu um soco nele e quebrou a perna dele. A mesma perna que ele havia quebrado antes. E alegou que estava se defendendo dele." Mari continua, e eu respiro fundo. "Nakamura não suportou e veio correndo para cá."
Levo minha mão direita no bolso do celular, notando que estou me tremendo.
"Kunogi, como anda o lance da cafeteria?"
Eu a olho, abrindo um leve sorriso.
"Eu e Phichit somos amigos agora. Ele vai me ajudar usando as habilidades de hacker dele." Respondo, a surpreender.
"Oh, que bom!" Ela exclama, ficando animada. "Então, e agora?"
"Pretendo visitar Nakamura no hospital, depois da aula. Pelo menos para saber como ela está." Digo, preocupado com ela.
"Depois, se você for passar no centro comercial, entre em um beco depois de uma livraria chamada Lovecraft." Ergo a sobrancelha para ela, surpreso com o que escuto. "O nome da loja se chama 'Antigua' e lá o dono compra e vende itens de natureza peculiar. Algo como revólveres de plástico, roupas para proteção e ferramentas que você irá precisar para minhas aulas futuras."
Pego meu celular e acesso o aplicativo com o mapa da cidade, digitando o nome da loja e a marcando.
"Ótimo, eu preciso mesmo comprar e vender umas coisas. Principalmente uma mochila maior." Comento, guardando o celular. "E não acho seguro continuar nossas aulas particulares na escola.
O que você tem em mente?" Ela pergunta, o olhando com curiosidade.
Ao invés de responder, pego meu celular de novo e ligo para Phichit, colocando no viva-voz.
"O que foi, Yuuri?"
"Phichit, estou aqui com a professora Katsuki. Ela sabe sobre mim também." Digo, ouvindo um 'Eh!' do outro lado da linha. "Preciso que ela me dê aulas particulares e não acho seguro fazer isso na escola. Eu poderia usar o seu quarto?"
"É até... Uma boa idéia." Ele diz, e eu solto a minha respiração. "Celestino, meu pai adotivo, só fica no café até as 9 da noite. Se eu inventar que professora Katsuki quer me me ajudar a colocar meus estudos em dia, ele vai concordar."
"Ótimo. Professora, posso deixar com você a compra e a instalação da mesa no café?" Pergunto, olhando para ela.
"Mas é claro. Você pode me pagar depois." Ela abre um sorriso, que se espelha no meu rosto.
"Muito obrigado, Professora. Muito obrigado, Phichit." Digo, rindo quando ambos respondem 'de nada' ao mesmo tempo.


Arcana Bond Update ~ The Temperance - Nível 02


~x~
Graças ao mapa e as direções da professora, encontro a tal loja facilmente. O dono, um homem de baixa estatura me atende. Eu vendo quase todos o itens que trouxe do metaverso e compro uma mochila militar, uma pistola básica de plástico, sapatos, roupa, capacete e luvas resistentes e um coldre para
"Você jura que é para brincar com os amigos, menino?" Ele pergunta, me olhando com frieza.
"Sim, senhor." Digo, sorrindo. "Eu me mudei para cá e meus amigos querem me ensinar a jogar paintball, mas não há equipamentos o suficiente para mim."
"Você estuda na Shujin, não é?" Ele pergunta e eu afirmo com a cabeça. "Só espero que não tenha sido a louca da Mari Katsuki. Eu estou cansado de escutar por aí sobre as coisas que ela apronta."
Com a testa franzida, deixo a loja e decido passar no hospital antes de voltar para os Katsukis.
O que poderia acontecer?


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Notas finais do capítulo

Status
Compendium active
Personas: 03 - active
Arcana Bonds: 05
Masks: 06
Hearts Changed: 01

Arsene - end of the chapter

Level: 18

Powers: Eiga (Curse), Cleave (Physical), Sukunda (de-buff), Dream Needle (Physical), Invigorate 1 (Passive), Maeiha (Curse), Counter (Passive)

Zorro - End of the chapter

Level: 17

Powers: Garu (wind), Diarama (Cura), Me Patra (Cura Status), Media (Cure), Lucky Punch(Physical) and Magaru(wind)



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