The Last Days escrita por Fabiih Pink


Capítulo 6
3 dias... Olhando para o túmulo


Notas iniciais do capítulo

Olá, queria pedir desculpas pela demora em postar.

Eu não tinha conseguido terminar a história quando chegou a data de começar a postar e, infelizmente meu avô faleceu, então eu estava completamente sem cabeça para escrever nada, até mesmo essa história que é mais Dark. Então eu venho pedir desculpas à todos que deixei esperando.



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Os Potter já estavam cansados de verem sempre as mesmas paredes forradas de livros e porta-retratos, as mesmas almofadas floridas, os jarros de lírios que James sempre dava à Lily — que além de ser uma referência ao seu nome, eram suas flores favoritas —, os mesmos brinquedos espalhados pelo chão... Tudo, absolutamente tudo ficara completamente chato e entediante.

Lily e James estavam no quintal, olhando o pequeno Harry brincado com seus brinquedos sentado no gramado no fim de tarde, quando a campainha tocou. Eles sabiam que, naquele momento, as únicas pessoas que poderiam encontrar a casa deles eram Remus e Sirius, portanto eles não se assustaram.

— Deixa que eu atendo. — Lily levantou do banco em que estavam e foi atender a porta.

Olhando pelo olho mágico, percebeu que era Sirius, e um pequeno sorriso se formou. Na realidade qualquer pessoa, exceto Voldemort, seria bem-vinda na casa, eles queriam qualquer coisa para acabar com o tédio.

— Oi Lily! — disse Sirius dando um forte abraço. — Como estão?

— Como estaria confinado na sua casa? — perguntou rindo.

— Completamente maluco, talvez até pendurado pelo pescoço por uma corda presa no teto. — disse pensando um pouco — Não pode comparar isso aqui com a mansão Black, Lily. Eu ficaria feliz em ficar preso numa casa com a família linda de vocês, mas acho que posso imaginar o que quer dizer.

— Está dizendo o que? Você faz parte dessa família, é como um irmão para o James e para mim. — deu uma cotovelada brincando com ele — Sabe disso. Porém, eu entendo a parte da família... Quer dizer, meus pais foram ótimos, mas minha irmã não foi lá muito amigável comigo.

— Mas ainda tem uma foto dela. — disse indicando um porta-retratos no aparador que ficava perto da entrada, nele havia uma foto delas quando eram crianças, entre cinco e sete anos.

— Pois é, mesmo depois de tudo o que ela me fez, de tudo o que ela me chamou: aberração, anormal, satanista, membro de uma ceita... — riu dos apelidos, que agora já não lhe feriam, mas na época a magoavam profundamente — Eu nunca vou deixar de amá-la, eu até entendo ela, na realidade.

— Lily, como você consegue ver o lado bom nas pessoas, mesmo elas não tendo? — indagou Sirius.

— Todas sempre temos um lado bom, uma explicação para agirmos mal. — deu de ombros.

— Até Voldemort? — desafiou.

— Faltou amor para ele. — disse séria. — Vem, estão no quintal.

{...}

Dumbledore havia conversado com Sirius a respeito do feitiço, dizendo que ele simplesmente não conseguia mais acha-los, pediu para que transmitisse um recado a eles dizendo que o feitiço havia funcionado e que a chance deles sobreviverem havia aumentado muito com aquilo.

Era para eles estarem felizes com essa notícia? Sim. Estavam? Não.

Eles só estavam seguros dentro de casa, ao colocarem os pés para fora dela estariam expostos, e teriam que viver o resto dos dias assim? Eles não se importavam tanto com eles, se fosse para que o pequeno Harry ficasse a salvo eles viveriam em uma ilha deserta se preciso. O problema era que não era essa a vida que esperavam que Harry tivesse.

Harry deveria ir para Hogwarts, talvez entrasse no time de Quadribol, ajudasse sua casa — que para eles não importava qual seria — a ganhar a taça das casas, fazer amigos que levaria para o resto da vida, quebrar algumas regras, ser um bom aluno... Eles queriam uma vida normal.

Já era noite, e Lily foi colocar o Harry no berço, enquanto James e Sirius ficaram lá embaixo conversando.

— Sirius, me sinto mal por não ter escolhido você por ser o fiel do segredo. — começou James.

— Não se sinta, eu sei como você pensou. Eu seria a escolha mais óbvia. — piscou — Todos sabem disso, somos inseparáveis.

— Sabe o que isso significa, não sabe? — James perguntou, com um pesar.

— Que virão atrás de mim? Sim, sei desde o início. — contou tomando um gole de seu whisky de fogo — E não estou com medo, cara. Eu sei o que fazer, estou preparado e não esperaria por algo diferente.

— Eu imaginei que diria isso, mas você é o padrinho do Harry. Ele não pode perder os pais e o padrinho. — disse aflito.

— Ele não vai perder, James! Não vai! Eu prometo a você! — disse com a mão no seu ombro. — Eu posso não ser a melhor pessoa em duelos, mas eu tenho algo que Voldemort não tem, e sei que isso vai me ajudar.

— O que?

— Amigos. Amor. Respeito... — ele parou por um segundo — Sabe que isso conta muito na magia.

— Eu sei, mas é com magia negra que iremos lidar, não é qualquer coisa. — o lembrou.

— Isso tudo é muito mais forte do que magia negra.

James sabia que Sirius tinha razão, todos sabiam que a magia era muito mais forte com amor, afinal o amor era a fonte de qualquer magia poderosa. Claro, magia negra era forte também e muito poderosa, mas ela tinha um preço muito caro a se pagar.

— Eu sempre cuidarei do Harry, nem que tenha que algo me impeça de estar perto dele, eu sempre vou cuidar dele. Tem a minha palavra. — replicou.

— Não precisa dizer para que eu saiba que fará isso. Lily e eu nunca duvidamos disso, e se vivermos tempo o suficiente para ver o seu filho, faremos a mesma coisa. — deu um abraço no amigo.

— Não precisa dizer para que eu saiba que fará isso. — usou a fala dele.

O relógio bateu meia-noite e James, assim como Lily que estava no quarto do Harry, sabiam que tinham apenas dois dias. Era como se estivessem olhando para o próprio túmulo e aquilo só os matava ainda mais. 


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Notas finais do capítulo

Obrigada por esperarem e espero que tenham gostado do capítulo.

Beijos e até o próximo.



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